terça-feira, 25 de abril de 2023

Há 49 anos



6 comentários:

  1. Muito expressivos. Num mundo panglossiano, tolerado pelos Cândidos que somos. Porém, "Só há liberdade a sério
    Quando houver
    A paz, o pão, habitação
    Saúde, educação
    Só há liberdade a sério quando houver
    Liberdade de mudar e decidir
    Quando pertencer ao povo o que o povo produzir
    E quando pertencer ao povo o que o povo produzir".

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  2. Essas comparações com meio século atrás não ajudam muito. Tudo muda. Fora os direitos políticos, em que o Estado Novo contrastava com a Europa democrática, o resto nem era tão diferente. Basta pensar nos LGBTI; por toda a Europa acabavam na esquadra da polícia se não tivessem cuidado.

    O melhor seria perguntar: porque é que de há pelo menos 200 anos não conseguimos ser mais que a cauda da Europa? Foi assim com o liberalismo monárquico, pior ainda com a I República, continuou com o Estado Novo (aos esquecidos é dar-lhes as estatísticas do Banco Mundial) , e assim vamos.

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  3. Uma voz podre e bafienta diz que a posta é uma mentira das grandes. Onde e com quem viveria este canalha para poder afirmar tal pulhice? Não há dúvidas que inda mexem por aí restos putrefactos.

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  4. Nem mais: Com um olho no liberal e outro no facho. E com os dois bem abertos a olhar de frente e a recusar esta economia política que dá cabo da vida à maioria das pessoas.

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  5. Anónimo de 26\04 10:29

    A resposta é simples. Geografia. Estamos longe de tudo, não temos hipótese de diversificarmos exportações. Por outras palavras, nunca criámos um mercado externo nem tão pouco um mercado interno fortes. Andámos por lá fora a trazer coisas e nem isso serviu de muito a não ser para igrejas e mosteiros.

    A Europa do Norte sempre criou riqueza porque tinha dezenas de países próximos, a cultura relativamente próxima ajudou, de resto foi sempre uma luta por supremacia política.

    Nem é de há 200 anos. Os descobrimentos e as colónias trouxeram matérias-primas mas nunca conseguimos criar verdadeiramente uma rede nacional de estradas decentes (há reis que se queixam disso no séc. XVIII), isto é, nunca criámos um verdadeiro mercado interno. Mantivemos e mantemos basicamente a mesma estrutura comercial da Idade Média, o corredor litoral.

    Viu-se isso no séc. XX - não é à toa que só terminámos a A1 nos anos 1990 (!) e só ligámos a A1 à A2 quase no fim do século, e a ferrovia... nem as capitais distritais estão todas ligadas sequer. Em que planeta é que comboios rápidos em Portugal não criam riqueza?

    Acho sempre piada quando falam no Estado Novo quando lembro-me bem como era ir para o Algarve em meados dos anos 90. Quer dizer... nem dava para percorrer rápido o "pequeno" país em auto-estrada. O que importava era criar mapas megalómanos e sobrepôr as colónias africanas na Europa...

    Acho que num certo sentido o nosso problema não é o centralismo (outro mito - Lisboa mesmo com o Aqueduto continuou em caristia de água...), é antes o conservadorismo, algum medo de inovar. Talvez por medo de perdermos o pouco dinheiro que temos, ou algum trauma devido aos desastres naturais e a necessidade de se recuperar tudo.

    É a mesma conversa sobre o Aeroporto de Lisboa, como se uma capital europeia não pudesse ter um aeroporto dedicado a menos de 50 km's de distância e com moderna protecção ambiental e urbana, e tirar o outro velho rodeado de urbanismo e com um corredor aéreo que atravessa a cidade toda (!). A resposta do local é até óbvia.

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