1. Não contente em distribuir centenas de milhões pelos pequenos grandes ditadores da distribuição, através de uma redução do IVA sem qualquer controlo, o Governo veio confirmar a sua visão do Estado – um nexo de contratos –, informando que será uma empresa privada acompanhar a evolução dos preços neste contexto. Capacitar o próprio Estado para educar e disciplinar os pequenos grandes ditadores é coisa que não passa pela cabeça de quem se vai limitar a emitir uns inócuos “alertas”. Fingem não saber que o poder só se contraria com poder.
2. António Costa aceitou a regressiva herança da troika em matéria de relações laborais, continuou a promoção de uma economia de baixa pressão salarial, assente no nexo finança-turismo-construção-estufas, e patrocinou, em 2022, uma transferência de rendimentos do trabalho para o capital superior à registada na troika, à boleia de uma hipótese equivocada sobre a espiral salários-preços. No entanto, o mesmo António Costa não hesita agora em pedir aos sindicalistas do PS que lutem por melhores salários nas empresas. Os melhores e mais igualitários salários, sabe qualquer social-democrata com conhecimentos de história, conseguem-se fora das empresas, em negociações coletivas tão centralizadas quanto possível.
3. Em sete anos, os governos de António Costa praticamente não promoveram a habitação pública ou não tivesse o investimento público sido comprimido. A especulação imobiliária continuou a ser insuflada com esquemas vários. As “novas” políticas de habitação são a expressão do Estado social-liberal, o que reduz riscos para senhorios e bancos, através de incentivos fiscais, fingindo estar a prosseguir objetivos social-democratas. E o Governo age agora como se tivesse aceite o fraudulento diagnóstico da falta de casas. No entanto, António Costa quer convencer-nos que está a construir um Estado social na habitação.
É a isto que estamos condenados com o Partido que não é Socialista e nem é Social Democrata, condenados ao definhamento.
ResponderEliminarDefendi e continuarei a defender, o Partido "Socialista" tem que colapsar para que Portugal possa avançar.
Depois não se admirem que jornais de "referência" se dediquem à defesa do governo apoiado pelo Partido "Socialista". Este recente interesse dos propagandistas na questão da habitação é tão performativo quanto as preocupações do António Costa na melhoria das condições de vida da população portuguesa.
Estes PS´s ,NUNCA podem ser hipótese de acordos.
ResponderEliminarO "mal menor", é o respaldo da "coisa" e,
a existência de alternativa blindada, o garante da continuidade.
Afinal, a "geringonça" limitou-se a funcionar como escape,
tendo servido de paliativo, para afastar a ruptura.
Com um PS a sufocar,
premiou-se o dito com respiração assistida e,
até o invertebrado Costa,
ganhou oportunidade para se safar!!!
Quem o viu... e quem o vê!
( A ele... e ao PS. )
O Povo (ou será a Multidão?) deu-lhe a maioria absoluta... é porque aguenta!
ResponderEliminarO mesmo que disse que os salários não podiam subir por causa da inflação é o mesmo que agora diz que têm de subir por causa da inflação, é esta a seriedade do senhor primeiro ministro de Portugal.
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