domingo, 20 de novembro de 2022

O pouco-nada que nos resta


Era bom que as audiências das transmissões televisivas dos jogos fossem um retumbante fiasco. É o pouco-nada consequente que resta, a cada um de nós, perante a tragédia e a vergonha deste Mundial.

3 comentários:

  1. Nem é vergonha nem é tragédia que atinja um desporto que assegura regras enfim transparentes.

    Vergonha e tragédia é que a indignação mobilizada para notícias falsas e conservadorismos injustos, sejam tão desproporcionadas face aos crimes diários de guerras inadmissíveis!

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  2. O josé tem alguma razão em falar de uma certa "desproporção". É que antes da invasão russa (condenável) já tinham sido ceifadas cerca de 15 000 vidas na região do Donbass... pela Ucrânia. Foram mais de 3000 dias de crimes inadmissíveis a que se somaram mais quase 1 ano após a invasão de crimes também inadmissíveis.

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  3. Só boicotaria a visualização do campeonato do Mundo se houvesse a coragem de boicotar as televisões e todos os milhões de crimes e de atentados contra (todos) os direitos que todos os dias são omitidos pelas televisões, além de todas as aldrabices que nos impingem. Todos e todas. Pelas portuguesas e por todas as tv do Mundo (as que vemos por cabo e outras). E já agora, bora lá boicotar também as roupas que vestimos de forma a não beneficiarmos as multinacionais do têxtil que exploram a até matam os seus trabalhadores. E boicotamos também os carros, os que nos atropelam e os outros. E fazemos dieta para não beneficiarmos aqueles que exploram os trabalhadores migrantes nos campos do Alentejo e Ribatejo. E deve haver mais o que boicotar, mas não me recordo agora. Tanto alarido com o Catar faz parecer o resto ao paraíso. Não que o Catar seja flor que se cheire. Mas lá gás tem. Deve ser por isso.
    Entretanto, vou ver os jogos que puder e tiver vontade, consciente dos paradoxos próprios e do Mundo... e das limitações dos boicotes.
    Parabéns ao bloggue, pelo menos aqui nós podemos comentar, já em relação à televisão...

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