O mesmo Governo que promove uma transferência de rendimentos do trabalho para o capital superior à registada no tempo do Governo da Troika, veio, pela voz do seu Ministro da Economia, defender um corte transversal no IRC, isto quando se sabe que “não há evidência empírica que nos permita afirmar que esses cortes promovem o crescimento económico”.
Sem qualquer pudor, defendeu ainda que os grandes grupos económicos “não estão preparados” para um imposto sobre os lucros extra e ordinários registados.
O mesmo Governo que tem alinhado com o plano europeu, combinando escalada sancionatória inflacionária com subida da taxa de juro recessiva pelo BCE, aposta num corte permanente das pensões, ou seja, do salário indirecto, à boleia de previsões rigorosamente erradas por definição, até dada a incerteza radical.
Vale tudo para comprimir o mercado interno, de que a queda do investimento também fará parte, na medida em que se investe em função da expectativa de vendas.
A maioria absoluta revela que de social-democrata este PS de Costa não tem nada, sobretudo ali onde se decide tudo, a sorte de tantos, ou seja, na política económica.
https://porquenaovotoemcavaco.blogspot.com/2022/09/antonio-costa-e-silva.html
ResponderEliminarAs empresas pagam 5.000 milhões de IRC e os trabalhadores pagam 15.000 milhões de IRS.
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