Sandra Monteiro, Saúde e «grupos de interesse», Le Monde diplomatique - edição portuguesa, Julho de 2022.
segunda-feira, 18 de julho de 2022
Um jornal em defesa do SNS
Hoje, a multiplicação de tensões na esfera laboral, muitas das quais estão já a conduzir a greves e outras formas de luta, mobiliza também a resposta neoliberal. Há que preservar o que na sua perspectiva é essencial. Em primeiro lugar, impedir que a valorização do poder sindical entrave a histórica transferência que está em curso de rendimento do trabalho para o capital. Em segundo lugar, impedir a verdadeira «reforma estrutural» de que os serviços públicos precisam, e que passa pela recusa da dilapidação de recursos públicos para alimentar negócios privados. É por isso que as lutas na saúde, em particular com a pandemia, assustam tanto os neoliberais: através delas, os sindicatos dos trabalhadores do SNS (profissionais de saúde, administrativos, da limpeza e tantos outros) mostram como as suas reivindicações estão alinhadas com a defesa dos serviços públicos essenciais.
É urgente a nacionalização de toda a saúde privada. Porque é que a esquerda portuguesa não fala disto?
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