No seguimento desta intervenção, lembrei-me de Capital e Ideologia, onde Thomas Piketty, em linha com anteriores trabalhos, faz uma detalhada análise da “grande pilhagem de activos públicos” associada à regressiva restauração capitalista da década de noventa na Rússia. Além disso, “nenhum país foi tão longe na demolição da ideia de progressividade fiscal” como a Rússia da taxa plana de 13%.
Como sublinha Piketty, a “economia mista” chinesa, por contraste, mantendo o controlo público dos sectores estratégicos, da banca à energia, não criou o mesmo tipo de oligarquia rentista no seio de uma sociedade onde a maioria conhece condições de vida duradouramente estagnadas. Na China, os rendimentos dos 50% de baixo crescem realmente há várias décadas pelo menos 7% ao ano.
Se é verdade que em França não é preciso ser marxista para identificar estes padrões, em Portugal pelos vistos é preciso ser marxista-leninista para o fazer...
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