Em 2015, os entendimentos à esquerda permitiram reverter medidas socialmente injustas e economicamente contraproducentes impostas pela troika e pelo Governo de direita. Mostraram também que foi possível fazer convergências à esquerda em torno de objetivos concretos, mesmo no quadro de constrangimentos europeus que continuam a limitar o alcance das mudanças. A longevidade da solução política então encontrada superou todas as expectativas iniciais.
Os signatários desta carta, que apoiaram desde a primeira hora as convergências à esquerda, entendem que a devolução do voto aos cidadãos, no atual contexto, não tem de ser um drama. Pode e deve ser uma oportunidade de clarificação sobre o projeto de desenvolvimento para o país.
Apesar de não termos militância partidária, entendemos que os progressos políticos verificados desde 2015, mesmo quando insuficientes, não teriam sido possíveis sem o empenho do BE, do PCP e do PEV, no quadro de uma maioria parlamentar de esquerda com o PS. Sem prejuízo do balanço diferenciado que fazemos das razões que levaram à interrupção da legislatura, sabemos que a concretização de uma agenda socioeconómica mais ambiciosa é uma tarefa que o PS, sozinho, não poderá cumprir.
O resto da posição pública, de que fui uma das subscritoras, pode ser lido no Público.
Isso é muito bonito, mas não explica aos eleitores o motivo de esses mesmos partidos terem deitado abaixo um Governo do PS que tinha a maioria do apoio desses mesmo eleitores;
ResponderEliminarNeste momento temos a real possibilidade de vermos replicada a nível nacional a situação da Câmara Municipal de Lisboa, com um PR em funções por mais alguns anos, que todos sabemos que, por baixo de uma aparente neutralidade, tem uma ideologia política marcadamente de direita.
Com isso virá a reversão de tudo o que foi reconquistado e um reforço das medidas anteriores.
Parece que a questão está invertida.
ResponderEliminarO que deve perguntar é: porque razão o PS não quis assumir quaisquer compromissos?
Não foram as esquerdas que deitaram abaixo o Governo,mas sim uma vontade de PS com o apoio do PR,em ir para eleições,maiorias absolutas ou bloco central é o grande desejo dos poderosos.
ResponderEliminarLamento, mas por muito que se repita isso e mesma admitindo que fosse verdade (e não é), essa ideia não pega.
ResponderEliminarÉ evidente que uma maioria absoluta do PS é praticamente impossível e António Costa sempre o soube.
Quanto ao PR, estava-se à espera de quê puseram um rato à mercê do gato e queriam que não apanhasse?!
« Pode e deve ser uma oportunidade de clarificação sobre o projeto de desenvolvimento para o país.»
ResponderEliminarPelo que ouvi do PS esse projeto de desenvolvimento já foi encontrado: aumentar salários mínimo e médio.
O futuro é promissor.
The Federal Reserve on Wednesday announced that it is accelerating its removal of monetary support for the economy, citing a rise in inflation that has seen the biggest jump in prices nearly 40 years. In a move to cool growth, policy makers also said they expect to hike interest rates three times in 2022.
ResponderEliminarA base para o novo projeto de desenvolvimento.
O que conta para a formação de um Governo, após eleições legislativas, é a emergência de uma maioria de deputados que a viabilize na Assembleia da República. Foi assim que, nas legislativas de 2015 - em que o PSD foi o partido com mais deputados eleitos -, o PS acabou por ficar com o cargo de primeiro-ministro: https://www.publico.pt/2015/10/10/politica/noticia/jeronimo-de-sousa-diz-que-ps-so-nao-forma-governo-se-nao-quiser-1710730
ResponderEliminarÉ por isso que é um disparate encarar as próximas legislativas como um escolha para o cargo de primeiro-ministro, em que os candidatos seriam os líderes do PS e do PSD, Costa e Rio. Uma espécie de escolha entre duas formas de "navegação à vista", uma "costeira" e outra "fluvial", ambas procurando respeitar rigorosamente - com o zelo típico do "bom aluno" - os limites estabelecidos pelo colete-de-forças das regras e compromissos "europeus"...
É também um disparate comparar a escolha do pŕoximo primeiro-ministro com a escolha do presidente da câmara de Lisboa após as últimas eleições autárquicas. De facto, a lei em vigor no que diz respeito ao "quadro de competências, assim como ao regime jurídico de funcionamento dos órgãos dos municípios e das freguesias" ( Lei n.º 169/99: https://dre.pt/dre/legislacao-consolidada/lei/1999-34538675-47565475 ) determina, no seu Art. 57º, que
1 - É presidente da câmara municipal o primeiro candidato da lista mais votada ou, no caso de vacatura do cargo, o que se lhe seguir na respectiva lista (...)
2 - Para além do presidente, a câmara municipal é composta por: a) Dezasseis vereadores em Lisboa
(...).
Nas últimas eleições autárquicas, as listas candidatas à câmara de Lisboa obtiveram os seguintes resultados: a lista liderada por Moedas, com 34.3%, conseguiu 7 vereadores, o mesmo número que a lista liderada por Medina, com 33.3%; a lista do PCP/PEV, com 10.5%, obteve 2 vereadores; e a lista do BE, com 6.2%, não foi além de 1 vereador. Perante estes resultados - claramente em dissonância com todas as sondagens -, Moedas ficou com o cargo de Presidente da Câmara, de acordo com o disposto no artº 57º da Lei n.º 169/99, apesar de 10 dos 17 vereadores terem sido eleitos conjuntamente pelas outras listas.
A. Correia
Um dos bots residentes do Ladrões está desesperado, não quer mesmo nada que os Bancos Centrais continuem a criar dinheiro para suportar a economia real...
ResponderEliminarA inflação actual está relacionada com a pandemia.
E se assim não é, bot residente, porque é que a inflação não se manifestou nos anos anteriores à pandemia? Os Bancos Centrais andam a criar colossal volume de novo dinheiro há anos!
Por favor bots, continuem a demonstrar como vocês não mais passam de advogados da corrupção mais parasitária que é o Capital financeiro!
E que tal assim bot, não há mais bailouts ao Capital, especialmente ao Capital do tipo Goldman Sachs?
Nós sabemos muito bem o que tu queres!