sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Vinte anos de euro: A História explica


O Euro começou a circular em Portugal há 20 anos e o seu aniversário foi quase ignorado pela generalidade da imprensa portuguesa e europeia. A moeda única impôs um colete de forças monetário e orçamental aos Estados mais pobres que a ela aderiram. Depois da euforia inicial, da crise e da austeridade, porque desapareceu o Euro do debate público?

O resto pode ser lido no Setenta e Quatro.

5 comentários:

  1. Parabéns pela clareza do texto, só que ele não passa, como de costume, do diagnóstico.

    A Esquerda não parece capaz, tal como o Syriza não foi, de conceber a saída do Euro, esperando ao invés que a situação económica a imponha. Ora isso é uma péssima política, porque na verdade não é uma política.

    Falar de debate implica que se vá preparado para o mesmo e capaz de enunciar os riscos e as estratégias de mitigação em relação ao processo de saída da moeda única.

    Não há qualquer Deus ex Machina que nos livre de o fazer.

    A Esquerda queixa-se da TINA, mas em face da batalha que deseja travar, parece incapaz de conceber uma estratégia que lhe permita ganhar.

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  2. A adesão ao euro significou benesses muito significativas aos aderentes mais tardios e, supostamente, traduzia uma determinação, uma escolha, uma opção, por um projecto de disciplina e rigor que conduziria à produtividade e consequente bem-estar de que usufruíam os seus fundadores.

    A parte do bem-estar foi rapidamente apreendida, mas a disciplina, rigor e produtividade ficaram sob a tutela de uma qualquer 'doutrina dos coitadinhos' que só vigia e enaltece o direito ao bem-estar.
    A saída do euro significaria uma ditadura política a muito curto prazo, e os seus promotores, ou não conhecem, ou fingem esquecer as pendências do ano de 1975.

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  3. Parabéns Nuno Teles. Um saber calmo e uma boa dose de coragem.

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  4. O que a história explica é que aquando da subida dos juros da "dívida pública" nos países do sul europeu os governos destes países tiveram coragem de expropriar os pobres ao invés dos ricos. A pergunta que se impõe é o que tem o governo preparado para um próximo evento do mesmo gênero? Mais do mesmo? É este o comprometimento com a Europa? Queremos mesmo estar na frente no pelotão da indignidade?

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  5. É o politicamente correto capitalista. Pode-se falar em prisão perpétua mas não se pode falar num possível regresso do escudo. Não se pode falar em nacionalizações. Não se pode falar em alterações climáticas. Só se pode falar naquilo que a comunicação social e o politicamente correto capitalista querem.

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