segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Já chegou


Não temos uma concepção neoliberal dos media, nem da democracia. As nossas páginas, no papel ou no digital — só o suporte muda —, não são meros espaços onde cabe tudo. Não cabem opiniões infundadas nem comentários ofensivos e discriminatórios (racistas, sexistas, classistas, inigualitários); não cabem formas de corrosão da racionalidade pela arbitrariedade. Não somos um espaço, muito menos neutro. Somos um projecto, exigente com a verdade e respeitador do jornalismo como garante da democracia. Construímo-nos em oposição à mercadorização crescente da informação e ao afunilamento da pluralidade existentes na generalidade da comunicação social. É neste projecto que queremos continuar a contar os com nossos leitores. 

Em plena crise sanitária, económica e social causada pela pandemia de Covid-19, assegurámos a publicação ininterrupta da edição em papel e apostámos na presença no mundo digital. O novo sítio Internet é um prolongamento em suporte digital do projecto jornalístico e editorial de sempre. O leitor da edição em papel, o leitor que opte pelo digital, bem como o leitor que veja vantagens no acesso às duas edições, terá a partir de agora acesso a cinco anos de arquivo, desde Janeiro de 2017 até ao número do mês corrente). Esse arquivo crescerá para o futuro, com a junção de cada edição mensal a publicar, mas também para o passado, até incorporar todos os números desde Abril de 1999. O arquivo do Le Monde diplomatique – edição portuguesa, além da indexação por data, tema ou país, tornando-o uma ferramenta importante para pesquisa e investigação, terá ligações a traduções noutras edições do jornal. É, em si mesmo, um acervo documental e histórico de grande utilidade para compreender Portugal e o mundo, nos seus bloqueios e alternativas, nas suas contradições e potencialidades, com distanciamento crítico e empenho transformador. 

Sobre nós. Ide ver, ide ver o novo sítio do jornal de sempre.

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