segunda-feira, 8 de novembro de 2021
Crashed
Tenho pena em dizer isto, mas confirma-se que o notável historiador económico Adam Tooze sabe pouco sobre Portugal e ainda menos sobre a esquerda portuguesa. É compreensível, já que não se pode saber tudo, embora ele de facto tente como poucos. O problema é quando se fala sobre o que em grande medida se desconhece. Por exemplo, no seu Crashed apresenta a CDU como ex-comunista, entre outras considerações das quais discordo...
Hoje, em entrevista ao Público, de resto muito bem conduzida, no meio de considerações muito acertadas sobre o poder histórico das políticas keynesianas, conjugando Tesouros e Banco Centrais, a nível internacional, afiança que Portugal, graças ao apoio do BCE, passou a ser um “mega Portugal”, dando a ideia de que seguimos essas políticas e mais do que o Reino Unido e tudo, estando numa situação melhor. Vai daí, crítica a esquerda portuguesa. Uma boa comparação internacional sobre políticas orçamentais em contexto pandémico indica-nos que tal hipótese é falsa, já que o governo português foi dos que menos fez e Portugal será dos que demorará mais a recuperar economicamente da pandemia.
O seu conhecido europeísmo leva-o ainda a recomendar o conformismo em relação à perigosa UE. Assim, não vamos lá.
O conformismo de certas pessoas em relação ao europeísmo deve-se ao facto destas pessoas terem boa vida e não se sentirem alvo do europeísmo/ TINA/ austeridade.
ResponderEliminarEstas pessoas não sentem a urgência da mudança.
É daqueles que sentem a urgência da mudança que virá a urgente mudança.
Foi a pressão da base, dos trabalhadores que fez Franklin D. Roosevelt amanhar a reforma do Capitalismo "New Deal", se a pressão não tivesse existido o "New Deal" não teria existido.
Pelos vistos o dito historiador não sabe que que para as políticas keynesianas só conta o déficit e a emissão de moeda própria.
ResponderEliminarA entrada em cena de moeda e dádivas comunitária já não é keynesiano e ainda se anda à procura de um nome que substitua o de 'mama'.