Não consigo deixar de ficar estupefacto ao ler intelectuais que se dizem de esquerda referirem-se a mais um desastroso desenlace de uma intervenção do imperialismo norte-americano, desta vez no Afeganistão, usando a primeira pessoa do plural, a que se imagina no centro do mundo: “
falhámos às afegãs”.
Em relação a anteriores intervenções, temos uma novidade no campo da legitimação à posteriori da guerra sem fim: um “feminismo” com drones que matou homens e mulheres por igual.
O resto é a ilusão do desenvolvimento trazido de fora pelas várias versões do Consenso de Washington, onde até as reservas afegãs, ouro e moeda estrangeira, estão depositadas na Reserva Federal dos EUA.
Assim como o ouro da Ukrânia depois do golpe fascista dirigido pelos americanos com o actual presidente a tirar dividendos através do filho. Como a fuga actual às duas da manhã, também o ouro foi carregado por volta desta hora, cerca de duzentas toneladas salvo erro.
ResponderEliminarAo fazerem isso, estão a embranquecer os crimes do Império norte-americano na zona.
ResponderEliminarPior, foi ouvir uma espécie de comentador indicado pela RTP-1 desconfiar da China e falar numa intervenção chinesa na zona deixada livre pelos americanos. Portugal parece cada vez mais uma colónia americana. Os próprios ditos «esquerdistas» - tão amigos de Joe Biden - já não falam em «Império norte-americano» (sendo esse um termo empregue pelo «fascismo vermelho», como diz Daniel Oliveira); mas sim em «Impérios».
Se aquilo que Emílio Antunes Rodrigues diz no seu comentário é verdade, é a prova mais firme que os americanos estão neste negócio de policiamento do Mundo por pirataria e roubo declarado a todos os países e povos que se deixam submeter.
ResponderEliminarDúvida: os drones anadavam a matar indiscriminadamente? Só para saber.
ResponderEliminarMuito acertado. O que se diria se esta desgraça fosse feita pelo Trump. Como é o Biden já dá para desculpar.
ResponderEliminarVale a pena lembrar, João Rodrigues, que toda esta tragédia começou com a revolução Saur, a que se seguiu, devido à impopularidade das políticas do Governo comunista e às suas divisões internas, a invasão soviética. O resto é História...
ResponderEliminarO Afeganistão poderia provavelmente ter-se lentamente desenvolvido sob a Monarquia Constitucional não tivessem autoritários e revolucionários querido acelerar a História. Agora, ela volta para trás...
Por isso, o seu suposto choque perante a posição de Peralta soa a hipocrisia enquanto não tiver nada a dizer sobre a responsabilidade da URSS em todo este processo. A memória, como dizia alguém, é uma coisa lixada...
E os EUA não invadiram o Afeganistão para defender os direitos humanos, mas sim porque foram atacados por uma organização terrorista que se albergava neste País...
Isto dito, Biden poderia ter poupado os afegãos à humilhação final e não os ter acusado de cobardia. Se o exército afegão se dissolveu e foi a NATO que o treinou e equipou alguma responsabilidade devem ter os Países ocidentais nisso...
Por Jaime Santos, afinal a culpa de o Afeganistão ter chegado a esta situação foi devido ao governo comunista, apoiado pela União Soviética. Por Jaime Santos, o apoio do exército soviético a pedido do governo comunista no Afeganistão constitui uma invasão. Já o bombardeamento americano, após o 11 de Setembro, e ocupação daquele país pelos «marines» não é nenhuma invasão; é a defesa dos seus interesses contra o terrorismo - sim, esse grande conto infantil de um homem que na sua caverna arquitetou o ataque às torres gémeas foi facilmente digerido pela enorme criança obesa, chamada Jaime Santos que alucinado e de bandeira americana em riste, continua a acreditar no grande papão soviético e que os bons desta história toda são os filhos de Uncle Sam mais o seu tio avô Joe Biden.
ResponderEliminarCuidado com o demagogo das 22.21 que não passa de um pobre diabo cheio de presunção. Por onde quer que eu passe lá está ele.
ResponderEliminarJaime Santos: não foi a NATO que treinou e equipou o exército afegão; foi os E.U.A. e seus aliados (em especial, o exército britânico). Pior, foi ver os EUA a treinar e equipar também o exército talibã, com quem tem uma relação política e militar desde antes do 11 de setembro de 2001.
ResponderEliminarPor fim, nunca houve invasão do exército soviético àquele país. O exército da URSS interveio a convite do primeiro-ministro afegão da altura. Recordo também que na altura da intervenção soviética, o Afeganistão teve o governo mais progressista da sua história.
O Jaime Santos apresenta por onde passa a lógica da batata: Se não tivesse ocorrido uma revolução comunista no Afeganistão, há umas décadas muito largas, nada disto estaria a ter lugar. Seguindo a lógica de Jaime Santos, há também uma outra conclusão a tirar: o 11 de setembro teve como causa primária essa mesma revolução, não fosse essa revolução, os americanos nunca teriam armado os maluquinhos lá do sítio e bin laden nunca teria a oportunidade de, mais tardar, se virar contra os os seus ingénuos e bem intencionados criadores. Portanto, os verdadeiros culpados do 11 de setembro não são quem sabemos que foram, não; tchan, tchan, os verdadeiros culpados do 11 de setembro são e sempre foram os comunistas! Não há pachorra, a não ser para dizer.... Vá à fava, Jaime Santos.
ResponderEliminarO Sr. Jaime Santos escreveu (entre outras coisas) que : "E os EUA não invadiram o Afeganistão para defender os direitos humanos, mas sim porque foram atacados por uma organização terrorista que se albergava neste País...".
ResponderEliminarPenso ser do conhecimento de todos (ou quase) que a Arábia Saudita foi (e continua a ser) a grande financiadora do terrorismo internacional. Aliás, muitos dos autores do ataque de 11 de Setembro de 2001 era sauditas, incluindo o próprio bin Laden. Assim, pergunto: Por que razão é que o EUA não atacaram a Arábia Saudita?
Eu sei a resposta. Mais alguém a sabe?