Morreu um dos responsáveis máximos pela invasão e ocupação ilegal do Iraque, pela guerra que provocou e continua a provocar um número incontável de vítimas, reduziu a escombros um país inteiro, permitiu o saque sistemático de museus e recursos naturais e gerou uma desestabilização e um sofrimento sem precedentes no Médio Oriente.
Capataz de um capitalismo particularmente voraz e militarmente contundente, mestre do engano e da mentira, responsável de último nível pelo uso sistemático de tortura, criminoso de guerra, um homem que andou sempre entre a política e os grandes negócios escudou-se no poder do império que co-liderou para se furtar à justiça dos homens. Morreu ontem. Que a terra lhe seja bem pesada.
Como português, continuo a sentir responsabilidade, vergonha e indignação com a participação de Durão Barroso, enquanto primeiro-ministro do país, neste crime hediondo. Ainda estamos a tempo de fazer sentar este outro político dos negócios no Tribunal Penal Internacional.
Deixem-me só subscrever sem hesitações nem tibiezas. É que estamos num tempo, em que os silêncios são cada vez mais cumplicidade putrefacta.
ResponderEliminarSerá caso, no caso de Barroso, de finalmente poder afirmar: "the butler did it!"?
ResponderEliminarOs USA nem consciência tiveram dos crimes que pratica(m)ram no Médio Oriente.
ResponderEliminarRiram-se quando Saddam afirmou que o ataque a Bagdade era a "mãe de todas as batalhas"...
Ficaram ingénuamente surpreendidos quando as Torres Gémeas voaram, gritam doloridos quando os soldados USA voam no Iraque, no sopro das explosões programadas...
Este morto de ontem atingiu o estado devido demasiado tarde!
Particularmente grave foi a utilização das mesmas tácticas de recurso ao terror a que os EUA recorreram na América Latina:
ResponderEliminarhttps://www.theguardian.com/world/video/2013/mar/06/james-steele-america-iraq-video
Mas não, Durão Barroso foi um mero mordomo de uma cimeira que ficará como uma vergonha no Portugal democrático. Tratou-se de mera propaganda de uma guerra de agressão, mas não da prossecução da mesma por Portugal, o que constituiria, nas palavras do Juiz Jackson, procurador em Nuremberga, o pior de todos os crimes internacionais.
Claro, a seu tempo recebeu a devida recompensa, mas ficou como o pior PM após o 25 de Abril. Asnar sim, provavelmente deveria sentar-se no banco dos réus com Bush e Blair, mas Barroso, graças à visão de Jorge Sampaio, que extraiu dele a garantia de que não haveria tropas portuguesas no Iraque, não passou de uma figura ridícula em todo este processo...
Este já devia anos a terra!
ResponderEliminarDurão Barroso fez parte de um grupo de traidores, que nunca foram julgados (quem sabe, um dia destes)foi um dos principais... Não esquecer o governo de traição-nacinal Passos/Portas, tutelado por o reaccinário Cavaco... Mas existem mais...
ResponderEliminarMas não tivemos lá a GNR e a PSP a colaborar com as forças de ocupação?
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