segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Obrigadinho


Sobre os tão propagandeados fundos europeus, António Costa começou por falar numa bélica bazuca e já está a falar numa vitamina. Ainda vai acabar a falar no placebo europeu, macroeconomicamente mais realista.

Agora, olhemos com atenção para o gráfico, para lá da política dos anúncios nacionais e supranacionais: a cinzento, o desvio do produto (output gap), a diferença entre o PIB real e um imaginário potencial, que nos dá uma medida da crise económica, e a vermelho, que é cor, as medidas de política orçamental, estabilizadores automáticos e vontade orçamental para enfrentar as forças obscuras do tempo: um Estado realmente existente, os EUA, versus um OPNI, objecto político não-identificado chamado zona euro, a que constrange os países que dela fazem parte, sobretudo os periféricos.

Para lá do austeritarismo, adicionemos a igualmente custosa incompetência, vá, sejamos moderados, da Comissão Europeia nas vacinas e temos o caldo aguado europeísta pelo qual devemos todos estar, da direita à esquerda, muito agradecidos.


8 comentários:

  1. Em 1992 a inimiga da classe trabalhadora Margaret Thatcher disse isto sobre o que a "União Europeia" faria à Europa:

    https://youtu.be/_dEp4V1zCvA

    Ao ponto a que isto chegou... quando Thatcher consegue fazer mais sentido que uma certa "esquerda" cosmopolita pró-guerras "humanitárias" com posições garantidas em jornais de "referência"...

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  2. Quando o petróleo e outros bens forem transacionados em euros a UE poderá conduzir a política imperialista (lembram-se do Kadafi?) de fazer do dinheiro material para ensacar.

    O facto de a UE ter impedido a geringonça de mandar uns milhares de milhões para tomar posição nas vacinas que TALVEZ viessem a ser eficazes, foi um crime de que haverá que pedir contas.

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  3. Eu sei que perante estes dados, tão impressionantes como indesmentíveis, a alguns dê vontade de fugir para os braços de Thatcher e companhia, aproveitando para colorir-lhe as formas e arredondar-lhe a ideologia.

    Também sei que o culto da morte dominava os que gritavam os "vivas la muerte", enquanto assassinavam como hordas de fascistas abjectos e assassínos.

    Estes tipos preferiram gastar o dinheiro e as vidas dos portugueses numa guerra colonial em proveito próprio

    O que são vidas poupadas pelas vacinas, quando o que está em causa é mais uma vez o culto do império e os proventos dos porno-ricos?

    O "talvez" berrado daquela forma como se berrava "para Angola e em força", é apenas a tentativa pia, beata, salazarenta e abjecta de tentar justificar a pulhice destas opções de classe

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  4. Muito elucidativo, uma vez mais, João Rodrigues.
    Quanto aos comentários de Jose e JE, os repetidos exageros. Aliás, Jose e JE rimam (em aborrecimento, é claro).

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  5. A Europa é o continente do faz de conta. Faz de conta que somos governados por gente com mérito. Faz de conta que está tudo bem. Que realmente está para uns poucos. Preferem até ser um pouco menos ricos a mandar em muitos miseráveis do que mais ricos a terem que se haver com quem os possa mandar à fava.
    Acredito que os americanos estimulam, como se diz, mais porque ainda tem menos medo da população que os europeus. Porque não se tenha ilusões acerca dos fins destes estímulos: com a sociedade estruturada como está servem para inflacionar os activos dos mais ricos, lá e até cá as intervenções do BCE combinadas com austeridade e falta de investimento público. Servem para ir sustentando os regimes. Faz-se muito de conta.

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  6. Anónimo das 12:19: Tem provavelmente razão, mas pode fazer como eu há anos. Nunca leio nem um nem outro. Vejo os nomes e salto logo para o comentário seguinte.

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  7. O pobre coitado que bate palmas a si próprio nem repara que é um espelho fiel do pobre coitado que tenta há anos fazer o seu "trabalho"?

    16 de Fevereiro de 2021 às 12:19: Primeiro o passar a mão desta forma infantil pelo autor do post. Depois o raiva surda pelo facto de ter sido desmascarado. A tentativa de identificação com jose é tão idiota que percebemos até que ponto a frustração lhe ronda os beirais holandeses

    Às 13 e 16 do mesmo dia: inanidades vazias e ocas, com a profundidade dos arregimentados do regime ( regimes, dirá). Faz de conta que não é um neoliberal e só lhe saem estes comentários de pitonisa de saltos altos

    Às 16 e 29: regressa mais uma vez, para mais uma vez estabelecer um "diálogo" com o "comentador" das 12 e 19, ou seja consigo próprio. Repete-se mais uma vez e mais uma vez desta forma assaz ridícula. A acertividade dos aldrabões de feira apanha-o no sítio onde está


    Ninguém lhe dará um espelho para?

    O que faz de facto uma posta que, de tão clara, faz aparecer entre os interstícios, a brigada do reumático passisto/europeísta?

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