Lá fora já se exige que rolem cabeças no topo da comissão europeia, mas o Público continua a fazer entrevistas untuosas à sua incompetente presidente, para lá de não dar destaque no seu site à vacina russa Sputnik V e a quem a está sensatamente a receber, da Argentina à Hungria. A russofobia não autoriza tal coisa.
Manuel Carvalho falava ontem de “proteção” da “família europeia”, a propósito de uma ajuda simbólica da Alemanha. Lembrem-se que as elites do poder alemão, por via da troika e não só, têm pesadas responsabilidades na austeridade perpétua que enfraquece sempre o nosso SNS, as nossas capacidades colectivas.
É preciso paciência para ler um jornal euro-liberal que regularmente trata os leitores, sobretudo nos editoriais e nas notícias feitas por Bruxelas, como se fossem um bando de ignorantes desmemoriados que para aqui anda.
Adenda. Como tem ficado claro nos últimos dias, o Negócios, em linha com o Financial Times ou até mesmo com a The Economist, tem-se afastado desta miséria editorial: “a inépcia política de Ursula von der Leyen é incontestável, como, aliás, tinha ficado à vista nos cinco anos em que foi ministra da Defesa em Berlim, tendo deixado a Bundeswehr num estado deplorável para seguir para Bruxelas num compromisso em má hora engendrado por Angela Merkel e Emmanuel Macron.”
A destruição que estas figurinhas de stand-up comedy têm provocado nos Estados-Nação europeus tem sido premiada pelos oligarcas - que são os proprietários da UE, de facto.
ResponderEliminarBill Mitchell fala no blog de hoje das habilidades de barroso e draghi, por exemplo.
Eu acrescento a lagarde, que ele esqueceu.
Ora, João Rodrigues, há muito que se deixou de usar os jornais para embrulhar peixe, o que se fazia a partir do dia em que as notícias deixavam de estar frescas :) ...
ResponderEliminarAgora, se se refere ao facto de que o peixe em que quer embrulhar o proverbial Público apodrece pela cabeça, que me lembre, isso é um provérbio que era referido amiúde relativamente à liderança soviética.
Nada foi feito com o resultado que se viu, e as vozes críticas se existiam eram caladas da maneira habitual. No caso da UE, existe, como você o prova aqui, escrutínio e democracia. É uma diferença substancial :) ...
É tão fácil fazê-lo cair em contradição lembrando-lhe que tudo o que você critica aqui não consegue criticar em relação à URSS, em relação à qual o PCP ainda há pouco tempo cantava loas... Isso tem um nome e não é bonito...
E o espanto é qual, assegurar a distribuição de vacinas para centenas de milhões de pessoas não é tarefa fácil. Se você pagar tudo o que puder às grandes farmacêuticas, consegue obviamente fazê-lo muito mais facilmente para um território, como o RU.
Mas sabemos bem o que aconteceria numa guerra de vacinas que envolvesse todos os países europeus. Portugal iria naturalmente para o fim da fila.
O que os anti-europeus são incapazes de admitir é que a sã cooperação entre estados soberanos que propõem é uma treta... Aquilo que aconteceria seria a habitual luta de todos contra todos...
Quanto à Sputnik V, venha ela, desde que certificada, coisa que ainda não foi... O artigo da Lancet é o começo apenas. É assim que a Ciência deve funcionar. Não é voluntarista, mas ao menos corre-se menos o risco de que nos rebente na cara. Como em Chernobil...
O Bill é um esquecido.
ResponderEliminarE só mesmo o Jaime Santos para abençoar o Publico com a liderança soviética.
Tanta contradição neste Jaime Santos. Agora as grilhetas foram substituídas pela trela e as contradições alheias pelo facto de não repetirem as beatices neoliberais que gosta
E as vacinas? Então e a UE e as vacinas? Até a Servia ó Jaime Santos. A ciência a funcionar e só lhe saem duques
O director do panfleto europeísta de referência Público não quer rastejar até Berlim e ir lamber os pés da Merkel...
ResponderEliminarManuel Carvalho quer que o povo que tem sido vítima da austeridade "europeísta" o carregue até Berlim para ele cantar uma ode à patroa Merkel!
Rastejar? Lamber?
EliminarIsso parece linguagem sado-maso. Não é possível mais nível? Para isto já temos o outro