Como aqui assinalou o João Rodrigues, citando Vítor Dias, o PSD e o CDS tentaram ontem apresentar os resultados das presidenciais como se de legislativas se tratasse, sugerindo que estes «mostrariam um país já maioritariamente voltado para a direita», como se estivesse em curso uma evidente mudança de ciclo político. Sucede, porém, que a sondagem realizada à boca das urnas pelo CESOP-UC, questionando os eleitores de domingo sobre como votariam se fossem eleições legislativas, não só não dá qualquer suporte a pensamentos desejosos nesse sentido como realça o enorme problema que estes partidos têm pela frente.
De facto, segundo a sondagem, e em linha com os exercícios que temos feito no blogue, não só a esquerda manteria a maioria dos assentos no parlamento (52% das intenções de voto), como a «direita convencional» (PSD e CDS-PP) teria uma queda substancial, passando dos 32% obtidos em 2019 para cerca de 25% das intenções de voto (isto é, menos 7 pontos percentuais face às legislativas). Ao contrário do que se passa à esquerda, em que os «novos partidos» (PAN e Livre) regridem ligeiramente face a 2019, as novas formações políticas à direita (IL e Chega), perfazem já cerca de 16% das intenções de voto, numa subida de 13 pontos percentuais face ao resultado obtido em 2019 (3%).
Pouco ou nenhum fundamento têm portanto o PSD e o CDS-PP para proclamar mudanças de ciclo e amanhãs que cantam, empoleirados na reeleição de Marcelo. E menos ainda quando, enfrentando uma crise pandémica sem precedentes, com os seus duríssimos impactos económicos e sociais, o Governo e o conjunto das esquerdas revelam, apesar de tudo, menores níveis de desgaste do que se poderia antever.
A direita anda a mentir como sempre fez.
ResponderEliminarA direita não anda a mentir só por si. Mentir mentem alguns dos seus apaniguados como o tal holandês do ministro holandês
EliminarA direita manipula a um nível muito mais alto. Ê muito mais sinistra. Claro que usa todas as manhas, incluindo mentiras para os seus fins . Mas funciona num outro nível, mais oculto , mais global e mais perigoso
A "sarna" que consome a direita é a hipótese de repetir 2011.
ResponderEliminarRepare-se que até já andou por aí novamente o fantasma "além-da-troika", o grande idolo do v*ntura (logo a seguir aos bombistas do verão quente).
Um país que mergulhou de cabeça nos mantras neoliberais, que adotou uma moeda estrangeira, que destruiu a indústrias chave que fizeram a economia crescer no passado, que passou a viver de "fiado", está condenado a viver numa crise permanente: a crise da dívida.
O que antes era um exclusivo de certos países Africanos e Sul-Americanos, é agora um "luxo" europeu - com os cumprimentos do fmi.
Um novo resgate, biliões para distribuir pelos oligarcas e o Costa culpado de tudo, é ou não é um grande objetivo?
Esperemos que os votos dos Socialistas em MRS não venham a servir para dissolver a AR, para tentsr cumprir o sonho da direita de 2021, 10 anos depois de 2011.
Este sujeito das 7 e 40 parece o geringonço. Despeja tudo e mais alguma coisa. Copy paste em forma de canastrão a recitar a cartilha
ResponderEliminarMas não consegue esconder o seu desejo húmido na dissolução da AR
O Chega irá nos próximos anos, nas autárquicas primeiro, e nas legislativas depois, enfrentar um impasse: já ganhou o voto de protesto, e para crescer mais terá de ganhar um outro voto mais responsável. Ou seja, as próprias propostas do Chega terão de se tornar mais credíveis e exequíveis. E, para além disso, o Chega terá de se mostrar como um partido pertencente ao "arco da governação", i. é, apropriado para fazer alianças com o PSD. Mas isso coloca 2 problemas: terá de conseguir impedir o crescimento do IL e do CDS, o que não será fácil; e terá de gerir o seu próprio eleitorado de modo a não desiludi-lo com as cedências que terá de fazer para se poder aliar ao PSD. Ainda por cima porque há um outro partido da área dele e que espera pela sua oportunidade: o Ergue-te, antigo PNR.
ResponderEliminarO PR da estabilidade vai garantir o pântano geringonço enquanto for possível manter esta aparência de estabilidade.
ResponderEliminarMas vêm tempos difíceis, a dívida tem limites, os impostos já são paralisantes, e a esquerda só tem talento para distribuir riqueza e criar emprego público.
A queda ou a reforma do centro-direita terá o seu tempo, mas não todo o tempo.
E o PS?
Um saco-de-gatos apaziguado pelo poder, só o poder o define, não a ideologia.
Olha o ideólogo do regime já sonha alto
EliminarDo saco de gatos podia-se falar do PSD Dos impostos paralisastes podia-se falar em Passos e troikistas associados. De facilitadores de impostos podia-se falar do José
Do poder e os do poder estamos conversados
Este é o tipo que dizia não âs ideologiaS