A tabela seguinte é uma adaptação do quadro de «resultados» que o Observador criou para acompanhar os debates das presidenciais. Em vez das fotos dos candidatos, que já são bem conhecidos, optou-se aqui por colocar as dos membros do «júri», que têm em comum o facto de «colaborarem» - todos eles, observem bem - no Observador. De facto, tanto quanto é possível apurar, no Observador José Manuel Fernandes é publisher; Judite França e Paulo Ferreira são jornalistas; Miguel Pinheiro é Diretor Executivo; Miguel Santos Carrapatoso é Editor Adjunto de Política; e Rui Pedro Antunes é Editor de Política. Tudo prata da casa. O que, naquela casa, não é um detalhe.
De facto, dos debates com «avaliação» até ontem (e considerando apenas os que opõem um candidato de direita a um de esquerda), conclui-se que em 24 votações, além de um «empate», apenas em três casos a «vitória» é atribuída à esquerda. Ou seja, em 20 votações (83% do total) a «vitória» é da direita ou da extrema-direita (com Ventura a ganhar em toda a linha na «avaliação» do debate com João Ferreira - sim, no debate com João Ferreira - e a perder duas votações no debate com Vitorino Silva). Globalmente, a direita vence com 57% e, dado também interessante, no debate entre Marcelo e Tiago Mayan a «vitória» é atribuída de forma quase unânime a este último.
Se a ideia é fazer uma «avaliação à direita» dos debates, num Observador assumidamente de direita, então talvez fosse mais sério e transparente - não vá alguém pensar que está perante um painel de jurados politicamente plural - assumir isso mesmo, acrescentando ao título do exercício («As notas e quem venceu cada um dos debates») «segundo o Observador». E se o painel não é tão politicamente monolítico como aparenta (ao contrário do do Expresso), tornando injusta a crítica, deveria associar-se a cada «avaliador» uma espécie de declaração de interesses, que passaria pela clarificação do seu posicionamento político (há uns testes interessantes na net para aferir isso). Assim é que não.
Muito bem!
ResponderEliminarPerante a certeza da reeleição de MRS, a direita vai ter uma vitória no final do mês.
ResponderEliminarCoisa rara nos últimos anos, pelo que eles já festejavam, mesmo antes de o PR em exercício anunciar a candidatura.
A acompanhar os festejos, há todo um programa de combate ao governo em exercício, que vai desde o aproveitamento do disparate da ministra da justiça até ao reaparecimento do antigo PM do ALÉM-DA-TROIKA.
Os media, especialmente aqueles assumidamente ALÉM-DA-TROIKA - como é o caso - desesperam perante a não inevitabilidade do derrube do governo por despacho do futuro PR.
Os amanhãs que não cantam de uma das piores ala-direita da europa.
Por milagre terá aparecido uma oportuna dose Covid alí prós lado de Belém que evitará uma importante, e sem dúvida esclarecedora, justa -vulgo confronto de ideias- sobre o que como ser-se, na 1ª pessoa, Presidnte da República em Portugal. Há males que vêm por bem, reza o ditado e a usual matreirisse.
ResponderEliminarJMF anda nos extremismos desde o 25/4, quando se acusava a extrema-esquerda de andar a soldo sabe-se lá de quem (sabe-se, e parece que continuam os mesmos e estrangeiros).
ResponderEliminarJF é malcriada de pai e mãe.
PF é um eterno porta-voz nos jornais, há 20 anos que o escolhem para chefiar projectos ideológicos nas redacções.
MP parecia relativamente inteligente, apesar de reaccionário comó c******. Agora, na alucinação da forma e da substância começa a parecer-se com o Miguel Morgado. Coisas da UCP e da sua água benta?
Carrapatoso há-de ser filho de um Carrapatoso.
Como os debates infelizmente, poucos os seguem, os jornaleiros, e comentadeiros, gostam destas novelas. Sorria-se e passe-se ao lado.
ResponderEliminarPor curiosidade fiz o teste. Resultado: sou alegadamente menos de Esquerda do que Obama, e mais Liberal do que Friedman.
ResponderEliminarSabendo eu que sou Social-Democrata, que Obama de Esquerda tinha pouco ou nada, só vos posso deixar um aviso: não coloquem links que enviem os vossos leitores para palhaçadas. Já temos uma coisa mais a sério:
https://www.politicalcompass.org/
- com provas dadas, e bem mais rigorosa. Que não confunde o Obama com a Esquerda, nem confunde Liberais com Sociais-Democratas, e muito menos coloca os Sociais-Democratas do lado dos opositores às liberdades individuais.
Que vergonha de teste, aquele cujo link o Nuno Serra colocou no texto.
O JMF anda nos extremismo desde o 25 de Abril, diz um anonimo. O JMF foi militante da UDP, escrevia no Jornal a Voz do Povo, e nessa altura nunca andou a soldo, ao contrario do PS, do PCP, do PSD, e do CDS, que recebiam fundos de varias fontes.
ResponderEliminarSair da esquerda , e cair na direita radical, temos muitos e de varias partidos, a Zita Seabra, ja vai na Opus Dei, o Durao Barroso, o Nuno Crato, O Vital Moreira este ainda anda pelo PS, mas com posicoes bem de direita, e por aqui me fico.
Caro Anónimo das 17h57 (6 de janeiro),
ResponderEliminarAgradeço-lhe o reparo. Confesso que na altura acabei por não pesquisar devidamente (e nem me ocorreu o Political Compass, um site que é de facto de referência nestas matérias). Já está a substituir o link anterior. Obrigado!
Olh'ó Augusto veio da UDP - e acaba a proteger a ronca de todos os nevoeiros da extrema norte-americana,
ResponderEliminar6 de janeiro de 2021 às 17:37.
ResponderEliminarUm anónimo traz um comentário mordaz e preciso.
Augusto sai em defesa desse verdadeiro exemplar do recebimento a soldo que é JMF. E fá-lo duma forma tão mas tão acertiva, que ficamos na dúvida se Augusto não tomaria conta das finanças de JMF.
Há mais?
Há.
Todos sabem que há gente que sai da esquerda e vai pela direita para a direita.Mas não é isso que está em causa,ou melhor, não é a origem dessa gente que é apenas questionada. É o tipo de pessoas que faz tal percurso, sejam JMF, Zita, Durão Barroso ou Crato. Embora se deva questionar porque motivo uma percentagem importante dos companheiros de JMF ou de Barroso estão onde agora estão. E isso é como o algodão. Não engana
Se Augusto quis limpar alguma da trampa que cai em JMF, o que acontece é que saiu ao lado.