segunda-feira, 16 de novembro de 2020
O pluralismo mete-lhes medo
O espaço de comentário Global simboliza o estado em que está a política internacional em Portugal, sem esquecer, claro, que esta última começa e acaba na política nacional. Paulo Portas, não o esqueçamos também, é a encarnação dos negócios mesmo estrangeiros e continuará a ser lavado na máquina da TVI, em horário nobre, até estar presidenciável.
Na área do debate sobre política internacional, o espaço admissível neste momento vai mesmo do extremo-centro dito liberal de Bernardo Pires de Lima à extrema-direita de Jaime Nogueira Pinto ou de Nuno Rogeiro, passando pelo conservadorismo de Miguel Monjardino e quejandos. O Grupo Impresa é tão mau ou pior do que a TVI. Na RTP, a situação não é muito melhor.
A falta de pluralismo no debate público nesta área consegue ser então pior do que na economia, sem esquecer o malfadado centralismo lisboeta encarnado nesta área pelo dominador IPRI. É como se não houvesse país, nem esquerda, nem mais nada.
Não há qualquer espaço, por exemplo, para posições soberanistas de recorte anti-imperialista, para a valorização da multipolaridade, para os que se atrevem a pensar para lá do eixo Frankfurt-Bruxelas-Washington, para lá da lógica do bom aluno de mestres cada vez mais medíocres, para lembrar a saudosa argúcia de Medeiros Ferreira. Não há espaço para os que perguntam: quem é o interesse nacional?
E, no entanto, de José Goulão a José Manuel Pureza, passando por Sandra Monteiro, há tanta gente profundamente conhecedora e com visões alternativas que enriqueceriam um debate assim verdadeiro.
E, já agora, porque será que a linha do Le Monde diplomatique - edição portuguesa não tem direito a tomar a palavra para centenas de milhares ou mesmo para milhões? O pluralismo genuíno mete-lhes medo é o que é. E o internacionalismo genuíno, o que se sente bem mais confiante e alegre cá dentro sempre que um povo volta a avançar lá fora, como aconteceu na Bolívia ou no Chile, também não os deixa sossegados. A política internacional começa e acaba em casa, realmente.
Mais do mesmo. O tempo tudo parece apagar da memória, até a estratégia deste exímio hipócrita que sabe saltar bordo fora quando os barcos se afundam, talvez por isso o negócio dos submarinos que protagonizou com os donos disto tudo, para se camuflar em águas profundas elevando o periscópio na altura mais vantajosa... Questão de tempo para termos presidente sem qualquer campanha. Os portugueses é disto que gostam ...
ResponderEliminarMais uma generalização absurda
Eliminarde Garcia.
O Mundo vive de transacções internacionais, o que no nosso caso significa cerca de 40% do PIB.
ResponderEliminarComo ainda não se inventou um socialismo internacional, tudo que se conhece é uma internacional socialista, em que as transacções internacionais são mero veículo de promoção de agendas políticas nos países envolvidos.
Daí que não se veja o que os socialistas tenham a dizer sobre negócios capitalistas.
Negócios capitalistas negócios capitalistas negócios capitalistas
EliminarE mais os pides para garantirem os negócios capitalistas. Tal como no tempo do outro
A idiotice já chegou aí em cima e mistura-se com a baba dos negócios capitalistas, negócios capitalistas, negócios capitalistas
Paulo Portas: Um escroque irrevogavel numa versao necessariamente provinciana pois nao pode aspirar, apesar de tudo, a mais do que operar na periferia do Imperio.
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