Os reforços de emergência, se não forem acompanhados de medidas estruturais para a criação de uma rede pública de apoio aos mais velhos, e se esta não assentar numa articulação profunda de equipas da Saúde e da Segurança Social, vão também consolidar opções erradas que acompanham este sector desde a sua génese. Uma delas é a escolha, que o Estado português mantém, de estar ausente da provisão (pública), limitando-se a financiar instituições sociais nas quais delega as competências de cuidar destas populações. O resultado é um agravamento das tendências assistencialistas, que misturam falta de formação e preconceitos, num contexto de uma insuficiente fiscalização pelo Estado dos cuidados prestados (a começar pelos rácios exigidos entre profissionais e utentes, em particular os mais dependentes, com grande prejuízo para a qualidade da sua saúde) (...) Nesta edição, Maria do Rosário Gama defende a criação de um «Serviço Nacional de Apoio aos Mais Velhos», criando oferta pública e potenciando a rede já existente. Pela capacidade de intervenção imediata e pelo conhecimento que certamente trará dos problemas vividos no terreno, é um caminho que urge seguir. Na senda de uma rede pública e universal que possa finalmente honrar a democracia.
Sandra Monteiro, Cuidar dos velhos: por uma rede pública e universal, Le Monde diplomatique - edição portuguesa, Setembro de 2020.
E no lar do Montepio, não há auditoria da OM?
ResponderEliminarNuno
Nem no lar de Vila Verde.
EliminarNem a fiscalização sabem fazer, mas o pressuposto sempre é que com gente bastante e provisão bastante sempre vai funcionar.
ResponderEliminarÀ 'vara larga' tudo se resolve é conceito fundador do 'progressismo'.
não há capacidade para cuidar hoje de 2 milhões de velhos nem de 4 milhões de velhos em 2050 é uma batalha perdida e a institucionalização não lhes dá melhor qualidade de vida é uma situação de recurso
ResponderEliminarO Ex.mo sr. Padre Vítor Milícias não emite parecer sobre tão momentoso problema ?
ResponderEliminarQue o Divino Espírito Santo lhe faculte uma língua loquaz que nos eslareça,acalme e conduza na senda dos interesses das Santas Casas da Misericórdia,que são os interesses de Deus...
Um texto sereno de João Rodrigues merece a vinda apressada de quem vê a caravana passar.
ResponderEliminarTemos então vindo da Holanda a preocupação com o Montepio e com o de Vila Verde
Já não admira é que a "posteridade" esteja preocupada com os velhos. Vê mais além. Assim pelo buraco da fechadura do coiso que saliva contra o SNS
(Ou que o travesti se travista agora de Mark Twain?)
Já jose faz à vara larga. Mas para conceito fundador da idiotice já basta