2. Para estes registos mais sombrios contribuem, claro, os focos de contágio na AML, que evidenciam o impacto assimétrico da pandemia e revelam problemas estruturais de contexto, bem como o fecho de fronteiras a cidadãos portugueses e o desanconselhamento de viagens a Portugal por parte de alguns países europeus, em regra assentes na comparação do número de novos casos (o menos fiável de todos os indicadores, por razões a tratar num próximo post).
3. Contudo, quando se analisa a evolução da pandemia através dos indicadores disponíveis, constatamos que subsiste um claro problema de perceção. De facto, não só o aumento do número de infetados e de novos casos é ligeiro e tende para a estabilização, desde que se iniciou o desconfinamento, como a tendência mais recente, em termos de internamentos e de óbitos, tem sido de decréscimo (sobretudo desde o final de junho).
4. Não existe margem, de facto, para dizer que a pandemia está descontrolada ou que se regista um regresso aos níveis de contágio e de impacto iniciais. De um «pico» de 803 novos casos diários no final de março, passou-se para 188 no final de maio, situando-se agora esse valor nos 327, em pleno contexto de desconfinamento. Mais relevante ainda, a tendência recente do número de internados e de óbitos é decrescente e está longe de corresponder à registada antes do «pico». Desde que se atingiu o valor mínimo em cada um destes indicadores (em resultado do confinamento), o aumento médio diário é de apenas +1,9 no caso dos internados e +0,1 no caso dos óbitos.
5. Em suma, a menos que se pudesse esperar que o desconfinamento não implicasse um aumento do número de novos casos, ou que a pandemia pudesse desaparecer sem ser necessária a existência de uma vacina, os dados recentes contrariam muitas das perceções que se foram formando, no espaço público, relativamente à evolução da pandemia. Sim, entrámos em desconfinamento e ainda não há vacina, pelo que a evolução registada até agora não andará longe do que se poderia esperar e inclusive, face às reais circunstâncias, desejar.
com cento e poucos casos hoje parece até que há uma tendência para um nº muito mais baixo de casos diários. E aparentemente oxford já tem uma vacina resta saber quantas vacinas haverá disponíveis daqui a um ou dois anos não haverá certamente vacinas para a população toda e se calhar nem para os grupos de risco
ResponderEliminardificilmente se fabricarão 2 mil milhões de vacinas para uma população de 7,8 mil milhões fica muita gente para propagar o vírus
ResponderEliminarMais que a condução mediático-histérica do assunto covid-19, que é "APENAS" mais uma doença infecto-contagiosa, o que devia estar a ser discutido é a infra-estrutura hospitalar necessária para combater futuros surtos (alguns, provavelmente, mais agressivos que este...).
ResponderEliminarAs doenças infecto-contagiosas são para serem tratadas nos serviços de infecciologia dos hospitais.
Ora, os hospitais estão e por ORDEM DA UNIÃO EUROPEIA, sem capacidade de resposta, porque os "abcessos" que desgovernam esta imbecilidade informe acham que os hospitais não podem ter camas vazias: é contra a ideologia reinante, chamada de neoliberal.
Nos tempos da troika, os troikados decretaram o encerramento de dezenas de hospitais ex-santas casas da misericórdia e agora essas camas eram necessárias para gerir os internamentos.
Agora, não há camas e os doentes são mandados para casa, ao mesmo tempo que se colocam milhares de enfermeiros dos cuidados primários, em maratonas de visitas ao domicílio, para tratar os doentes em casa.
Quando nos aparecer um ébola-20 ou uma peste-21, a culpa vai ser do obama ou do sócrates, com certeza.
«...pelo facto de os novos casos não estarem a descer...»
ResponderEliminarSignifica então que as medidas impostas para conter a «pandemia», como o uso de máscaras/viseiras e distanciamento social, para além de infundadas são ineficazes.
Relativamente à imposição do uso de máscaras fora do contexto hospitalar, para além de ser prejudicial para a saúde de quem as utiliza é igualmente um perigo para a saúde pública.
Convém realçar que uso de máscaras generalizado pela população (excepto pelos profissionais de saúde) voltou a ser recusado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a 06 de Abril de 2020, por as mesmas serem ineficazes na protecção contra a contaminação; as máscaras servem somente para proteger os doentes/pacientes das gotículas de saliva dos profissionais de saúde que possam eventualmente cair ou ser expelidas:
- Conselhos sobre o uso de máscaras no contexto do COVID-19 (Advice on the use of masks in the context of COVID-19, 6 April 2020)
https://www.who.int/publications-detail/advice-on-the-use-of-masks-in-the-community-during-home-care-and-in-healthcare-settings-in-the-context-of-the-novel-coronavirus-(2019-ncov)-outbreak
Quanto ao método de transmissão do vírus Covid-19 via gotas de saliva, aerossol, contacto, ou através do ar conforme tem sido dito pelo Governo e a Direcção-Geral de Saúde (DGS), é falso, pois nunca foi provado esse meio de transmissão:
- It is Time to Address Airborne Transmission of COVID-19
https://academic.oup.com/cid/article/doi/10.1093/cid/ciaa939/5867798
Destaco ainda que se mantém activa a seguinte petição:
- Anulação do Artigo 13.º-B presente no Decreto-Lei n.º 20/2020
https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT99605
A vacina da gripe não erradicou a gripe. É errado pensar que a vacina é a salvação.
ResponderEliminara gripe tem mutações rápidas dai a vacina não proteger definitivamente já este virus aparentemente é mais estável
ResponderEliminarPelos comentários que se lê, ainda há muito que informar.
ResponderEliminarAs máscaras são eficazes na contenção de gotículas, aerossóis e demais perdigotos. Essa é a forma primária de contágio deste tipo de virus. Ele não emana da pele dos contagiados, por isso sai do corpo pelas vias respiratórias e não por outro lado. Um panito a cobrir as ventas faz muito para evitar que a coisa se espalhe.
Essa é a principal função das máquinas, já que não são especialmente eficazes a proteger-nos se alguém espirrar desprotegido na nossa direcção.
Além disso, basta-nos olhar para oriente, onde é normal uma pessoa proteger a comunidade quando tem de ir trabalhar constipada, usando uma máscara. Uma visão normal na época da gripe nos transportes públicos da Coreia, Japão, Singapura etc.
A gripe não foi eliminada pela vacina, mas esta visa reduzir a sua perigosidade em populações de risco. Se para a COVID 19 se encontrar uma vacina tipo a da gripe, que exija renovação periódica já estamos um grande passo mais perto da normalidade. Mas isto só o futuro dirá, até lá só o comportamento consciente pode preservar-nos de males maiores.
não há infraestruturas hospitalares que consigam debelar uma epidemia de um agente muito infeccioso como a gripe em 19\8.19
ResponderEliminarExtraordinário
ResponderEliminarUma avalanche de comentários de João pimentel ferreira. Sob vários anonimatos e vários nicks, tipo "simplesmente Maria"
A mostrar mais uma vez o seu carácter intelectual e cívico. A sua postura ética. E ideológica
Mas também a evidenciar algum desespero pelo seu paraíso fiscal, a Holanda estar a aparecer como aquilo que é
Se formos mais atentos o que aqui também se evidencia é o rancor de JPF pelo facto do SNS ter aguentado melhor do que se esperava após os ataques soezes de que tem sido alvo ao longo do processo de recuperação neoliberal. Afinal mais uma vez se comprova que de facto os privados na saúde o que querem é apenas ganhar dinheiro à custa do sofrimento e da morte dos demais. Com o carácter de cobardia que ilumina geralmente estas coisas
Pode-se não concordar com o conteúdo do post de Nuno Serra.
ResponderEliminarMas é inegável que é um post sereno e uma machadada na histeria que acompanha o discurso de uma direita pesporrenta e revanchista
A prova está aqui neste post positivamente assaltado por JPF
João aonio eliphis pimentel ferreira vira-se para a vacina e dialoga consigo próprio num processo de manipulação que o caracteriza
Depois volta-se para o faduncho dos hospitais. Causa-lhe sobretudo azia que "a tendência recente do número de internados e de óbitos é decrescente e está longe de corresponder à registada antes do «pico»."
E descontrolado, mente sobre o descontrolo nos Hospitais. Um neoliberal, que andava a papaguear as virtudes das PPP na saúde, tem que meter a viola no saco e ficar reduzido a estas misérias
Sob JF confirma o que se disse atrás.A colecção de idiotices é tanta que nem sequer vale a pena descodificá-las
L Rodrigues tenta esclarecer de forma pedagógica ( e com humor) as imbecilidades ditas por JPF.
Valha-nos ao menos isso
A ciência é clara para quem sabe ler, e continua a evoluir. Ser contra as máscaras é auto-genocídio.
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