sábado, 16 de maio de 2020
Um jornal com trabalho
A disputa da capacidade do Estado para apoiar, proteger e investir é um dos eixos centrais da luta política e social deste tempo. O seu resultado não pende necessariamente a favor da garantia das condições de vida dos trabalhadores, da protecção social de quem precisa ou do reforço da capacidade pública para defender o interesse comum (...) Aqui radica a importância das acções de luta organizadas pela CGTP no 1.º de Maio (...) Consciente do momento de tragédia laboral que vivemos, vivida como sofrimento pessoal no confinamento de cada família, a acção da central sindical mostrou que estar consciente dos riscos é o que permite reduzi-los, com preparação, organização e disciplina na observação das regras sanitárias.
Sandra Monteiro, Defender os trabalhadores, Le Monde diplomatique - edição portuguesa, Maio de 2020.
Uma certeza. A necessidade de controlo democrático no quadro das empresas, fundada na representação autónoma dos trabalhadores – uma das conquistas mais preciosas do 25 de Abril – e a sua articulação com os sindicatos como organizadores da solidariedade e da negociação colectiva na empresa, e para além da empresa, vai ser uma necessidade imperiosa.
Maria da Paz Campos Lima, Enfrentar a «tempestade perfeita» nas relações laborais.
O desafio deste artigo é mostrar que o regime de lay-off simplificado, aprovado para apoiar a tesouraria das empresas e preservar empregos, é uma repartição desigual de sacrifícios, com efeitos recessivos, podendo ser ineficaz e redundar num financiamento opaco a grandes e médias empresas que podem não necessitar dele. Projecte-se então o filme.
João Ramos de Almeida, O lay-off simplificado já é austeridade.
Se quiserem então ver com regularidade o filme, assinem o jornal, apoiem este projecto cooperativo.
O filme "a segurança social dos oligarcas" dentro em breve num cinema perto de si, protagonizado pela estrela siza vieira.
ResponderEliminarNão, não é o arquiteto.
É o fofinho da cip.
Até os advogados querem uma fatia do bolo. Dizem que foram enganados pela "caixa".
Estão a ver os artistas das letras pequeninas a serem enganados por letras pequeninas, não estão?...
«a importância das acções de luta organizadas pela CGTP no 1.º de Maio»
ResponderEliminarAcções de luta? Desde quando uma qualquer parada é uma acção de luta? O mesmo seria chamar batalha a um desfile militar.
Lutar seria ver-se formular e obter algo de realizável na concertação social.
Lutar seria ver-se algo que não a inútil pretensão de 'proibir despedimentos'.
Lutar é algo que possa trazer uma probabilidade de sucesso, tudo o mais são parangonas e fogo de vista.
«...representação autónoma dos trabalhadores...com os sindicatos como organizadores da solidariedade e da negociação colectiva na empresa»
ResponderEliminarQue é feito daquela tai esclarecedora noção da 'correia de transmissção'?
Autonomia, uma ova!
ResponderEliminarPara ser claro, e reportando-me a um outro planeta:
«Como estão proibidos os despedimentos e as falências, "o lay-off simplificado, aprovado para apoiar a tesouraria das empresas"...»
Já era leitura ocasional cá de casa. 18 euros distribuídos por seis meses não me vai tornar mais pobre, Vou assinar.
ResponderEliminarOnde e quando é que já vimos este filme? Deixa-me cá puxar pela memória...Já sei:exactamente aqui, em 2008 e na década seguinte. E ainda dizem que o Centrão nada tem de socialista... Tem, tem, só que é um "socialismo" psicadélico: ele há a luz do socialismo para as grandes fortunas e os grandes grupos económicos e ele há a escuridão do capitalismo selvagem (perdoem-me o redundante pleonasmo) para o proletariado e os pequenos proprietários.
ResponderEliminarQuando a coisa corria bem (definamos "bem" como aquele mundo de rosas em que os accionistas vêem os seus dividendos aumentar obscenamente todos os anos, enquanto os "colaboradores" não vêem os seus salários aumentar há bem mais de uma década), o Estado era o diabo; quando o maremoto da pandemia sobre nós desabou, não tardou a entrada em cena dos comentadeiros do costume a exigirem... a intervenção do Estado na salvação das empresas que, tão filantropicamente, têm por alta e única missão "a criação de riqueza".
Há que recorrer ao dicionário do jargão liberal/globalista para entendermos o subtil significado dessa "salvação das empresas": salvação aqui é a salvação do lucro dos acccionistas, pois para os trabalhadores não há salvação alguma. O lay-off é a mera e muito estreita antecâmara do desemprego. Mais: é, se utilizarmos as palavras com propriedade, a antecâmara do desemprego ao mesmo tempo que é a efémera sala de estar do semi-desemprego e a rampa de lançamento para o inferno da miséria e da fome.
Apertem os cintos que a coisa está só a começar e vai durar muuuuuuuuuuuuuuuuiiiito tempo.
"A necessidade de achatar a curva das infecções depende da linha que traduz a capacidade máxima de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), depauperado em equipamentos e recursos humanos. Da mesma maneira, também a necessidade de desconfinar a actividade económica depende da capacidade máxima de resposta existente num Estado corroído pelas políticas neoliberais e austeritárias. Quanto mais um país abdicou da sua actividade produtiva e se tornou dependente de sectores voláteis como o turismo, quanto mais promoveu o desinvestimento em serviços públicos e transferiu recursos para prestadores privados, quanto mais aceitou regras orçamentais europeias feitas para o manter sob o garrote da dívida, e quanto mais fragilizou os direitos e os rendimentos de trabalhadores e pensionistas, mais um país é pressionado para retomar a actividade económica. Porque mais dificilmente poderá despender as somas necessárias para apoiar uma sociedade parcialmente parada. E isso torna as escolhas agora feitas ainda mais decisivas...
ResponderEliminarDar prioridade à estabilidade do sistema financeiro e à tesouraria das grandes e médias empresas, as quais têm sido as principais beneficiárias dos apoios públicos, quase sem condições, não coloca apenas um problema de desigual e injusta repartição dos sacrifícios, em comparação com os exigidos aos trabalhadores. Coloca também em marcha a próxima crise, pois como já mostrou a anterior resposta austeritária, a pressão sobre a Segurança Social, não sendo proibidos os despedimentos e havendo perda de contribuições, bem como os cortes dos salários, têm efeitos recessivos sobre toda a economia".
(Sandra Monteiro)
Pobre jose
ResponderEliminarDesqualifica o Primeiro de Maio. Depois de ter andado a arfar contra a sua celebração agora decreta:
"Desde quando uma qualquer parada é uma acção de luta?"
A Bem da Nação, claro
Na sua ira de frustrado comandante militar, dotado da capacidade de distinguir uma batalha de uma almoçarada de néscios e gordos legionários, Jose define tonitruante o que é isso de lutar.
ResponderEliminar"Lutar seria ver-se formular e obter algo de realizável na concertação social"
Tão fofinho, este patronato a andar com a "concertação social" como missal
"Lutar seria ver-se algo que não a inútil pretensão de 'proibir despedimentos'"
Tão fofinho no que considera "inútil pretensão"
"Lutar é algo que possa trazer uma probabilidade de sucesso, tudo o mais são parangonas e fogo de vista"
Tão fofinho na sua análise do que é lutar. Vê-se que tem mesmo as qualidades para legionário
E vê-se à légua que está irritadiço. Não lembraria ao diabo uma tão idiota intervenção sobre o que é lutar.
Há aqui uma vera pulsão de censor
O perfil crispado de jose confirma-se:
ResponderEliminarDirá:
"daquela tai esclarecedora noção da 'correia de transmissção'?"
Autonomia, uma ova!"
O "tai" e a "transmissção" traduzem alguma ira desconexa.
O ponto de exclamação a pontuar "uma ova" revela a perturbação
Vale a pena sempre lutar. Como a luta do Primeiro de Maio, uma das muitas contribuições para.
Essa coisa de resistir aos patrões cai aos ditos tão mal, que desaguam nestas fífias por demais reveladoras
ResponderEliminarSejam tolerantes com o José. Ele é só anticomunista, antitrabalhadores… Fora isso tem um excelente blog Porta da Loja - que eu visito todos os dias e onde aprendo algo. O homem é, simplesmente, enciclopédico.
Prontos! Ele é assim: Quando ouve falar em comunistas e sindicalistas da CGTP perde o pé.
João Pedro
"João Pedro" vem pedir tolerância para com jose
ResponderEliminarEle lá sabe o grau de tolerância que tem ou a que quer vender
Mas o que sobra é um elogio encapotado a um tipo. Essa do "saber enciclopédico " cheira tão mal, como o cheiro duma ratazana morta após uma semana dentro de uma caixa de sapatos
Como também joão pedro está profundamente equivocado.Nem esse blog aí em cima citado pertence a Jose. Nem o mesmo blog tem qualquer coisa de excelente. É apenas uma cloaca salazarista a céu aberto
O que "joão pedro" aprende é lá com ele.Mas suspeitamos que sabemos o que pretende.
Pertence ao clube e todos os dias tenta que desaprendamos algo
Ó joão pedro deixa-te de tretas.
ResponderEliminarO José a perder o pé com comunistas e com a CGTP? Ele perde o pé em quase tudo. E o seu conhecimento enciclopédico está ao mesmo nível daquele aldrabão que tu tãããããããoooo bem conheces. Um tal João Pimentel Ferreira
Como se o aproveitamento que a Cgtp faz dos problemas dos trabalhadores não fosse única e exclusivamente para usufruto político do pcp. tudo o resto é treta.
ResponderEliminarSe uma empresa vende os seus produtos, porque há mercado, há trabalho. Se não há, há despedimentos.Tudo o resto é enganar parolos. E eles são cada vez menos no pcp e na cgtp.
E já agora, quando e quem criou a cgtp?
19 de maio de 2020 às 21:13:
ResponderEliminarEste vem tentar enganar, tomando os demais por parolos
Será o "joão pedro" himself? Ou o seu dono,o joão pimentel ferreira?
A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) é uma confederação sindical fundada a 1 de Outubro de 1970 em Lisboa. A CGTP é membro da Confederação Europeia de Sindicatos.
As direcções do Sindicato Nacional dos Caixeiros do Distrito de Lisboa, do Sindicato Nacional do Pessoal da Indústria dos Lanifícios do Distrito de Lisboa, do Sindicato Nacional dos Técnicos e Operários Metalúrgicos do Distrito de Lisboa e do Sindicato dos Empregados Bancários do Distrito de Lisboa convidam a 29 de Setembro de 1970 outras direcções sindicais para " comparecerem numa sessão de trabalho para estudo de alguns aspectos da vida sindical cuja discussão lhes parece da maior oportunidade".
A ordem de trabalhos proposta para a primeira reunião intersindical reflecte, desde logo, uma concepção de sindicalismo que não separa a resolução dos problemas dos trabalhadores da luta pelos direitos e liberdades democráticas fundamentais. Entre as questões "da maior oportunidade" que foram propostas para estudo, constaram o decreto-lei nº 49 212 (contratação colectiva), o horário de trabalho, a censura e a liberdade de reunião.
Os fachos na altura não gostaram . Nem os patrões que viviam sob o manto protector do regime
Nem a cambada neoliberal gosta aqui tão bem representada por esse representante da desonestidade de nome joão pimentel ferreira
19 de maio de 2020 às 21:13:
ResponderEliminarEste vem tentar enganar, tomando os demais por parolos
Será o "joão pedro" himself? Ou o seu dono,o joão pimentel ferreira?
A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) é uma confederação sindical fundada a 1 de Outubro de 1970 em Lisboa. A CGTP é membro da Confederação Europeia de Sindicatos.
As direcções do Sindicato Nacional dos Caixeiros do Distrito de Lisboa, do Sindicato Nacional do Pessoal da Indústria dos Lanifícios do Distrito de Lisboa, do Sindicato Nacional dos Técnicos e Operários Metalúrgicos do Distrito de Lisboa e do Sindicato dos Empregados Bancários do Distrito de Lisboa convidam a 29 de Setembro de 1970 outras direcções sindicais para " comparecerem numa sessão de trabalho para estudo de alguns aspectos da vida sindical cuja discussão lhes parece da maior oportunidade".
A ordem de trabalhos proposta para a primeira reunião intersindical reflecte, desde logo, uma concepção de sindicalismo que não separa a resolução dos problemas dos trabalhadores da luta pelos direitos e liberdades democráticas fundamentais. Entre as questões "da maior oportunidade" que foram propostas para estudo, constaram o decreto-lei nº 49 212 (contratação colectiva), o horário de trabalho, a censura e a liberdade de reunião.
Os fachos na altura não gostaram . Nem os patrões que viviam sob o manto protector do regime
Nem a cambada neoliberal gosta, como se vê pelo exemplar anexo um tal de joão pimentel ferreira.
Aquele modelo de boçal capataz a recrutar trabalhadores para a jorna é tão típico da tralha neoliberal.