domingo, 31 de maio de 2020
Pios tardios
João Vieira Pereira afiançou ontem que “reformas estruturais no dicionário do eixo franco-alemão querem sempre dizer uma coisa: a subjugação da economia e das empresas portuguesas a um alegado superior interesse desenhado a regra e esquadro num gabinete europeu onde qualquer ideologia é esmagada pelos grandes lóbis empresariais”.
O que dizer perante este diagnóstico do director do Expresso?
Em primeiro lugar, tarde piaste.
Em segundo lugar, a lógica geopolítica, que se traduz numa dependência externa acrescida, deve ser complementada com a da classe sempre que falamos de UE. Esta lógica traduz-se numa redução dos direitos laborais, do salário directo e indirecto. Este é outro dos significados das tais reformas estruturais no dicionário da UE. O exemplo da TAP, mobilizado por Pereira, vai ser realmente um bom estudo de caso do cruzamento destas duas lógicas, dado o espectro da tutela de Bruxelas a condicionar tudo. Pagamos e não mandamos para lá da banca?
Em terceiro lugar, confirma-se que a mudança de escala nunca é neutra do ponto de vista político-ideológico. Se há tantos ou mais lobistas empresariais em Bruxelas do que em Washington, a ideologia que aí domina também é a do neoliberalismo, neste caso do reforço do mercado único. Em momentos que não são excepcionais, decretados pelas grandes potências e pelo grande capital que tem país de origem, o neoliberalismo transmuta-se de forma transparente em Estado de bem-estar empresarial, mas de facto o capital das periferias beneficia menos disso, como se vê pelo montante dos apoios, em percentagem do PIB, por comparação com o centro. E daí a tendência do capital periférico para uma trajectória medíocre, procurando vulnerabilizar mais quem trabalha, através de alterações regressivas nas regras do jogo de classes.
Entretanto, as duas lógicas são mais ou menos claras no artigo de Pedro Santos Guerreiro no mesmo Expresso de ontem. Contando com a desmemória dos leitores que não leram o estudo sobre os jornalistas da troika, garante que sempre sovou “sem grande piedade os ‘alemães’”. Seja como for, agora até elogia Merkel com metáforas imperiais. Afiança que “não serão as vítimas da crise a aplaudirem o dinheiro, mas os que lhe sobreviverem”, que “não serão os mortos na economia, mas os vivos a saudarem o dinheiro de Bruxelas”. A destruição será, uma vez mais, muito pouco criativa, dado o lugar que nos cabe na divisão europeia do trabalho.
Digo a Guerreiro o seguinte: prescindo destes fundos em troca da devolução dos instrumentos de política económica perdidos. Afinal de contas, vista de Portugal, a UE esteve associada na maior parte da sua história, que começa em Maastricht, à divergência económica, à quebra do investimento, ao endividamento externo crescente e logo a uma punção dos nossos rendimentos superior a qualquer transferência. A livre circulação de capitais, decretada a partir de 1992, e a fuga aos impostos assim facilitada também ajudaram na punção.
Mas a ideia de Bruxelas-Berlim sempre foi a de garantir que existe um bloco social mínimo na periferia que continua a aplaudir esta dependência cada vez maior. E pode contar ainda hoje com todas as direitas e com a esquerda brâmane, com uma intelectualidade que nem precisa de muito para entoar loas à chamada Europa, como se vê.
Dada a extensão da crise, no entanto, pode ser que os mortos na economia decidam lutar colectivamente pela vida, pode ser que estas lutas não fiquem circunscritas a segmentos minoritários do mundo do trabalho. Pode ser. Seja como for, as lutas terão sempre de cruzar a questão nacional e a questão social, em nome de um projecto de desenvolvimento para o país.
Percebe-se porque os textos de João Rodrigues deixam as direitas e a esquerda brâmane mais a tal "intelectualidade que nem precisa de muito para entoar loas à chamada Europa" em ponto de rebuçado
ResponderEliminarA lucidez do artigo e a denúncia desta UE continuam a ser exemplares
Parece que poucos se lembram, mas vou recordar.
ResponderEliminarEm 2010, os bancos gregos fecharam e os multibancos gregos ficaram inoperacionais durante uns dias.
Foram os dias em que a Grécia esteve condenada a sair do euro.
Todos os ingredientes da crise do euro de 2010 continuaram à espera da próxima crise, que já chegou.
A incompleta união monetária continua tão incompleta como antes.
A política continua a ser substituída pela "lógica" (efabulada pelos ordoliberais) dos mercados financeiros.
Os mercados financeiros têm uma lógica que escapa completamente aos cretinos do ordoliberalismo.
Como dizia Adam Tooze recentemente, o que os mercados financeiros queriam era mais política e só "o que for preciso" de Draghi os acalmou.
Ninguém dos mercados financeiros está minimamente preocupado com as imbecilidades ordoliberais.
O que eles procuram é produzir lucro e o que eles receiam é perder o investimento.
O pânico nos mercados financeiros foi aquilo que provocou a crise do euro.
Os trumps já andam por aí há bastante tempo.
Só eram mais discretos e menos fanfarrões do que os últimos exemplares.
Os euro-fofinhos são piores que os trumps.
Alguns/algumas falam em nome do socialismo.
A crise não foi causada pela UE, João Rodrigues, o seu a seu dono.
ResponderEliminarA crise foi causada por um vírus que surgiu na China e que se espalhou porventura porque as autoridades chinesas decidiram que a felicidade geral é mais importante do que a transparência, como constata o insuspeito Blanko Milanovic: https://www.socialeurope.eu/chinas-political-system-and-the-coronavirus, não exactamente um papagaio das teorias de Trump e dos seus sequazes. Como o João Rodrigues olha para o sistema chinês como um bom exemplo, vale sempre a pena lembrar-lhe isso.
Vale também a pena lembrar que se a soberania de que fala é liberticida, prefiro as grilhetas de Bruxelas e a protecção do STJE: https://expresso.pt/politica/2020-05-28-Dirigente-do-PCP-nega-que-haja-repressao-em-Hong-Kong-e-critica-media-por-abafarem-fabuloso-desenvolvimento-da-China. Não estou nada interessado numa gestão 'competente' e de fabuloso crescimento como a chinesa. E se o capitalismo ocidental não é verde, os sistemas alternativos são bastante piores...
Quanto à formação de grandes blocos empresariais, com certeza, até porque nós nunca poderíamos almejar a concorrer com eles na tecnologia que produzem e porque, muito sinceramente, a culpa não é dos outros quando olhámos para a qualidade da gestão feita em Portugal, pública e privada, e reparamos quão medíocre ela é (a começar pela banca).
A perda da propriedade nacional de muitas das nossas empresas também se deveu a políticas de sobre-endividamento que a crise de 2008 expôs como insustentáveis, nalguns casos criminosas. Não vale a pena ir procurar as culpas para isto lá fora...
Depois do fim do Império, Portugal tinha três destinos possíveis: tornar-se um satélite dos EUA, da URSS ou entrar na então CEE. Mário Soares tomou a atitude certa. Ou, a menos má, se se quiser...
O João Rodrigues e os seus têm, naturalmente, um meio de alterar este estado de coisas, ganhando eleições. Olhando para as últimas sondagens, e para a queda da Esquerda e da Direita mais tradicional, não me parece que estejam a ser bem sucedidos a passar a vossa mensagem...
Às vezes, estas coisas da vida e da morte dão voltas inesperadas. Esperemos que os mortos da economia da U.E. não ressuscitem ao estilo daqueles outros mortos económicos e cívicos que nos E.U.A estão agora a dar violenta prova de vida nas ruas de Filadélfia, Atlanta e mais além.
ResponderEliminarÉ bem verdade que para um martelo tudo o que existe no mundo são pregos e o martelo neoliberal vai continuar a martelar a cabeça dos pregos que todos nós somos. Vai continuar a fazê-lo até ao dia em que a coisa pegue fogo. Desconfio que falta pouco para tal acontecer e, quando tal acontecer, vamos ver os europeístas do costume - esquerda brâmane incluída - a correrem que nem galinhas sem cabeça à procura de instruções e de "soluções" que não vêm e nunca poderiam vir no prontuário da escolástica neoliberal.
No entretanto - e já que falamos em esquerda brâmane - o nosso Primeiro Ministro lá foi - surpresa!!! - buscar ao sector privado um novo Merlin que, com as suas artes de prestidigitação irá relançar a economia. Perdoem-me o pessimismo, mas a coisa não promete, já que do pouco que disse o novel Houdini nada de novo se ouviu: da estafada aposta nas novas tecnologias (somos nós os pioneiros do 5G?) à nova "economia verde" (a patranha do século), à aposta em infraestruturas portuárias (para exportar o quê? turismo?) à reindustrialização dos pequenitos (com que investimento?) todos os pífios lugares comuns das últimas duas décadas lá encontraram acolhimento nas parcas palavras do novo mago do crescimento económico.
Pobre Jaime Santos
ResponderEliminarEndoidou de vez
O que sobra é apenas esta raiva tosca.
Agora a culpa é do vírus.
Nascido na China?
Chinês!
Quem assim fala não é gago. Trump? ou JS?
Pobre JS
ResponderEliminarEndoidou de vez
Agora olha para a China com Trump a olha.Este porque precisa de bodes expiatórios. JS porque precisa de desviar o assunto
JS? Ou Trump?
Pobre JS
ResponderEliminarAquele que não está nada interessado no desenvolvimento da China está interessado no colapso de Portugal
Lembram-se dos medos de JS?
Tinha um medo dos diabos de voltar aos anos 80.Mas nem um pio sobre os anos de chumbo da austeridade passisto/troikista
Tinha um medo dos diabos de perder as suas "poupanças". Mas agora olha com aquela sobranceria própria dos invejosos para a China
Tinha um medo dos diabos de não obedecer ao Rei. E o Rei nunca lhe "mandou conhecer a fundo o fabuloso desenvolvimento do gigante asiático desde a revolução de 1949: os milhões retirados da fome, da pobreza e do obscurantismo, o fulgurante aumento da esperança de vida, a transformação de um país atrasado e dependente numa das maiores potências da actualidade. Que importa que a China não tenha agredido nenhum outro país? Que o seu poderio militar seja muitíssimo inferior ao norte-americano e cresça mais lentamente? Que esteja cercada por bases e porta-aviões dos EUA? A República Popular da China é o alvo a abater e o rigor não é um critério. Só importa fazer o que o Rei manda
E o pobre JS volta-se assim contra um vírus.
Chinês?
Ele?
Ou Trump?
Pobre JS
ResponderEliminarFoge para os braços do Rei. Invoca a China numa patética, ridícula e acéfala tentativa de desviar o que JR denuncia
Volta ao PCP e ao Expresso e ao dirigente comunista.Repete-se como se de um disco riscado se tratasse? Não percebe que isto só indicia uma impotência tramada?
Não percebe outra coisa. Aquele texto de um tal Gustavo Carneiro é brilhante. Dá-nos assim uma oportunidade de o conhecer. Eu pessoalmente nunca o tinha lido.
Um texto brilhante.Porque desmascara o Rei. E desmascara quem obedece ao Rei
"No ano passado, durante os protestos em Hong Kong, não se preocuparam em desvendar a (assumida) ligação dos líderes aos EUA, preferindo antecipar uma brutal repressão, que nunca ocorreu. Passaram, então, a justificar as motivações políticas, financeiras, diplomáticas que levaram a que tal repressão não tivesse ocorrido, ao mesmo tempo que calavam a que efectivamente acontecia, nesses mesmos dias, no Equador do traidor Moreno, no Chile do neoliberal Piñera ou na Bolívia da golpista Añez. O Rei assim o ordenou.
ResponderEliminarA COVID-19 deu um novo alento a esta campanha, cujo tom aumenta à medida que se revela a incapacidade das principais potências capitalistas, e dos EUA em particular, em fazerem face à crise sanitária e seus efeitos económicos e sociais. Pouco ou nada dizendo sobre as razões de tal fracasso, voltam-se... para a China, com argumentos indefensáveis e até contraditórios. Que a Organização Mundial de Saúde elogie a resposta chinesa à pandemia, pouco lhes importa, pois as ordens do Rei são para levar a sério.
Os que nunca se preocuparam em desvendar as reais motivações por detrás de guerras, ocupações e bloqueios dos EUA e da NATO (limitando-se a repetir a estafada argumentação da defesa dos direitos humanos ou da guerra contra o terrorismo), estão hoje empenhados em revelar as maquiavélicas intenções da China quando abastece o mundo inteiro de materiais médicos e de protecção face à pandemia e envia para muitos países equipas especializadas.
É o que o Rei manda..."
Posto este magnífico texto, podemos voltar à vaca fria?
E o que é a vaca fria?
É esta UE pós democrata onde até João Vieira Pereira "pia". Pia tarde.Mas pia, para desnorte de JS
Pobre JS
ResponderEliminarEstá mesmo perturbado. Repete e repisa. Mas fá-lo com aqueles tiques de solidariedade com o directório europeu, absolvendo-o e deitando-lhe a água benta dum vulgar bramane em processo de confissão
O problema é a "qualidade da gestão em Portugal"
Não se riam, por favor.
Volta à banca. Mas cala-se com as odes à banca espanhola.Os disparates eram demasiado óbvios. Cala-se também com o BPN. Mas continua a menorizar a responsabilidade da banca privada. Será por causa das suas poupanças ameaçadas?
JS esquece-se que o escrutínio das opções políticas que nos trouxeram a este ponto é sempre imprescindível. Que a dita gestão foi partilhada, cozinhada, amassada, pelos mesmos que cozinharam a entrada na CEE, na entrada no euro, nos tratados europeus que venderam o país e os instrumentos de política económica deste. Uns e outros compartilharam mesa, roupa e cama, com os mesmos objectivos e os mesmos fins.
E sob a vigilância do eixo . "A ideia de Bruxelas-Berlim sempre foi a de garantir que existe um bloco social mínimo na periferia que continua a aplaudir esta dependência cada vez maior. E pode contar ainda hoje com todas as direitas e com a esquerda brâmane, com uma intelectualidade que nem precisa de muito para entoar loas à chamada Europa, como se vê".
Eis o motivo fundamental da ira e do desconchavo intelectual de JS.
Alguém lhe indicou um espelho para se ver
Admire-se ainda a iliteracia política (para ser simpático) de JS sobre a irremediabilidade do nosso destino pós-colonial
ResponderEliminar"Depois do fim do Império, Portugal tinha três destinos possíveis: tornar-se um satélite dos EUA, da URSS ou entrar na então CEE"
Mas que império colonial era o nosso , reduzido àquela miséria que se conhece e motivo de um cordão sanitário dos demais países? Alvo já de chacota entre as nações e de dúvidas surgidas dentro do próprio regime?
Que miséria confabulatória a deste sujeito, quando expõe aqui com uma franqueza que só a irritação e a perda da racionalidade justificam?
Não identificará nesta sua posição a mesma usada pela extrema-direita para justificar a persistência do mito colonial, argumentando que a sua perda seria o fim de Portugal?
Satélite ou CEE? À custa da nossa soberania?
A cobardia como meio de decisão política? Ou como pretexto para justificar opções políticas mais do que duvidosas e que nos conduziram até aqui?
"Afinal de contas, vista de Portugal, a UE esteve associada na maior parte da sua história, que começa em Maastricht, à divergência económica, à quebra do investimento, ao endividamento externo crescente e logo a uma punção dos nossos rendimentos superior a qualquer transferência. A livre circulação de capitais, decretada a partir de 1992, e a fuga aos impostos assim facilitada também ajudaram na punção".
Este é o outro verdadeiro motivo pelo qual JS viajou até ao vírus,à China, ao PC, ao Expresso.
O espelho que lhe puseram diante de si é demasiado para ele o contemplar
O Prof. João Ferreira do Amaral, entre outros, avisou. Não lhe demos ouvidos, nem a ele, nem aos outros, e aqui estamos. As direitas e a esquerda brâmane (isto é, de um ponto de vista comunicacional, a esquerda toda) estão nas suas sete quintas. Seja como for, não acredito em saídas do euro ordenadas/ negociadas. De que luta está JR a falar?
ResponderEliminar'qualquer ideologia é esmagada pelos grandes lóbis empresariais'
ResponderEliminarSeguramente haverá uma qualquer ideologia associada aos grandes lóbis empresariais.
'Qualquer' quer dizer alguma outra coisa, que é de bom tom, para quem sabe porra nenhuma do que seja a actividade empresarial, nunca explicitar.
'Grandes lóbis' sempre quer indiciar grandes conglomerados, para logo se concluir que mais de 80% das empresas são pequenas ou pouco mais que isso, e detêm equivalente fatia do produto.
A 'qualquer' ideologia é em final a que é inimiga da actividade empresarial.
Jose
EliminarApenas um pequeno reparo:
Em 2019, na Europa, 0,2% das empresas são grandes, mas representam 33% do emprego e 43,6% do valor acrescentado da economia, ou seja, sendo o próprio tecido empresarial da UE na sua larga maioria composta por PME's o peso é das Grandes empresas apresenta enorme relevância e poder decisório através de uma ideologia de lobbys que o José dá a entender ter uma grande porra de conhecimento quando no fundo desconhece o mundo empresarial da UE.
No caso de Portugal apenas 1% da nossa economia é composta por Grandes empresas (com mais de 250 trabalhadores) contudo estás representam praticamente 1/3 do PIB nacional.
Assim perante os dados partilhados duvidar do poder dos lobbys é ser no mínimo ingenuo ou no máximo é fácil de constatar que existe uma grande dose de "ideologia" por detrás do seu escrito, já que sabe uma grande porra do assunto.
«prescindo destes fundos em troca da devolução dos instrumentos de política económica perdidos»
ResponderEliminarÉ agora que esse extraordinário plano vai ser detalhado?
Seria piar tarde, mas antes isso que ficarmos nesta ânsia permanente.
(...) prefiro as grilhetas de Bruxelas (...)
ResponderEliminarA isto chama-se Síndrome de Estocolmo e o primeiro passo para que o Sugeito se aperceba do seu cárcere mental existe um simples exercício quasi anedótico para tal:
- Ao atravessar a estrada preferia ser atropelado por:
a) um Ferrari
b) um Fiat Panda
O resultado psicanalítico deste exercício demonstra quase sempre na sua larga maioria a preferência pela alínea a) tal é o conforto do Sugeito á agressão, uma tolerância ao desfortunio que racionaliza de modo a minimizar o infortúnio nunca chegando a perceber que poderia ele próprio adicionar mais uma alínea de escolha:
- preferir não ser atropelado
O JS não é um caso raro é aliás a generalidade contudo fazer questão de intelectualizar a sua opção de modo involuntário faz com que outros que o lêem tenham a necessidade de lhe fazer semelhante reparo.
"Vitor correia" não percebe.E não acredita
ResponderEliminarE faz esta figura de ignorante. E de crente neoliberal.
Quer poleiro. Do ponto de vista comunicacional, claro, mas não só.
Digam aí ao joão pimentel ferreira que para travestidos a fazer-se passar por idiotas já demos o que tínhamos a dar
Jose tem um problema.
ResponderEliminarCada vez percebe menos aquilo que lê. Ou que não lê.Ou que pensa que lê.
Agora dá numa de floreados em torno de termos como "qualquer", "porra" e "grandes lóbis" . Seguido de variações seguindo um impenetrável mas peculiar trajecto "dedotivo". Isso mesmo. Uso do "dedo" para obter uma conclusão
Agora porque diabo jose agora se lembra de se atirar a João Vieira Pereira que "sabe porra nenhuma do que seja a actividade empresarial" segundo as suas dúbias e atamancadas palavras?
Jose depois de demonstrar que não está apenas em causa a sua ideologia e os grandes interesses económicos a ela associados, nem a sua dificuldade perceptiva, mostra todavia mais uma coisa:
ResponderEliminarQue está com "ânsias"
Com o devido respeito por JS, não é admirável como um pega no texto do outro?
Até onde vão os que, perante a vontade de se prescindir "destes fundos em troca da devolução dos instrumentos de política económica perdidos", pedem um "plano detalhado" ?
Para ser independente e não estar confinado a? E não estar com uma canga ao pescoço e de tanga?
Estes piares de vende-pátrias vulgares. Sem dignidade nem verticalidade
A.R.A.
ResponderEliminarExpurguemos desses seus números meia dúzias de produtos que são genéricamente não transacionáveis ou concessões de estatais - água, luz, comunicações - e umas vacas leiteiras de impostos como os combustíveis. No conjunto são extensões ou resultado de políticas públicas.
O que sobra é o mundo empresarial da livre iniciativa e concorrência. É em relação a este universo que se define a ideologia.
José
EliminarDe facto fiz a minha "purga ao mundo empresarial da livre iniciativa e esbardalhei-me logo contra o n º 1 do artigo 9.º da Lei n.º 19/2012, de 8 de maio (“Lei da Concorrência”) pois, na minha senda em perceber um pouco mais acerca da ideologia dos lobistas e sobre quem os manuseia acabei por não conseguir passar da parte dos cartéis económicos da banca. Bom, pensei cá para mim, isto da finança não é propriamente o mundo empresarial da livre iniciativa e lá tentei uma vez mais e (porra, pensei eu cá para mim) estanquei no cartel das gasolineiras! É verdade! Até fiquei um tanto ou quanto amofinado e cheguei à conclusão (desde já as minhas mais sinceras escusas por não ter atingido o seu raciocínio) que o José referia-se ao mundo empresarial da livre inciativa baseado na mercearia da sua rua ou ao café onde adora ir comer a sua torrada e assim sendo tornou-se para mim mais fácil percebe-lo pese embora que fiquei desiludido por pensar que o José era cátedra no assunto ... o do mundo empresarial da livre iniciativa, leia-se!
O anquilosamento ideológico não perdoa.
ResponderEliminarPrimeiro assistimos ao insultozinho de pé de chinelo de jose a João Vieira Pereira. Eles que se entendam, mas não é bonito
Depois assistimos a esta coisa inacreditável de ver jose tentar expurgar os monopólios e os oligopólios das listas por ele eleitas
O que admirar mais? A falta de coragem para assumir os factos ou a aldrabice cristalizada?
Não é admirável? José faz uma birra e diz: as "concessões de estatais" não contam. O que serão essas coisas de "concessões"? Serão os CTT privatizados, bem demonstrativos do "mundo empresarial" à maneira da "livre iniciativa e concorrência? A EDP, privatizada, em nome dos interesses privados e pelos quais jose se bateu aqui pelo seu direito ao lucro e ao saque?
Nao. Jose diz que essas coisas não contam. Porque são extensões ( admire-se essa inovação) ou resultado de "políticas públicas" ( admire-se a frustração do mesmo jose,pelo facto de haver "políticas públicas")
Ainda por cima assente numa fraude monumental. "Políticas públicas a fazer engordar de forma néscia uns tantos que ficam a cada dia que passa cada vez mais ricos? Com o aplauso do mesmo jose, com o mesmo entusiasmo com que bate palmas à exposição do mundo português?
Pois é. O anquilosamento ideológico é tramado
Nem vale a pena pegar na definição do universo que define a ideologia mais a "livre concorrência e iniciativa". De histórias da carochinha estamos já todos fartos, mas só mesmo alguém um pouco desesperado pode vir cantar loas assim deste género tão fofinho à trampa do Capital
Não. Agora queremos apenas sublinhar o "esquecimento "selectivo do José às vacas leiteiras da banca e dos banqueiros
O anquilosamento ideológico é tramado. E faz surgir estas figuras de pastorzinhos, tão mas tão pueris, que às vezes nos esquecemos do que andaram a pastar