Ainda nem se vislumbra o início da retoma económica pós-Covid19, nem se sabe em que termos a actividade turística será sustentável; ainda nem sabe o que poderá acontecer aos 600 mil trabalhadores das empresas ligadas a actividade turística em lay-off... e o Governo - pela pena do ministério coordenado pelo omnipresente Pedro Siza Vieira, já recomeçou a loucura de apoiar hotéis.
Hoje, foram mais três que receberam o estatuto de utilidade turística. E com ele, mais umas isenções fiscais, mais um regime de excepção, etc.
E nós a pensar que a crise do Covid tinha posto tanta coisa em causa. Que iria obrigar a repensar uma estratégia nacional produtiva assente num sector que, de um dia para o outro, pode desaparecer...
Pois, desenganem-se: deve haver valores bem mais altos que moldam a vida política portuguesa.
Post-Scriptum: A propósito, só no dia 4 de Maio - num dia! - inscreveram-se nos centros de emprego mais 3.065 novos desempregados. O desemprego registado no continente já vai em 373.228 (mais 52.064 do que a 31 de Março). Como em Março, três quartos dos novos desempregados estavam relacionados com actividades dos serviços, a informação acima ganha todo uma nova tonalidade, não é?
"repensar uma estratégia nacional produtiva assente num sector que, de um dia para o outro, pode desaparecer"
ResponderEliminarEstá a analisar esta crise sem o devido distanciamento. Só para dar alguns exemplos: já se esqueceu da crise das vacas loucas? Da gripe das aves? Acha que nessas alturas devia ter sido decidido acabar com o setor da produção animal? O Estado devia ter incentivado o vegetarianismo?
E quando ocorreu o 11 de setembro? Devia ter acabado o setor da aviação?
E estes são exemplos de crises que ocorreram. sabe-se lá que crises vão ocorrer no futuro e que setores vão afetar.
Eu não abriria um hotel neste momento. Mas o dinheiro não é meu e se há quem ache que no futuro o seu investimento vai ter retorno ... O Estado não deve mudar as regras com base numa crise que, como todas as crises, vai acabar por passar. Ou não.
"repensar uma estratégia nacional produtiva assente num sector que, de um dia para o outro, pode desaparecer"
ResponderEliminarO melhor mesmo era aproveitar para deixar falir as empresas do setor (alargado), a começar pela TAP, e depois inscrever os trabalhadores desempregados em ações de requalificação.
Outra oportunidade perdida no final da crise financeira de 2008 foi a de nacionalizar toda a banca (só devia haver um banco em Portugal, a CGD). E assim, de crise em crise, chegaríamos finalmente ao comunismo mais puro.
A Comissão Europeia estima que haverá "severas consequências económicas e sociais, que vão fazer-se sentir de maneira diferente conforme os países". Falta o PS, leia-se Post Scriptum, far-se-ão sentir consoante se os países acautelaram ou não as suas finanças públicas em período de expansão económica. Em Portugal desde a última crise que a prioridade da Geringonça foi "reverter e distribuir". E não é que o La Fontaine tinha razão! Em Portugal não fazemos outra coisa que medidas pró-cíclicas, estoirar as finanças públicos enquanto a economia expande, e carência nas crises económicas. E preparem-se para os neologismos porque o Costa já há muito que prometeu que "virou a página da austeridade", e se virou está virada. Agora virão as "vacas magras". Parece que o Costa gosta de metáforas com vacas, dantes elas voavam, agora estão magras. Como em Portugal as vacas não são sagradas (perdoem-me os vegetarianos e os hindus) poderá até vir o dia, cumprindo o mesmo estilo metafórico, em que vaca irá para abate. Mas só não lhe chamem austeridade, porque austeridade é outra coisa.
ResponderEliminarPimentelferreira está perturbado
ResponderEliminarMesmo angustiado
Três comentários de rajada,só um identificado, mas todos reconhecíveis como pertencentes à mesma produção.
Salvo melhor opinião,idiota.
Um dos temas parece ser dominante para JPF: o das vacas
ResponderEliminarÉ vê-lo a olhar para as loucas.E para as crises.E para os modelos de desenvolvimento que gosta e que promove.
Há algo de perturbado neste sujeito. Estão a mexer-lhe no negócio.Se das vacas gordas,magras,a voar ou em terra,não se sabe bem
Holandesas provavelmente.
Confesso que não deixa de ser divertido ver o pobre JPF, que aqui já se debulhou várias vezes em berros e em lágrimas,tanger a sua corda sensível em prol da banca envolvida na crise de 2008. Até se lhe põe uma agonia ao pobre só de pensar que se possa nacionalizar aquela.
É seguidor da velha máxima: Nacionalizem-se os prejuízos, privatizem-se os lucros.
Em holandês e em todas as línguas
Como também não deixa de ser divertido observar aquele seu ódio, (como direi, bovino, já que estamos no tema) por uma TAP nacional.
Tão cristalinamente transparente
Temos de admitir que no entanto já cansam estes perpétuos slogans publicitários, em torno dos mandamentos económicos de Bruxelas,dos troikistas, dos pafistas apeados ou montados na segunda derivada à maneira de JPF
ResponderEliminarPese o facto de JPF os tentar passar por vacas sagradas, eles só são sagrados na literatura político-ideológica que o pobre informático ( e há tantos e tão bons informáticos por aí ) abraça e professa.
Vê-se todavia que JPF está murchito. Não se sabe se pelo descalabro a que conduziram as teses austeritárias do padrinho,perdão, do Padrinho, que converteram o seu objecto propagandista num produto tóxico.
Ou não se sabe se tal comportamento (nitidamente animal, atendendo ao que escreve) se deve ao facto do SNS não ter estoirado ainda.
Ou se é devido à reversão parcial das medidas tomadas por aqueles animais (este tema escolhido pelo JPF é tramado) do governo troikista-passista.
Ou se pelo facto da distribuição das rendas ter deparado com alguns breves escolhos desde a queda dos criminosos.
O que se sabe é que é patente o seu amor pelo modelo austeritário neoliberal, com este apetite de meia-tijela para que se cumpram os postulados cozinhados nesta união euroepeia que como se sabe cacareja em alemão ou holandês
Não,meu caro João Ramos de Almeida,nada de substancial e de substantivo,irá mudar.Pelo menos,até à próxima pandemia,seja ela resultante de uma nova mutação de um qualquer coronavírus, rotatovírus ou,de uma outra estirpe viral,financeira,bancária ou imanente do capital.O drama,é que a caminho dos oito mil milhões de seres humanos,todos procuram a luz,ao fundo do túnel,sem ninguém se aperceber que o túnel termina num precipício.
ResponderEliminarNum sector onde impera o trabalho precário mal pago, desregulamentação das leis laborais, desregulamentação das leis do mercado da oferta ... não é surpresa nenhuma que a galinha dos ovos de ouro nacional perante esta pandemia sanitária/ económica/ social tenha encontrado terreno fértil para desmantelar um sector com pés de barro.
ResponderEliminar