sábado, 18 de abril de 2020
Repugnante
António Costa: "a despesa de hoje é o imposto de amanhã".
Isto só é assim porque não temos soberania monetária. O que AC quer dizer é que, lá mais adiante, à semelhança do que fizemos após 2016, teremos de voltar a subir a encosta com o peso da enorme dívida às costas para, a meio do caminho, atingidos por uma outra crise, e de novo no fundo, termos de voltar a carregar o fardo da dívida subindo penosamente a encosta, novamente sob o jugo da 'austeridade fofinha'. Sim, na Zona Euro desta UE estamos condenados a isto, como no mito de Sísifo.
No tempo da Grande Depressão, quando a moeda estava ligada ao ouro e os Estados obedeciam a teorias que recomendavam as "contas certas" como a boa política económica, estas teorias produziram um desastre. Foi preciso sofrer a calamidade do desemprego de massa, da fome, da morte prematura e da miséria, para que alguns governos se sentissem impelidos a fazer algo que todos achavam uma aventura de alto risco: abandonar o padrão-ouro.
Num país com banco central para financiar as políticas públicas, o governo não precisa de emitir dívida, ou então emite dívida como contrapartida do financiamento do banco central que é um departamento do Estado; o Estado fica a dever a si próprio e, em dado momento, a dívida é cancelada.
Acha que estou a delirar? Pois bem, o Banco de Inglaterra foi recentemente obrigado a fazer isso mesmo - financiamento directo e às claras -, contra a vontade do seu governador.
Na realidade, estando fora do euro, o Banco de Inglaterra sempre pôde financiar o Tesouro, e fazia-o discretamente, mas isso não era assumido porque era preciso manter as aparências de independência do banco, respeitando as teorias do neoliberalismo, e para não chocar a City. Como é sabido, também é assim que os EUA e o Japão funcionam, por trás de alguma cortina legislativa para que os procedimentos não sejam vistos dessa forma pelo grande público.
A fidelidade dos portugueses ao ordoliberalismo alemão inscrito nos Tratados da UE - até Jorge Sampaio está angustiado com a ideia de que esta UE pode acabar! - vai custar-nos mais uma geração de jovens precários lançados na pobreza por causa da política económica que nos espera após o controlo da pandemia. E isto é "repugnante".
Só não será assim se formos capazes de criar uma alternativa política, um governo de libertação nacional, em que a despesa pública financiada pelo Banco de Portugal, toda a despesa que for indispensável para salvar a nação, mobilizará os recursos, e criará as condições, para o desenvolvimento do país. A moeda será um instrumento a gerir pelo Estado (Tesouro+Banco de Portugal) com o devido cuidado para não produzir desequilíbrio externo nem inflação excessiva. Mas uma coisa é certa: ninguém ficará caído na valeta por receio de um "procedimento por défice excessivo".
Fora do euro, ainda por cima numa enorme recessão, a despesa de hoje não exige qualquer imposto amanhã.
Ele estaria a pensar que uma nova bancarrota igual à que ele próprio ajudou a construir, será uma nova austeridade de paternidade incógnita num futuro que não tardará.
ResponderEliminarJorge Bateira refere-nos, e bem, que tal só acontence porque não temos soberania monetária. Mas o que faríamos com sobernaia monetária, se não fazer o financiamento monetário da economia, ou seja, desvalorização cambial. O próprio Milton Friedman criticava o Euro pelas mesmas razões que a esquerda critica. Por vezes, como liberal que sou, também gostaria que não estivéssemos no Euro. As pessoas de esquerda iletradas em economia e dependentes do estado, como alguns pensionistas e funcionários públicos, ignoram que é pelo facto de termos uma moeda forte, que lhes garante que não perdem poder de compra em tempos de crise. Todavia tal tem elevadas consequências para o setor privado, onde muitas pessoas passam a receber zero mensalmente com o aparecimento de crises económicas. O Euro acentua assim as desigualdades entre emprego público e privado. Pudéssemos nós desvalorizar a moeda com soberania monetária, e os dependentes do estado perderiam imenso poder de compra sem muito protesto social e sem imputar à economia privada um esforço considerável, melhorando assim a igualdade entre emprego público e privado e distribuindo o esforço de forma mais equilibrada entre os diversos setores da sociedade. Não esqueçamos que a soberania monetária é um excelente estabilizador automático para amortecer os impactos externos de uma crise, pois permite ao estado ajudar a economia com a impressão de moeda sem colocar em causa o equilíbrio das contas externas, pois com a consequente desvalorização cambial as exportações ficariam mais baratas e as importações mais caras. Com a impressão de moeda e consequente aumento da liquidez monetária, o governo poderia ajudar de forma muito mais robusta a economia, as empresas e os trabalhadores do setor privado que se encontram desempregados ou sem horário de trabalho. Claro que tal acarretaria desvalorização cambial, inflação e perda de poder compra real para as pessoas que têm rendimentos fixos e periodicamente garantidos, principalmente em relação aos produtos importados, sendo que estes compõem a grande maioria de produtos que os portugueses consomem (medicamentos, produtos eléctricos ou electrónicos, combustíveis, produtos agrícolas, veículos, etc.). Com a desvalorização cambial haveria mais equilíbrio e igualdade no esforço pedido à sociedade, pois os dependentes do estado perderiam poder de compra sem protestarem, e a economia privada teria apoios muito mais robustos. Este é mais um daqueles paradoxos sobre o qual qualquer pessoa de esquerda eurofóbica deveria reflectir.
ResponderEliminarRepugnante de facto.Vindo da boca de quemvem
ResponderEliminarComo repugnante é documentário de um tal João Pimentel Ferreira. Não só pelo que é, alguém que se desdobra em múltiplos nicks, alguns assumidamente de extrema-direita,como também com a velocidade viral como vai enchendo as paginas de tudo o que seja passível de propaganda doutrinária de um falamgista dos mercados, a falar holandês ou alemão de preferência
O comentário das 10 e 47 é do próprio pimentel
Somos as Danaides da mitologia ianque.
ResponderEliminarCondenados eternamente a encher um vaso furado.
Pelo menos agora podemos afastar a mitologia parola "mulheres e vinho" e começar a entender a raíz do nosso futuro e presente ATRASO, a entender as ilusões burguesas e os RISCOS que corremos de transformar o mundo no MAD MAX.
Mas a repugnância manifesta-se ainda pelo que escreve João Pimentel Ferreira
ResponderEliminarAquela citação do seu mestre Milton Friedman faz lembrar os puxões de orelhas que levou sobre o assunto, sob um dos seus múltiplos pseudónimos como aonio eliphis. Agora também se colando às "criticas" sobre o euro,como que a caucionar a seriedade de um discurso que não passa de uma farsa...repugnante
Repugnante como o seu próprio conteúdo ideológico-doutrinário,mascarado com aqueles tiques de bailarino invertebrado a ver se passa
Ora vejamos este pequeno nojo:
"As pessoas de esquerda iletradas em economia e dependentes do estado, como alguns pensionistas e funcionários públicos..."
Passa por aqui a pedantice idiota dum ignorante mascarado de "sabichão".
(Letrado será ele?O pior é que foi por demasiadas vezes apanhado com as calças na mão).
Passa também por aqui o ódio aos pensionistas e aos funcionários públicos.
Adivinha-se do alto do escadote a repetir o discurso bolorento de um Ventura de meia-tijela, tal como um meia-tijela de um nazi de outros tempos utilizava os judeus e os comunas para o seu bolsar odioso
E a repugnância continua com este discurso da treta de João Pimentel Ferreira,a fazer lembrar um aldrabão de feira a impingir os seus produtos.
ResponderEliminarPensará que está a falar para o auditório de pasquins de extrema-direita que frequenta?
Bem tenta acentuar a dicotomia público-privado. Ei-lo a investir contra o estado e contra quem trabalha para o estado. Não falará agora do SNS, Público, e com trabalhadores do estado. "Esquece-se" dos seus comentários odiosos sobre o SNS e os seus aleluias de capataz aos interesses privados na saúde.
Falará que as crises têm "elevadas consequências para o setor privado". Parece que para quem trabalha no público não as há. Mais uma vez "olvida" que quem pagou os custos do período austeritário, negro e sinistro dos sinistros personagens de que é fiel adepto, foram precisamente os pensionistas e os trabalhadores (do público e do privado). Nem vale a pena agora falar no roubo de salários e de pensões por parte dos capangas austeritários. E sobre quem recaiu a factura
E entretanto alguém lucrava e muito. Não só os corruptos personagens e as figuras de cera consubstanciadas naquele holandês de meia-tijela com os seus comentários sobre o vinho e as mulheres, mas sobretudo para quem o euro é um maná.
E foi ver os desmandos da banca serem pagos pelos mesmos de sempre.E foi ver a engorda dos também mesmos de sempre
E agora é"isto"
Esta miséria deste "paradoxo" tão idiota como bacoco, que demonstra nitidamente que subestima quem o lê.
Acreditará neste seu mister de publicitário do que quer que seja.
Pena é que não não abdique de métodos sujos e desprazíveis, que justificam afinal as opções político-ideológicas com que se amancebou
O Pimentel começa bem: aquilo que aconteceu dentro do Euro não pode acontecer, com as consequências que até o FMI reconheceu. Hmm, pois. Depois, faz de conta que os maiores dependentes do estado não são os nossos empresários, que é para ver se alguém discorda da descrição atabalhoada do básico da alternativa.
ResponderEliminarO Costa tem desculpa, passou a vida a pensar que há uma cultura europeia e não é capaz de sair dali. O Pimentel não, percebe que a desvalorização interna é permanente e constante, mas insiste. Ao menos a analogia da jangada de pedra está de quarentena.
Caro Paulo Marques, é só ver o Orçamento de Estado: quanto vai para os empresários e quanto vai para funcionários públicos e pensionistas?
Eliminar"Regurgitar o Repugnante "europeísmo" para Recuperar Portugal!"
ResponderEliminarO lema do "Movimento dos Três R" com o objectivo de libertar Portugal e a larga maioria da sua população do repugnante "europeísmo"!
A despesa de hoje é:
ResponderEliminar- o imposto
- a inflação
- a desvalorização
de amanhã. É escolher.
O gosto pelo gosto em acenar com a despesa de hoje para ir abrindo caminho para o futuro
ResponderEliminarEssa de se arcar com despesa com trabalhadores que deviam mas é estar a ganhar dinheiro para o bolso do patrão não lembra ao diabo
Por isso mesmo nem lembrou ao Trump nem ao Bolsonaro.
Há quem vá em fila para fazer fila por tal gosto. Imitam o repugnante holandês
Quer saber mais o que vai acontecer,e'so' ler
ResponderEliminarwww.theyflyblog.com do dai 1 de abril 2020
As palavras são baratas, sobretudo quando os alinhamentos no conselho europeu não refletem a compreensão que Macron exibe neste video.
ResponderEliminarÉ útil para se perceber que a direita europeia sabe muito bem a injustiça gritante que foi e continua a ser feita ao nosso país.
https://www.ft.com/video/96240572-7e35-4fcd-aecb-8f503d529354
Mas qual é o problema da inflação?
ResponderEliminarVejam lá se compreendem de uma vez por todas. A inflação torna mais fácil o pagamento de dívidas. Se o nivel de divida tanto pública como privada é alto, é óbvio que o pais no seu conjunto beneficia.
É suficientemente claro?
JPFerreira é um aldrabão a soldo do europeísmo mais degenerado.
ResponderEliminarOs rendimentos fixos podem ser indexados à inflação, como o foram os salários em países como a Bélgica para manter estável o poder de compra dos assalariados. Qual é o problema?
Além disso JPFerreira como ignara criatura e serviçal acéfalo do europeísmo nem sonha que o futuro vai ver o encurtamento das cadeias de aprovisionamento logísticas que podem reactivar o investimento em indústrias no Sul da Europa. Dispor de uma moeda que flutue segundo as necessidades da economia é um instrumento precioso.
Mas claro que é isso que os donos de JPFerreira querem evitar a todo o custo porque assim deixavam de poder parasitar os países do sul da Europa.
Caro Anónimo, diz que os rendimentos podem ser fixos à inflação, mas a história portuguesa diz-nos que nunca o foram. Vede a evolução do salário mínimo REAL, ou das pensões e salários em geral, índice IPC, entre 75 e 92, e de 92 até hoje em dia. Escolho 92 pois foi quando o Escudo entrou no Mecanismo Cambial do Sistema Monetário Europeu.
EliminarNão façam isso! Não comentem as balelas do Jovem (pseudo jovem, com mentalidade de velho), chamado JPFerreira.
ResponderEliminarSó lhe estão a dar protagonismo. Sabem bem que os ultra-liberais são como os adolescentes imberbes!
Só uma coisa não percebi ainda: Se quem escreve as "bacoradas" do JPFerreira é a mesma pessoa que escrevinha as designadas "postas de pescada" da iluminada Maria Vieira?
Não façam isso! Não comentem as balelas do Jovem (pseudo jovem, com mentalidade de velho), chamado JPFerreira.
ResponderEliminarSó lhe estão a dar protagonismo. Sabem bem que os ultra-liberais são como os adolescentes imberbes!
Só uma coisa não percebi ainda: Se quem escreve as "bacoradas" do JPFerreira é a mesma pessoa que escrevinha as designadas "postas de pescada" da iluminada Maria Vieira?
Eu não quero ser polemico , nem tenho muito noção do assunto-mas tenho 60 anos e passei por três processos de ajuda externa duas delas com com Politica monetária própria, com o BP com todos os poderes, por isso não sei que diga , nem sei que pense, muito menos quando quer a esquerda quer a direita, entenda-se neo liberais fazem afirmações tão categóricas
ResponderEliminar.
«António Costa: "a despesa de hoje é o imposto de amanhã".
ResponderEliminarFicou adulto, com o virus em acção,
corrigindo a sua visão de 2007 dC e de todos os milagres:
«Um total de sete oficiais-generais (1 Gen, 3 Ten-Gen, 3 Maj-Gen) em substituição dos anteriores quatro (1 Ten-Gen, 3 Maj-Gen). Quem falou em racionalização da administração central?
Os grupos territoriais (distritais) - actualmente de comando de tenentes-coronéis - passarão a ser comandados por coronéis ou tenentes-coronéis e os destacamentos - actualmente de comando de capitães - por majores ou capitães. Enfim, mais um aumento significativo do número de oficiais superiores depois de em 2002 (Governo de António Guterres - Decreto-Lei n º 15/2002) terem sido já aumentados em 55% (de 208 para 324). Mais uma vez uma questão de racionalização!
Ano da Graça de 2007-António Costa MAI & estudo pago a consultora.
A REFORMA DA GNR (Monteiro Valente, major-general)
Vede, vede.
ResponderEliminarVede o carpir de alguém pelos "empresários. Revela-se aqui a sanha tão típica dos neoliberais de se encostarem às tetas do Orçamento do Estado
Comparar os ordenados dos funcionários públicos com as mordomias que os empresários reivindicam é repugnante. É não só desprestigiar o trabalho como é um insulto aos trabalhadores
Invocar os pensionistas para este tema é também repugnante. Uma marca maior não só da desonestidade acima expressa,mas também do modelo do mundo com que sonham os compagnons de route dos pinochets e quejandos.
Trata-se do Euroentusiasmo no seu melhor estilo, ou seja o seguidismo da Escola de Chicago.
ResponderEliminarAo ler o jornal frances LE MONDE verificamos as declarações de jacques Delors sobre o estado actual da chamada União Europeia, as criticas severas à UE por diversos membros do Partido Socialista FrancÊs , especialmente da sua ala esquerda e até do proprio Presidente Emanuel Macrom.
A adesão ao Euro deu origem a fuga de capitais para os off-shores , á perca de um banco emissor , o que não possibilita uma política monetária financeira e economica.e para cumulo, ao proprio desmantelamento dos dois bancos de investimentos existentes o Banco de Fomento e o Credito Predial Portugues, este ultimo vocacionado para apoio à construção de edíficios.
Tambem foi destruido o INH - Instituto Nacional de Hbitação que financiava as cooperativas de habitação a juro bonificado.
Julgo , que numa economia de mercado o Estado não tem obrigação de finaciar as empresas , para isso existe a banca comercial e a banca de investimentos esta ultima não existente em Portugal como já foi dito.
Se na realidade se pretende que o Estado dê apoio ás empresas porque se desmantelou o IAPMEI - INSTITUTO DE APOIO ÀS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS INDUSTRIAIS e o LNETI- LABORATORIO NACIONAL DE ENGNHARIA E TECNOLOGIA INDUSTRIAL. , Este laboratorio do Estado era para ser posto ao serviço das PME industriais como pretendia o Prof.Veiga Simão quando foi seu Presidente, mas que poderosos interesses se levantaram para que isso não acontecesse.
As "contas certas" e os seus seguidores poderão levar a uma situação que isto acabe mal.
A
Não tem a repugnância ( nem de longe) da denunciada por Jorge Bateira
ResponderEliminarMas aquele casquinar de Bmonteiro sobre António Costa ter ficado adulto com o vírus, a propósito da sua frase "a despesa de hoje é o imposto de amanhã", significa que a subscreve?
E depois põe em acção o tenente-coronel despromovido a tenente ou promovido a general sabe-se lá, para alindar a coisa.Tal como constava nos canhenhos de um austeritário a pedir por mais enquanto lhe açoitavam o país.
Pergunta de uma pessoa de esquerda ligeiramente iletrada em economia:Por que motivo o nosso desenvolvimento antes de 1987 ficou sempre aquem do desejado? Penso que teriamos até aí soberania monetária e ainda nao se faziam sentir os constrangimentos da ideologia comunitária de horror às ajudas de estado.
ResponderEliminarO Banco de Portugal a emitir euros?
ResponderEliminarCabecinha pensadora!
(Eu sei que é chato e que foge ao que se debate
ResponderEliminarmas esse sujeitinho que usurpa um nome -Manuel Galvão- e uma foto alheia não é outro senão joão pimentel ferreira
Uma forma bem triste de confirmar todo a repulsa que acompanha estas coisas neoliberais)