O documentário Make the economy scream do realizador grego Aris Chatzistefanou mostra - na sua parte III (que só pode ser vista no próprio canal ou comprando-o) - que, ao arrepio da clivagem entre os malefícios exportados por um inimigo externo norte-americano e os gerados pelo maligno socialismo - muito do que se vive actualmente na Venezuela foi gerado por erros cometidos sobretudo na política monetário-cambial, ligados à exploração do petróleo que tornaram a moeda venezuelana numa divisa forte, a qual esvaziou a economia e a tornou num país importador, mais do que produtor, empobrecendo-o e tornando-o dependente de uma única produção - a energética. E quando os preços dessa indústria caíram no mercado internacional, tornou evidente o vazio.
E como o país não deixou de ter ricos e pobres, ainda que menos pobres, tudo explodiu.
Onde foi que já vimos esta realidade? Ah estamos a vivê-la neste país. Não porque tenhamos petróleo (mas temos lítio...), mas porque os governos e deputados socialistas, social-democratas e do CDS - optaram - veja-se lá! - por aderir ao pelotão da frente de uma moeda europeia forte, ligado ao marco alemão. E agora não podemos sair dela, senão mudando de país, exportando a nossa melhor e mais jovem mão-de-obra qualificada e empobrecendo-nos, envelhecendo-nos.
Até temos um programa na rádio televisão pública que, todos os dias desde - imagine-se! - 2010, ou seja, desde o início da austeridade imposta, nos lembra como foi bom sair do país.
Afinal, somos dois países ligados por um oceano, muitos portugueses e, ainda e muito mais se calhar, por uma mesma má e errada política económica.
Também reparei como o "Portugueses no mundo" apareceu no momento quando a emigração começou a aumentar consideravelmente!
ResponderEliminarEste programa é cruel em vários sentidos.
- Porque é propaganda (talvez encomendada...) que visa a glamorização da emigração.
Os próprios sons e gráficos do programa tentam fazer passar a ideia de uma emigração cosmopolita.
- Porque apresenta emigrantes sempre bem dispostos e agradados com a sua emigração.
A larga maioria da emigração foi forçada devido às condições económicas, logo, o "Portugueses no mundo" não representa a larga maioria dos emigrantes.
- Porque é predatório, a mensagem subliminar é a seguinte "Se foste obrigado a emigrar e não gostaste problema teu"; "Se não emigras é porque és piegas".
As pessoas sabem decidir por elas próprias. Não é um programa na TV que me vai fazer tomar uma decisão tão pessoal. No topo disto tudo é bom haver pessoas que vão e contem como é. Neste momento Portugal em termos de mercado de trabalho é no seu geral uma ilha doente.
EliminarUnidos pelo mal talvez seja um exagero para muito dos contribuintes, mas pelo menos unidos pelo disparate de senso comum, que de bom senso nada tem.
ResponderEliminar'Ah estamos a vivê-la neste país'
ResponderEliminarComo os nossos poços de petróleo no litoral alentejano não tiveram tempo de destruírem a nossa economia, o paralelismo fica prejudicado nesse ponto.
Mas não faltam similitudes: a treta esquerdalha de que tudo é possível de fazer a partir da distribuição da riqueza tem consequências seguras e certas, em particular quando o Estado não cessa de aumentar e nutrir as suas hostes de dependentes e assalariados.
Enquanto as ideias progressistas são transmitidas nos vossos artigos de fundo, os comentários de direita prevalecem.
ResponderEliminarIsto não faz sentido.
Caro José,
ResponderEliminarEsse discurso contra os funcionários públicos morreu - sem eficácia - quando se começaraam a ver os efeitos desse discurso transformado em política durante o último governo PSD/CDS abraçado à troica.
Uma taxa de desemprego em sentido lato de 25%, mais de 1,4 milhões de desempregados (ou subutilizados, segundo o novo conceito) e uma fúria predatória aos serviços públicos cujos efeitos nefastos ainda se sentem e cujos níveis anteriores ainda tardam a ser repostos, mercê de uma política de contenção de despesa pública e de satisfação dos credores internacionais que funciona no curto prazo, mas que não leva a muito lado algum que se veja, sobretudo caso rebente um estardalhaço nos mercados financeiros.
Peço-lhe que reveja essa sua idiossincrasia que nos faz lançar pelo cano abaixo.
Sr. João Ramos de Almeida,
ResponderEliminarNão entendo a ideia de deixar ficar os comentários imbecis e anti-democráticos, como são os de «Jose» e «Jaime Santos».
Faço recordar que nos blogs com ideias favoráveis à direita e extrema-direita, os comentários de esquerda são censurados e os seus autores proibidos de aparecer de novo, através de um bloqueio que fazem ao «IP».
Porque não bloquear os comentários de ideias que nada ajudam ao esclarecimento e ao progresso das ideias?
Até breve
Pedro Alves
Julguei que umas das formas de calar o fascismo, é não o deixar intervir.
ResponderEliminarAfinal, aqui dão espaço às suas demais provocações.
Caro João
ResponderEliminarOs termos em que exprime uma evidência - criar rendimento sempre se traduz em crescimento económico no curto prazo - mais contribuem para que mantenha o alarme quanto a esses remedeios recorrentes nas políticas de esquerda.
Basta que caminhe pela baixa do Porto para se aperceber da quantidade de tascas e tasquinhas que estão a caminho de fechar no dealbar do menor abrandamento da economia, se não antes.
São o resultado de fictícios progressos económicos.
O caso da função pública tem para mim um significado particular; quem tenha experiência da dificuldade em manter postos de trabalho em condições de equilibrada exigência de esforços, quando, sem inflação, se mantém a pressão de aumento dos salários, só pode escandalizar-se como o modo como é abordada a função pública, sem anúncios de medidas de produtividade ou esforços perceptíveis de reformas.
A cobardia e o engulho ideológico é tal, que o único método que se conhece é colocar os serviços públicos em crise orçamental para que se desenrasquem, aumentando a produtividade ou suportando a insatisfação dos cidadãos; e onde essa insatisfação não se manifesta é o pasmo ou o couto da boyada.
Mais uma narrativa, a juntar a tantas outras, para justificar o descalabro de mais um sonho socialista. Sugere-se também a leitura do Avante após a queda do muro de Berlim.
ResponderEliminarJoão pimentel ferreira, a continuar a violar a sua própria integridade pessoal, é algo já tão trivial que nem se liga. Joga a bota com a perdigota e nem a foto de antanho permite negar aquele ser ar de.
ResponderEliminarO sonho socialista nasce-lhe do couto da boiada, perdão boyada referida pelo seu amigo jose.
Um "pasmo"
O jornal Avante torna-o roxo e aumenta-lhe a gordura?
Primeiro sob o nickname de pedro alves. Depois sob o nickname de khaostic ou de oak oak. A denúncia dos factos põe-o doente e em órbita
Quanto a jose mais as suas tasquinhas e tascas.
ResponderEliminarUm motivo recorrente na sua ideologia e no seu paleio. Recordemos jose en primeira pessoa:
"Venho por este meio comunicar que a imensidão de lojas e lojinhas de inutilidades "blablabla
"Acresce que o número de tascas e tasquinhas "blablabla
"Aumentar o salário mínimo e fechar tascos e tasquinhas, lojas e lojinhas" blablabla
Pode-se argumentar que não é só a ideologia de jose e que passa por aqui um fetiche qualquer.
Ou aquele espírito salazarento a fazer-se passar por Diácono Remédios em processo de oficiante'
Os mais mal intencionados dirão que isto é paleio dos alcoólicos anónimos
A preocupação de jose com a função pública ( e com as funções sociais do estado) não está naquele seu choradinho medíocre e hipócrita, a fazer passar um patronato a tentar "manter postos de trabalho" desta forma grotesca aí em cima espelhada
ResponderEliminar( que diacho. Alguma dignidade é preciso para que não se vejam as ramelas dos pobres coitadinhos em processo de vitimização néscia e falsa)
A verdadeira preocupação de jose foi expressa de forma directa e assumidamente pesporrenta, nos idos tempos em que este pensava que era chegado o momento da noite de espadas sob as botifarras de Passos e da troika. Assim deste jeito em que se cita jose, ipsis verbis:
" aguardo ansiosamente o dia em que os Estado tem salários em atraso, ou corte 30% nos salários, ou faça uns despedimentos colectivos.
Essa espera é que me dá azia"
a 6/4/13 às 20:30
A cobardia e o engulho ideológico de jose. Mas não só. Definitivamente não só