Foto retirada da página do Facebook da ministra e publicado pelo Observador |
Se a promoção da companhia já era abusiva, a coincidência pode revelar muita coisa da actual... ministra do Trabalho. É, pois, enorme a expectativa para ouvir as primeiras intervenções da detentora de uma pasta que devia ser basilar num governo que diz querer o apoio à esquerda, embora ao mesmo tempo também queira a tranquilidade patronal.
Vai a ministra relembrar-se mais das suas antigas funções (página 15) de inspectora do Trabalho e Directora dos Serviços de Apoio à Inspecção do Trabalho entre 2012 e 2015 - período em que o número de inspectores caiu 20% (ver página 17) e o número de visitas se reduziu para metade (ver página 49) - ou da forma como desempenhou as funções na área do Turismo querendo dar toda a força ao sector privado da hotelaria e actividades turísticas onde se aplicam as más práticas da precariedade e baixos salários?
Há uns meses dizia a actual ministra:
“O Turismo é uma arma de transformação, que consegue mobilizar vários players e que tem a capacidade de abrir o mapa de Portugal, alargando-o a todas as regiões e transformando assim o território”. Ou "é essencial não diabolizar o alojamento local".
A ministra esteve representada pela chefe de gabinete, por estarna Rússia |
Será esta ministra sensível aos efeitos da pressão turística, por exemplo na habitação e, por conseguinte, nos rendimentos disponíveis dos trabalhadores, na sua expulsão para periferias, nos tempos de transportes, na conciliação trabalho/família, enfim, na demografia?
Por que razão António Costa escolheu Ana Mendes Godinho para coordenar a área do Trabalho?
Palácio de Belém, 1981/83.
ResponderEliminarO oficial de segurança, trás uma mensagem da direcção da Citroen, após compra de novo carro para a Presidência: poderem tirar uma fotografia como Senhor General PR.
...diga lá aos tipos, que não estamos no Congo...
De memória, um pequeno país africano da altura.
Tanta incoerência. A ex-Secretária de Estado do Turismo disse:
ResponderEliminar“O Turismo é uma arma de transformação, que consegue mobilizar vários players e que tem a capacidade de abrir o mapa de Portugal, alargando-o a todas as regiões e transformando assim o território”. Ou "é essencial não diabolizar o alojamento local".
E o autor do texto fala das más práticas da precariedade e baixos salários, quando o alojamento local é sobretudo gerador de auto-emprego de microempreendedores, pessoas e famílias que assim conseguem um sustento um pouco por todo o país.
Sim, porque Portugal não é Lisboa. O autor quer ainda dar a entender que o alojamento local é responsável pela expulsão das pessoas das cidades - o que desde logo é uma falácia -, desrespeitando o que este fenómeno trouxe para muitas aldeias, vilas e até mesmo cidades, no que diz respeito a manter e atrair residentes.
Por isso, repito as palavras da ex-SET: "é essencial não diabolizar o alojamento local"!
Tanta incoerência da parte do paulo.
ResponderEliminarTanta pressa ( embora com tanto atraso ) e nem uma palavra da falta de princípios da senhora em questão.
Também repetirá a confraternização com os capangas da Ryanair? Ou as imagens a receber o prémio da revista aí citada
Tanta incoerência. Tanta leviandade
Paulo Matos fala em incoerência
ResponderEliminarIncoerente é ele. Ou melhor, é mais do que isso.
Percebe-se que "paulo matos" tente mostrar a "realidade" que lhe interessa. Mas aldraba.
Diz "Paulo Matos"
"Portugal não é Lisboa".
Mas há 1 ano o alojamento local estava concentrado em 80% nos distritos de Faro, Porto e Lisboa.
"O que este fenómeno trouxe para muitas aldeias, vilas e até mesmo cidades, no que diz respeito a manter e atrair residentes" é assim uma treta.Uma espécie de fado para ver se passa
Diz "paulo Matos":
O "alojamento local é responsável pela expulsão das pessoas das cidades - o que desde logo é uma falácia"
Falácia?
"Em Lisboa, já há mais de 30 alojamentos locais por cada mil habitantes. No período de 2012 a 2018, enquanto os salários dos lisboetas cresceram 10%, os preços das casas na capital portuguesa subiram 50%."
Em Lisboa encontra-se o rácio mais elevado da lista (dez cidades analisadas pela Moody's : Amesterdão, Berlim, Dublin, Frankfurt, Lisboa, Londres, Madrid, Milão, Paris e Roma) É um valor que fica muito acima do que é registado em Paris, onde há 24 casas destinadas a turistas por cada mil habitantes. Em Amesterdão, o rácio é de 19 para mil.
As conclusões constam do último relatório sobre o mercado de habitação realizado pela agência de notação financeira, que nota que, na Europa, é cada vez mais difícil pagar casa, tendo em conta uma evolução dos preços da habitação muito mais acelerada do que a dos salários.
A verdade é que o alojamento local, através de plataformas como o Airbnb, tomou proporções de tal forma gigantescas que dez cidades europeias tomaram a iniciativa de enviar uma carta à União Europeia a pedir que tente combater de forma mais empenhada a expansão dessas mesmas plataformas.
A carta foi enviada por Amesterdão, Barcelona, Berlim, Bordéus, Bruxelas, Cracóvia, Munique, Paris, Valência e Viena, que garantem estar preocupadas com o “crescimento explosivo” destas plataformas. “Tememos que os lares necessários para que os moradores morem e trabalhem nas nossas cidades sejam cada vez mais considerados um mercado de aluguer para turistas”, lê-se na carta, onde é relatada uma “grave escassez de moradias” nas cidades europeias. “As ameaças e riscos para a configuração social e habitável das nossas cidades são evidentes”, defendem."
Quem fala em "falácia", devia ser mais rigoroso naquilo que diz.
ResponderEliminarDiz "paulo matos":
"o alojamento local é sobretudo gerador de auto-emprego de microempreendedores, pessoas e famílias que assim conseguem um sustento um pouco por todo o país."
Só 35% dos titulares de exploração de alojamento local em Lisboa gerem apenas uma unidade para arrendamento de curta duração. A grande maioria - 65% - gere duas ou mais unidades. O recorde na capital é de um titular (não especificado) que gere 156 estabelecimentos de alojamento local.
Acima, está uma percentagem de 27%, que gere mais do que oito alojamentos locais.
De acordo com o "Estudo Urbanístico do Turismo em Lisboa", feito pela Câmara Municipal para fundamentar a criação de zonas de contenção ao alojamento local na cidade, a que o DN teve acesso, dos 65% que têm mais do que um estabelecimento para arrendamento a turistas, 38% explora entre duas a sete unidades.
É o mercado a funcionar...
E a papar tudo, expulsando os cidadãos para a periferia.
Cheira mal. Isso e a falacia tão acertiva do dito "paulo"
Falacioso é o seu "sobretudo". De resto, a ministra está a pensar em "major players" e não no pequeno, mini, micro playerzinho. Oferta de zimmer-rooms-chambres, sempre houve; não vale a pena glamorizá-la. Também não vale a pena desvalorizar a importância que o grande capital especulativo tem no sector.
ResponderEliminarAntes de mais, lamento que este blogue aceite comentários que resvalam para o insulto por parte de pessoas que se escondem no anonimato. Não creio que quem se esconde para acusar o seu interlocutor de ser aldrabão seja sério, mas ainda assim cabe-me desmontar a argumentação falaciosa.
ResponderEliminarNão. O AL não é responsável pela desertificação dos centros históricos. Os centros históricos há décadas perdiam população, em especial os mais jovens. O AL trouxe, sim, uma nova vida e segurança a estes bairros. Só em Lisboa, a grande maioria dos imóveis, onde atualmente estão instalados AL, antes estava desocupada. Faltam, sim, políticas sociais e de promoção da habitação e do arrendamento para fixar as populações nestas zonas e criar o desejado equilíbrio.
Não. O AL não é só Lisboa e Porto. Todo o debate tem como alvo apenas algumas freguesias dos centros urbanos. O AL está presente em 1.587 freguesias espalhadas pelo país. Cerca de 2/3 são casas de praia. Metade dos registos está no Algarve. O AL está a impulsionar o Turismo nas Ilhas e no interior do país, mas todo o discurso continua centrado apenas em alguns bairros.
Ao contrário das perceções criadas, ou induzidas, junto da opinião pública, cerca de 80% dos titulares possui apenas uma unidade de AL e cerca de 10% entre duas a três unidades. Apenas cerca de 50 em mais de 31.000 titulares têm mais de 50 unidades. Ou seja, a ideia de que o negócio do AL é promovido pelos grandes investidores é falsa e manipuladora da opinião pública.
Portanto, eu nunca disse que o AL não tem externalidades negativas, mas sim que é de extrema importância não o diabolizar, até porque partidos como o BE têm precisamente contribuído para se criarem mais regras, obrigações e dificuldades que acabam por afastar os mais pequenos, as tais famílias que assim garantem o seu emprego e sustento, beneficiando indirectamente os grandes grupos. É precisamente isto que não se consegue entender.
P.S. - O artigo deste blogue foi reproduzido na página Esquerda.net, mas ultimamente esta tem censurado quaisquer comentários sobre este tema. Esta atitude é profundamente lamentável e reveladora de um partido que não sabe conviver com a diferença de opiniões.
Lastima o “ Paulo matos “. O que dizer de roubo de identidades?
ResponderEliminarTalvez seja bom verificar o património imobiliário e os negócios que esta gente tem
ResponderEliminarO cheiro a dinheiro torna-se num enorme atractivo para certos conpinchas ultra liberais.
Ó matos. Também aparece em alegre cavaqueira com a senhora aqui citada? A dizer entre dois piropos e o mar morno que é preciso não diabolizar para beneficiar directamente os grandes grupos?
Parece-me que o roubo de identidade é punível por lei.
ResponderEliminarAnónimos a por em causa a identidade de quem não se esconde...
ResponderEliminarParece anedota, mas é simplesmente triste.