quarta-feira, 3 de julho de 2019
Não há acasos
Mais ricos de França enriquecem mais depressa do que quaisquer outros. Não é por acaso que chamam a Macron o presidente dos ricos. Não é por acaso que as suas políticas fiscais e laborais têm por objectivo transferir recursos de baixo para cima. Não é por acaso que este político maquilhado é o alvo da justa ira das classes populares francesas. Não é por acaso que é a esperança dos europeístas. Não é por acaso que uma moribunda social-democracia europeia decidiu ir morrer nos braços de quem lhe deu o derradeiro golpe em França. Não é por acaso que Costa se entende ideologicamente tão bem com Macron. Não é por acaso que na UE a social-democracia perde sempre, incluindo na chamada corrida aos chamados lugares europeus. Não é por acaso que se insiste no aviso: Macron 2017 = Le Pen 2022. É que não há acasos em política e muito menos em economia política internacional.
Não é por acaso que os ricos enriquecem.
ResponderEliminarÉ um bom sinal de que têm os seus capitais aplicados em negócios rentáveis apesar de impostos exorbitantes; ainda bem para a França.
Um país em que os ricos empobrecem, ou não são ricos ou são de má qualidade.
Jose, jovem conservador de direita?
EliminarSe calhar é um sinal de que os impostos não são exorbitantes.
EliminarA terceira via está a ficar mesmo muito enviesada! Se calhar vai dar a outra via muito conhecida...
ResponderEliminarInteressante.
ResponderEliminarComo exemplo dos males do "europeísmo" supostamente neoliberal e antidemocratico só curável com uma boa dose de democracia nacionalista, mostram um dos principais líderes desse europeísmo, um dirigente democraticamente eleito de um estado nacional - como são todos os verdadeiros lideres da ue, que sempre funcionou através de arranjos entre os lideres dos seus estados nacionais.
A ironia escapa-lhes completamente.
Assim. Certa esquerda, em vez de combater o neoliberalismo, diverte-se a combater o europeísmo, não tendo capacidade para perceber que o europeísmo em si mesmo tanto pode ser neoliberal, como fascista, social democrata ou comunista.
É demasiada areia para tão pequena trotineta...
Boa!
ResponderEliminarPedro, quem não tem a mesma opinião é porque "não tem capacidade para perceber"?
ResponderEliminarNão, é porque tem outra opinião que eu partilho totalmente.
Caro Rui.
ResponderEliminarReduzir ao neolberalismo o pan-europeísmo, ideia com milhares de anos e que ainda hoje junta pessoas de todos os credos políticos ?
Bota incapacidade nisso.
Acrescento que quando essa estranha incapacidade de compreensão vem de pessoas que toleravam ou até eram entusiastas do conceito de união soviética, essa incompreensão assume a feição de descarada desonestidade.
Economia neo-esclavagista: a ajuda aos pobres deve ser efectuada por meio da degradação das condições da mão-de-obra servil... e não por meio da introdução da Taxa-Tobin.
ResponderEliminar.
Existe uma tripla de 'supporters' da economia neo-esclavagista:
1- a alta finança;
2- europeístas (e afins);
3- migrantes que se consideram seres superiores no caos.
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Mais:
- Os «grupos rebeldes» (daesh e outros), não possuem fábricas de armamento... no entanto, máfias do armamento fornecem-lhes armas... para depois terem acesso a recursos naturais (petróleo, etc) ao desbarato, e para depois deslocarem refugiados para locais aonde existem investimentos interessados em mão-de-obra servil de baixo custo.
Ora, em vez de chamar à responsabilidade aqueles países que estão a fornecer armas aos «grupos rebeldes», ou seja, os países aonde a máfia do armamento possui as suas fábricas... os europeístas fazem uma outra coisa: decretam sanções contra os países que não permitem a chegada de mão-de-obra servil ao desbarato (refugiados) aos investimentos interessados em tal.
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Adiante:
URGE ABRIR OS OLHOS E DEPRESSA: O PLANETA É UM LUGAR PERIGOSO PARA OS POVOS AUTÓCTONES QUE PROCURAM PROSPERAR AO SEU RITMO, OU SEJA: SOBREVIVER PACATAMENTE NO PLANETA!
{ urge mobilizar aqueles nativos que se interessam pelo sobrevivência da sua Identidade para o separatismo-50-50 }
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--»» Economic-nazis destilam ódio/intolerância para com intenções Identitárias... pois... intenções Identitárias prejudicam investimentos!...
--»» Migrantes de elevada demografia destilam ódio/intolerância para com intenções Identitárias... pois... intenções Identitárias prejudicam a sua ambição de serem «donos disto tudo».
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1. No passado povos autóctones da América do Norte, da América do Sul, da Austrália foram alvo de holocaustos massivos...
2. Em pleno século XXI tribos da Amazónia têm estado a ser massacradas por madeireiros, garimpeiros, fazendeiros com o intuito de lhes roubarem as terras...
3. etc,etc,etc...
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MOVIMENTO-50-50:
- por um planeta aonde sejam Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o seu espaço no planeta --»» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE as economicamente menos rentáveis.
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Nota: Os 'globalization-lovers', UE-lovers. smartphone-lovers (i.e., os indiferentes para com as questões políticas), etc, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
-»»» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/
Quando eu digo que "Pedro" é um perigoso europeísta, tal deve ser entendido por aquilo que é: Uma ideologia desencarnada que pretende exorcizar com agua benta o elefante no meio da sala que é o resultado prático da mesma ideologia. E o resultado é muito feio e ruinoso.
ResponderEliminar"Pedro" acha muito conveniente separar o bicho das pintas da sua pele, como se pudesse haver leopardo sem pintas ou pintas a flutuar no ar sem leopardo.
Nesse aspecto, o angelismo de "Pedro" é perigoso porque faz o branqueamento dos resultados do europeísmo remetendo para um ideal abstracto e inalcançável.
As ideias de unificação europeia são tantas quantas as potências que num determinado contexto histórico puderam sonhar com um império europeu. Desde o império romano, passando pelo Sacro Império, pelo Império Austro-Hungaro, e pelas cabeças de Napoleão, de Carlos V, e de... Adolf Hitler!
Carlos Magno percebeu muito bem que o seu império não era uma entidade estável, e procedeu em conformidade. Outros precisaram de ser contrariados pela força das armas.
Felizmente a história se encarregou de despachar para o seu "arquivo geral", vulgo caixote do lixo tais tentativas, revelando a diversidade dos povos europeus e a sua soberania como a base fundamental sobre a qual pode ser construída a fraternidade e a convivência pacífica entre esses mesmos povos.
Resta-nos esperar que a EU tenha a mesma graciosidade e pacifismo na sua dissolução que teve o Pacto de Varsóvia. E já agora, se não fôr pedir muito, um pouco mais de inteligência...
Porque, como mostrou Brigitte Granville, até para desmantelar uma união monetária ou um império é preciso inteligência, humanismo e bom senso e há quem os tenha e há quem não os tenha.
S.T.
Não se pode separar o europeísmo da sua presente encarnação histórica, a EU e a EMU.
ResponderEliminarO neoliberalismo na sua pior versão de ordoliberalismo está embutido nos tratados e instituições da EU e uma EU "diferente" simplesmente não existe nem é alcançável.
A natureza tem uma solução misericordiosa para os seres esclerosados e incapazes de resolver as suas contradições interiores: Chama-se morte e serve para renovar os efectivos das suas criaturas.
Quando um animal está minado pela doença ou ferido, morre e é substituído por outro com todas as potencialidades das coisas novas. A criação e a renovação passam necessáriamente pela destruição do velho para dar lugar a novas formas.
A política não escapa a esta lei da natureza. Hitler dizia que o seu reich duraria mil anos. Felizmente os aliados puseram-lhe termo antes disso.
O apego ao que já não corresponde às necessidades dos tempos é fonte de desnecessário sofrimento, como tantos europeus, sobretudo da Europa do Sul e periférica constatam diáriamente.
S.T.
Pensem nestes ensinamentos de Tenzin Gyatso aplicados às organizações políticas e verão que ganham uma perspectiva muito mais saudável.
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=OIYMMfLEKY8
"if possible, help others, if not, at least restrain in harming other"
S.T.
Caro Pedro,
ResponderEliminarNão se trata de reduzir ao neoliberalismo mas sim de constatar qual o seu papel na realidade atual.
Incapacidade é não conseguir analisar a realidade e tirar conclusões diferentes das que nos vendem o tempo todo, como que a lógica impõe. Tal é feito por pessoas com ideias muito diferentes entre si e que não são incapazes. Bem pelo contrário.
Caro Rui.
ResponderEliminarIncapacidade é ainda não terem percebido que o neoliberalismo que consideram uma especificidade da superestrutura politica UE tem origem na infraestrutura que são os estados que a compõem.
É verdadeiramente incrível.
Caro ST.
ResponderEliminarEu já lhe disse, muitas vezes, que já não sou europeísta e até sou a favor da liquidação da UE devido ao estado de decomposição neoliberal e nacionalista em que está.
Por isso manter fanaticamente a falácia do espantalho pode servir para esconder a sua penúria argumentativa mas não enriquece a sua argumentação.
E a sua fraqueza argumentativa é sempre a mesma embora varie na forma.
Agora são os tratados que estão imbuídos de ordoliberalismo.
GRANDE NOVIDADE !
O que lhe estou a dizer há meses é que estão imbuídos de ordo-liberalismo porque praticamente todos os governos eleitos dos estados nação são neoliberais e/ou de nacionalismo agressivo ou racismo que faz parecer justo e eficiente aplicar a escravidão ordo-liberal aos estados mais fracos do sul da europa.
Não é a UE que impõem o neoliberalismo aos estados.
A UE é que é neoliberal porque os estados que a compõem são neoliberais - e como tal reproduzem a sua ideologia nos tratados e nas instâncias governativas da UE.
Eu já deixei de ser europeísta não por a UE estar a impor ex nihilo o neoliberalismo aos seus povos, mas por ter de chegar á conclusão que os seus povos são convictamente neoliberais.
Eu tinha admiração pela cultura europeia, agora começo a ter desprezo.
Os gloriosos povos europeus gostam é de lamber botas a banqueiros.
O nosso amigo jose é o eleitor europeu típico.
Com ou sem UE é com essa "maioria escabrosa" que têm de lidar.
E não é por a UE desaparecer que os "joses" vão desaparecer e deixar de continuar a eleger os Passos Coelho e Sócrates para o governo dos estados nação - ou da UE, wathever...
Caro ST.
ResponderEliminarOs gregos, quase a única exceção e mesmo assim fraquinha, no panorama do neoliberalismo de todos os estados nação, acabam de reeleger a nova democracia, o partido neoliberal mais responsável pela bancarrota grega. Outra vez.
Depois diga que sou eu que tento separar o bicho das pintas que tem na pele.
O seu angelismo que o faz acreditar na luta heroica dos povos dos estados nação contra o neoliberalismo "imposto" pela UE é uma verdadeira alucinação.
Vocês são mesmo perigosos.
Não perigosos nacionalistas, mas perigosos alucinados.
Pois se nem são capazes de identificar o inimigo, já deitaram a guerra a perder.
Tanto se concentra nas vistosas pintas, que nem vê que estão na pele do bicho que o vai comer.
Enquanto atacam os moinhos de vento da UE são comidos como gostosos patos pela bicharada neolib local dos estados nação. Que são aliás quem realmente manda na UE, não passando os burocratas da UE, que vocês apresentam como o grande inimigo mas que na verdade não passam de paus mandados ao serviço dos lideres democraticamente eleitos das grandes nações.
Como se o bêbado do Junkers ou o moço de recados do Barroso, aliás eles próprios antigos lideres democraticamente eleitos nos seus países, mandassem alguma coisa.
Quem manda na UE são os governos democraticamente eleitos dos países fortes.
Se esses lideres são neolibs isso deve-se a que os povos votam neolib seja na Grécia ou na Alemanha.
E é esse o problema que deviam estar a enfrentar e não confundir a bota com a perdigota e atacar o espantalho do europeísmo enquanto os neoliberais locais, europeístas OU NACIONALISTAS se nos atiram ás gargantas.
Sim, mas mesmo que Macron 2017=Le Pen 2022, isso é melhor do que Le Pen 2017, que foi coisa que certos Esquerdistas nunca perceberam (assumo que não queriam secretamente a vitória desta neo-fascista para destruir a UE, como Sapir quis abertamente, honra lhe seja feita).
ResponderEliminarO L'Humanité, esse, não teve dúvidas, Le Pen era positivamente para rejeitar... Sem tergiversações ou racionalizações idiotas.
Que eu saiba, Melachon ficou em quarto lugar na primeira volta, não foi, João Rodrigues? Melachon esse que, no tempo em que tinha dois dedos de testa, não hesitou em apelar ao voto em Chirac contra Le Pen Pai...
E, se Costa lhe provoca tanto asco, porque é que nestes 4 anos nunca propôs uma moção de censura da Esquerda à sua governação? Ou é retórica pela manhã e a boa flexibilidade tática de Cunhal pela tarde?
Vá morrer longe, sim?