sexta-feira, 7 de junho de 2019

A questão


A nova questão da habitação em Portugal examina desenvolvimentos recentes do nexo finança-habitação. Após um período de explosão do crédito para a construção e compra de casa própria, segue-se agora uma crescente procura internacional dirigida ao imobiliário nacional em busca de elevadas rendibilidades. Estes desenvolvimentos decorrem da última crise internacional e do programa de ajustamento. Os desequilíbrios estruturais do país não foram resolvidos, saindo reforçado o peso político do sector imobiliário. Neste contexto, assumem relevância os estímulos fiscais e as engenharias financeiras que transformam a habitação num ativo financeiro, enquanto o rendimento de muitas famílias escasseia para aceder a este bem essencial. São necessárias outras políticas para que o direito à habitação seja uma realidade.

Sinopse do livro, coordenado por Ana Cordeiro Santos, cruzando os contributos da economia e da geografia, ou seja, da economia política com raízes, e retomando a questão de Engels para o actual contexto nacional.

3 comentários:

  1. A cretinagem que mantém os senhorios ameaçados por condicionalismo de vida do inquilino são a primeira causa de distorções no mercado.

    Blá, blá, o direito à habitação, mas ninguém comete ao Estado o dever de abrigar desalojados.
    Deixam o encargo aos senhorios e acham-se invadidos por uma emulação solidária!

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  2. É o chamado socialismo à Portuguesa, o estado recebe impostos e empurra a responsabilidade da habitação social para os privados. Neste negócio só perdem, são os verdadeiros lesados.

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  3. Não são os privados, são os pequenos burgueses que não contornam a lei. Os outros proprietários ganham e ainda financiarizam a coisa.
    E não é à Portuguesa, é o possível e miserável no mercado "único", por concepção.

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