Agora que se conhecem os documentos acordados com o Governo e aqueles que foram modificados pelos deputados do PS, é possível ver quais as verdadeiras preocupações dos deputados socialistas.
E as diferenças não são apenas nas Parcerias Público-Privadas (PPP) e nas taxas moderadoras. É bem mais vasto e trata-se de um verdadeiro caderno de encargos favorável ao sector privado, num ataque ao SNS. Nem se compreende como é que o PS envereda por esta declaração de guerra, sem qualquer justificação política.
E as diferenças não são apenas nas Parcerias Público-Privadas (PPP) e nas taxas moderadoras. É bem mais vasto e trata-se de um verdadeiro caderno de encargos favorável ao sector privado, num ataque ao SNS. Nem se compreende como é que o PS envereda por esta declaração de guerra, sem qualquer justificação política.
Primeiro, a gestão privada dos estabelecimentos hospitalares públicos em PPP. Antes dizia-se: "A gestão dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde é pública, devendo a escolha dos titulares dos seus órgãos de administração respeitar os princípios da transparência, publicidade, concorrência e igualdade". Agora, diz-se "A gestão dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde é pública, podendo ser supletiva e temporariamente assegurada por contrato com entidades privadas ou do setor social."
Segundo, o financiamento do SNS. Antes, definia-se que "O financiamento a que se refere o nº1 [O financiamento do SNS é assegurado por verbas do Orçamento do Estado] deve permitir que o SNS seja dotado dos recursos humanos, técnicos e financeiros necessários ao cumprimento das suas funções e objetivos." Agora, a proposta dos deputados do PS deixa cair esta obrigação.
Não é uma questão de somenos. Tem sido o subfinanciamento crónico que tem gerado ineficiência e ineficácias do SNS e aberto a porta ao negócio do sector privado da Saúde. Sem criação de uma procura, o mercado do sector privado na Saúde não existe e não tem como sobreviver. Ao retirar a obrigação pública de dotar o SNS de um financiamento adequado que pague o seu funcionamento, os seus profissionais, está a criar-se um monstro que tende a definhar e a gerar um mercado de Saúde.
E há muito mais...
E há muito mais...
Terceiro, taxas moderadoras. Antes, escrevia-se: "Tendo em vista a correta orientação dos utentes, é dispensada a cobrança de taxa moderadora nos cuidados de saúde primários e nas demais prestações de saúde, se a origem da referenciação para estas for o SNS." Agora, escreve-se: "A lei pode prever a cobrança de taxas moderadoras, tendo em vista o controlo da procura desnecessária e a orientação da procura para respostas mais adequadas às necessidades assistenciais, sem prejuízo de poder determinar a isenção de pagamento, nomeadamente em função da situação de recursos, de doença ou de especial vulnerabilidade"
Ou seja, aquilo que era taxativo - "é dispensada a cobrança de taxa moderadora nos cuidados de saúde primários e nas demais prestações de saúde" - passa a ser uma possibilidade. E note-se a diferença entre uma aplicação generalizada que passa a ser circunscrita à situação de recursos, de doença e de vulnerabilidade.
A taxa moderadora tinha duas funções: desincentivar um acesso desnecessário aos serviços, mas ao mesmo tempo e como os sucessivos governos foram elevando o seu valor que durante muito tempo foi superior aos preços praticados no sector privado, acabavam por gerar um incentivo ao recurso ao sector privado. Ao impedir o seu fim, os deputados do PS mantêm o incentivo ao sector privado. E por outro lado, ao acabar com a sua universalidade e ao impor uma espécie de "condições de recursos" criam uma desigualdade de tratamento entre cidadãos cujo espírito não está na matriz do SNS.
Ou seja, aquilo que era taxativo - "é dispensada a cobrança de taxa moderadora nos cuidados de saúde primários e nas demais prestações de saúde" - passa a ser uma possibilidade. E note-se a diferença entre uma aplicação generalizada que passa a ser circunscrita à situação de recursos, de doença e de vulnerabilidade.
A taxa moderadora tinha duas funções: desincentivar um acesso desnecessário aos serviços, mas ao mesmo tempo e como os sucessivos governos foram elevando o seu valor que durante muito tempo foi superior aos preços praticados no sector privado, acabavam por gerar um incentivo ao recurso ao sector privado. Ao impedir o seu fim, os deputados do PS mantêm o incentivo ao sector privado. E por outro lado, ao acabar com a sua universalidade e ao impor uma espécie de "condições de recursos" criam uma desigualdade de tratamento entre cidadãos cujo espírito não está na matriz do SNS.
Quarto, recurso ao sector privado. Antes escrevia-se sobre a possibilidade de contratos do SNS com entidades privadas: "Tendo em vista a prestação de cuidados e serviços de saúde a beneficiários do SNS, e quando o SNS não tiver, comprovadamente, capacidade para a prestação de cuidados em tempo útil, podem ser celebrados contratos com entidades do setor privado, do setor social, bem como com profissionais em regime de trabalho independente, condicionados à avaliação da sua necessidade". Agora, ficou o mesmo princípio, mas sem aquela condição: "Tendo em vista a prestação de cuidados e serviços de saúde a beneficiários do SNS, podem ser celebrados contratos com entidades do setor privado, do setor social, bem como com profissionais em regime de trabalho independente, condicionados à avaliação da sua necessidade."
Ou seja, os deputados do PS desvincularam-se de qualquer pré-requisito de defesa do SNS e passaram a ser verdadeiros embaixadores do sector privado, ao abrir a porta - sem condições - à subcontratação ao sector privado.
Quinto. Seguros de Saúde. Antes, escrevia-se: "Os seguros e os planos de saúde são de adesão voluntária e de cobertura suplementar ao SNS". Agora, ficou: "Os seguros de saúde são de adesão voluntária e de cobertura complementar ao SNS.
Ou seja, o que antes apenas se circunscrevia ao que poderia ser "suplementar" - leia-se, como o que não fosse prestado pelo SNS - agora abre-se o seu âmbito a tudo o que possa ser "complementar", o que é uma noção bem mais vaga. O mesmo serviço com uma amplitude maior é ou não complementar?
Sexto, carreiras dos profissionais da Saúde. Veja-se isto, que parece escandaloso. Todo este capítulo caiu:
Profissionais de saúde do SNS
1. Os profissionais de saúde que trabalham no SNS têm direito a uma carreira profissional que reconheça a sua diferenciação na área da saúde. 2. O Estado deve promover uma política de recursos humanos que valorize a dedicação plena como regime de trabalho dos profissionais de saúde do SNS podendo, para isso, estabelecer incentivos.
3. É promovida e assegurada a formação permanente aos profissionais de saúde do SNS.
Ou seja, os deputados do PS acharam por bem manter aquilo que se passou ao longo de décadas e que tem explicado a passagem de profissionais do SNS para o sector privado: a desarticulação dos serviços e de carreiras. Aderiu-.se assim à filosofia de que não deve haver um Serviços Nacional de Saúde, mas um Sistema Nacional de Saúde em que o SNS é apenas mais um dos serviços que é possível encontrar na sociedade. Trata-se de uma assunção violenta contra o SNS.
Os deputados socialistas terão de explicar muito bem o que os levou a tamanho disparate!
Corolário: Parece que a proposta que saiu da negociação com o Governo foi bem revista por alguém que riscou tudo o que prejudicava os interesses privados. É, pois, da maior transparência possível que se saiba o que realmente se passou neste período de tempo. Porque parece bastante grave.
Espero bem que os senhores deputados socialistas, a que se junta a lista completa e dos que têm assento na comissão parlamentar de Saúde, possam ser chamados à pedra e dêem explicações detalhadas de como se operou esta alteração. Porque, independentemente do direito de opinião, um cidadão questiona-se por que razão foram tão minuciosas as alterações dos textos que poderiam melhorar o sector público.
Segundo o Expresso, foi assim que o PS agiu com os seus parceiros, no âmbito da "Geringonça", no que diz respeito à Leri de Bases da Saúde:
ResponderEliminar"O Governo enviou para o Bloco de Esquerda e para o PCP, por escrito, não só o consenso a que tinham chegado sobre os pontos mais sensíveis da nova lei de bases da Saúde, mas também um anexo onde ficou, preto no branco, como deveria ser ultrapassado o veto que já sabiam que viria do Presidente da República ao diploma.
Nesse documento, a que o Expresso teve acesso - e que é assinado pela Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares -, é detalhado todo o processo de reconfirmação do diploma, obrigando o Presidente a aceitá-lo num segundo momento, mas também um calendário, passo a passo, para garantir que a nova Lei de Bases estaria em vigor ainda esta legislatura. E mostra, assim, que António Costa não só chegou a decidir que acabariam de vez (e sem exceções) as PPP na Saúde, como já assumia que era inevitável um choque político com o Presidente.
Passo a passo, o Governo previa (antes do recuo desta semana) que tudo se passaria assim:
26 de abril | Último dia para votações indiciárias no Grupo de Trabalho “Nova Lei de Bases da Saúde”
02 de maio | Último dia para ratificação das votações indiciárias pela Comissão de Saúde
10 de maio | Último dia para votação final global
13 ou 14 ou 15 de maio | Último dia para envio para promulgação do decreto da Assembleia da Repúlica (Nova Lei de Bases da Saúde)
04 de junho | Último dia para receção da mensagem fundamentada com eventual veto presidencial
05 de julho | Último dia para votações plenárias e eventual reapreciação do decreto da Assembleia da República (Nova Lei de Bases da Saúde)
Depois deste calendário, vinha o guião. Explicando aos partidos da esquerda, por exemplo, que "não carece de voltar à comissão parlamentar competente, para efeito de redação final, o texto do decreto que não sofra alterações." Mas também que "o Parlamento pode ultrapassar o veto político, ficando o Presidente da República obrigado a promulgar, no prazo de oito dias, se, entretanto, reaprovar o diploma, sem alterações, com uma maioria reforçada: a maioria absoluta dos Deputados".
Esta semana, porém, ficou-se a saber que o Governo mudou de planos - apesar de estes terem ficado registados por escrito nas negociações com o Bloco e PCP, pela mão da ministra da Saúde. António Costa disse esta quinta-feira que o acordo nunca esteve fechado e justificou a mudança de posição com o facto de ter ouvido, entre outros, o apelo do Presidente da República. A opção é, agora, aprovar a Lei de Bases com o PSD - hipótese que o próprio Costa, há quinze dias, tinha recusado."
Caro JRM, notei que, em matéria da Saúda, deu recentemente ao PS o chamado "benefício da dúvida": "Veremos, no futuro pós-eleitoral, qual a sinceridade do seu discurso na salvaguarda de um SNS sólido, articulado e sustentável".
É tempo de deixar de dar ao PS o benefício da dúvida!
A. Correia
Na verdade, o PS está no lugar onde sempre quis estar - em comunhão no bloco central dos interesses de pôr os bens públicos e comuns a render para os bolsos privados. E não foi agora que decidiram a entrega do sector da saúde ao saque pelos privados, a intenção está presente há muito e os sinais são imensos. Para além das PPPs, há acções concretas como a vergonhosa e descarada venda de um quartel de bombeiros acabado de construir, desmantelado e demolido com o argumento estapafúrdio de que tinha anomalias construtivas e que não valia a pena recuperar. O que "valeu, de facto, a pena" foi vender o terreno ao vizinho do lado, o hospital da luz, que estava desejoso de o ter. Todo este negócio e os seus intervenientes metem nojo.
ResponderEliminarAs actuações de Costa e da ministra não passaram nunca de sonsice e hipocrisia sabendo desde logo que iriam alinhar com a direita, e o marcelo foi um bom álibi. O Ferro também já se declarou ao Marcelo.
Não há nenhum benefício de dúvida a conceder ao PS.
E depois do próprio António Costa ter dito claramente no Parlamento que ninguém devia ter problemas em dispensar a direita - que já por mais que uma vez tentou inclusive acabar com o SNS - da aprovação da nova Lei de Bases da Saúde.
ResponderEliminarUma nova lei de bases que sobretudo para o PS também devia servir para homenagear o verdadeiro pai fundador do SNS, o também socialista António Arnaut. Um ano depois da sua morte. Nomeadamente através da lei de bases que deixou escrita para a posteridade em parceria com João Semedo. Está lá tudo. Não é preciso inventar mais nada! Saiba o PS honrar e sobretudo ser digno de António Arnaut!
ResponderEliminarPois é
ResponderEliminarNão votar em partidos da direita, da extrema-direita, nos infiltrados e nos partidos do bloco central
Acabar com as PPP.
Algumas defendidas até a desonestidade pelo Vitor Pimentel ferreira
O PS não merece o benefício da dúvida há muito...
ResponderEliminarPara mim o que é espantoso é como o PS começou por alinhar com o bloco neste assunto.
ResponderEliminarO PS é um partido de direita e é o que mais PPP fez. Seria fantástico que agora desfizesse tudo o que dez ao longo de décadas.
Isto foi assim como um sonho breve, acabar com a chulice das PPP. Mas o PS já voltou ao seu papel natural de suporte dos chulos.
"Porventura, uns minutos de estrelato na comunicação social poderão, de novo, inviabilizar um acordo feito numa base construtiva e de seriedade, que evitasse dar novos argumentos a todos aqueles que se opõem a que a nova Lei de Bases represente um progresso.
ResponderEliminarAliás, independentemente do desfecho do processo de revisão da Lei de Bases, é urgente avançar com um conjunto de medidas no sentido do reforço dos meios financeiros e do número de profissionais, medidas que a actual Lei não proíbe" (https://www.abrilabril.pt/nacional/lei-de-bases-da-saude-negociacoes-na-praca-publica)
PS, PSD, CDS/PP
ResponderEliminarEis os partidos que nos impuseram as PPP. Transplantadas para o nosso país por sua exªa Cavaco Silva.
Tais PPP tiveram e têm a adesão entusiástica do bloco central de interesses. E dos interesses fora e dentro de tal bloco
Lembro-me da fina flor do entulho a defender entusiasticamente tais PPP.
Lembro-me das aldrabices e das manipulações em torno da Fertagus. Lembro-me do tom histérico por exemplo de Pimentel ferreira e do vitor aos berros e a plenos pulmões a defenderem a Fertagus e os seus patrões. E a salivarem contra a CP
Alguém vir chamar de suporte natural de chulos a pessoas como este pimentel ferreira ou como vitor pode ser apenas o reconhecimento natural das coisas, mas confessemos que não é assim que se abordam as questões
Afirmar que o PS também o é,é por outro lado torcer a discussão. É assim uma espécie de insulto gratuito que não vai ao fundo das coisas mas que se fica no slogan propagandístico. Assim do género em uso pela tralha neoliberal
Pelo que serenamente há que denunciar a situação, assim como JRA ou com A. Correia o fazem. E não cair em números de pantomina em uso pela trupe neoliberal
O PS é um molho de 'sensibilidades', ou melhor dizendo, cabe lá tudo, desde que trabalhem para manter a matilha no poder.
ResponderEliminarE abundam os comunóides que se esquecem desse compromisso básico, e dão-se ares de ideólogos.
jose.
ResponderEliminarDesde que trabalhem para manter a matilha NEOLIBERAL no poder.
Caro João Rodrigues, aqui onde vivo na Holanda, não há SNS público, e todavia têm dos melhores sistemas de saúde do mundo, de acordo com alguns rankings internacionais independentes, onde se analisa, entre outros factores, igualdade de acesso e satisfação dos utentes.
ResponderEliminarAqui, todos os hospitais são privados, e funciona tudo à base de seguros de saúde, sendo os seguros obrigatórios e cujo prémio é regulado pela estado, não podendo o referido prémio depender de antecedentes médicos, idade, sexo, doenças, raças, etc. O valor do prémio é sempre fixo e descontado do salário para quem trabalha. Quem não pode pagar, o estado paga.
Na Holanda não há sistema nacional de saúde, mas não fogem do princípio social europeu de acesso total à saúde independentemente das condições financeiras dos cidadãos. Caso a pessoa não tenha condições financeiras, o município paga-lhe o seguro de saúde. Na Holanda cada cidadão é obrigado por lei a ter seguro de saúde, tal como acontece em Portugal por exemplo para o seguro contra terceiros que os automobilistas são obrigados a contrair. No seguro de saúde holandês, o preço mensal para cada pacote é fixo e não pode depender de idade ou de doenças que o paciente possa ter, rondando cerca de 150€ mensais que são descontados no salário para quem trabalha. Embora segundo consta este sistema não seja assim tão eficaz em termos de custos, o sistema de saúde holandês ficou situado em primeiro lugar num estudo que comparava vários sistemas de saúde, onde foram analisadas qualidade, eficiência, acessos a cuidados de saúde, igualdade, e a capacidade de transmitir hábitos de vida saudáveis. Aqui os hospitais apesar de públicos são geridos por privados e as pessoas podem escolher os médicos que querem ir não havendo o conceito de que certo médico precisa de estar associado a certo seguro. Quando os meus pais me visitaram tiveram de ir a uma clínica privada para tratamento e pagaram 20€ pela consulta.
Em Portugal reina a dualidade gritante de um sistema diria iníquo, semelhante ao praticado na América Latina, onde os hospitais públicos são para pobres e os privados para ricos. A taxa moderadora nos hospitais públicos em Portugal é de 20€, aquele valor que os meus pais pagaram para terem acesso a uma consulta no sistema privado aqui na Holanda. Já uma consulta de especialidade em Portugal, ronda para lá dos 100€, um valor que representa 1/4 do salário líquido mínimo no país. Segundo o Eurostat, em percentagem do PIB, gasta-se o mesmo em saúde em Portugal e na Holanda.
Com os melhores cumprimentos
PS: venham lá os ataques ad hominem!
Eis a imagem do Pedro. Aqui há uns bons 20 anos, ainda ao jeito de estudante de informática repetente
EliminarO repetente é importante. Porque este comentário do Pimentel Ferreira repete n comentários do mesmo sujeito, versando o mesmo tema, com mais ou menos pitada de agressividade e com uma forte carrada de aldrabices
Pois é. O Pedro Pimentel Ferreira passa aqui ( e por ali) tanto tempo a mudar de nickname , que também muda a identidade de quem escreve este post
Tal a pressa de fazer o seu trabalho,Lolol
Repare-se que aqui há uns tempos o pimentel Ferreira como tal, ou seja como Pimentel Ferreira, tinha dito que abandonava o blog, após uma série dos seus impropérios e insultos. Os debates não lhe colhiam de feição.
EliminarQue nunca mais voltava, berrava ele, entre duas asneiras do seu agrado
Voltou e volta. Com tantos nicks e mais alguns dos que usava na altura.
A ver se passa entre os pingos de chuva. Agora com este tom de cordeirinho pacato, trocando apressado o destinatário e repetindo o já denunciado há tanto
Tudo em prol dos interesses privados. Na saúde e à custa da saúde
Quanto tudo parecia indicar que as coisas na Saúde iam no sentido da transparência, clarificando-se as relações entre o público o privado e o social no sistema de saúde, o partido Socialista vacila e recua nas PPP e não só, pondo em causa os consensos conseguidos com os partidos que suportam a atual governação.
ResponderEliminarNão sendo a gestão privada de serviços públicos o único, nem talvez o maior problema que afeta a Serviço Nacional de Saúde, não deixa de ser a imagem emblemática da promiscuidade público-privado que desde a aprovação da atual lei de bases de saúde foi minando o SNS. Acresce à desordem, o facto de a gestão privada de serviços públicos ser exercida por grupos económicos, nacionais e transnacionais, detentores das maiores unidades hospitalares privadas que operam no País, que vão fazendo surgir novas unidades porta com porta com serviços públicos deixando os hospitais do SNS à míngua de recursos humanos.
Se com a aprovação de uma nova lei de bases de saúde se constatar que apenas se pretendeu “mudar alguma coisa para que tudo ficasse na mesma” a depreciação do SNS vai continuar.
Pimentel.
ResponderEliminarVocê é que é o Pimentel que a escumalha estalinista deste blog diz que eu sou ?
Estranho, não me lembro de ter defendido a privatização do SNS.
Não é delicioso?
ResponderEliminarEste espectáculo do joão pimentel ferreira a tentar vender o seu produto made in holanda, enquanto tenta impingir que o SNS não é preciso para nada?
E até compara à América Latina naquele jeito desonesto que é seu apanágio
Este amor pela Holanda e pelas "qualidades" da dita holanda vai de encontro às "qualidades" que os que vivem à custa dos demais encontram nos locais imperiais
Esquecem-se das outras qualidades da Holanda. Lá um partido de extrema-direita tem lugar no seu parlamento.
Por cá ainda não temos tal canalhada
Repare-se no tom picaresco da coisa. Os próprios pais do pimentel ferreira tiveram que ir a uma clínica privada para tratamento
ResponderEliminare pagaram 20€ pela consulta.
Parece que foi mais barato terem ido os dois a uma consulta. Lá uma consulta a dois paga como se fosse uma
Que falta de profissionalismo médico
E que falta de jeitinho de pedro pimentel ferreira para impingir as suas aldrabices deste modo tão maneirinho. A arriscar até a lagrimazita ao canto do olho pela saúde dos papás
O SNS em Portugal, mesmo depois da tentativa do seu aniquilamento, mesmo depois da acção concertada de vários governos para a sua privatização, mesmo depois dos discursos da tralha neoliberal, a afirmar que quem quisesse saúde tinha que a pagar, mesmo depois dos anos de chumbo da governança de Passos/ Cristas, mesmo depois de todos os atentados contra ele, permanece, segundo indicadores de 2017, num honroso 14º lugar. À frente de países bem mais ricos do que nós:Reino Unido (15.º), Espanha (18.º), Itália (21.º) e Irlanda (24.º).
ResponderEliminarPercebe-se o interesse de pedro pimentel ferreira em tentar depreciar o SNS. A gula para converter a saúde em negócio sempre foi um paradigma da tralha neoliberal
Bora lá comparar o SNS com o da Holanda, que como se sabe é um país cheio de guito, também à custa do roubo institucional, via UE e euro , da periferia pelo centro
O que o pimentel ferreira se pela pelos seguros na saúde. Com as consequências que todos sabemos.
Ah, estas negociatas escondidas com o rabode fora
Percebe-se também a irritação e o ódio desta gente pelo SNS.
ResponderEliminarPor um lado porque se está a falar de um Serviço do Estado. Ora o Estado não serve, de acordo com o caderno de encargos da tralha neoliberal, para assegurar funções sociais. Serve sim para cobrir os prejuízos da banca e para dar dinheiro do erário público aos banqueiros, para fazer pagar as rendas das PPP e dos Swaps a uma cambada de chulos, para promover por via directa o desvio de dinheiro para os offshores, vulgo bordéis tributários.
Serve para fazer leis para promover a concentração do Capital e leis laborais ao serviço da vampiragem. É para isso que serve o tal Estado para estas coisas.
Estamos a falar na saúde
É que a saúde ainda por cima é uma fonte inesgotável de rendas para os privados interesses. Sobretudo para os grandes interesses.
Os cofres públicos suportam 51% da despesa total dos hospitais privados, de acordo com dados oficiais.
É fartar vilanagem .
O louvar o SNS, cujo desempenho, avaliado internacionalmente, demonstra uma vez
ResponderEliminarmais excelentes resultados, em função da competência dos profissionais, da organização dos serviços e das políticas saídas da Revolução de Abril ( pesem as tentativas da sua descaracterização e privatização) deixam em polvorosa estes amiguinhos dos privados.
E todos sabemos que o SNS está pior depois da governança neoliberal
Muito haveria a dizer sobre as PPP. Também na saúde. Para proveito dos privados
ResponderEliminarO modelo de Parcerias Público-Privados (PPP) para a saúde que foi implementado em Portugal, contrariamente ao que começaram por dizer, não foi “o mais avançado do mundo”, representando mesmo um retrocesso em relação ao modelo inglês onde se inspirou. Efectivamente, na Inglaterra não foi incluída na parceria a prestação de cuidados de saúde por ser incompatível com a lógica económica que domina a actividade dos privados, enquanto em Portugal as prestações de saúde foram incluídas no modelo adoptado, o que levou à degradação da qualidade dos serviços de saúde prestados e ao aumento dos custos a pagar pela população.
Uma renda pois então. O Estado a fazer aquilo que gosta de fazer,nomeadamente quando entregue às mãos de quem tantos privados negócios tem.
Entretanto lembre-se o que o grupo Mellos exigia mais. De acordo com declarações do seus responsáveis disponíveis no seu sítio web – www.josedemello.pt – este grupo exigia a privatização imediata de metade do Serviço Nacional de Saúde
Pedro joão pimentel ferreira exigia a sua privatização total
Também dá francamente gozo observar com quem a tralha neoliberal tenta comparar Portugal.
ResponderEliminarJá não é com o terceiro mundo, com a cauda da Europa ( como no tempo da outra senhora) mas com países que estão no topo do PIB.
Claro que o pimentel ferreira ainda fala a páginas tantas na América Latina. Mas francamente devia estar pedrado ou alcoolizado na altura. Estas tontices devem ser relevadas.
Convém observar objectivamente o que a tralha neoliberal fez ao país. Convém ver o que fez ao SNS. Objectivamente. Com dados concretos e reais. Para onde se vai quando se tenta privatizar a saúde. E quais as suas consequências.
ResponderEliminarUm documento, produzido pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde - uma parceria da Escola Nacional de Saúde Pública, da qual fazia parte o ex- ministro da Saúde, do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra, da Universidade de Évora e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa -deu à luz em 2017
O relatório refere que apesar das melhorias no estado de saúde da população, as desigualdades mantêm-se. Recorrendo a comparações europeias, o Observatório aponta que houve uma "diminuição do financiamento público da saúde e o aumento das despesas financiadas através de out of pocket (pagamentos diretos) por parte dos portugueses". Acrescenta que "para se manterem saudáveis, os portugueses gastam muito mais do seu próprio bolso do que a maioria dos europeus".
José Aranda da Silva, um dos responsáveis do relatório, lembra que em Portugal o investimento na saúde durante os anos de crise diminuiu, ao contrário do que outros países europeus fizeram. "A nossa percentagem da despesa em saúde, que era acima da média europeia, hoje está abaixo e já com valores bastante significativos. O que é mais grave, aumentou a parte paga directamente pelas famílias e pelos cidadãos", aponta.
E exemplifica: "No nosso país, 40% da despesa com medicamentos são suportadas directamente pelos cidadãos, quando na maior parte dos países anda à volta dos 15 a 20%. Isso é preocupante. Temos um sistema que cada vez menos está a investir em saúde porque cada vez mais os cidadãos estão a pagar pela saúde, o que leva a que as camadas populacionais com menos recursos comecem a ter dificuldades em aceder ao sistema de saúde", diz.
O que leva a outro alerta do relatório. "As barreiras no acesso aos cuidados de saúde permanecem relevantes em Portugal e marcadas do ponto de vista socioeconómico" e que "os mais pobres continuam a ter menor utilização de consultas da especialidade, face a necessidades iguais". Iniquidade "particularmente marcada" no acesso à saúde oral, à saúde mental e a medicamentos. "Os resultados que se viram no estudo da equidade, tanto no acesso como na utilização, demonstram que é muito preocupante a situação. Há uma camada de população que tem acesso porque tem seguros privados e outra que não tem acesso", refere Aranda da Silva.
já vimos que o estado financia também na saúde a actividade privada. Enquanto se reduzem as despesas com o SNS, o Estado, segundo dados só agora fornecidos, suportou em 2015, 51% da despesa total dos grupos de saúde privados no país
ResponderEliminarO Estado cobra impostos que servem para as diferentes actividades ligadas às funções do Estado. Entre as quais as designadas funções sociais do Estado.
Dados colhidos em 2014 ( a situação agravou-se desde essa data, em benefício do Capital), mostram que os trabalhadores pagam 75% de todos os impostos. Também se sabe que os perdões fiscais recaem estranhamente sobre os grandes grupos económico-financeiros. E que a fuga ao fisco é uma das actividades favoritas de grandes empresários e de grandes conglomerados económicos. Consta que durante o governo de Passos foi nomeado um governante para facilitar a passagem de grandes fortunas para os offshores por debaixo do escrutínio das finanças e da opinião pública.
Pois sobre os impostos colectados pelo estado, resultante sobretudo da contribuição do trabalho, há quem queira que uma parte destes impostos seja desviado para o bolso dos privados que actuam na saúde. Para que estes consigam obter mais lucro à custa de todos nós.À custa da saúde de todos nós. À custa da depauperação dum Serviço de Saúde que devia ser público e universal
A propósito deste paraíso apresentado pelo pedro joão pimentel ferreira sobre as maravilhas da saúde no país que serve, a Holanda, ouçamos o que uma portuguesa escreveu:
ResponderEliminarAnónimo disse...
O sistema de saúde holandês na óptica do utilizador:~
seguro de saúde obrigatório.
qualquer coisa que tenhas (sem ser emergências ou acidentes, isto é, se não for preciso chamar uma ambulância) deves dirigr-te ao teu medico de família.
tu é que escolhes o médico de família - há listas, tem de ser obrigatoriamente no teu bairro.
é o médico de família que decide se precisas de um especialista ou não. não podes ir a um especialista sem que seja o médico de família a enviar-te... tipo tens de pedir por favor, muitas vezes, para que te enviem ao especialista.
quando vais ao médico de família, quase sempre te manda para casa descansar uma semana e tomar paracetamol (isto é mesmo verdade). se a coisa piora então voltas e logo se vê. entretanto reza para que te mandem fazer uns examezinhos.
o sistema é bom porque toda a gente tem acesso a cuidados. os hospitais tem belíssimas condições e tratam-te bem. há mentalidade de contenção absoluta de custos (holandeses são forretas) e portanto só mandam fazer exames auxiliares de diagnóstico se a coisa está mesmo preta. já ouvi contar tantas histórias de maus diagnósticos.....
aliás comigo, andei um ano a tomar paracetamol para as dores nas costas, a minha médica de família dizia que eu tinha um lumbago, eu dizia que conhecia a dor e que devia ser outra hérnia, ela que não... enfim. acabei noutra operação pois quando cheguei a portugal fui direitinha ao meu operador.
conclusão, este sistema é uma merda. é caro - pago 108,00 por mês, e os primeiros 250.00 que gastas pagas tu na mesma. portanto só a partir de 250,00 em despesas é que não pagas nada (excluindo a mensalidade) não sei se me faço entender. há muitos erros nos diagnósticos porque eles não gastam dinheiro nenhum em exames (nem as pessoas querem, pois até 250.00 temos de pagar nós).
fiquei surpreendida com a falta de qualidade dos médicos. impressionante. nós em portugal temos péssimas condições e óptimos médicos. devíamos melhorar o nosso sistema mas mantê-lo fora das garras das seguradoras.
Pimentel ferreira mente?
ResponderEliminarMente
Diz pedro pimentel ferreira.
"A taxa moderadora nos hospitais públicos em Portugal é de 20€"
Onde pedro pimentel ferreira aprendeu tal coisa?
E continua a mentir:
"Já uma consulta de especialidade em Portugal, ronda para lá dos 100€"
Pimentel ferreira como bom aldrabão mistura o custo dos privados com o do SNS
Uma consulta de especialidade em Portugal no SNS é de 7 ( sete) euros.
Porque motivo pimental ferreira mente tanto? Está-lhe no sangue ou está-lhe na ideologia?
Eu muito sinceramente não sei se o holandês mais famoso do LdB é mentiroso. Sabia que era muito famoso por aqui mas nunca tinha lido nada do próprio até hoje. Onde se percebe claramente que ele é mas é um grande ignorante. Como aliás a maioria dos direitolas que eu conheço. Engolem qualquer populismo. Basta ver o que os direitolas ainda hoje pensam que aconteceu na última grande crise financeira em Portugal.
ResponderEliminarE vitor a representar o típico argumento esquerdalho: conteúdo argumentativo zero, e ataque à pessoa.
EliminarNão sei qual é o sistema que na Holanda, mas sei que as privatizações costumam implicar uma baixa da qualidade do serviço para a maioria e uma maior despesa para o estado.
ResponderEliminarIsso, isso
EliminarO Vitor ou seja o Pedro ou seja o aonio a responder ao aonio ou seja ao Vitor ou seja o pedro
Quem fica na maior é a Nadia lolol
Ahahah
ResponderEliminarVitor pimentel ferreira não conhecia o vitor pimentel ferreira
E agora escreve mais umas inanidades a ver se passa
(Embora essa de se auto.proclamar como o "holandês mais famoso do LdB...só mesmo a dum padre presunçoso a tomar a sua própria água benta
Até nestes pequenos pormenores a sotaina sobe-lhe à cabeça)
Vitor diz a 30 de Abril de 2019:
ResponderEliminar"nunca tinha lido nada do próprio ( joão pimentel ferreira) até hoje"
Vitor disse a 15 DE MARÇO DE 2018 ÀS 00:57
Caro João Pimentel,etc etc etc
Vitor disse a 15 DE MARÇO DE 2018 ÀS 00:57
Caro João Pimentel, etc etc etc
Há mais registos de diálogos pouco interessantes entre o vitor joão pimentel ferreira e o vitor joão pimentel ferreira.
Mas francamente por agora basta, que o cheiro já incomoda
Aónio.
ResponderEliminarO esquerdalho está apenas a usar velhas tácitas troll.
É de propósito que ele enche as caixas de comentários com resmas e resmas de palha sem qualquer conteúdo.
A ideia é semear a confusão, tornar a discussão ilegível, confundir e acabar por cansar terceiros participantes que tentem ler e compreender o que se está a discutir.
O objectivo é impedir as discussões sobre assuntos que deixem o partido ficar mal visto.
É comportamento comum à escumalha de extrema direita e extrema esquerda.
Como já não podem assassinar quem discorde deles, como costumavam fazer, tentam adoptar estes métodos de censura "técnica".
O engraçado e prova do nível de estupidificarão destes gajos é pensarem que com estas tácticas infantis conseguem esconder factos históricos como a aliança nazi-comunista que permitiu ao Hitler começar a segunda guerra mundial em grande vantagem, ou as grandes semelhanças entre as ditaduras de esquerda e o fascismo.
Ahahah
EliminarParece que na mouche
Depois de identificado o pobre Vitor como sendo o joão pimentel ferreira ou o aonio eliphis, aparece Pedro
Assim a investir em defesa da sua dama. Dele próprio, entenda-se
Ahahah
Mas confessemos que está bastante desnorteado. Até vai a hitler e aos nazis e ao seu partido e aos assassinatos. E tenta justificar a sua “ criação “ com este discurso de ódio desbragado contra a esquerda em geral e contra os anti-fascistas em particular
Por acaso foi ele o único por aqui a defender os métodos dos nazis. Depois de ser confrontado com este tremendo facto, calou-se e fugiu.
Tal como o “ Vitor”. Ou o “ pimentel ferreira”
Aomio eliphis vulgo pimentel ferreira toma as rédeas do discurso e responde a vitor, ou seja a aonio eliphis ou seja pedro
ResponderEliminarUm auto-diálogo interessante. Conteúdo argumentativo zero. Um auto-ataque selectivo
E uma máscara tombada no chão
Lolol.
Entretanto para além das palhaçadas do troll do aonio pimentel pedro vitor ferreira, sublinhe-se o silêncio sobre o denunciado no post.
E estas bravatas de serôdio defensor da tralha neoliberal
@Pedro
ResponderEliminarsim, o trol estalinista despeja-se em comentários anónimos, achando que passa despercebido. Todavia com hermenêutica da mais elementar e detecta-se facilmente, tal a acidez do discurso e os ataques constantes à pessoa e não ao conteúdo. Aqui no LdB chamamo-lo apenas de Cuco, pois tal como um cuco, repete mil vezes a mesma coisa impercetível.
@Cuco
disseste que "Uma consulta de especialidade em Portugal no SNS é de 7 ( sete) euros."
E quanto tempo demora desde a marcação até à efectivação da consulta?