Neste vídeo descrevo o procedimento genérico de fixação da taxa de juro num país com soberania monetária onde a articulação entre o tesouro e o banco central (mesmo que envolvendo alguma tensão) conduz a uma taxa de juro que tem em conta os objectivos da inflação e do emprego. Evidentemente, por todo o lado o neoliberalismo impôs normativos que impedem (formalmente) os bancos centrais de comprarem dívida pública ao Tesouro. Mas, na prática, quando a soberania monetária existe, os procedimentos realmente adoptados acabam, como no caso dos EUA, por chegar ao mesmo resultado (ver aqui).
Na Zona Euro, a inflação é o único objectivo e não há um governo que se articule com o BCE, embora todos saibamos que os grande países exercem pressão sobre a condução da política monetária. Ao contrário dos EUA, as reuniões do BCE têm actas que são confidenciais. Pior ainda, o BCE não só não financia os países com dificuldades de tesouraria, tornando-os reféns dos mercados financeiros, como interfere directamente na sua política económica impondo metas orçamentais e reformas institucionais como condição para o fornecimento de liquidez aos bancos. O que o BCE fez na Grécia, na Irlanda e na Itália devia fazer pensar todos aqueles que ainda esperam por uma UE democrática.
O facto de não aparecerem comentários a este texto é sinal de quê?.
ResponderEliminarMete-se a cabeça na areia sobre o mais importante (artificial) esteio de esta dita "União Europeia", a moeda única ?.
O facto de não aparecerem comentários a este texto pode ser só sinal de que Jaime Santos e outros compinchas ainda estão a ruminar num ângulo de ataque a mais este muito didático vídeo.
ResponderEliminarQue a ruminação lhes seja proveitosa. Pode ser que aprendam alguma coisa e digam menos disparates.
S.T.
Ou então é o carregamento de grilhetas que vêm de Bruxelas que está atrasado...
ResponderEliminarCoisas da logística e cadeias europeístas.
LOL
S.T.