Na sequência da entrevista do primeiro-ministro à TVI, no início da semana, o Dinheiro Vivo foi ouvir «especialistas». Isto é, foi ouvir os especialistas que ouviu, tendo estes alertado o Governo, entre outros aspetos, «para as consequências de uma nova crise económica» e para a necessidade de «descida de impostos».
Um dos especialistas, João Duque (economista) considerou não ser correto «atribuir o sucesso de alguns indicadores económicos às políticas encetadas pelo Governo», que se limitou a aumentar «o consumo dos portugueses» quando «o que de facto mexeu com a economia foi o mercado externo e as exportações». Tiago Caiado Guerreiro (fiscalista), acha por sua vez que «o processo de criação de riqueza está muito penalizado em Portugal», pelo que «descer o IRS ou o IRC [seria] mais urgente neste momento». Na mesma linha, Jaime Esteves (tax partner da PWC), considera que «nesta fase deveria priorizar-se um alívio da tributação mais das empresas e menos das famílias», sustentando ser necessário voltar a falar da descida do IRC e «alargar o incentivo ao investimento por parte das empresas», repondo «o incentivo à criação de postos de trabalho».
Convocam-se portanto três especialistas para uma só narrativa, para uma única perspetiva de análise, como se não houvesse outras disponíveis. E de repente sentimo-nos a recuar no tempo, para o outubro de há oito anos, como se nada se tivesse passado e pouco, muito pouco, se tivesse aprendido. Mudam algumas caras, é certo, mas a conversa é no essencial a mesma, num défice de pluralismo e de contraditório que, com honrosas exceções, conseguiu persistir.
Adenda: Seria bom, no sentido do rigor e da transparência, que jornais e televisões começassem a apresentar Tiago Caiado Guerreiro não só como fiscalista (até porque, tal como os economistas, fiscalistas há muitos), mas também como membro da direção da Associação Portuguesa de Proprietários, recentemente criada para legitimamente «representar, e defender, o interesse dos proprietários de imóveis».
Nada de fundamental foi alterado.
ResponderEliminarA alternativa é o choradinho do rendimento das famílias e o extraordinário potencial (destrutivo) do aumento do seu consumo e endividamento.
ResponderEliminarDe como a estes três “ especialistas” da coisa, fiéis e caninos representantes da tralha que nos bombardeou ( e bombardeia) até à exaustão, se junta um fulano como josé ê algo perfeitamente expectável
ResponderEliminarAdmire-se contudo o seu jeito em choradinho em prol das teses dos amigos da coisa.
Há uma questão que se impõe. Por detrás das afirmações destes três personagens há toda uma cumplicidade com o processo austeritario em causa. Beneficiaram dele ( veja-se joão duque), serviram-se dele, serviram-no, serviram os seus amos.
ResponderEliminarNão era a altura de lhes apresentar a conta? Em vez de os ver continuar a servir desta forma repelente e com os amen dos boys de serviço, os mesmos interesses de sempre? Com a mudança de tom característica dos passarões do género?
Parece que só quem invocava e invoca o diabo, naquele jeito tonto de Passos Coelho,ousa desmentir o efeito benéfico da reposição parcial de rendimentos efectuada após a queda higiênica dos criminosos troikistas
ResponderEliminarAgora ouvir quem defende as bolhas imobiliárias esquecer o seu enorme potencial destrutivo e vir agitar o seu ódio à reposição ( parcial) de rendimentos é uma suprema ironia
Ou uma suprema falta de memória
Ou uma suprema outra coisa
Não há limites para o descaramento.
ResponderEliminarA bolha imobiliária é a venda a estrangeiros de património como alternativa a investimento que não é atraído para outros sectores.
A distribuição que estimula o consumo faz-se à custa de anular o investimento; e ainda que os orçamentos contenham verbas de investimento, o realizado é o mais mesquinho de sempre.
A bolha do consumo alimenta uma receita que não trava um endividamento crescente; a tónica na percentagem da dívida em relação ao PIB é uma espécie de armadilha para adormecer parolos que tão só significa maior dívida a pagar em previsíveis crises.
Até o aquecimento global serve de pretexto para subsidiar transportes e promover endividamento quando faltam meios para investir em sistemas de transportes.
Mas o idiota e reacionário clamor anti-austeritário vai prosseguir que a mama 2019-20122 é para ganhar e são três os propagandistas da autoria das benesses no bolso do votante de hoje, pagante de amanhã!
Tocaram na bolha do imobiliário
ResponderEliminarE este pobre josé faz este choradinho todo. Até finge que os vende- pátrias são uma boa coisa para a economia nacional
É fartar vilanagem que esta coisa de “atração” faz lembrar proxenetas a vender aquilo que eles acham que é a sua mercadoria
A reposição parcial dos rendimentos deixa perturbado o pobre josé
ResponderEliminarQue diacho, andou anos e anos a fio s pregar a austeridade uberalles. E depois fez coro com Passos Coelho e começou a pregar pelo diabo. Pediu um diabo. Suplicou pelo diabo
E o diabo não veio
Tanto tempo para revelar que afinal o neoliberalismo é uma fraude
O investimento é agora o novo diabo, invocado por quem andou com ele pela mão e ficou assim frustrado
ResponderEliminarOra o investimento é algo reivindicado pela esquerda. Pelas esquerdas, se se quiser
Algo que é cortado pela submissão aos ditames do directório europeu e ao euro alemão
Lembram-se de jose, feito verdadeiro piegas com os credores e agiotas, defender a sua submissão a estes? E às ordens da troika, do BCE, do FMI e de todos os poderes pos- democráticos instituídos?
Nós lembramo-nos. Por entre os seus berros s pedir por mais austeridade. E por mais troika
Mas o idiota e reacionário clamor pro/ austeritario tem destas coisas
ResponderEliminarEsquece-se que a bolha imobiliária promove mais endividamento. Ou favorece os interesses dos vende-pátrias vulgares
E tenta apagar o esforçado esforço em prol da dívida privada que se converteu em pública. Que se irá converter em pública?
Lembram-se da figura patética a raiar a senilidade, de um tipo a dizer que o erário público não pagava nada aos bancos? Nem aos banqueiros twrratenentes?
Percebe-se que os perdões fiscais aos grandes tubarões e a descida dos encargos dos grandes oligopólios sejam alvo do trabalho de quem trabalha nessa área
ResponderEliminarE que essa coisa dos transportes para a populaça seja motivo da ira e do rancor destes mesmos personagens.
Mas ê a luta por uma sociedade bem melhor que nos move
E não, não é apenas o “ aquecimento global” que deve servir de justificação para uma medida que se impunha há muito. Essas historietas de simplificar, género slogan panfletário, já tiveram o seu tempo
Lembrar ainda o desinvestimento brutal que os transportes públicos experimentaram pela mão da governação neoliberal, com um pico acintoso na era da governação criminosa de Passos Coelho. Que até nomeou para chefiar a CP o ex-secretario geral do CDS-PP.
Mais uma vez, um fartar vilanagem. A tornar ainda mais hipocrita e repelente este choradinho em torno dos “ sistemas de transporte “
Foram de facto três os propagandistas das benesses no bolso dos maiorais, aqui denunciados em boa hora por Nuno Serra
ResponderEliminarMas há bastante mais, com acesso directo aos plumitivos da Ordem
Huummmm... E será que ainda ninguém pensou que a entrada de dinheiro sob a forma de de investimento em fundos imobiliários vai gerar no futuro fluxos de capital em sentido contrário sob a forma de rendas pagas ao exterior?
ResponderEliminarSerá que só têm a cabeça para servir de albergue aos piolhos? LOL
S.T.
Já agora, um link interessante:
ResponderEliminarhttps://io.mongeau.net/repec-twitter-network/
Básicamente no Twitter há os macroeconomistas e depois há "os outros". Interessante divisão que explica os bitaites completamente ao lado de alguns detentores do "canudo".
S.T.
E triste abrir a TVE e ver JORNALISTAS no terreno onde na indonesia houve a desgraca vista pelas imagens compradas e não rapazes e raparigas a ler o telejornal e que so se deslocam onde Há HOTEIS de 1ª classe. Vejam a volta que a TVE levou! la não há vitalícios. Há profissionais.
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