1) Os professores não progridem na carreira apenas com base no tempo de serviço.
2) A progressão na carreira docente está sujeita a quotas e a restrições baseadas no desempenho.
3) A maioria dos professores ao serviço nunca chegará aos escalões superiores.
4) Uma proporção absurda de professores está há mais de uma década (muitos há duas) no primeiro escalão da carreira - mesmo que tenham sido sempre classificados com muito bom ou excelente (notas que estão sujeitas a quotas).
5) Os professores nāo entram de férias quando as aulas acabam. Por estranho que pareça, a atribuição de notas, a vigilância e correcção de exames, a inscrição de alunos, a constituição de turmas, a elaboração de horários, o planeamento do ano lectivo, a organização logística de laboratórios, etc, não caem do céu aos trambolhões.
6) A perda real de salários e o congelamento das carreiras dos professores aconteceram ao mesmo tempo que aumentava o número de alunos por turma, aumentava a carga lectiva e burocrática, se eliminavam as reduções de horário para docentes mais velhos, aumentava a escolaridade obrigatória (e com ela os problemas sociais e disciplinares com que as escolas têm de lidar), diminuía o número de auxiliares e de técnicos especializados (psicólogos, assistentes sociais, etc) nas escolas.
7) O sistema de ensino público apresenta falhas óbvias ao nível da formação inicial e contínua de professores, dos mecanismos de avaliação e progressão na carreira, na capacidade de recompensar o desempenho dos melhores e de penalizar a incompetência e o desleixo, entre outras. No entanto, não foram os professores que estão nas escolas quem escolheu as regras e práticas de formação, avaliação, progressão e gestão de docentes. Não são eles que têm de prestar contas pelas consequências dessas regras.
Um excelente comentário. Conciso, claro e directo
ResponderEliminarParabéns de alguém que não é professor
8) os professores portugueses são dos mais bem pagos do mundo em paridade poder de compra
ResponderEliminar9) têm mais dias de férias que os demais
10) dão aulas apenas 22 horas por semana
Informa te pá, nãos faças figura de estúpido nem comentes só porque ouviste dizer, quem faz isso são os papagaios
Eliminar_ A progressão dos professores não está sujeita a quotas, é uma pura mentira, desde logo porque não existe restrições na avaliação, como por exemplo no SIADAP! As greves dos professores em 2008 foram precisamente contra avaliação com quotas!
ResponderEliminarO nível remuneratório dos professores é obsceno, quer em termos relativos quer absolutos! Há ciclos em que os professores se reformam com pensões superiores aos congéneres Dinamarqueses.
O Post é um insulto à inteligência; nas Forças de Segurança ou Forças Armadas existem remunerações iguais para quem foi promovido há um mês ou há sete! chama-se congelamento das progressões….
O ponto 5) é deveras interessante.
ResponderEliminarA atribuição de notas demora quantas horas? Vou dar 5 dias.
A vigilancia e correccao de exames depende de professor para professor e do nível de ensino que lecciona. Um professor primário (que ganha pela tabela dos restantes) nao terá de se preocupar com isto. Mesmo para os que participam, a vigilancia irá retirar talvez umas 8h, a correccao de exames (o máximo penso que seja de 60 por professor) será de 90h (se corrigir um exame em 1:30 hora). 8h + 60h temos cerca de 13 dias de trabalho.
A inscrição de alunos talvez seja de 3 dias por professor.
A constituição de turmas demorará uns 3 dias.
A elaboração de horários irá demorar também uns 3 dias, visto que a maior parte dos horários pode ser reutilizado.
O planeamento do ano lectivo demora também uns 3 dias.
A organização logística de laboratórios nao é necessária para muitos professores mas dou também 3 dias.
Temos entao 5 + 13 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 33 dias. E penso estar a inflaccionar alguns valores.
Tendo em conta que as aulas acabam a 15 de junho para a maior parte dos alunos e que comecam por volta de 10 de Setembro na melhor das hipóteses, constatamos que existem entre esses dias 59 dias úteis, subtraíndo os 33 dias calculados anteriormente, dá um total de 26 dias de férias.
Isto apenas no verao. Existem outras pausas lectivas no Natal e Páscoa onde duvido que os professores trabalhem todos os dias.
Para professores que nao precisem de corrigir exames e fazer a organizacao logística dos laboratórios, o tempo de férias vai ser superior em 16 dias.
Posso estar errado nas contas e gostaria de ouvir outras opinioes.
Os professores têm os mesmos 22 dias de férias que os outros têm. E só as podem tirar em Agosto. No Canadá, no Verão os professores têm 2 meses de férias por exemplo, tal como os alunos. Não vale a pena falar na Páscoa e Natal e etc porque nessa altura os professores portugueses param apenas uns dias após 3-4 dias bem intensos com as avaliações e podem obviamente ser chamados a fazer outros serviços ou então gastar esse tempo "livre" na preparação das aulas do período seguinte, ou então descansar um pouco. Os professores do 2.º e 3.º ciclo têm 22 horas de aulas por semana e os do 1º ciclo têm 25. São números iguais ou parecidos ao resto do mundo. Ninguém devia acreditar que se pode dar mais aulas do que isso, sem perda óbvia de qualidade das mesmas. Não há voz que aguente tanto! Para além dessas 22 horas os professores ainda ficam mais 3-4 horas na escola em apoios. Quando há reuniões são horas a mais que se está na escola e que não são contempladas no horário. Portanto podem bem ter umas "pausazinhas" no Carnava, Natal, Páscoa para compensar. E depois há todo o trabalho de preparação de aulas, correcção de testes etc. Na avaliação há quotas para a atribuição de Muito Bom e Excelente e depois há vagas para acesso aos 5º e 7º escalão. Quanto a salários: no 10º e último escalão é preciso um professor ser casado, dois títulares e ter 5 filhos para ganhar o valor salarial mais alto que são 2113.70 euros. Não acreditam vejam aqui. Já agora o 3º escalão é onde há mais docentes. http://www.arlindovsky.net/2018/01/tabela-de-vencimentos-2018-docentes/
ResponderEliminarInteiramente de acordo com o ponto 7).
ResponderEliminarSó que a cena dos 'tadinhos que não têm culpa', uma constante no pensamento esquerdalho, sempre se traduz em que se despeje dinheiro em cima dos problemas.
E isso acontece por uma única razão: é dinheiro que não tem que se ir buscar ao mercado mas sim sacado aos contribuintes usando o poder do Estado.
Seria interessante dar a conhecer quais os planos de formação/avaliação que os sindicatos reclamam e que justifiquem uma longa tradição de benesses ao professorado.
«param apenas uns dias após 3-4 dias bem intensos»
ResponderEliminarFiquem tão sensibilizado com tamanho esforço...
"No entanto, não foram os professores que estão nas escolas quem escolheu as regras e práticas de formação, avaliação, progressão e gestão de docentes."
ResponderEliminarTem toda a razão. Não foram os professores. Foram os seus sindicatos.
MRocha
"No entanto, não foram os professores que estão nas escolas quem escolheu as regras e práticas de formação, avaliação, progressão e gestão de docentes. "
ResponderEliminarVerdade ! Não foram os professores: foram os sindicatos dos professores.
"Não são eles que têm de prestar contas pelas consequências dessas regras."
Não ?! Então quem ? O Mário Nogueira ?
Um post sereno de Ricardo Paes Mamede...
ResponderEliminare logo se soltam os urros de uns quantos. Urros porque se soltam os fantasmas de quem não gosta do que ouve e do que lê. Desta forma espelhada aí em cima.
Um insulto à inteligência é o que um energúmeno por aí debita.
João pimentel ferreira como sempre intervém. E mente. Daquela forma escolástica aprendida nos tempos em que soletrava o decálogo do seu propagandista preferido, tenta passar aldrabices, com aquela certeza dos trastes que seguem a máxima que uma mentira mil vezes repetida se torna verdade.
ResponderEliminarÀs 8 e 16 repete o seu estribilho, já repetido vezes sem conta. Percebe-se porquê. Falta que fale no ensino privado e numa mão de obra barata que permita que a iniciativa privada seja devidamente recompensada
Infelizmente a Matilde e o seu tom de propagandista da ordem denunciaram-no.
Sim, é verdade que existem cotas para Excelente e Muito Bom, mas para acelerar a progressão na carreira. Se o professor não tiver classificação Insuficiente progride ao ritmo normal, podendo atingir sempre o topo da carreira, facto de que o Sr.Mário Nogueira se vangloriava, após a conclusão da negociação da Carreira dos Professores.
ResponderEliminarGostava de chamar a atenção para o facto de que, ao serem contados os anos em que a carreira esteve congelada, se está a oferecer um benefício especial, em termos de Aposentação. Trata-se de uma recuperação de tempo de serviço ou do pagamento dos vencimentos que deveriam ter sido recebidos? É que, no primeiro caso, deixaram de entrar os descontos para a Caixa Geral de Aposentação correspondentes a esses anos de serviço. Uma machadada nas pensões dos vindouros, se a filosofia vingar! Ou será que os professores estarão dispostos a pagar a totalidade dos respetivos descontos, com base nos vencimentos da altura, tal como aconteceu com os militares que cumpriram o serviço militar nas Guerras Coloniais? Que acontecerá às Finanças Públicas se todos os funcionários públicos exigirem a contagem integral do tempo de serviço, beneficiando da consequente progressão na carreira sem prestação de provas para os escalões pelos quais já teriam presuntivamente passado, e sem restrições do número de vagas? Não terão todos os mesmos direitos?...
Mas pimentel ferreira continua a vociferar e a aldrabar.
ResponderEliminarE insulta a nossa inteligência.
Sabemos que não gosta da escola democrática. Sabemos que não gosta do conhecimento. Sabemos que detesta as ciências sociais e que investe todos os dias contra o método científico. Utiliza a matemática como um aldrabão de feira e já tentou provar que Passos Coelho não subira o défice e que tinha sido o campeão na luta contra o desemprego.
Agora vocifera e fala em níveis de remuneração obscenos. Obsceno é quem tenta aldrabar e manipular como ele o faz. Que usa nicks diferentes no mesmo post, para parecer que são muitos e para servir de propaganda à tralha neoliberal
Porque no fundo o que está em causa são as funções sociais do Estado. É o direito ao ensino de qualidade. E para privilegiar o modelo dum estado mínimo ao serviço dos tais 1% é necessário vilipendiar quem dá o coiro ao manifesto
É necessário insultar os professores e a sua profissão. É necessário defender o processo austeritário e os seus sequazes. É necessário bramir com o congelamento de progressões.
(Proibidas pela UE? Pelo Euro? Pela tralha neoliberal? Pelo joão pimentel ferreira?)
Está bem acompanhado o pimenel ferreira .
ResponderEliminarPor um tal jose, personagem conhecido pelo seu amor a salazar.
E ao ensino nos moldes daquele canalha
Vamos ver qual o plano de ensino defendido por jose:
"No caso do ensino, conheço a frase do Salazar em que diz algo como – para a maioria dos portugueses saber ler, escrever e contar bastará. Mas conheço bem mais que isso para saber que não era por menosprezar o ensino que merece censura. E digo mais, se a maioria dos portugueses de hoje, bem soubessem ler-escrever-contar, não seríamos um país tão pobre quanto somos."
Heil salazar. Eis o resumo do programa do jose: ler, ouvir e contar.
Infelizmente jose continua nas suas diatribes.
ResponderEliminarVimos que o seu programa curricular é o de "ler-escrever-contar". Tal bastará. Aprender a pensar é algo que pode ser perigoso.
Noutra ocasião o mesmo jose defendia um ensino baseado no senso-comum. O ensino crítico passa-lhe ao lado.O ser crítico do que se aprende é perigoso.
É que depois podem-se não engolir as patranhas aprendidas em antros infectos de gentalha sem escrúpulos.
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/02/paralelismos-noutra-dimensao.html
Ou não seguir os mandamentos divinos da canalha em exercício. Quer a salazarista, quer a passista-cavaquista
Jose fala nas "benesses" e mais "os três dias bem intensos"
ResponderEliminarInfelizmente a marca de classe está patente neste tom de desprezo pelo trabalho alheio.
Olhe-se como este ódio sebento e senil se converte num choradinho , quando o alvo das referidas "benesses" é outro.
Repare-se como se elogia o "trabalho " profundo e apurado dum que não pagava impostos a mando do FMI, um tipo de nome António Borges. Eis como o mesmo jose das "benesses", defendia o "trabalho" deste , mais o seu direito ao saque e aos rendimentos pornográficos:
"Ninguém quer ver que quem se dá ao TRABALHO de aprender, e de lutar para ganhar posições, e de se afirmar ao ponto de poder gerir contactos ( o que não é pouco trabalho), pode legitimamente ambicionar um retorno."
O rapazote sabia gerir contactos. E ganhava mais de 500 000 euros pelo "trabalho".
Mas não se pense que é caso único. Para defender os proventos acima do milhão de euros de Mexia, dizia que quem lidava com muitos milhões tinha que ser pago com milhão.
Tal como defendia as benesses dos frequentadores dos bordéis tributários, vulgo offshores.
Nessa altura apareceu por aqui, alternando entre o lacrimejante e o possesso, verdadeiramente sensibilizado com tamanho esforço de tais gentes
Quanto aos sindicatos...
ResponderEliminarAinda bem que existem
A repartição da riqueza está como está. Aos do topo sobra cada vez mais rendimento que é sacado à imensa maioria dos de baixo. Os factos são o que são e são indesmentíveis. Virem agora queixarem-se dos sindicatos revela duas ou três coisas inegáveis:
- que as coisas só não estão piores quanto à repartição da riqueza porque há quem lute contra tal estado de coisas
- que a propaganda contra o mundo do trabalho tem funcionado e atinge mesmo sectores que deviam estar mais informados.
- que se esquece que se não fosse a luta por melhores salários e condições de trabalho, tudo estaria pior para quem vive do seu trabalho, porque os patrões e o poder nunca não nada de mão-beijada ( essa de borlas, só mesmo para as fraudes fiscais, para os impostos perdoados, para as rendas obscenas, para as privatizações criminosas)
- que é de cobarde tentar empurrar as decisões que são de índole governamental para os sindicatos. É insultuoso antes de mais para quem de facto toma a responsabilidade pela decisão. Mas também é insultuoso para quem se rege pela frontalidade das coisas. A conivência e a cumplicidade com o poder que estas palavras transmitem é um dos aspectos mais tristes de uma social-democracia decadente e assumida ou envergonhadamente neoliberal.
E isto é um dos motivos pelos quais estamos como estamos
O Executivo tirou uma fotografia às remunerações dos professores e quis comparar com a que é captada noutros países. Analisando os salários dos professores do ensino básico e do ensino secundário com 15 anos de experiência e o salário médio praticado em cada país, o Governo calcula que Portugal tem o 3.º e 4.º mais altos salários de professores no grupo de países para a OCDE para professores ensino básico e secundário, respetivamente.
ResponderEliminarNos dois casos, os salários dos professores equivalem a 1,5 vezes mais do que o salário médio do conjunto da economia. Os dados usados pelo Governo são da OCDE e referem-se aos anos de 2015 e 2016. México e Luxemburgo são os países onde proporcionalmente os professores do ensino básico mais ganham. Já no caso dos professores do secundário, é no México, Luxemburgo e Alemanha que se encontram os mais bem remunerados.
Os dados da OCDE permitem ainda ao Governo fazer outras análises: em Portugal os professores no final da carreira têm o salário mais elevado da União Europeia, em percentagem do salário médio da economia, e, em termos absolutos, os docentes portugueses têm o 5.º salário mais elevado da União Europeia, acima de países como a França, Dinamarca, Espanha, Noruega, Suécia e Finlândia.
O Executivo faz ainda uma comparação aos salários no topo da carreira: o salário de final de carreira dos professores de Portugal chega a ser 50% superior aos de Itália e 75% aos da Grécia. Além disso, em Portugal quase todos os professores atingem o topo da carreira, sublinha a mesma fonte.
A posição cimeira de Portugal no ranking que compara os salários dos docentes com os que são praticados no resto da economia, e que apresenta dados para 30 países, acontece apesar da redução salarial que os professores sofreram nos últimos anos. Um estudo da OCDE, publicado esta segunda-feira, e que tenta perceber as razões por detrás dos resultados dos testes internacionais PISA, mostra que os professores portugueses perderam 10% do salário entre 2005 e 2015, figurando assim entre os que mais perderam no conjunto da OCDE, como noticiou o Jornal de Negócios. Este estudo revela ainda que apesar disso, os resultados dos alunos portugueses foram dos que mais melhoraram.
Tanto estes dados como os que o Governo usa para perceber a relação entre os salários dos professores e do resto dos trabalhadores terminam em 2015 e 2016. No caso do estudo da OCDE que aponta para a quebra dos salários são abrangidos anos em que a troika esteve em Portugal, ditando uma redução salarial no Estado, cuja reversão terminou apenas no final de 2016. Este período abrange também duas fases de congelamento das carreiras dos professores: entre agosto de 2005 e dezembro de 2007 e desde 2011 a 2017.
Em final de carreira, um professor português ganha três vezes mais do que o PIB "per capita" em Portugal, um valor que é superior ao de qualquer colega de profissão no resto da Europa. Em média, um docente europeu tem um salário máximo 1,4 vezes superior ao PIB "per capita" do seu país, anuncia um estudo do Eurydice, o centro de estatísticas da Comissão Europeia, divulgado ontem.
ResponderEliminarA Dinamarca é o país dos 15 onde o salário máximo é o mais baixo: 1,15 em relação ao PIB "per capita" - o estudo debruça-se sobre a situação dos docentes em 30 países europeus, no ano lectivo de 2000/2001. Entre os mais bem colocados, e a seguir a Portugal, vêm a Grécia e a Espanha, com rendimentos duas vezes superiores ao produto interno por pessoa.
Mas isto não quer dizer que os docentes portugueses, espanhóis ou gregos sejam os mais bem pagos da Europa, ou que ganhem mais do que os colegas dinamarqueses. Estes números significam que, em relação ao PIB per capita, os seus ordenados têm um peso superior proporcionalmente à riqueza nacional a que cada cidadão tem direito.
No que diz respeito aos que ganham menos, ou seja, ao salário mínimo de um professor, os portugueses também não ficam mal colocados. Ao seu lado estão ainda os colegas alemães, gregos, espanhóis e ingleses. Todos acima do PIB "per capita". Nos restantes países, o salário mínimo é equivalente ou fica abaixo desse valor.
Normalmente, os salários são pagos mensalmente. Apenas na Irlanda e na Grécia é que os docentes recebem de duas em duas semanas. Na maior parte dos estados, os profissionais recebem 13 meses - na Itália, Liechtenstein, Hungria, Polónia e Roménia, o 13º mês só é pago se houver dinheiro. Há outros países, como Portugal, Espanha, Holanda e Áustria onde os docentes recebem um 14º mês.
Quase todos os estados usam o sistema de escalões, ou seja, à medida que o professor vai progredindo na carreira, vai subindo de escalão, até alcançar o salário máximo. Em alguns países não existem grandes diferenças nos ordenados, mas noutros, como em Portugal, os aumentos são "desarticulados", classifica o relatório, porque, apesar de o número de escalões ser inferior, relativamente a outros países, o aumento de um para outro é enorme.
Para que o rendimento que auferem aumente, são tidos em conta inúmeros critérios, como o tempo de serviço, mérito ou outras qualificações. O ordenado pode ser decidido centralmente, pelos ministérios da Educação ou negociado com os sindicatos ou autoridades locais, como acontece na Suécia e na Islândia.
Além do ordenado, os professores, em alguns países, podem ainda receber uns dinheiros extra, em horas extraordinárias, vigilância e correcção de exames ou em cargos de direcção. No caso português, se trabalharem depois do horário, os docentes recebem entre 100 a 150 por cento acima do seu salário.
Recebem ainda um bónus se estiverem disponíveis para assumir responsabilidades que não estejam previstas nos seus contratos, como a vigilância e correcção de exames nacionais.
Na minha avaliação do 'estado da coisa', o Cuco bem podia ser professor a caminho do topo da carreira.
ResponderEliminarOs dados tirados são os da OCDE. Mais os da Eurydice.
ResponderEliminarDizem. Mas a fonte do artigo, que se reproduz aqui, é duma coisa chamada Eco
A Eurydice e a OCDE podem ter várias coisas. O Eco idem.
E a manipulação também
A 26 de Outubro de 2016 saía uma noticiazinha que passou despercebida:
"Na Europa, os salários actuais dos docentes tendem a estar mais próximos dos valores máximos legais, revela o relatório sobre "Professores e directores escolares -- salários e rendimentos na Europa 2015/2016", após analisar a situação vivida em 29 países da Europa.
Portugal foge a esta realidade já que os salários médios actuais estão mais próximos do valor mínimo, em parte porque os professores portugueses estão entre os que demoram mais tempo a chegar ao topo da carreira: 34 anos.
Os rendimentos mais baixos registam-se apenas em outros seis países: Croácia, Chipre, Malta, Hungria, Suécia e entre os docentes franceses do ensino primário.
Outra das razões para os portugueses terem, em média, salários mais próximos do mínimo está relacionada com a ausência de subsídios.
Segundo a rede de informações Eurydice, que analisou 40 países, na maioria das regiões os professores recebem outros apoios financeiros além do ordenado base, tais como participar em actividades extracurriculares ou dar aulas a alunos com necessidades especiais educativas.
Ou seja, os dados são manipulados de acordo com o que se quer.
E quais são as fontes agora citadas?
As do governo que cita, as da OCDE que recita e as do Eco, um jornal de economia dito online
E que infelizmente é um coio de aldrabões
Dirigido por um tal António Costa, (não confundir com o primeiro-ministro), e que já foi alvo de denúncias vigorosas como sendo um trafulha ao serviço de interesses económicos particulares
Aqui também no LdB
É depois confrontar o dito no texto com a realidade ( por exemplo com os tais 15 anos de serviço e a posição dita no ranking) Depois interrogar-se como se fala na comparação com o salário médio dos portugueses como argumento para o que quer que seja. Depois perguntar se pelo PIB não deveríamos ter os nossos gestores na cauda da europa e porque nunca ninguém coloca estas questões. E depois ler aquela treta parida aí em cima sobre "além disso, em Portugal quase todos os professores atingem o topo da carreira, sublinha a mesma fonte"
Isto é um coio de aldrabões e que tem tipos que o reproduzem
Percebemos que a fonte que não é citada é de alguém que não tem coragem para citar o que anda a debitar.
Alguém do Eco online? Do governo? Aquele tipo que anda aqui a debitar tretas sobre tretas?
Não há pachorra para tanta falta de coragem e para tanta aldrabice
Não são só os professores a terem razão de queixa da sua situação económico-profissional
ResponderEliminarOutras carreiras e outras profissões há que têm todo o direito de virem à liça pelo que têm direito
Se os deixarmos esta cambada continua na engorda e a insultar quem não lhes apara os golpes. Veja-se como se detecta algum medo pela realidade social que tentam esconder e como não olham a meios para que o seu festim permaneça
O problema são mesmo os ordenaditos baixos, e esta ideia dos nossos empresários de que qualquer trabalhador lhes deve ficar agradecido por ter emprego. É o mileurismo militante de empresas e grupos económicos que negoceiam à escala mundial, tirando partido da economia globalizada para multiplicar lucros e oportunidades.
É nivelar por baixo cambada. Porque o dinheiro tem que ir para onde está o dinheiro
Jose e o cuco.
ResponderEliminarMais a avaliação de jose sobre a avaliação da coisa e o topo da carreira
Que figura de parvo este jose se obriga só para esconder o seu verdadeiro programa educativo inspirado no seu professor, o professor antónio de oliveira salazar, mais o ler-escrever e contar da sua Nova Ordem
A fonte não é o jornal ECO, mas o jornal Público
ResponderEliminarhttps://www.publico.pt/2003/09/09/portugal/noticia/salarios-relativos-dos-professores-portugueses-acima-da-media-europeia-1165122
Mas também tem o Expresso
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-10-17-Professor-portugues-salario-acima-da-media-muito-trabalho-pouco-reconhecimento#gs.XE9DbzA
A OCDE diz que eu ganho 40 000 USD/ano.
ResponderEliminarO meu recibo não confirma. A quem devo pedir a diferença?
A fonte ê do Eco. E o artigo é a cópia integral do tal eco
ResponderEliminarNão tem vergonha de mentir e aldrabar?
Que miséria para proceder deste modo e depois não ter a coragem para assumir o que se diz e como se diz?
De facto o primeiro de três comentários de rajada, sem direito à sua identificação como cópia, é uma transcrição integral de um "artigo" do dito Eco.
ResponderEliminarOs dois comentários seguintes, também sem direito a identificação de fonte (ou de se tratar de mera cópia), partem de um artigo do Público.
Curiosamente a parte do artigo do Público que tenta completar mais o quadro relatado é completamente sonegada:
"No entanto, por cá, não há benefícios para quem aceita trabalhar longe de casa, em zonas do interior ou em regiões onde o nível de vida é mais caro, como na Dinamarca, Grécia, Espanha ou Finlândia.
Quanto a outros benefícios, os professores portugueses não têm tantos, quanto, por exemplo, os seus colegas espanhóis, mas mais que os búlgaros, que não têm nenhuns. Em Espanha, um docente do 3º ciclo tem apoios para a saúde, subsídio de deslocação, viagem, refeição e apoio à compra de material (livros, computadores); por cá, os docentes têm apoios à saúde, subsídio de viagem (para quem vai dar aulas fora do país) e de refeição, diz o estudo".
Ou seja, estamos diante de uma manipulação( zita) que aumenta a manipulação das referidas fontes.
E isto não é feito de forma inocente
Como não o é a indicação de um artigo do Expresso, para o qual somos encaminhados.E onde mais uma vez ficamos a saber que o problema com o sector é bem mais complexo do que o que aparece "copiado" por uma fonte anónima.
Ficamos a saber que se mantém as interrogações sobre como é possível tirar conclusões opostas em artigos que se reclamam das mesmas fontes. Com uma diferença de um ano e meio.
ResponderEliminarDepois reparamos que o artigo do Expresso cita dados de 2012 e 2014. Depois topamos que o artigo do Público fala num estudo que se debruça sobre a situação dos docentes em 30 países europeus, no ano lectivo de 2000/2001. Como? 2000/2001?
Depois notamos que os dados e os rankings são incongruentes entre os diversos "estudos".
Depois a comparação varia, ou é com o salário médio de outros licenciados na função pública, ou com o salário médio do país. Ou referenciado ao PIB. Porque com estes dados e não com outros? Porque a referência a grupos profissionais e não a outros?
Tudo "curiosidades" que nos devem levar a pensar que atrás de tudo isto está apenas a tentativa de manipulação da informação. Vemos o mesmo método quando estão em causa reivindicações salariais de outros ramos profissionais, variando a forma e o conteúdo de acordo com o nível onde se discute.
Como é possível tanta discrepância entre os dados "publicados" em "estudos" (que vão buscar dados referentes a tantos anos passados) e a realidade?
O que se passa para se agir desta forma desonesta e manipuladora da opinião pública? O que se pretende?
Pela certa manter e aprofundar uma distribuição da riqueza dos de baixo para os de cima. Manter um modelo social onde o trabalho seja desqualificado e pago ao preço da uva mijona. Degradar as funções sociais do Estado, degradando as condições dos seus profissionais. Deteriorar o ensino público e a sua democratização.
E outras coisas mais...
Não sei onde foi buscar esse valor mas 40000 USD são cerca de 32000 EUR, dividido por 14 meses dá cerca de 2200 EUR que é o salário bruto de um professor no final de carreira.
ResponderEliminarCaro José
ResponderEliminarÉ óbvio que o Cuco faz parte do funcionalismo. A sua sanha não é ideológica, é meramente interesseira!
Há cada vez menos alunos, mas cada vez mais professores. Em 2050 os alunos terão todos explicações particulares.
ResponderEliminarHum
ResponderEliminarA sanha e o interesse Mais o joão Pimentel Ferreira que finalmente se identificou.
A mediocridade deste começa a ser motivo de gozo. Não ê que não acerta nenhuma? Lolol
Mas deixemos o Pimentel Ferreira, o cuco e a sua sanha. E voltemos ao que se debate que é mais sério que as idiotices do Sr informático
(Não sem antes elucidarmos o referido Pimentel Ferreira que a sua perturbação com os explicadores tem uma explicação freudiana. E que, quem sabe, teria feito o curso em metade do que fez Quiçá num terço? )
Parece que houve um Maduro ( Poiares) que foi buscado por Passos para o seu governo. E que era um blogger
ResponderEliminarA figura do maduro governamental caiu de podre. Agora passeia-se por outras inutilidades, depois da inutilidade como governante
Teve está história no entanto um efeito perverso. Levou a que outros bloggers sonhassem em entrar para o funcionalismo assim desse jeito. Pela mão de Passos, como “ bons rapazes” assumidos. E logo para o topo do referido funcionalismo
Foi aí que começaram a surgir artigos a dizer que Passos tinha sido o campeão no combate ao desemprego, que não aumentara o défice e que a Alemanha era o país eleito
Estará explicada a sanha, o interesse e o funcionalismo de Pimentel Ferreira? Lolol
Prezado Cuco
ResponderEliminarRefere-se a este artigo?
https://www.veraveritas.eu/2016/02/orcamento-de-estado-2016.html?m=1
Ou a este?
https://www.veraveritas.eu/2012/11/o-brutal-aumento-de-irs-para-2013.html?m=1
Que estranho
ResponderEliminarA que propósito o aonio Pimentel ferreira posta a despropósito dois artigos dum sítio mal frequentado?
E ainda por cima sítios onde se fica hackeado, comi já foi demonstrado
Lolol Parece que na mouche.
Pobre Pimentel Ferreira. O funcionalismo, versão boy à pricura do interesse em género assanhado. Também já sonharia com ciucos quando precisava desesperadamente de explicadores ?
ResponderEliminarDas progressões automáticas
IV. N.º DE VAGAS PARA A PROGRESSÃO AOS 5.º E 7.º ESCALÕES , além que os MBom e Excelente também são contingentados.
Depois, um professor português no 9º escalão aufere, praticamente, o mesmo salário líquido de um professor francês no início da carreira ( os FP franceses não pagam impostos, como em muitos outros países).
Gostei imenso das contas de um senhor lá mais acima que julga que o trabalho do professor aparece feito por artes misteriosas, sendo que a avaliação dos alunos se reduz às horas das reuniões, tal como as aulas, 22horas sem mais, ser Director de Turma também não dá trabalho nenhum, mais data de provas de exaltada ignorância daquilo que fala.
Além de que não é nada extenuante interagir com cerca de 150 alunos/dia em média. Só trabalho ligeiro, nem merece nada intervalos de descanso e recuperação.
Ai , que é precisa tanta paciência !
O senhor lá de cima diz que as contas foram feitas unicamente para o período que decorre desde o fim das aulas em Junho até ao início das aulas em Setembro. E está aberto a correccoes ás contas apresentadas,
ResponderEliminarÉ extraordinário como o grau de ódio é diretamente proporcional à total ignorância sobre as condições e as circunstâncias do trabalho e dos salários dos professores do ensino básico e secundário em Portugal - e constitui garantia de que haverá forçosamente tão maus professores neste país para terem produzido tal gente.
ResponderEliminarEmbora, neste caso, suspeite que, longe de ser uma especificidade traumática portuguesa, é condição universal.
Não há sistema de ensino ou instrução que erradique a estupidez humana. Não completamente nem com toda a gente: em parte nenhuma do mundo.
Há quem esteja do lado de quem, com honra, trabalha.
ResponderEliminarE há quem esteja do lado de quem explora esse trabalho e só veja os outros como sujeitos a esmifrar
Chama-se a isto Luta de Classes. É fácil ver de que lado está cada um
Meu caro TP ,
ResponderEliminarSabe há umas coisas nas "férias" dos professores que se chamam exames. A logística é de tal ordem que se não for muitíssimo bem planeada podem faltar professores não só para o secretariado como para as vigilâncias, porque boa parte vai sendo chamada para a correcção dos mesmos.
Depois há outras coisas que se fazem nas "férias", as matrículas,a verificação das moradas dos alunos, as turmas , os horários, os relatórios de todas as atividades, a compilação de tudo o que foi realizado, a relação de necessidades, o retirar de anonimatos de exames, reuniões de verificação das classificações finais ....
Enfim, só barrigas ao Sol !
Nunca vi o trabalho de uma classe profissional ser tão esmiuçado...
ResponderEliminarEntretanto, os poderosos esfregam as mãos de contentes, por verem a famosa inveja portuguesa a abrir-lhes caminho, a distrair a plebe que se digladia por cêntimos, enquanto eles amealham muitos milhões para si e para os seus.
Que povo tão tonto! Se quem trabalha se unisse, seja do público ou do privado, novos ou velhos, precários ou de carreira, poderiam conseguir mais justiça laboral. Mas não, fazem-lhes a vontade, enquanto "eles" se unem e reforçam privilégios.
Porquê toda esta indignação contra uma classe profissional que tanto contribui para formar e desenvolver a sociedade, quando quase nada se ouve contra barbaridades que vão acontecendo, como um certo senhor conseguir ficar com uma reforma de cento e muitos mil euros?