Cumpriram-se ontem dezanove anos sobre o massacre de Columbine, em que dois adolescentes mataram treze pessoas e feriram mais de vinte, tendo-se depois suicidado. A tragédia que levaria Michael Moore, três anos mais tarde, a realizar o documentário «Bowling for Columbine» e a questionar a facilidade com que se acede a armas nos Estados Unidos. Dezanove anos depois, estes episódios continuam a repetir-se e tornaram-se até mais frequentes. Nada parece ter mudado e estar a mudar. Ou, finalmente, talvez esteja.
Uma questão dramática que afecta a sociedade norte-americana, e que nos leva a reflectir sobre as graves consequências das drogas psiquiátricas administradas aos cidadãos e as contra-indicações das mesmas.
ResponderEliminarNesta lamentável e entristecedora efeméride, lembremos as 13 vítimas mortais e os 23 feridos resultantes deste massacre executado por Eric Harris e Dylan Klebold (um com 17 e outro com 18 anos), que posteriormente se viriam a suicidar, sendo que o registo médico de um dos autores do massacre (Dylan Klebold) nunca foi revelado.
estes episódios continuam a repetir-se e tornaram-se até mais frequentes
ResponderEliminarAs estatísticas sobre morte violenta nos EUA indicam o contrário: desde há muitos anos, o número de mortes violentas (e, em particular, de mortes por arma de fogo) nos EUA têm vindo a decrescer constantemente e acentuadamente. Os suicídios (que nos EUA também são qualificados como mortes violentas) é que têm vindo a subir sem parar.
O rigor é uma coisa tramada
ResponderEliminarMas se Luís Lavoura reparar, o autor do post não se refere às mortes por armas de fogo. Mas sim aos episódios semelhantes aos de Columbine.
Nos primeiros dois meses deste ano, a violência armada matou mais de 1.800 pessoas nos EUA. Um dos últimos aconteceu numa escola de Parkland, na Flórida, e matou mais do que Columbine. Pelo menos 17 pessoas, e é o exemplo mais recente de uma série de números horripilantes. As estatísticas são um duro golpe de realismo por trás da epidemia de violência armada que sacode os Estados Unidos sem tréguas.
Desde o começo de 2018 até ao massacre de Parkland em 14 de Fevereiro, 1.816 pessoas morreram nos EUA devido à violência armada, de acordo com os dados mais recentes da organização Gun Violence Archive. Isso equivale a uma média de 40 mortes por dia.
Em apenas seis semanas, 3.125 pessoas foram feridas por tiros. Houve 30 tiroteios em massa, que recebem essa classificação quando há pelo menos quatro mortos. A organização não inclui pessoas mortas por suicídio nas suas estatísticas. Dentro desses parâmetros, a entidade estima que 15.590 pessoas morreram por armas de fogo em 2017 no território daquela que é considerada a maior potência mundial.
Os números podem oscilar entre um ano e outro. Mas esta espécie de absolvição da selvajaria reinante, com a contribuição activa do lobby das armas para esta verdadeira barbárie, não pode passar impune
Veja-se este grafico suficientemente esclarecedor sobre esta "constante e acentuada" descida nos massacres nos EUA
https://ep01.epimg.net/internacional/imagenes/2018/02/15/estados_unidos/1518653899_263561_1518712128_sumario_normal.png
O reino do Império e do Capital.E da livre iniciativa para massacrar os seus próprios indivíduos
Tradicionalíssima no país, a Associação Nacional de Rifles esteve entre os principais apoios eleitorais de Donald Trump e doou US$ 30 milhões ao republicano durante a campanha presidencial do ano passado.
ResponderEliminarNo início deste ano, como recompensa, o Senado americano decidiu, por maioria, suspender uma regra aprovada por Barack Obama para impedir a venda de armas para pessoas com problemas mentais.
A medida foi endossada por Trump e ampliou o acesso a armas a 75 mil pessoas em todo o país.
(Quem são os verdadeiros atrasados mentais é quem governa esse país)
Há poucas semanas, a Câmara dos Representantes aprovou uma lei que torna mais fácil para os cidadãos comuns comprarem silenciadores para as suas armas
Mas algo de facto parece estar a mudar.
ResponderEliminarPelo menos os jovens estão a começar a estar fartos.
É ver o link que Nuno Serra aponta
Também Kathleen Roming, militante do grupo Moms Demand Action for Gun Sense in America afirmou sobre o massacre da Flórida:
"...este massacre é diferente, pois nunca vimos tamanha combatividade entre jovens e estudantes que exigem mudanças"
E acrescentou:
"Esta é realmente uma geração de massacres", explicando que a actual geração cresceu com treinos regulares para situações de tiroteio nas escolas. "Eles basicamente ensaiam o próprio massacre nas suas escolas, como parte do quotidiano escolar".