quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Bravo, Centeno?
A primeira reunião do chamado Eurogrupo, dirigirida pelo chamado Presidente, Mário Centeno, foi resumida por uma imprensa extasiada através da replicação do comentário de Moscovici: “bravo, Centeno”; seguem-se golos, Ronaldo, etc.
Os centenistas lá tentam dar alguma substância à propaganda. Rui Tavares, por exemplo, alardeia o facto de Centeno ter anunciado que estão abertas as negociações para um alívio da dívida grega. Lendo a última declaração do chamado Eurogrupo sobre a Grécia constatamos referências vagas a “medidas de alívio da dívida, se necessário”, mas só depois da conclusão formal do programa punitivo da troika. A pressão é a mesma de sempre. E o governo grego lá vai obedecendo.
E lendo a penúltima declaração sobre a Grécia, na anterior presidência, “a das mulheres e dos copos”, do chamado Eurogrupo, constatamos que a referência vaga a “medidas de alívio da dívida” já lá estava. Não há grande novidade, portanto, apenas o efeito da passagem do tempo depois do esmagamento, em 2015, do que podia ter sido novo.
Já agora, lembro o que escrevi aqui sobre este tema, em resposta a Tavares, em Maio de 2016:
E depois há o alívio da dívida grega, agora prometido lá para 2018, numa discussão envolvendo apenas os credores, com o governo grego a assistir: o que não pode ser pago, não será pago, claro, e até já sabemos isso de anterior reestruturação grega [a de 2012, lembram-se?]. Mas as condições da próxima reestruturação serão igualmente definidas pelos credores, nos seus tempos e nos seus interesses, o que é muito diferente de uma reestruturação liderada pelo devedor, que exigiria rupturas com esta ordem monetária europeia, facto hoje conhecido. A dívida é um instrumento para impor conformidade com esta ordem monetária pós-democrática. O governo grego conformou-se. Isto parece ser também razoavelmente factual.
Agora, pode acrescentar-se o seguinte: é também preciso que mude o pessoal euro-liberal que toca o sininho para que a ordem continue na mesma.
Dois comentários de Jaime Santos e um anónimo foram apagados sem querer.
ResponderEliminarPeço desculpa.
Isso mesmo, essa é uma das grandes lições (ou confirmações) da Grécia. Uma reestruturação da dívida, liderada por e no interesse dos devedores, exige a saída do euro. Sem isso é um sonho doce para adormecer à noite.
ResponderEliminarTem alguém defendido que Centeno é o "mais radical" dos economistas.
ResponderEliminarNão se sabe se isso é ignorância do significado ou do sentido das palavras e se estas ficam sentidas pelo seu uso assim tão desbocado.
Confundir taras ideológicas com a realidade dá nisto.É uma pena. Entretanto a Grécia estrebucha às mãos dos seus predadores. E isso é algo que devemos ter sempre em mente quando olhamos friamente para estes senhores. Mesmo que tragam na lapela Centeno para portuguesinho ver
A posição de João Rodrigues é de facto difícil. Porque ir contra o discurso oficial e contra a propaganda instituída acarreta fúrias várias e incompreensões múltiplas. Vindas lá dos becos da direita-extrema mas também duma social-democracia que soçobra num europeísmo suicida e cego
ResponderEliminarPor isso são importantes estas postas de JR. A lucidez e a recusa dos encenados e coreografados fogos fátuos são um bem maior a defender
«só depois da conclusão formal do programa punitivo da troika»
ResponderEliminarHaverá alguma dúvida que a bandalheira pré-crise, promovida e suportada pelo Estado grego, tinha que ter emenda?
Haverá alguma dúvida que 'direitos adquiridos' eram, em larga medida, pouco mais que farsas levadas a cena»?
Eh eh dois comentários do JS. O primeiro a exigir o programa detalhado de saída do euro e o segundo a querer já. E um aónio para a troca.
ResponderEliminarE o Tavares, o que seria dele sem o euro e a UE, de que se alimentaria, depois de abandonar a Federica?
Qual é a ética de uma reestruturação imposta pelo devedor ao credor? Ou de uma sentença imposta pelo infrator?
ResponderEliminar«só depois da conclusão formal do programa punitivo da troika»
ResponderEliminarHaverá alguma dúvida que a bandalheira pré-crise, promovida e suportada pelo Estado grego, tinha que ter emenda?
Haverá alguma dúvida que 'direitos adquiridos' eram, em larga medida, pouco mais que farsas levadas a cena»?
Fala-se neste post numa "reestruturação liderada pelo devedor". Alguém fala mesmo numa "reestruturação da dívida, liderada por e no interesse dos devedores"
ResponderEliminarA pequena manipulaçãozinha de se falar em "reestruturação imposta pelo devedor ao credor" já é um pequeno entorse do que se fala, mas passa.
Agora o que não passa é quem tenta passar a expressão tida como equivalente "sentença imposta pelo infrator"
Eis mais uma tentativa de manipular as palavras e os conteúdos numa manobra habitual entre alguns sectores ideológicos.
Que quem o tente fazer fale em "ética" é a confirmação que esta gente não só manipula como também não tem a mínima vergonha de o fazer.
Que eu saiba a restruturação de dívidas de países passa por negociações no âmbito de um grupo informal chamado Clube de Paris.
ResponderEliminarEssas negociações dão lugar a arbitragem porque também é do interesse dos credores a resolução de situações onde não há vantagem em continuar a exigir créditos que nunca poderão ser pagos.
A situação da Grécia é peculiar porque na prática os empréstimos que lhe foram concedidos à partida não tinham a mínima hipótese de serem pagos. De facto o Eurogrupo ao conceder tais empréstimos sabia claramente, porque todos os economistas dignos desse nome o disseram na altura, que nunca poderiam ser reembolsados.
A tramóia é outra: Com esses empréstimos a UE COMPROU alavancagem politica para perpetuar na Grécia uma situação de neocolonialismo.
Portugal está apenas mais "atrasado" nesse processo. Paradoxalmente a avareza dos dirigentes alemães pode ser a chave para a liberdade monetária de Portugal. Na minha humilde opinão há muito mais a temer das posições europeístas que pretendam perpetuar e aprofundar o envolvimento nas intestinas instituições da UE.
Por vezes ser progressista obriga a escolhas difíceis.
Veja-se o caso de Itália onde nenhum partido de esquerda advoga claramente a saída do Euro.
Mesmo os grilistas do M5E hesitam e dão o dito por não dito.
A implicação é que a liberdade monetária não pode, no caso italiano, vir da esquerda, de um PD europeísta.
Nesse sentido compreende-se que Alberto Bagnai concorra ao parlamento italiano nas listas da LEGA, um partido populista de direita cujo líder Salvini até cita Trump.
Porquê? Porque DENTRO DO EURO NÃO HÁ ESCOLHA POSSIVEL entre esquerda e direita. Só são "autorizadas" politicas de direita. Fora do Euro tal escolha já é possível desde que sejam preservados os mecanismos básicos da escolha democrática.
Salvini sabe que Bagnai não é de direita, mas também sabe que Bagnai é o homem que pode conduzir o país a uma saída do Euro e à consequente restauração da soberania monetária da Republica Italiana.
Por seu lado Bagnai, não sendo da direita populista, sabe que só após uma saída do Euro serão possiveis escolhas de politicas económicas que verdadeiramente defendam o interesse nacional italiano e sobretudo dos trabalhadores italianos.
É portanto uma aliança táctica livremente assumida pelos protagonistas que consiste em reportar a discussão esquerda-direita para quando essa discussão possa realmente ter lugar.
Nem Bagnai nem Salvini se convertem à ideologia de um ou do outro, apenas colaboram para a libertação monetária da Republica Italiana.
Ver este artigo:
https://www.zerohedge.com/news/2018-01-22/berlusconi-italeave-how-checkmate-germany
Por muito que custe a algumas alminhas puritanas de esquerda, no caso presente não importa quem abra a porta da prisão, se é populista ou não, desde que realmente o faça.
S.T.
Haverá,haverá.
ResponderEliminarPelo que essa retórica estilo choradinho histérico em torno de aldrabices não passa assim impune.
Nem o "Estado grego" assim definido dessa forma idiota.
ResponderEliminarComo se não fosse governado pelos mesmos que lucraram com a governação e a austeridade
Falemos num capítulo pouco conhecido da história da dívida grega. Em que intervém a Goldman-Sachs( a do António Borges, um reconhecido seu banqueiro e capataz de alto coturno)
A crise da dívida grega põe em evidência uma vez mais os poderes de persuasão e predação de Wall Street – uma peça que permanece invisível na maioria dos relatos sobre a crise do outro lado do mundo.
ResponderEliminarA crise foi agravada anos atrás por uma operação do Goldman Sachs, arquitetado pelo atual diretor-executivo do banco, Lloyd Blankfein. Juntamente com a sua equipa, Blankfein ajudou a Grécia a esconder a verdadeira dimensão da sua dívida e, no processo, fê-la praticamente dobrar de tamanho. Da mesma forma como ocorreu na crise do subprime americano, e que levou à atual situação crítica de muitas cidades americanas, um empréstimo predatório de Wall Street teve um papel importante na crise grega, embora pouco reconhecido.
Em 2001, a Grécia procurava maneiras de mascarar os seus crescentes problemas financeiros. O Tratado de Maastricht exigia que todos os membros da zona do euro mostrassem melhorias nas contas públicas, mas a Grécia ia na direção oposta. A Goldman Sachs veio em seu socorro, oferecendo um empréstimo secreto de 2,8 mil milhões de euros, disfarçado de swap cambial não contabilizado – uma operação complicada, em que a dívida da Grécia em moeda estrangeira foi convertida em obrigações em moeda local, utilizando uma taxa de câmbio fictícia.
Como resultado, cerca de 2% da dívida da Grécia magicamente desapareceram das suas contas nacionais. Christoforos Sardelis, então chefe da Agência de Gestão da Dívida Pública da Grécia, mais tarde descreveu o acordo na Bloomberg Business como "uma história muito sexy entre dois pecadores”. Pelos serviços, o Goldman recebeu a soma colossal de 600 milhões de euros (793 milhões de dólares), de acordo com Spyros Papanicolaou, que substituiu Sardelis em 2005. Isso representou quase 12% da receita da gigantesca unidade do Goldman de trading e principal-investments em 2001 – que, aliás, bateu recorde de vendas nesse ano. A unidade era dirigida por Blankfein.
Então, o negócio azedou. Após os ataques de 11 de setembro, o rendimento dos títulos caiu, resultando em grande perda para a Grécia por causa da fórmula usada pelo Goldman para calcular o pagamento da dívida do país com o swap. Em 2005, a Grécia já devia quase o dobro do que constara no acordo, fazendo a dívida não declarada saltar de 2,8 mil milhões para 5,1 mil milhões de euros. Em 2005, o acordo foi reestruturado e a dívida fixada em 5,1 milhões. Talvez não por acaso, Mario Draghi, hoje presidente do Banco Central Europeu e um ator importante no atual drama grego, era então o diretor da divisão internacional do Goldman.
ResponderEliminar«...ajudou a Grécia a esconder a verdadeira dimensão da sua dívida e...»
ResponderEliminarPalavras para quê?
Palavras para quê?
ResponderEliminarPara mostrar a falácia e a desonestidade ( de classe, mas não só) de alguém que vem para aqui despejar a tralha neoliberal abjecta e troglodita segundo a qual a dita "bandalheira pré-crise" é para que os gregos a paguem e se submetam e segundo a qual os direitos adquiridos são mesmo para abater...
No dizer impagável de um sujeito que se fartou de repetir de forma histérica raivosa e demente o mesmo estribilho cá em Portugal...tais direitos eram pouco mais do que farsas
Mas era mesmo o que faltava deixar-se passar esta vulgata menor em tons de.
Porque este comentário assim do sujeito das 00 e 39 , invocando a inutilidade das palavras esconde para começar uma coisa.
ResponderEliminarEsconde os hinos que fez aos verdadeiros fdp da Goldman- Sachs e do seu papel nisto tudo. Um tipo de nome António Borges até viu ser defendido o seu direito a não pagar impostos e a receber os proventos que tinha. Precisamente o tal que declina agora o uso das palavras
Esconde o papel de
Mas há mais.
ResponderEliminarPrecisamente pelo facto da "peça" ser conhecida, publiquei apenas uma parte de um texto de alguém que não tem nada de revolucionário. Mas há mais e o mais que há pode ter efeitos nefastos no comportamento social deste Jose.
O texto é de Robert Reich, que serviu as administrações dos presidentes Gerald Ford, Jimmy Carter,e Bill Clinton e que foi secretário do trabalho entre 1993 to 1997.
"Até 2008, as normas contabilísticas da União Europeia permitiam que os membros gerissem suas dívidas através das chamadas tarifas fora do mercado em trocas de moedas, estimuladas pelo Goldman e por outros bancos de Wall Street. No final da década de 1990, JPMorgan permitiu que a Itália ocultasse sua dívida trocando de moeda a uma taxa de câmbio favorável, comprometendo assim a Itália a realizar pagamentos futuros que não apareciam nas contas nacionais como obrigações futuras.
Mas era a Grécia quem estava em pior situação, e Goldman foi o maior facilitador. Sem dúvida, o país sofre por anos de corrupção e evasão fiscal de sua elite( os DDT lá do sítio) Mas o Goldman não foi um espectador inocente: aumentou seu lucro, especulando ao máximo com a Grécia, assim como boa parte do mercado global. Outros bancos de Wall Street fizeram o mesmo. Quando a bolha estourou, toda aquela especulação deixou a economia mundial de joelhos.
Mesmo com a economia global se recuperando dos excessos de Wall Street, o Goldman ofereceu à Grécia outro artifício. No início de novembro de 2009, três meses antes de a crise da dívida do país se tornar notícia mundial, uma equipe do Goldman propôs um instrumento financeiro que prolongaria a dívida do sistema de saúde da Grécia por muitos anos. Desta vez, porém, a Grécia não aceitou.
Como sabemos, Wall Street foi socorrida pelos contribuintes norte-americanos. Nos anos seguintes, os bancos tornaram-se novamente rentáveis e reembolsaram seus empréstimos de resgate. As acções dos bancos dispararam. Em novembro de 2008, uma acção do Goldman era negociada a 53 dólares; hoje, vale mais de 200 dólares. Os executivos do Goldman e de outros bancos de Wall Street têm recebido enormes bónus e promoções. Só em 2014, Blankfein, hoje diretor-executivo do Goldman, ganhou 24 milhões dólares.
Enquanto isso, o povo da Grécia luta para comprar remédios e comida. ( os tais dos "direitos a saquear" e vítimas da bandalheira das elites)
Há situações análogas nos EUA, a começar pelos empréstimos predatórios feitos pelo Goldman, outros grandes bancos e empresas financeiras com que estavam aliados nos anos que antecederam o estouro da bolha. Hoje, enquanto os banqueiros curtem as férias nos Hamptons, milhões de americanos continuam a sofrer as consequências da crise financeira, quando perderam empregos, economias ou mesmo suas casas.
Da mesma forma, cidades e estados americanos têm sido obrigados a cortar serviços essenciais por estarem presos a operações similares, negociadas pelos mesmos bancos de Wall Street. Muitas destas operações envolvem swaps como o realizado entre o Goldman e o governo grego. Assim como fizeram com o governo grego, o Goldman e outros bancos asseguraram aos municípios que a troca de taxa de variação cambial permitiria pegar empréstimos mais baratos do que se negociassem com taxas fixas tradicionais – enquanto, por outro lado, minimizavam os riscos do negócio. Quando as taxas de juros desabaram e os swaps acabaram custando muito mais, o Goldman e os outros bancos se recusaram a renegociar com os municípios, que tiveram que pagar pesadas multas para encerrar os contratos.
Há três anos, o Departamento de Água de Detroit teve de pagar ao Goldman e outros bancos multas num total de 547 milhões de dólares para encerrar swaps de taxas de juros desvantajosos. Hoje, 40% do preço das contas de água de Detroit ainda vão para o pagamento da multa. Moradores de Detroit cuja água foi cortada porque não puderam pagar não têm ideia de que os responsáveis pela situação são o Goldman e outros grandes bancos. Da mesma forma, o sistema educacional de Chicago – cujo orçamento já foi cortado até o talo – deve pagar mais de 200 milhões de dólares em multas pelo encerramento de uma operação de Wall Street que obrigava as escolas de Chicago a pagar 36 milhões de dólares por ano em swaps de taxas de juro.
ResponderEliminarUma operação envolvendo swaps de taxa de juro que o Goldman negociou com Oakland, Califórnia, mais de dez anos atrás, acabou custando à cidade cerca de 4 milhões de dólares por ano, mas o banco se recusou a encerrar o acordo sem que Oakland pagasse 16 milhões de dólares pela rescisão – levando os legisladores locais a aprovar uma resolução para boicotar o Goldman".
Onde já ouvimos falar em Swaps? E não havia uma miss Swap, bem apoiada e louvada por este tal Jose?
Até à náusea
«...histérica raivosa e demente...» sempre projecta o que em si sente!
ResponderEliminarA Grécia, como outros, para esconder a desbunda, jogaram na lotaria e perderam? A culpa é da Santa Casa?
A G&S, que não é a Santa Casa e que tem por missão fazer lucros, é que é a má da fita e os treteiros são coitadinhos?
Os Estados falharam na regulação? Pois se são os principais clientes da lotaria...os maiores treteiros!
Será que Centno vai ter coragem para puxar as orelhas aos governantes alemães por martelarem as contas do comércio externo alemão para esconder uma gorda fatia do superavit?
ResponderEliminar"The 80 billion euros more in real surplus resulting from the Bundesbank’s accounts may sound extreme and will be revised downwards in the wake of the usual revisions in the coming months. But if we take only half, that is to say, 40 billion euros, that still demands dramatic changes in how we interpret the performance of Germany’s domestic economy last year. It becomes impossible to talk about an economic cycle that is essentially driven by domestic demand. It would be more accurate to talk about an expansion of German mercantilism and more severe violations of the principles of free trade. It should not be forgotten that even a constant surplus, or even a 20 billion euro fall in the surplus, still means an actual surplus of well over 200 billion euros. That is the level at which rest of the world’s indebtedness to Germany is increasing every year. That is the level at which German workers, together with their families and the state, produce more than they consume. If we wanted to put an end to this imbalance, we would have to close a gap of over 200 billion euros with additional domestic demand."
https://braveneweurope.com/heiner-flassbeck-und-friederike-spiecker-the-german-current-account-surplus-much-larger-than-officially-reported
Tudo gente séria e honesta... LOL
S.T.
Ainda no seguimento do comentário anterior, Centeno irá ter que enfrentar aquilo que já se previa há algum tempo:
ResponderEliminarUma possível guerra comercial com os USA, largamente motivada por uma Alemanha que usa o Euro como forma de criar uma vantagem cambial não só em relação aos outros membros da Eurozona mas também em relação ao resto do mundo, com os USA à cabeça, é claro. E, como dizem os brasileiros, "não é saudável cutucar onça com vara curta".
Isto é, tentar burlar a potência hegemonica global é capaz de ser uma péssima ideia.
Parece que os dirigentes alemães não perceberam o "abreolhos" do dieselgate.
O artigo foi publicado pelo Voci Dall'Estero, http://vocidallestero.it/2018/02/01/trump-attacchera-lue-e-punira-angela-merkel-per-aver-falsificato-i-dati-del-commercio/ , mas retoma um artigo do Express.
Trump will pull TRIGGER on EU and punish Angela Merkel for 'cooking the books' over trade
https://www.express.co.uk/news/world/912290/Donald-Trump-European-Union-Germany-Angela-Merkel-trade-surplus-sanctions-USA-trading
O artigo dá conta dos efeitos das politicas mercantilistas alemãs que geram descomunais superavits comerciais, agravadas neste caso pela desonestidade do martelanço das contas externas do instituto de estatistica germânico.
E é esta gentinha que quer dar lições de moral aos países da periferia europeia... LOL
Como é óbvio este assunto mereceria maior destaque até porque encerra uma contradição monetária insanável que pode ditar a "libertação dos prisioneiros do Euro".
S.T.
Bem oportuna esta chamada de atenção de ST.
ResponderEliminarA ver vamos. Se ao menos contribuísse para o despedaçar das grilhetas
Infelizmente para o sujeito de 30 de Janeiro de 2018 pelas 11:34 confirma-se a observação
ResponderEliminaranterior sobre a sua posição "histérica raivosa e demente..."
Só assim se compreende este desvario em que acaba por desvendar aquilo que tenta há muito esconder:
-Que quando se trata dos que sofrem na pele a avidez e o desejo do lucro por parte dos grandes potentados económicos, o sujeito dispensa àqueles o seu ódio de estimação. Atente-se nos termos com que mimoseia os gregos na sua generalidade. Relembre-se como insultava os trabalhadores portugueses, acusando-os de viverem acima das suas possibilidades e de como berrava ao lado de Passos, incentivando-o a aumentar o desemprego e a ir mais além do que a troika
-Mas já quanto às pulhices da Goldman-Sachs...repare-se neste choradinho em tons de Dó Menor:
"não é a Santa Casa"; "tem por missão fazer lucros"
O perder a cabeça dá nisto. Revela-lhe o que lhe vai na alma. E destapa-lhe por completo o discurso hipócrita e abjecto sobre a ética e a moral aqui tão bem choramingado:
"http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2018/01/questoes-mais-ou-menos-triviais.html