terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Frequentíssimas

Já começou o trabalho de contenção de danos ideológicos que a excelente reportagem da TVI sobre a instituição Raríssimas gerou no tão incensado quanto raramente escrutinado sector das IPSS e instituições conexas (a jornalista Ana Leal já tinha exposto o capitalismo educativo engordando com os contratos de associação, com o caso do grupo GPS). Este sector deve em certa medida ser encarado como parte da quinta-coluna para a destruição, discreta e silenciosa, do Estado social, parceria público-privada a parceria público-privada em versão social.

Nesta contenção de danos tem, por exemplo, a palavra David Dinis: “o Estado não chega a todo o lado (nem deve estar em todo o lado)”. É este o programa que conduziu na área da provisão social à naturalização da engenharia opaca da separação entre provisão, particular, e financiamento, público. O Estado pode e deve estar e chegar onde é necessário, mas deve fazê-lo por via da provisão pública, numa lógica de serviço público e de correspondente emprego público. Investigue-se, de resto, a precariedade laboral no chamado terceiro sector, aparente repositório de virtudes.

A contenção de danos do que não é tantas vezes mais do que parasitagem institucionalizada passa agora por valorizar os “empreendedores sociais”, a “inovação social” e o respectivo financiamento, adivinhem, social, também à boleia de fundos de uma UE apostada em expandir este programa ideológico de esvaziamento dos Estados agora com novas roupagens. Mais uma vez a esquerda dita moderna, o PS, anda nisto, tal como andou, a par das direitas, a insuflar as IPSS pelo menos desde os anos noventa. O resultado estará à vista em breve.

E as perguntas repetem-se sob variadas formas perante as múltiplas engenharias neoliberais: como se destrói e como se reconstrói o velho e tão necessário Estado?

30 comentários:

  1. Estava a ler o texto e a lembrar-me de Madame Jonet

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  2. Resta fazer uma só pergunta, João Rodrigues, dado o carácter incipiente do nosso Estado Providência: como se pode reconstruir aquilo que de facto nunca existiu? Para que tivesse existido essa destruição de que fala, era necessário que tivéssemos alguma vez tido provisão pública...

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  3. Pesem os factores ideológicos pessoais, de facto o Estado Social foi sendo construído, existiu e existe. Embora sendo atacado pelas hordas neoliberais como se sabe. E a zona das IPSS é uma zona particularmente cinzenta,sendo utilizada por muitos e variados motivos,como se depreende do sucedido hoje
    De facto há que denunciar o que se passa mais as motivações ocultas para a proliferação de tais Institutos. Esvaziar as funções sociais do estado vive paredes meias com a caridadezinha envolva noutras motivações ideológicas e filosóficas.

    Mais uma vez se revela que o rei vai nu

    "O Estado pode e deve estar e chegar onde é necessário, mas deve fazê-lo por via da provisão pública, numa lógica de serviço público e de correspondente emprego público". E não ceder tal provisão pública a este tipo de instituições muito particulares, sobretudo sociais para as elites dirigentes e regendo-se quantas vezes por comportamentos opacos e mafiosos

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  4. o cúmulo da brincadeira...isto é..de brincar com o povo...é o ministro vieira da silva descobrir uma ...fiscalização ineficaz....
    o que andou o ministro a fazer nestes 2 anos ...(como os outros aliás)?
    com tanta experiência e sabedoria, nunca descobriu que os Serviços que dele dependem ..eram ineficazes?

    ou melhor
    quem era o alto dirigente da S.Social que ia mandar investigar uma IPSS onde o ministro fora VP da AG???
    estão a brincar??

    o ministro só tem um caminho...DEMISSÃO

    todas as discussões ideológicas ( como se nos estados de economia planificada os problemas sociais não fossem muito,,,MUITO mais graves) só serve para desviar as atenções da gravidade dos factos


    esperemos que o MºPº não tenha ..receio ou seja chantageado (vidé lopes da mota).. de investigar as pontas de altas individualidades..como acontece normalmente com políticos de esquerda....(exceção..Sócrates)

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  5. Pois Jaime Santos, o estado providencia e como o fascismo, nunca existiu... onde e que estacionaste a nave?

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  6. «O Estado pode e deve estar e chegar onde é necessário, mas deve fazê-lo por via da provisão pública, numa lógica de serviço público e de correspondente emprego público.» - Faltou acrescentar um muito ajustado "é para isso que os nossos impostos devem servir".

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  7. Excelente texto! Obrigada. É muito importante denunciar este aspecto do desmantelamento do Estado Social e estes corruptos "sociopatas" do "Terceiro Sector" deveriam ser obrigados a devolver o dinheiro que roubam. Não deveria ser só demitirem-se e pronto.Nem presos vão...Tal é o sistema de corrupção que temos...e ainda falam de Angola. Que lata!Deveriam também erradicar de vez toda uma linguagem neoliberal ridícula que os tais sociopatas têm implementado, inclusive através da contaminação de alguns funcionários públicos da área social. Falo de "clientes", "terceiro sector", "empoderamento" e outros absurdos tais...para já não mencionar a utlização de palavras e expressões anglo-saxónicas que ficam absurdas quando empregues no meio da nossa língua portuguesa.

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  8. A matilha da função pública toda se assanha sempre que encontram indícios de corrupção com intervenção de privados.
    Mas face aos milhares de inúteis e incompetentes ao abrigo das contas públicas não clamam por corrupção, parece-lhes a mais natural função do Estado dar abrigo a toda a inutilidade e mediocridade.

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  9. os direitolas estão desesperados

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  10. O que não se entende é porque é que o Estado utiliza o dinheiro dos cidadãos que o financia, para financiar por conseguinte instituições particulares de solidariedade social e associações, quando por razão lógica deveria ser o próprio Estado a realizar por completo o trabalho de prevenção e apoio social, com vista a resolver os problemas de carência e desigualdade que afectam os cidadãos, e não empresas/associações privadas ou clericais a realizar esse trabalho.

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  11. Muito bom post. Com alguns comentários muito oportunos que o sublinham e completam, chamando a atenção para questões que raramente são debatidas ou sequer afloradas.

    O papel do Estado é fundamental.Como diz Nor Tor é para isso que servem os nossos impostos. E não se entende, como disse Democrata, que o dinheiro dos cidadãos, que financia o Estado. seja utilizado para financiar instituições particulares de solidariedade social e associações privadas, pejadas de irregularidades, zonas cinzentas,despotismo e serventia de clientelas. O Estado deve tomar directamente nas suas mãos o papel que lhe compete.

    Como disse Bruno Nogueira hoje no programa Mata-Bicho da Antena 1:
    “As pessoas com doenças raras não querem caridade, querem aquilo a que têm direito, que é um Estado que zele por elas, em vez de zelar por pessoas como a dona Paula.”

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  12. Ainda bem também que há quem chame a atenção,como o faz uma anónima, para a apropriação da própria linguagem por uma ideologia que também aqui "trabalha" no sentido de subverter conceitos e impor a visão de interesses alheios ou até mesmo antagónicos às áreas em causa. (verdade se diga que tal contamina quase tudo)

    A implementação por parte da cartilha neoliberal de termos como"clientes", "terceiro sector", "empoderamento", anglicismos e afins não é de todo inocente.

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  13. O papel do Estado é fundamental...para acoitar toda a parasitagem pública e privada.

    Dizem que anda por lá uma inspecção desde Julho e só agora é que há alarme e reforço.

    E o desbarato foi do público ou do privado?
    O público sustentaria toda a despesa? Sequer garantiria que uma tal organização existisse?
    Ou é o privado, que confiou que o Estado pelo menos vigiasse, que tem que se sentir defraudado por nem ISSO fazerem...cambada de calões!

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  14. E mais...

    Da minha experiência, quando a parafernália de regras, regulamentos, interpretações e maquinações da burocracia de Estado invade o privado é que se desactivam as acções de vigilância que o mecenato privado naturalmente impõe.

    É tudo legal! Palavra-passe para meter a mão ao prato!

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  15. É sintomático um ou outro comentário que mostra a perturbação de quem vê os seus interesses ameaçados e a sua ideologia posta em causa.

    Um tal osatiro parece que salta..."o cúmulo da brincadeira, brincar com o povo..demissão..."

    Mas não se contém e diz ao que vem. Nada de "discussões ideológicas". "Só serve para desviar as atenções"

    Precisamente porque a questão é sobretudo ideológica, precisamente porque é necessário ir ao fundo das questões, precisamente porque não devemos desviar as atenções do que é fundamental...é que se tem que discutir tudo, incluindo a ideologia que promove tais monstruosidades e que compromete as funções dum Estado ao serviço das suas populações

    Quão aflito osatiro está que se descarrile no processo

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  16. Há também um outro "comentário"que diz ainda mais do perfil de quem o faz:
    "matilha", "toda se assanha" "milhares de inúteis e incompetentes" "toda a inutilidade e mediocridade".

    Isso são modos? Parece a linguagem cavernícula, não de qualquer carroceiro mas pior. Só junto dos clientes financeiros é que amenizará esse linguarejar?

    De qualquer das formas uma questão sobressai. Os milhares de inúteis serão uma referência algo envergonhada e enviesada é certo, às donas Paulas que por aí pululam, aos banqueiros que aí engordam, aos grandes patrões que utilizam os serviços de bordéis tributários, aos Passos que mostraram o nível verdadeiramente tecnofórmico a que se guindaram?

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  17. "Para meter a mão no prato..."

    Mais linguagem adequada aos novos tempos dos consultores financeiros. Antes era a "mama", mas de tanto a usar tornou-se suspeito

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  18. O papel do Estado é fundamental!

    É mesmo. Como o demonstra este caso das raríssimas.

    E como o demonstra os casos sórdidos da banca e dos banqueiros. Em que o regulador é asssumidamente um representante dos interesses privados no Estado

    O acoitar toda a parasitagem pública e privada é falso, já que existe parasitagem não ligada directamente ao estado, embora tenha cúmplices na organização estatal. Estou particularmente a recordar-me do uso dos offshores para todas as manigâncias dos grandes parasitas económicos. E da acção daquele advogado do CDS /PP, também na época governante de Passos, para cumprir desideratos bem privados enquanto funcionário do governo

    Mas que os boys, pela mão do bloco central de interesses, mais o PP como submarino, cumprem a dupla missão de reflectirem como funciona esta sociedade de trampa do Capital e de como funcionam os aparelhos partidários ao seu serviço, lá isso...

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  19. Ao que consta a dívida privada excede a dívida pública. E como se sabe a troika e Passos Coelho ( mas não só) aumentaram a dívida pública à custa da transferência para esta de dívida privada

    Mas há mais. O Estado não é uma entidade independente e virginal . É posto ao serviço do poder dominante. Ora quem deteve o poder foi maioritariamente a direita neoliberal com tiques de caceteirismo. Mais. Como se sabe o poder político é geralmente subordinado ao poder económico e as promiscuidades entre o publico e o privado atestam exactamente isto. Era ver a dança de cadeiras nas administrações e nos cargos governativos entre participantes de processos de privatização. O Ferreira do Amaral é um exemplo clássico,mas há tantos ...

    Os donos de Portugal antes de Abril ,depressa recuperaram o seu poder

    Mas o desbarato do estado teve responsáveis, cúmplices e apoiantes. Com benefício directo de entidades privadas e de gordos e obesos "empreendedores". É ver o BPN, BPP, Banif, BES. Ou o caso das PPP introduzidas em Portugal por Cavaco, Ou os Swaps, de miss Swap. Ou o caso dos submarinos do PP. Ou os casos de Vara. Ou o de Socrates ainda em fase de pre-julgamento. Ou o caso dos perdões fiscais. Ou o caso da tecnoforma. Ou os casos verdadeiramente criminosos das privatizações

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  20. Mas a falta do sentido do ridículo e a necessidade de cantar loas a pantomineiros, quer privados quer públicos, leva ao desnorte:

    Lastima-se que o privado confiasse que o Estado pelo menos vigiasse. Mas é da experiência bla-bla-bla que se desactivam as acções de vigilância que o mecenato privado naturalmente impõe quando a parafernália de regras, regulamentos, interpretações e maquinações da burocracia de Estado bla bla bla.

    Coitadinhos dos privados. Não contentes em se apropriarem do trabalho alheio, confiaram na vigilância do Estado ( foi o que fez metade do governo de Cavaco, à época de Oliveira e Costa). Mas tal vigilância também foi desactivada pela imposição de regras, regulamentos, bla-bla-bla

    Mais do que os seus auto-designados "cambada de calões" o que estes tipos queriam é o fartar vilanagem, pregado pelos fundamentalistas dos mercados. E pelos vampiros em redor do produto do saque.

    Todos sabemos onde levou a desregulação

    E nem a citação sobre o "mecenato" atenua o disparate, pese embora a franca gargalhada que impõe.

    Faz tanto lembrar as suas odes aos "banqueiros" verdadeiros terratentes bla-bla-bla mais ao Ricardo Salgado ( até à sua queda), verdadeiro exemplo de mecenas em acção de "vigilância permanente, ou até aos feitos épicos trauteados em torno de António Borges. Até os impostos que este não pagava via FMI tiveram a sua bênção.

    Mas os casos de vigilância dos mecenas quantificam-se directamente com as massas enormes de capital depositadas nos offshores por tais mecenas.

    Uma pena não lhes darem sempre mão livre para o mecenato privado cumprir a sua vigilância. Que lhes surge "naturalmente", como é evidente

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  21. Jose: calma, respira, bebe um chazinho de camomila e larga o vinho.

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  22. Do 25A resultou, como sinal libertador por excelência, o repúdio das hierarquias e o seu condicionamento a critérios regulamentares.
    Essa regulamentação não só exclui quaisquer medidas de produtividade bem delineadas como repudia critérios que possam tocar direitos individuais extensa e detalhadamente blindados contra juízos ditos ‘morais’.
    Ser ‘pessoa de bem’; ser ‘diligente e responsável’; ser ‘disciplinado e atento’ são labéus de origem fascizante a que ninguém pode ser submetido.

    E os dirigentes acomodam-se à desresponsabilização e deixam correr os regulamentos mais as suas verificações muito 'técnicas'...

    Essa cultura fez o seu caminho e hoje tudo tem que acabar por ser definido em tribunal por Oficiais da Justiça, e nem a esses é reconhecida idoneidade de formular juízos morais.
    Até que há uma reportagem televisiva...e as sentenças morais proliferam

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  23. A esquerda, e muito particularmente o autor, têm uma capacidade para tornar ideológico qualquer evento. O ser humano tem instintos de corrupto, porque além de altruísta, também é egoísta por natureza, pelo menos em favor do seu clã, quer esteja ao serviço do público ou do privado. Nunca vi ninguém da direita a tornar o debate ideológico, com as centenas de casos de corrupção no setor público, desde os fiscais das finanças, a primeiros-ministros. Ou porque não dizermos que os bombeiros deveriam ser privados, ou a proteção civil deveria ser privada, porque durante os fogos tiveram uma prestação miserável na defesa do interesse público? Ninguém o disse! Mas quando numa ONG surgem casos de corrupção, o problema já é ideológico? O que define a probidade de uma instituição são as PESSOAS.

    Ou seja, se for um servidor público a ser corrupto, e há-os aos milhares em várias hierarquias, o problema é da Justiça. Quando a corrupção medra no setor privado, o problema já é ideológico. A Lógica nunca foi o forte das pessoas de esquerda!

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  24. Aonio eliphis, aliás João pimentel ferreira, aliás Victor, aliás pedro, aliás Tiago, aliás toda a borregada de nicks que o acompanha, confirma aqui o verdadeiro motivo pelo qual procede assim.

    Para ele o ser humano tem instintos de corrupto, é egoísta.

    Ele assume assim como suas "qualidades", as qualidades que aqui expõe. A estas podia-se acrescentar a sua condição de aldrabão desonesto.

    Mas esquece-se de uma coisa trivial. É que nem todos são assim. Poderíamos dizer mesmo que a esmagadora maioria dos cidadãos não são assim. Não se reveem nesta assumpçao de corrupto ou de egoísta do próprio Pimentel ferreira. Estas são prerrogativas do pimentel ferreira. Que o tipificam e o indiciam

    Há também uma particularidade importante . A generalidade das pessoas também os têm no sítio para assumirem o que são. E não têm a falta de tomates deste tipo que se esconde assim desta forma desonesta

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  25. Percebe-se que o que resultou de Abril seja veramente incómodo para jose:

    -o sinal libertador por excelência, com o repúdio da pide e da guerra colonial

    -o repúdio das hierarquias fascistas e dos patrões boçais e sem escrúpulos

    -o repúdio pelo condicionamento dos cidadãos a critérios regulamentares ensinados nas escolas do estado novo, baseados no senso comum, nos mandamentos da igreja e na imposição do fascismo

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  26. Após as odes à verdadeira vigilância natural dos mecenas, após o desmascarar da parasitagem, após a identificação da dívida privada encavalitada na dívida pública, após o desvendar do uso duma linguagem que típifica um indivíduo, uma classe , uma actividade vampiresca, jose muda de táctica.

    Verte o seu ódio de estimação por Abril e dá em endeusar os mercados. Desta forma assim tão tosca:
    "medidas de produtividade bem delineadas"

    Entusiasmado pela possibilidade de esconder as idiotices sobre os mecenas vigilantes, resolve pregar a moral típica dos chás dançantes das pregadoras das caridadezinhas. À Jonet. (Sabemos hoje que salazar era também apologista de tais chás caritativos, como forma de arranjar dinheiro para o exercito criminoso e assassino dos falangistas e franquistas espanhóis).

    E é vê-lo em roda livre:

    -Ser ‘pessoa de bem’ ( quer ele dizer, promovendo as qualidades dos banqueiros, verdadeiros terratenentes bla-bla-bla)
    -ser ‘diligente e responsável’ ( quer ele dizer, obedecendo ao patrão e contribuindo de forma responsável para o lucro do patrão
    -ser ‘disciplinado e atento’ ( quer lele dizer, integrando-se nas falanges fascistas caso necessário, participando nas almoçaradas da legião e respeitando as ordens da pide)

    Estas qualidades "morais" defendidas por jose apresentam indubitavelmente labéus de origem fascizante e são algo a que ninguém pode ser submetido. Por isso a canalha foi corrida

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  27. José não percebe que os boys que enxameiam os partidos do bloco central de interesses (com o PP como submarino) não tenham a mesma áurea dos dirigentes do tempo da outra senhora, que , quando necessário, utilizavam a polícia política para "as suas verificações muito 'técnicas'..."

    José lastima-se assim amargamente pela existência de tribunais. Não é que eles fujam muito dos padrões duma justiça de classe. Mas com os diabos, tal justiça pode acabar por atrapalhar o lucro, nada mais que o lucro , apenas e tão só o lucro.

    E face ao lucro, tudo o mais se deve apagar-juízos morais ou éticos, valores humanos e civilizacionais, princípios de direito e de justiça, critérios de equidade, respeito pelos valores da liberdade e igualdade.

    Por isso esse rancor canhestro às notícias que denunciam a trampa instalada. E esta patética investida contra as "sentenças morais".

    Como se sabe são as sentenças reais que devem ter peso, quando diante de actividades que roubem o Estado e os cidadãos. Mas para esta gente, mesmo as ditas sentenças morais, são algo de particularmente incómodo. Podem levar as pessoas a pensar pela sua cabeça e a identificar este modelo mercantil de mercados em busca perpétua de lucro

    E neste caso lá se vão as odes às IPSS, às caridadezinhas e ao Capital uberalles.

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  28. "É que nem todos são assim. Poderíamos dizer mesmo que a esmagadora maioria dos cidadãos não são assim."

    Viu-me escrever que "todos são assim"!? Mas espera, não são todos os neo-ordo-liberais corruptos? Mas os ordo-neo-liberais não são cidadãos? Se são cidadãos não podem ser todos corruptos! Estou confuso.

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  29. Mais uma vez não passa.

    Desta vez é a ignorância expressa pelo Aonio que vai tão longe que ignora o que ele próprio diz. Ou coisa pior.

    Diz aonio:
    "Viu-me escrever que todos são assim?"

    Vi pior. Li esta frase concreta:"O ser humano tem instintos de corrupto, porque além de altruísta, também é egoísta por natureza..."

    Ao escrever que o ser humano tem "instintos" e depois "por natureza", Aonio Pimentel Ferreira generaliza as ditas propriedades ao conjunto dos seres humanos

    Vejamos o que é isso de "instintos" numa linguagem acessível ao Aonio:

    "Instinto designa, em psicologia, etologia, biologia e outras ciências afins, predisposições inatas para a realização de determinadas sequências de acções (comportamentos) caracterizadas sobretudo por uma realização estereotipada, padronizada, predefinida. Devido a essas características, supõe-se uma forte base genética para os instintos, ideia defendida já por Darwin. Os mecanismos que determinam a influência genética sobre os instintos não são completamente compreendidos, uma vez que se desconhecem as estruturas genéticas que determinam sua hereditariedade.

    Há assim a consciência da existência de determinadas tendências de acção predefinidas que participam da regulação da acção humana, juntamente com os outros elementos que determinam a sua plasticidade, como os processos cognitivos"

    Ou seja, não é necessário o Aonio escrever que todos são assim. Aonio considera a corrupção como de algo inato ao comportamento dos humanos.

    Sem sequer me dar ao trabalho de pedir estudos que justifiquem tais atoardas idiotas serenamente torna-se a repetir :

    "É que nem todos são assim. Poderíamos dizer mesmo que a esmagadora maioria dos cidadãos não são assim. Não se reveem nesta assumpçao de corrupto ou de egoísta do próprio Pimentel ferreira. Estas são prerrogativas do pimentel ferreira. Que o tipificam e o indiciam"

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  30. Há mais:
    A sua conclusão: "Mas espera, não são todos os neo-ordo-liberais corruptos?"
    É um enigma.
    De onde tirou o pobre coitado tal conclusão?

    E a continuação da "sua" sequência lógica continua a mostrar que isto de "lógica" e de sofismas têm lugar marcado no Aonio Pimentel Ferreira. A sua pergunta angustiada "mas os ordo-neo-liberais não são cidadãos? " remete-nos para uma questão cognitiva de Pimentel Ferreira. Alguém alguma vez duvidou de tal facto? Pimentel Eliphis tem provas que lhe iam retirar o direito de cidadania só por ser um ordo ou neoliberal? Então porque estas cenas patéticas?


    Mais mistérios saídos do encadeado lógico do mesmo sujeito:
    Diz aonio:
    "Se são cidadãos não podem ser todos corruptos!"
    Pois não. E?

    "Estou confuso" desabafa Aonio Ferreira.

    Pobre aonio. Que sequência de tontices é precisa para não responder à acusação muito concreta que se lhe faz.

    E que se não repete porque nem sequer vale a pena deixar o pobre ainda mais confuso

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