quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Bárbaros

Foto de Eddie Adams/AP
Esta foto mudou, em 1968, a ideia que a opinião pública dos Estados Unidos tinha sobre a guerra do Vietname.

Não foram os milhentos bombardeamentos feitos pelos Estados Unidos no Vietname do Norte. Não foram os milhares de mortos de habitantes norte-americanos caídos num longínquo país no Oriente do mundo - diga-se um oriente segundo o ponto de vista ocidental. Não foram os milhares de pobres e negros sacrificados na pira da guerra, nas trincheiras na selva do Vietname. Não foi a hipocrisia dos poderosos que punham os seus filhos a salvo da guerra. Não foram os milhões e milhões de dólares gastos numa guerra sem objectivo, que serviram para encher os bolsos dos vendedores de armas e dos dirigentes corruptos do Vietname do Sul.

Foi apenas um tiro.

Saigão. O general Nguien Ngoc Loan, chefe da polícia nacional do Vietname do Sul, pediu a um soldado para matar  do oficial do vietkong Nguien Van Lem, capturado durante a ofensiva de Tet. Como o soldado hesitasse e mandou-o afastar-se e disparou de imediato o seu revólver sobre a cabeça. Ele caiu, com a cabeça a jorrar sangue. Eddie Adams fotografou-o numa sequência de fotos. O general aproximou-se e disse-lhe: "Eles mataram muita da minha gente e da vossa". E afastou-se.

Foi a crueza da guerra. "É esta gente que estamos a apoiar?" Foi a barbárie. Eis a ideia passada num belíssimo documentário sobre a guerra do Vietname que está o canal ARTE divulga em episódios. Um imenso filme sobre a Guerra, sobre algo que todos devemos afastar das nossas vidas, da Vida.

Um belíssimo e terrível documentário que revela a barbárie e a face civilizada da Guerra: como a política interna dos Estados Unidos determinou muito do destino da guerra naquela zona do planeta e como um país - um país poderoso, imperial - se esteve simplesmente a borrifar para a vida de milhões de seres humanos, desde que nada se soubesse que estavam a morrer americanos.

A Guerra, a barbárie, camuflada em nome de algo abstracto - o combate ao comunismo - que se transformou apenas na simples ideia: como salvar a face - "a credibilidade" dos Estados Unidos.

E vem tudo isto mesmo a propósito das bárbaras declarações do presidente Trump nas Nações Unidas.

Fazem falta mais imagens.

31 comentários:

  1. De 1968 até hoje, muito mudou na forma como os EUA vendem as suas guerras ao Mundo. Se um tiro na cabeça em direto na tv chocou a opinião pública norte-americana e mundial, no ocaso dos sessentas, cortadores de cabeças passam, hoje, junto desses mesmas opiniões públicas e na avançadíssima segunda década do século XXI, por democratas em busca do democrático paraíso na Síria. Mais: nos sessenta havia uma ESQUERDA que, terminantemente se opunha - de armas na mão, quando isso se impunha - ao imperialismo ianque; hoje, há uma "esquerda" que, recorrentemente, apoiou e apoia - com a presença ou a omissão da sua portentosa voz - todas as aventuras psicopatas do império da "land of the braves". E tudo isso, pasme-se, em nome da "democracia" e dos sacrossantos "direitos humanos" tão queridos a essa "esquerda".
    Muito me espanta haver gente que ora rasgue as vestes ouvido o discurso do eruditíssimo Donald Trump, esquecendo-se essa gente que esse discurso é o mesmíssimo dos Bill Clinton (e respetiva senhora), dos George Bush e dos Barack Obama do passado. A diferença, a havê-la, está na forma e não no profundo conteúdo desses aparentemente diferentes discursos. A incrível incultura,a arrogância sem travão e a primária língua de pau do Sr. Trump prestam-se, à maravilha, para apontar supostas radicais diferenças entre a sua acéfala e potencialmente homicida presidência e as três pretéritas acéfalas e efetiva e largamente homicidas presidências que a antecederam, deixando-se de fora do radar aquilo que radicalmente as une: qualquer POTUS mais não foi, é ou será que a marioneta do facinoroso complexo bélico-industrial-financeiro-académico-mediático (em resumo: o inacreditavelmente corrupto "deep state") que verdadeiramente governa os EUA e fez da guerra o principal alicerce da economia de um país económica, moralmente, eticamente e culturalmente falido. Esquecer isso e embarcar na geral histeria anti-Trump ( histeria essa com propósitos bem definidos e com alvos bem delineados, não o esqueçamos) que tem a sua fábrica nessa miséria que é o Partido Democrata (tomado por "esquerda" -Lol, Lol e Lol!!! - por não pouca da "esquerda" de aquém-Atlântico), nos miseráveis John McCain e quejandos do não menos miserável Partido Republicano e nos seus homens e mulheres de mão nos "mainstream media" que tão diligente e afanosamente produzem diariamente dilúvios de "fake news" é um mau serviço prestado à ESQUERDA e ao Mundo.

    PS- E antes que algum zelota me venha acusar de "trumpista" de alma e coração, quero uma coisa deixar bem clara: Trump é só mais um dos incríveis psicopatas - abro aqui uma parcialíssima e ínfima exceção a Jimmy Carter - que, começando com Harry Truman, se têm sucedido na Sala Oval da Casa Branca.

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  2. ‘Não foram os milhares de pobres e negros sacrificados na pira da guerra.
    Não foi a hipocrisia dos poderosos que punham os seus filhos a salvo da guerra.’
    Sempre presente a pieguice aliada à verrina classista.

    «Os EUA têm grande força e paciência, mas se forem forçados a defenderem-se a si mesmos ou a seus aliados, não teremos alternativa a não ser destruir totalmente a Coreia do Norte.»

    Que barbaridade! Os EU a defenderem-se ou a defender os seus aliados do Querido Líder!

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  3. Interessante comentário o do Anónimo das 00:58.

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  4. Não vão ser os EUA e seus aliados (dos quais fazemos parte) que irão acabar com a Coreia do Norte. Vai ser a China.

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  5. A foto tem autor! Devia constar o seu nome!

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  6. As barbaridades de um Bashar al-Assad sobre o seu próprio povo são para a esquerda o inevitável resultado das acções do imperialismo, se não na Síria, no Iraque ou na Líbia ou onde quer que vão buscar o branqueamento de toda acção de quem se apresente como adversário dos Americanos. Para os atacar, até a acção de um chefe de polícia vietnamita serve de bandeira!
    Quanto ao regime do Querido Líder, esse exemplo vivo do ‘triunfo dos porcos’, que não se cansa de ameaçar os EU de destruição, não merece censura que se manifeste.
    Uma esquerda que é a fiel depositária de todo uma tradição de propaganda do imperialismo soviético, arvora sensibilidades pelo sofrimento humano à justa medida dos seus interesses propagandistas de um projecto que, sem se expor a uma clara definição, acolhe toda a barbárie na sua ‘justa’ luta.

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  7. Jose estremece inquieto.

    Um verdadeiro exemplo do triunfo dos porcos. Dum crítico suave da suavíssima posição dos EUA no tempo das colónias para um entusiasta defensor da barbárie e do crime do imperialismo.

    É vê-lo nesta inquietação em apoio da sua "justa" luta.

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  8. Dai-nos, Senhor, a barbaridade de cada dia na inevitável atoarda quotidiana de Herr José, o sábio profeta que sabiamente condensa as complexidades do Mundo numa rotunda, visionária e sapientíssima flatulência superior, toda ela incenso de santidade e de amor fraternal.

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  9. Mas há uma canalhice maior, um vómito nojento, uma manipulação de esterco que não pode ser deixada passar em claro.

    "Para os atacar,(aos americanos) até a acção de um chefe de polícia vietnamita serve de bandeira!" dirá este jose com aquele ponto de exclamação de hipócrita ambíguo

    February 1, 1968: The chief of the South Vietnamese national police prepares to execute a suspected VC official. “They killed many of my people, and yours too,” he explained to the photographer before walking away. Eddie Adams/AP Photo

    Falta dizer que VC correspondem aos vietcongues O termo vietcongue é derivado da expressão "cộng sản Việt Nam", que significa "comunista vietnamita". Há registos do uso da palavra em jornais de Saigon desde 1956. Citações em inglês do termo datam de 1957. Soldados americanos referiam-se aos vietcongues como Victor Charlie, ou simplesmente VC.

    E falta dizer que aquela expressão "polícia vietnamita", usada desta forma tão virginalmente sebenta, corresponde a um oficial aliado dos EUA, amigo dos EUA, amante dos EUA; canalha assassino das tropas aliadas dos EUA, participante activo do lado dos criminosos ianques na Guerra de Resistência contra a América protagonizada pelos Vietnamitas.

    Um sabujo do lado do imperialismo. Como todos os sabujos, um fdp. Que agora alguém tenta travestir desta forma de cano de esgoto

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  10. Pois é, Herr José, a gente bem percebe a sua profundíssima desilusão... Desta vez, a sua querida "Nação Excecional" - bem acompanhada pelas muitíssimo democráticas monarquias do Golfo Pérsico - partiu os dentes contra o punho do Exército Árabe Sírio, do Hezzbolah, dos Guardas Revolucionários Iranianos e da Força Aérea da Federação Russa. Que chatice a coisa não ter resultado como tão bem resultou na Líbia... Olhe, sabe o que lhe digo, choroso Herr José? Habitue-se... e compre bastantes lenços de papel para assoar a baba e o ranho que chorará cada vez mais amiúde.

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  11. Herr jose é desmentido de caras e de frente

    Foram milhares de pobres e negros sacrificados na pira da guerra.
    Foi a hipocrisia dos poderosos que punham os seus filhos a salvo da guerra.’

    Não se deixarão passar estas tentativas de reescrita da História em função da sabujice de contos imperiais e imperialistas e em que se transformam canalhas em heróis e se oculta o papel dos fazedores da guerra e de quem delas se beneficia

    Nem a invocação de Passos Coelho mais as suas pieguices permitirá herr jose escapar a esta forma verdadeiramente piegas de defender o império

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  12. Do alto do seu fervor de patriota do imperialismo repete herr jose o fraseado trumpista: (já agora subscrevo o comentário do Anónimo das 00:58)

    «Os EUA têm grande força e paciência, mas se forem forçados a defenderem-se a si mesmos ou a seus aliados, não teremos alternativa a não ser destruir totalmente a Coreia do Norte.»

    Pela 11 e 53 de hoje o mesmo jose de olhos em alvo, as mãos em posição de oração e com o seu espírito humanitário em fogo brando, zurzia contra a "avaliação selectiva de toda a crueldade que se vê pelo mundo".

    Agora exclui da sua avaliação selectiva de crueldade, a destruição total da Coreia do Norte. É imune ao genocídio que preconiza.

    José é um defensor da barbárie. Sem escrúpulos revela aqui a sua verdadeira face.É afinal um adepto convicto do genocídio.

    Votará em Passos Coelho. E aguardará pela hora dos chacais com o mesmo espírito dos facínoras que condenam à morte milhões de pessoas.

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  13. Aposto que Herr José tem uma crónica úlcera gástrica de origem nervosa devida ao constante remoer na sua moleirinha daquela extraordinária oportunidade perdida que o seu tiozinho Adolfo teve de, entre 1933 e 1945, resolver, de uma vez por todas, o "problema cigano".
    Ele há coisas lixadas na História, germanofilíssimo Herr José, e se o Ariano Deus da nórdica Vahala tentou escrever alemão direito pelas linhas tortas do mundo eslavo, melhor escreveu tortamente o Diabo Soviético em fervente e plúmbeo cirílico, de Estalinegrado a Berlim, pelas direitas e geneticamente puríssimas linhas do Reich de mil anos... E lá tem agora Herr José, esse apuradíssimo puro-sangue da "Herrenvolk", de aturar a encardida e degenerada canalha cigana. Não há direito... ("direito" germânico, claro está)...

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  14. Trump é um imbecil que gosta de mandar atoardas de cariz macho, para mostrar ao seu eleitorado como é forte. Mas convinha que percebêssemos quem está do outro lado da mesa. É um regime teocrático comunista que decidiu declarar que o finado Kim-Il Sung é Presidente Eterno da Coreia do Norte, à boa maneira dos faraós egípcios e imperadores romanos, que eram deuses. Posso garantir a Bernardino Soares, João Ramos de Almeida, que aquilo não é uma democracia. E é um regime que além de levar o culto da personalidade estalinista ao paroxismo, é incapaz de alimentar o seu povo e sobrevive à custa de uma espécie de 'protection racket' internacional. É estranho que neste espaço só se ouçam críticas (merecidas) aos EUA quando esse regime ameaça atacar os EUA ou o Japão e pode transformar Seul num inferno à custa da sua artilharia convencional. Talvez esse silêncio se deva ao facto desconfortável que o regime norte-coreano mostra, numa espécie de 'reducio ad-insanum', em que pode degenerar o marxismo-leninismo e isso é causa para algum embaraço, não? E depois vem o João Rodrigues falar em 'socialismo'. Poupem-nos, sim?

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  15. Falta à sapientíssima ciência vietnamita de Herr José apontar a coincidência de o chefe da polícia que ele diz nada ter a ver com os seus donos ianques ter fugido para os EUA e aí ter vivido, tranquilamente, até ao seu passamento devido a um cancro. Mas isto de corruptos e assassinos estados clientelares orbitando à volta dos psicopatas EUA são, como todo o habitante deste planeta sabe, invenções da comunagem...

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  16. Talvez se o Sr. Jaime Santos se desse ao trabalho de conhecer a História da Península Coreana (naquilo que verdadeiramente ela foi e é e não na versão do Readers Digest), nos poupasse ao trabalho de voltarmos a ouvir as doutas sandices que a opinião pública ocidental, na sua inacreditavelmente profunda alienação, crê serem as iluminadas palavras do Evangelho. Quando 58% da população dos EUA toma como desejável, uma vez esgotadas as iniciativas diplomáticas (já agora, que iniciativas diplomáticas?), um ataque nuclear à Coreia do Norte, penso que estamos conversados acerca do estado mental de gente a quem o Sr. Jaime Santos alegremente se associa na sua profundíssima análise da situação na Península Coreana.
    Mas há continuação...

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  17. Continuando...
    É claramente visível que ao comentário do Sr. Jaime Santos sobra em demagógica propaganda aquilo que escasseia em factos históricos concretos. Depois de uma muito politicamente correta distanciação do inefável Donald Trump, comete o referido senhor a proeza de corroborar, de alma e coração, as imbecilidades do Donald e do seu dono - o psicopata "deep state".
    O ódio dos Norte-Coreanos aos EUA provem do facto de ser a Coreia do Norte uma ditadura e de o terceiro dos senhores Kim, pelos vistos, ter implantado um "chip" no cérebro de todos e de cada um dos seus súbditos. É, pois, essa a razão do seu ódio, e não o facto de 30% da sua população ter sido morta pelos bombardeamentos norte-americanos entre 1950 e 1953, bem como o facto de, na Coreia do Norte não ter ficado uma cidade, uma vila, uma aldeia, um conjunto de casas por ínfimo que fosse, em pé. E (o que é um crime de guerra previsto na Convenção de Genebra e pelo qual foram também condenados os líderes nazis em Nuremberga) nem uma única barragem.
    Acresce que quanto a armas nucleares na Península Coreana, os primeiros a terem-nas aí sedeadas e a ameaçarem utilizá-las foram os EUA (foi essa ameaça que fez Harry Truman, ciente de que tal passo levaria a uma guerra nuclear com a URSS, exonerar Douglas MacCarthur).
    Também seria muito positivo o Sr. Jaime Santos rever essa sua visão a preto e branco da evolução política coreana: sustentar que no Norte havia uma ditadura e que no Sul sempre reinou a democracia é coisa própria de quem tem os conhecimentos históricos de um menino do 1º Ciclo. Chamar a Synghman Ree, um carniceiro posto no poleiro pelos EUA, que encarcerou, torturou e assassinou tudo o que lhe cheirasse a dissidência no Sul, culminando com o massacre de 30.000 dos seus conterrâneos numa ilha ao largo da Coreia do Sul, um democrata é uma piada de muitíssimo mau gosto. E ele foi apenas o primeiro de um fio de ditaduras, ora civis, ora militares.
    Para finalizar, devo dizer que agradeço muitíssimo ao Sr. Jaime Santos a oportunidade que o seu esclarecido comentário me dá de apontar aqui um "leitmotiv" da atual alienação ideológica em curso. Concretizemos: da esquerda à direita, abriu a caça a essa caricatura que é o Sr. Donald Trump (de acusações de machismo, a acusações de homofobia, a acusações de racismo, tudo serve para achincalhar a figura do sempre patético POTUS);contudo, se tivermos a atenção de bem reparar na natureza dessas acusações, veremos que elas bebem, invariavelmente, da copiosa fonte das políticas identitárias e de género tão queridas às bem pensantes "elites" ocidentais e estão muito longe de, ainda que epidermicamente, aflorarem aquilo que realmente é pavoroso - a adição do "deep state" que o controla pela guerra e o assassínio em massa.

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  18. "Trump é um imbecil que gosta de mandar atoardas de cariz macho, para mostrar ao seu eleitorado como é forte. "

    Uma linha dedicada a Trump ( que não passa de um "imbecil machista", repare-se bem) e depois a série delas destinadas a destilar um ódio boçal a tudo o que lhe denuncie a traição de boa parte da social-democracia.

    "reducio ad-insanum' esse amor decantado pelos EUA em contraponto à Coreia do Norte?
    Costuma ser a Venezuela. Trump ali está apenas a fazer a figura decorativa da ordem

    A marca ideológica de JS é lá com ele. Mas a sua desonestidade não pode passar. JR tem todo o direito de falar em socialismo ou noutra coisa qualquer. Tal como qualquer de nós.
    Vir alguém, JS, tentar juntar as coisas, misturá-las desta forma repugnante, estigmatizar os demais por causa das suas associações ideológicas bárbaras, imbecis e desonestas e depois interditar os demais de serem aquilo que querem ser ( e que ele recusa) é demais.

    Pelo que o "poupem-nos" de JS faz lembrar os censores do antigo regime. Ou uma coisa bem pior. "Se não é por mim, é contra mim era a máxima de alguém. Quem não segue a cartilha de JS está proibido de defender o socialismo.

    Percebe-se o que o move. Socialismo para ele já só mesmo entre aspas.

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  19. “Outrora, nos anos fundadores da Segunda Internacional, ( a social-democracia) tinha por objectivo o derrube do capitalismo. Depois tentou realizar reformas parciais concebidas como passos graduais para o socialismo. Finalmente, passou a ser favorável ao Estado-Providência e ao pleno emprego no quadro do capitalismo. Se agora aceita a destruição do primeiro e o abandono do segundo, em que tipo de movimento se irá tornar?”

    Nisto aqui apresentado pelo JS. Em que Trump é apenas um imbecil machista. E o mundo é para continuar assim. Pasto do grande Capital

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  20. E, já agora que a coisa vem a propósito, quer o esclarecidíssimo Sr. Jaime Santos explicar-nos porque cargas de água concebe o senhor retirar-se da figura do terceiro dos Kim a obrigatória constatação da não menos inexorável final degenerescência do Marxismo-Leninismo (do muitíssimo mais adequado Maoísmo, esqueceu-se o nosso meticuloso Sr. Jaime Santos...) e não faz o nosso habilíssimo politólogo de serviço o mesmíssimo exercício para a figura de Donald Trump e o que ela traz no bojo de completa putrefação do ocidental sistema capitalista neoliberal?

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  21. Brilhante comentário das 15 e 11 ( e seus anteriores)

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  22. Só para terminar...
    Não deixa de ser esclarecedor o facto de - sabendo os EUA que a artilharia da Coreia do Norte pode, numa questão de horas após o seu território ser atacado, reduzir Seul a escombros - continuar a provocar o país dos Kim com ameaças de ataques de decapitação da sua cúpula dirigente e voos de bombardeiros nucleares a rasar a fronteira norte-coreana. Para quem diz estar imensamente preocupado com os seus aliados sulistas, a coisa não está nada má, não senhor. É caso para o povo sul-coreano se perguntar "com aliados destes para que precisamos nós de inimigos norte-coreanos?"
    Se alguns civilizados europeus estranham a situação e com ela se indignam, melhor seria começarem a pensar no que se passa aqui mais perto, nesta Europa: tanques alemães da NATO participam em manobras na fronteira entre a Polónia e a Federação Russa... Claro que - e isto é um simples pormenor sem a mínima importância - os EUA têm a sua população no remansoso sossego do outro lado do Atlântico, enquanto as capitais da UE estão ao alcance daqueles magníficos mísseis de cruzeiro Kalibr que já mostraram o quanto podem fazer na Síria. Mas como podemos nós espantarmos com tanta "amizade" ianque se nos vierem à memória as palavras cheias de classe - "Fuck the EU!!!" - de uma senhora com muitíssima classe?

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  23. Errata:
    Referia-me à excelência do comentário do anónimo das 15 e 44 ( e não ao inexistente das 15 e 11)

    E com uma continuação à altura às 2 e 09

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  24. Só para terminar...
    Uma esquerda que é a fiel depositária de todo uma tradição de propaganda do imperialismo soviético, arvora sensibilidades pelo sofrimento humano à justa medida dos seus interesses propagandistas de um projecto que, sem se expor a uma clara definição, acolhe toda a barbárie na sua ‘justa’ luta.

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  25. Jose acha que ...

    E desbobina o rosário: "fiel depositária da tradição e da propaganda e propagandistas e justa medida e clara definição e toda a barbárie e justa luta"

    A consubstanciação fica por fazer. "Esqueceu-se" ou ficou impotente?
    Um zero à esquerda ou uma premeditada nulidade?

    É olhar para os comentários mais acima para perceber a diferença entre argumentação e oração

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  26. Uma nota para quase terminar:

    Regista-se o agastamento de herr jose pela sensibilidade da esquerda pelo sofrimento humano.
    (" sensibilidades" dirá visivelmente incomodado)

    Compreende-se. O seu perfil "humanitário" vibra mais quando lhe falam em "destruir totalmente a Coreia do Norte."

    A confirmação que a barbárie passa por coisas como esta.

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  27. Herr José descobre "projetos" escondidos em comentários alheios que, de tão "bárbaros", são "inconfessáveis". E devem ser mesmo "bárbaros" esses "projetos" já que inundar a Coreia do Norte com mais bombas que as largadas sobre a Alemanha nazi (como fizeram os EUA) durante a II Guerra Mundial e matar 30% dos seus habitantes (como mataram os EUA) é coisa pouca que nenhuma assinatura merece no bem afinado aparelhómetro medidor de "barbaridades" que possui Herr José. Se lhes juntarmos os 3 milhões de mortos vietnamitas e o milhão e meio de iraquianos chacinados, chegamos à conclusão de que ele há realidades factuais que ultrapassam em muito os "projetos" de que tão substantivamente fala Herr José. Mas Herr José deve falar, na sua imensa humanidade, de coisas bem mais "bárbaras", coisas muitíssimo mais bárbaras do que duas bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasáqui ou a seminal extinção de povos inteiros e a escravização dos africanos sobre as quais se construíram os atuais EUA.

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  28. Cuco, treteiro em serviço permanente.

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  29. Herr José - um poço sem fundo de estupidez à disposição de quem queira ser parvo o suficiente para beber-lhe a nauseabunda água.

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