The Guardian, 26/6/2015 |
Foi há dois anos e pensou-se que algo iria abanar. Depois, o BCE fechou a torneira numa manobra de chantagem, fazendo lembrar aquela citação de Mark Twain sobre as eleições ("Se votar fizesse alguma diferença, eles não nos deixavam fazê-lo"). Os gregos acorreram aos bancos e Tsipras sentiu um calafrio pela espinha. Apesar disso, a maioria dos gregos - sobretudo os mais pobres - apoiou-o. Já ele não e ficou com o pensamento dos que perderam.
Entretanto, a Grécia retomou os seus planos de austeridade, aprofundou-se a sua situação catastrófica e - ao que parece, ainda não li - Varoufakis escreveu um livro a contar tudo o que lhe apeteceu dizer e não disse há dois anos (mais referências do Público aqui e aqui). Tsipras deve ir todos os dias para a cama a pensar no que estaria hoje diferente se ele tivesse dado corpo ao resultado do referendo.
Este é o problema das opções. Nada fazer é igualmente uma opção, embora nem sempre boa.
A metamorfose de Tsipras para num Xuxalista e servo da finança foi um espectáculo de muito mau gosto.
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