sábado, 13 de maio de 2017
A nossa política só pode ser o trabalho
Uma mobilização que nos convoca a todos, num tempo em que Portugal, depois de ter sido sujeito ao programa da troika que agrediu e humilhou o povo português, continua confrontado com a política neoliberal, federalista e militarista da UE, os tratados europeus, a UEM e o Euro, responsáveis pela destruição de importantes áreas da produção nacional, pelo aumento da exploração dos trabalhadores, o empobrecimento, a destruição do aparelho produtivo, a descaracterização do regime democrático e o saque dos recursos nacionais para acrescentar lucro ao grande capital.
Uma UE que apesar de descredibilizada e cada vez mais contestada na generalidade dos países, continua a ser arrogante e prepotente com os pequenos e subserviente com os grandes, a abrigar o racismo e a estimular a xenofobia, a tolerar a construção de muros e a fomentar guetos para os refugiados, a estabelecer acordos como o Acordo Económico e Comercial com o Canadá (CETA), onde os interesses das multinacionais e transnacionais se sobrepõem aos direitos dos trabalhadores e dos povos, aos tribunais nacionais, à soberania alimentar e à vontade democrática expressa pelo voto popular.
Ao contrário da complacência europeísta, que ainda domina entre sectores intelectuais ditos progressistas, a CGTP, como ilustra o excerto do discurso de Arménio Carlos no 1.º de Maio, revela uma aguda consciência da natureza da UE. Não é de agora. Daqui decorre, em parte, também a consciência de um dos grandes riscos: devido às pressões europeias, que confortam os sectores patronais mais medíocres, e aos sectores no governo com visões ditas de mercado, o programa da troika para as relações laborais, que de resto já estava sendo aplicado antes de 2011, pode permanecer fundamentalmente intacto. Se assim for, o governo do PS não passará de um parêntesis na mais importante das áreas. Não por acaso, foi a área que mereceu mais atenção de uma troika – CE, BCE e FMI – que deixou o sistema bancário em paz até que as instituições europeias aproveitaram a sua crise em câmara lenta para nacionalizar os seus prejuízos e internacionalizar a sua propriedade.
Entretanto, é preciso continuar a desmontar ficções sobre o efeito da redução dos direitos laborais: o aumento do emprego é filho da progressiva redução da pressão austeritária e do modesto crescimento da procura entretanto registado, mas o perfil do emprego criado, com baixos salários e escassos direitos, não pode ser desligado das alterações regressivas feitas. É claro que com uma taxa de desemprego próxima dos 10%, ainda estamos acima do valor máximo, que nunca chegou aos dois dígitos, antes do regime de estagnação, indissociável do euro, entrar em vigor.
Parou-se a marcha do comboio rumo ao abismo. Como o comboio nunca fica parado muito tempo, é preciso uma linha que vá noutra direcção, como temos insistido. Daí que a pressão para sua construção tenha de aumentar no Parlamento e sobretudo fora dele. Se este governo não tiver pressão da segunda classe, os da primeira continuam a tratar da situação, contando com a decisiva ajuda da UE. Assim, se a situação se arrastar e se houver força para tal, uma greve geral, por exemplo, não pode justamente deixar de estar no horizonte, como culminar de um movimento social necessário e de resto já em crescimento, se bem que partindo de bases frágeis ou não tivesse o movimento popular sido alvo de um ataque sem precedentes.
Já agora, ainda vale pena ler o diagnóstico feito por Maria da Paz Lima, indispensável socióloga do trabalho, sobre o contexto que justificou as propostas comunistas e bloquistas nesta área. Estas forças trouxeram para a AR propostas para a tal nova linha no crucial âmbito da negociação colectiva. Foram chumbadas na semana passada pelo PS, PSD e CDS. António Costa bem que pode escrever generalidades mais ou menos bondosas sobre o trabalho no 1º de Maio, mas em política o que conta são as mudanças nas instituições e nas relações de força sociais que estas determinam nos restantes dias do ano. E estas mudanças estão por fazer.
É importantíssimo não esquecer que a "austeridade" e o "não há alternativa" eram anteriores a Passos Coelho.
ResponderEliminarO PS foi um voluntarioso participante na aplicação das políticas regressivas neoliberais.
A profunda crise actual sempre foi uma crise mundial.
Os neoliberais nacionais e estrangeiros exploraram o sentimento de inferioridade dos europeus do sul em relação aos do norte para impor as políticas de transferência de rendimentos da base para o topo.
A miséria da Grécia salvou o Deutsche Bank...
Um muito excelente comentário. Em meia dúzia de parágrafos o retrato implacável da nossa situação.
ResponderEliminarMuitíssimo bom
"A revolução tecnológica, o impacto no emprego e na repartição da riqueza criada"
ResponderEliminar"No período 2007/2016, mesmo antes do nosso país ter sofrido um forte impacto da revolução tecnológica (ela ainda está no início, em Portugal ela está a dar ainda apenas os primeiros passos), verificou-se uma profunda reestruturação do mercado do emprego com consequências dramáticas para determinados grupos da população.
Alguns dados do INE sobre o que sucedeu nos últimos anos em Portugal para se tornar claro o que se verificou, já que passou despercebido a muitos portugueses:
- Entre 2007 e 2016, foram destruídos, em Portugal, 546,5 mil postos de trabalho (o emprego passou de 5,15 milhões para 4,60 milhões), mas não foi só isso.
- Se a análise for feita por níveis de escolaridade a conclusão que se tira é que, entre 2007 e 2016, a destruição de emprego atingiu quase exclusivamente o emprego ocupado por trabalhadores com o nível de escolaridade até ao 3º ciclo do ensino básico, cujo número de empregos diminuiu em 1,4 milhões , tendo a maior parte deles sido excluídos definitivamente do mercado de trabalho;
- Uma parte destes empregos foram ocupados por trabalhadores com o ensino secundário (o emprego destes aumentou, neste período, em 405,5 mil) e com o ensino superior (+ 462,8 mil), muitos deles a receber salários muito baixos;
(...)
Se a análise for feita por profissões , conclui-se que, entre 2007 e 2016,:
- O emprego de "Especialistas intelectuais e científicos" aumentou em 384,5 mil, mas foi inferior ao aumento do emprego de trabalhadores com o ensino superior que aumentou em 462,8 mil neste período;
(...)
- O emprego de "Operários" reduziu-se quase para metade, pois diminuiu em 439,2 mil (entre 2007 e 2016, passou de 1,02 milhões para 581,6 mil).
(...)
Contrariamente ao que muitos podem pensar, o desemprego tecnológico é uma ameaça real, motivado por um desajustamento entre as competências dos trabalhadores e as exigências determinadas pelo rápido desenvolvimento técnológico.
As crises agravam todo este processo, de que é exemplo a destruição em Portugal, entre 2007 e 2016, de 1,4 milhões de empregos ocupados por trabalhadores de baixa escolaridade e de quase metade do operariado.
(...)
Em Singapura, o metro já funciona sem maquinistas.
No Japão já existem restaurantes onde os empregados de mesa foram eliminados.
O WATSON, um computador da IBM, instalado num hospital oncológico do Texas, já faz diagnósticos que ajudam os médicos a decidir.
Muitos artigos de grandes revistas já são "escritos" por computadores.
Milhões de robôs já existem no mundo e o seu crescimento é exponencial.
Num interessante estudo publicado na Harvard Business Review em 12 Abril de 2017 por três investigadores com o titulo esclarecedor "Os países mais e menos afetados pela automação" concluíram que "Atualmente, cerca de metade das atividades remuneradas na economia global têm o potencial de serem automatizadas por tecnologia já existente"
(...)
Segundo o FMI, desde 1980, tem-se verificado que a participação dos rendimentos do Trabalho no Rendimento nacional tem diminuído (em Portugal, entre 2002 e 2016, diminuiu de 38,7% do PIB para 34,2% do PIB).
E que "se estima que nas economias avançadas , aproximadamente METADE da diminuição da participação dos rendimento do Trabalho no Rendimento Nacional pode-se atribuir ao impacto da tecnologia".
A globalização contribui para a redução com um valor que é "METADE do da tecnologia".
E "juntas, a tecnologia e integração mundial explicam cerca de 75% da diminuição da participação do Trabalho no Rendimento Nacional da Alemanha e Itália, e cerca de 50% nos Estados Unidos".
(...)
A revolução tecnológica é IRREVERSÍVEL, o que não é inevitável é que ela se faça dominada pelas leis do mercado capitalista, nomeadamente a caça ao lucro, como os defensores do capitalismo pretendem fazer crer."
Frases "soltas" de um texto (longo) de Eugénio Rosa
«Parou-se a marcha do comboio rumo ao abismo.
ResponderEliminarComo o comboio nunca fica parado muito tempo, é preciso uma linha que vá noutra direcção, como temos insistido»
Ainda bem que a nossa bitola ferroviária e´ diferente da espanhola, quando não já estávamos no abismo.
- Para mudar a Constituição são necessários + q. 2/3 da
Câmara.
- A esquerda de verdade, nem de perto nem de longe pode lá chegar
- O movimento Sindical está separado por uma linha abissal
- Os europeístas com apoio do capital financeiro estão preparados para anular ou ate liquidar qualquer veleidade Grevista de Verdade.
A meu ver resta um “levantamento popular” revolucionário com todos os perigos que isso possa acarretar para dar a volta ao testo… Mas Portugal e os Portugueses são de brandos costumes…
Onde e´ que já li isto? de Adelino Silva
Um excelente post de João Rodrigues, com a solidez e a coerência que lhe são habituais.
ResponderEliminarE alguns fragmentos de uma reflexão bem apropriada de Eugénio Rosa.
Vamos então aprofundar um pouco o que diz Eugénio Rosa:
"Aceitemos ou não o alarmismo das previsões destes autores, o certo é que a atual revolução tecnológica, diferente das anteriores, impulsionada pela lógica do mercado (maximização do lucro) e pelos grandes grupos económicos e financeiros poderá conduzir-nos, se não for reorientada pela luta dos trabalhadores e das suas organizações, a um mundo de trabalho maioritariamente precário e de desemprego, um mundo cada vez mais desigual onde a riqueza se concentrará numa minoria cada vez mais reduzida, a um mundo cada vez mais inseguro nomeadamente para a maioria da população. São os seus próprios defensores que reconhecem esse facto. Os computadores cada vez mais potentes e baratos, a digitalização crescente de tudo, a era dos Bigdata, "de algoritmos inteligentes" e de tudo que possibilitam, a enorme criação de riqueza criada que podia ser um instrumento de libertação dos trabalhadores pode acabar por ser um instrumento de domínio e de exploração de poucos sobre muitos. Em suma, se deixarmos que tais previsões se concretizem teremos um país e um mundo em que, para além desta minoria detentora de uma riqueza gigantesca, existiria outra minoria, um pouco maior, constituída por trabalhadores altamente qualificados e bem pagos, e ao lado de tudo isto, tinha-se a maioria de trabalhadores, com trabalho pouco qualificado, mal pago ou precário, ou então no desemprego.
É um mundo que não queremos, que devemos combater, mas as ameaças são reais e não devemos, nomeadamente as organizações de trabalhadores, nem subestimar nem ignorar, pois não podem esperar que estas ameaças desapareçam por si próprias. A revolução tecnológica é irreversível, o que não é inevitável é que ela se faça dominada pelas leis do mercado capitalista, nomeadamente a caça ao lucro, como os defensores do capitalismo pretendem fazer crer . E isso não pode ser combatido com declarações, comunicados e debates pontuais, muitas vezes pouco preparados, por parte das organizações de trabalhadores. É urgente um debate fundamentado e uma ação firme para que esta "revolução" em curso sirva o Trabalho e não o Capital, como está a suceder".
Nas próprias palavras de Eugénio Rosa:
ResponderEliminar"Este estudo tem como base uma intervenção feita no debate "Capitalismo, Soberania, desenvolvimento tecnológico: novas e velhas questões" organizado pelo PCP em 4 de Abril de-2017 em Lisboa. Nele procuro mostrar que a atual revolução tecnológica não é um mito nem apenas uma criação ideológica do capitalismo, mas sim um facto real com que somos confrontados diariamente, muitas vezes de uma forma silenciosa e "natural". E a forma como ela está a ser feita – orientada fundamentalmente pelas leis do mercado – está a causar a destruição de muito emprego, o agravamento das desigualdades e miséria. Para impedir isso, e para que ela seja um instrumento de libertação e de melhores condições de vida para os trabalhadores não são suficientes simples declarações, comunicados ou debates pontuais, muito vezes mal preparados mas sim uma intervenção permanente, estudada e fundamentada das organizações de trabalhadores. A revolução tecnológica em curso é irreversível e inevitável, disso não devemos ter dúvidas, o que não é nem irreversível nem inevitável é a forma como ela está a ser feita dominada pelas leis do mercado capitalista, de maximização do lucro, de aumento do domínio e da exploração dos grupos económicos e financeiros, como os defensores do capitalismo pretendem fazer crer".
Nem mais. Mas não nos afastemos do muito bom texto de João Rodrigues
" O Governo apresentou em Bruxelas, no final de Abril, o Programa de Estabilidade 2017-2021 (PE). No essencial, o PE apresenta um cenário macroeconómico, define a estratégia orçamental e projecta a evolução da dívida pública. Nele se indica como se alcançarão os objectivos que decorrem das regras de governação económica europeia relativas ao défice orçamental e à dívida pública.
ResponderEliminarHá quem pense que os dados do PE «são para Bruxelas ver», pelo facto de respeitarem a previsões para períodos alargados que serão sempre falíveis, sobretudo num contexto tão instável como o actual.
Não cremos que assim seja desde logo porque o núcleo das previsões respeita a um período de cinco anos, ou seja para um futuro que está à vista. Mas esta não é a razão de fundo. Estes programas passam pelo crivo da Comissão dando origem a negociações problemáticas.
Problemáticas e desequilibradas por envolverem conceitos (como os de «saldo estrutural» e de «produto potencial») que conferem poderes discricionários às autoridades europeias podendo obrigar o país a cortes na despesa com repercussões no investimento público e na despesa social.
A governação económica europeia tem uma componente sancionatória e Portugal foi já ameaçado da sua aplicação. Ora, apesar do manifesto conformismo do governo com as regras europeias (embora com políticas diferentes, o que não é de somenos, tem querido «ir além de Bruxelas» como antes se quis «ir além da troica»), nada garante que Bruxelas fique satisfeita com o PE apresentado.
O Governo parece estar por completo prisioneiro de Bruxelas e, possivelmente, das agências de notação internacionais. Faltarão meios para impulsionar o crescimento, incluindo uma necessária política de substituição de importações; para responder a necessidades de melhoria de protecção social, de segurança social e de serviços públicos em geral; para assegurar a transição energética; para apoiar a cultura; para, em síntese, promover o desenvolvimento do País.
(Fernando Marques)
«o perfil do emprego criado, com baixos salários e escassos direitos,...»
ResponderEliminarÉ de toda a evidência que isso só significa que o investimento em actividades técnica e operacionalmente sofisticadas, requerendo grossos capitais e comportando riscos, não se atreve a realizar-se neste couto de comunas e progressistas sempre prontos a espoliar o capital.
Vai valendo o turismo para criar emprego de tacho e bandeja e investimento a requerer cimento e trincha.
Não sei que mais assustará os investidores (não sei porquê, mas quando me falam em investidores lembro-me logo do investimento do Dias Loureiro: «pai, já sou ministro» [em breve estarei rico, terá pensado mas não dito; ou no investimento do Isaltino na conta do sobrinho na Suíça; ou no investimento do Duarte Lima num revolver no Brasil, para os lados de Maricá, etc., etc., etc.), dizia, não sei que mais assustará os investidores, se o «couto de comunas e progressistas sempre prontos a espoliar o capital» se o couto de imbecis como o que produziu tal putrefacta prosa.
ResponderEliminarE é o homem doutorado em Física e consultor financeiro para investimentos (especulativos e em offshores), de seu nome João Pires da Cruz, para os Ladrões (do blogue LdB, onde estamos) conhecido por José, simplesmente José, para o Aventaristas (do blogue Aventar) conhecido por JgMenos.
Os dois sítios onde bolsa diariamente a sua bosta mal cheirosa.
"Couto de comunas e progressistas"?
ResponderEliminarA essa hora da madrugada este tipo revela o profundo desfasamento da realidade que é habitual nestes indivíduos. O ódio misturado com a patetice dá nisto. Uma imagem da actividade técnica e operacionalmente sofisticada dum Capitalista nacional
O Salvador Sobral deve ter-lhe azedado ainda mais a bílis.
Por acaso estamos a lembrar-nos dos discursos do Passos Coelho a enxotar os portugueses para o estrangeiro, para se irem do país, para sairem da sua margem de conforto. Naquele tom de arruaceiro pedante e extremista neoliberal que acompanhou as suas arengas de classe durante a sua governança.
ResponderEliminarMuitos avisaram que isso era uma machadada para o país. Que muitos dos nossos melhores jovens estavam a ir criar riqueza para outro lado, desistindo de o fazer por cá. O país empobrecia e empobrecia ainda mais com a saída de massa cinzenta.
Que fazia nesse tempo o sujeito das 01 e 57?
Batia palmas e batia com tudo o que tinha à mão, tachos e bandejas incluídas, e pedia por mais. E bestialmente repetia os ditos da canalha da governança sobre o ir-se mais longe que a troika.
A Alemanha também estava interessada
Sãos as controvérsias do tempo presente meus amigos, temos tudo ao nosso alcance, sabemos como estripar o mal, as condições e circunstancias estão mesmo ali a´ mão de semear, mas parece estar tudo a´ espera a ver quem da´ o primeiro passo. Passo que tarda, a meu ver!
ResponderEliminarUma eternidade a falar e escrever sobre o trabalho e cada década que passa mais exploração se vê, agora em novos formatos, sob a égide das novas tecnologias (?). Como já alguém disse – «o problema não e´ o medo, mas sim ter medo do medo».
Todos nos apercebemos que os máximos dirigentes da nação, as Instituições nacionais, regionais e locais do país estão ligados entre si a um cordão umbilical, cujo útero e sistema mamário e´ a U.E., Daí que, aquilo a que chamam “mundo do trabalho” não passa de uma qualquer vulgata para francês ver.
Quando o dito “mundo do trabalho” vota maciçamente no Centro/direita, esta´ tudo dito. de Adelino Silva
Entretanto veja-se como começa um editorial do Público pela mão de David Dinis.
ResponderEliminar"Costa não é um mago e Portugal não virou um paraíso: tem greves, dívidas, aeroportos a parar..."
Logo à cabeça das óbvias limitações do país, mesmo antes das dívidas e mais algumas outras coisas que o coitado debita, ("esquecendo" as muitas outras" que nos condicionam e motivam a nossa presente situação) surgem as "greves"
É desta forma que o Público funciona, pela mão do seu director. Director que foi convidado por Alexandre Relvas e António Carrapatoso há cerca de três anos para dirigir o primeiro projecto digital de comunicação em Portugal, o jornal electrónico “Observador”. Como se sabe um antro da “extinta” PAF, com jornalistas e colaboradores escolhidos a dedo pela mafia que o dirige. Um pasquim. E de onde foram buscar (o Belmiro e afins) este David Dinis.
O comboio nunca fica parado muito tempo no mesmo lugar. E podem crer que se voltar a rolar na mesma direcção que esta tropa fandanga quer, será mesmo direitinho ao abismo acompanhado agora das castanholas e da porrada dos extremistas do género
Adelino, a tua reforma parece garantida mas quem anda a precisar de trabalho não está à espera que o Estado ou o camarada-dirigente venha a resolver o caso. Sabe-os treteiros impenitentes e incompetentes confirmados.
ResponderEliminarE fica-te mal, Adelino, vires arrotar postas revolucionárias quando no teu tempo não fizeste revolução nenhuma.
Eu gostava bem de perceber onde está o militarismo de uma organização que nem sequer dispõe de um exército. Se calhar, é em contraposição ao pacifismo militante de uma Rússia ou de Assad, por exemplo. Ou a opressão sobre os refugiados quando, mau grado as tergiversações, uma Alemanha se dispôs a receber um milhão deles. Depois, convinha ainda perceber de onde virá o dinheiro para reconstruir o País. Da UE, presume-se, quando tivermos saído do Euro e a tivermos abandonado. Quanto à pressão sobre o Governo e às greves gerais, certifiquem-se que não estragam a frágil retoma económica, indispensável para a recuperação de direitos, porque sem crescimento não há rendimentos para distribuir. Porque, se a estragarem, não esperem que depois da queda do Governo do PS, venha aí a sociedade sem classes. Não, virá de regresso a Direita, que diligentemente se preocupou em liquidar a base sindical do PCP e que continuará certamente a fazê-lo. Vamos a ver se não é como de costume em que o fervor revolucionário acaba sempre a fazer fretes à Direita. Depois queixem-se...
ResponderEliminarCamarada-dirigente?
ResponderEliminarIsso é o que chamam ao capataz ou ao patrão?
Herr camarrada-dirrigente?
É assim?
"treteiros impenitentes e incompetentes confirmados?
ResponderEliminarOs patrões?
Vamos ao que está confirmado? Muito para além dos testemunhos enraivecidos de sujeito das 19 e 47?
(1) Em Portugal, o nível de escolaridade da maioria dos patrões é inferior à dos trabalhadores (55,8% têm o ensino básico e apenas 21,7% o ensino superior, enquanto os trabalhadores 45,5% têm o ensino básico e 27,2% o ensino superior);
(2) Na U.E. o nível de escolaridade dos patrões é muito superior à dos patrões portugueses (apenas 17,5% têm o ensino básico);
(3) A baixíssima escolaridade dos patrões portugueses constitui um obstáculo sério à recuperação económica e ao desenvolvimento do país mas, apesar disso, ninguém fala nem se preocupa;
(4)Contrariamente ao que se pretende fazer crer a produtividade do trabalho em Portugal tem aumentado mais que a média da U.E. (entre 2004 e 2013, aumentou em Portugal 11,9% e na U.E. apenas 7,2%) e os custos salariais reais têm diminuído mais no nosso país do que na U.E.( Portugal: -4,2%; U.E.:-0,5%).
Há mais. Fica para depois
Quanto ao 25 de Abril...
ResponderEliminarIsso são complexos de um tipo que foi apanhado com as calças na mão nesse dia ( conforme confissão do próprio) e que as teve que mudar no dia seguinte ( por motivos higiénicos)
Jaime Santos mais uma vez repete-se.
ResponderEliminarAbre todavia uma excepção.Substitui a Venezuela pelo Assad e pela Rússia. O que só mostra que isto de argumentação anda pelas horas da morte.
Em contrapartida dá o alto exemplo da Alemanha apresentado desta forma a saber a propaganda empenhada.
Por acaso "esquece-se" do que se tem dito sobre tal?
Citemos a BBC, como se sabe agente ao serviço da Rússia e do rato mickey:
"A Alemanha possui uma das populações que envelhecem e diminuem mais rapidamente na Europa.
Segundo estimativas da Comissão Europeia, calcula-se que em 2060 a população do país encolherá em 10 milhões de pessoas, passando de 81,3 milhões em 2013 para 70,8 milhões.
Por essa razão, o país poderia beneficiar-se de um influxo de jovens trabalhadores.
Por outro lado, acredita-se que o Reino Unido se tornará o país mais populoso da União Europeia. Segundo o relatório da entidade, a população do país vai aumentar das atuais 64,1 milhões para 80,1 milhões de pessoas em 2060.
O crescimento da população britânica é resultado da taxa de fertilidade relativamente alta e de um dos maiores saldos líquidos de imigração entre todos os países que pertencem ao bloco comum.
Essa diferença pode ajudar a explicar por que Alemanha e Reino Unido mantêm posições diferentes sobre imigração.
No caso alemão, a crescente proporção de cidadãos dependentes antecipa um enorme fardo para os contribuintes.
Estima-se que a proporção de pessoas com 65 anos ou mais sobre a população entre 15 e 64 anos aumentará de 32% em 2013 para 59% em 2060.
Em outras palavras, isso significa que daqui a 45 anos haverá dois alemães com menos de 65 anos trabalhando e gerando impostos para cada alemão aposentado.
Segundo explica o editor de economia da BBC, Robert Peston, "considerando essas circunstâncias, seria particularmente útil para a Alemanha receber um influxo de famílias jovens da Síria ou de outras partes, que estão dispostas a trabalhar duro e se esforçar para reconstruir suas vidas e demonstrar a seus anfitriões que não são um fardo".
"Embora a taxa oficial de desemprego seja de quase 2,8 milhões no país, diz a Der Spiegel, a comunidade empresarial precisa urgentemente de trabalhadores."
"A economia alemã depende da imigração, tanto da Europa quanto de pessoas que entram no país devido aos direitos de asilo."
"Com uma população em queda, as empresas não podem preencher todos os postos de trabalho e trabalhadores qualificados são cada vez mais raros. Essa tendência será agravada nos próximos anos. Trata-se de uma realidade que ameaça a prosperidade do país", afirma a publicação.
O estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre a situação de 350 mil menores que chegaram à Alemanha como refugiados desde 2015 refere que as crianças e adolescentes passam meses ou anos em centros onde por vezes testemunham ou estão expostos à violência e ao abuso.
ResponderEliminarApenas um terço dos menores que vivem em centros tem acesso a escolas e infantários, adianta.
O que dizer também da criação de empregos que, a Alemanha primeiro e agora a Áustria, criaram direccionados aos refugiados, pagos a… um euro à hora. Expressões da face mais negra do capitalismo e da União Europeia."
Quanto à proveniência do dinheiro para a reconstrução do país..
ResponderEliminarSintomático que se afirme que é necessária a reconstrução do país, mas que elida quem são os seus responsáveis pela destruição do nosso tecido produtivo. E se Cavaco avulta como figura de peso, ele apenas seguia instruções dos Komandanturs europeus.
O porquê está à vista
Quais seriam as alteraçoes propostas?
ResponderEliminarSou a favor de uma política que privilegie o trabalho mas o meu receio é que se sairmos do Euro e renegarmos a União europeia nos tornemos numa Venezuela sem sequer termos petróleo.
Do meu ponto de vista uma medida importante seria limitar significativamente o trabalho temporário que me parece ser um modelo de trabalho usado abusivamente, que prejudica o emprego não precário, e que retira rendimentos aos trabalhadores passando-o para as empresas de trabalho temporário. Sinceramente parece-me ser uma solução que só tem trazido malefícios para o país e que não faz falta. Pelo menos na escala em que é usada (e abusada...). Conheço casos de pessoas que trabalham através do vinculo de trabalho temporário no mesmo posto há mais de 10 anos.
Quanto à pressão sobre o governo e o nosso frágil tecido produtivo.
ResponderEliminarLá está. Quem cria riqueza é quem trabalha. E é o mundo do trabalho que está em perigo e que vê a sua condição ir-se degradando. Não ver isto é objectivamente contribuir para o erodir da presente situação. É estar a dar de bandeja o poder ao capital financeiro.
O que está em causa não é a base sindical do PCP e outras tretas do género. O que está em causa é a dignidade das pessoas e a mudança das suas condições de vida. E a sobrevivência do país.
E não. não estamos a falar ainda duma sociedade sem classes. Apenas duma sociedade mais justa, viável, que tome nas suas mãos o seu destino.
"O SPD E SCHULTZ MAIS LONGE DE UMA VITÓRIA NAS LEGISLATIVAS . COM UMA VITÓRIA DE MERKELL AS ILUSÕES DE UMA MUDANÇA DE POLÍTICA NA U E SERÃO AINDA MAIS ILUSÕES.
ResponderEliminarA UNIÃO DEMOCRATA-CRISTÃ (CDU), PARTIDO DA CHANCELER ALEMÃ ANGELA MERKEL DERROTOU NESTE DOMINGO O PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA (SPD), DE MARTIN SCHULZ, NO REDUTO DOS RIVAIS, A RENÂNIA DO NORTE-WESTFÁLIA, COM 34,5% DOS VOTOS.
Candidato a chanceler da Alemanha, Schulz, que é natural da Renânia, esperava vencer essa eleição regional e chegar mais forte para a eleições legislativas de setembro, na qual Merkel buscará um quarto mandato. No entanto, o SPD conseguiu apenas 30,5% dos votos.
Além de reduto dos democratas, a Renânia do Norte-Westfália é o estado mais populoso da Alemanha, com cerca de 18 milhões de habitantes, e abriga quatro das dez maiores cidades do país."
"Da necessidade de derrotar Le Pen nasceu um boneco. Mesmo tendo vencido com os votos da esquerda que o despreza e sendo o candidato que menos entusiasmava os seus próprios eleitores, o coro de papagaios que enche o eco televisivo transformou-o numa esperança. Ex-banqueiro, ex-relator de Sarkozy, ex-conselheiro de Hollande, ex-ministro de Valls, o oportunista saltitou até ao céu sem compromissos. “Eu reivindico a imaturidade e a inexperiência política”, gritou para uma plateia embrutecida pela aldrabice populista do candidato antissistema que o sistema adora. Fazer um caminho político passando por várias eleições é coisa “de um tempo antigo”, disse. E Macron é uma coisa do futuro, onde os partidos são startups e os presidentes melões por abrir. Jovem, belo, impecavelmente vestido, tudo nele é moderno. Em entrevistas sobre negócios usa, num inglês irrepreensível, os termos da moda. Tem a lábia de vendedor de oportunidades que deslumbra qualquer “colaborador” num fim de semana de team building. Faz parecer revolucionária a certeza de que tudo vai ficar um pouco pior. Tudo nele cheira bem. Cheira a Uber, que ele acredita ser uma excelente solução para os jovens desempregados, que não querem patrões, querem clientes. Macron não é um político. É uma app. Sempre em atualização.
ResponderEliminarHá uma esquerda que está fascinada com Macron. Carregou estes anos todos o fardo da gente pobre, feia e ignorante que lhe baralhava a pós-modernidade. Os fascistas que fiquem com esses medrosos do mundo. Agora há um povo limpo e novinho em folha: o “povo europeu”. Dito assim parecem muitos, mas trata-se de um grupo seleto. Uma vanguarda que se sabe do lado certo da História. Esta esquerda, cansada das contradições da vida que nos fazem perceber que o oprimido na fábrica pode ser opressor da mulher, trocou o socialismo pela “modernidade”. Que já não se aguenta a luta de classes, com os seus garrafões e as suas barrigas e as suas palavras de ordem monótonas. Como Macron não é nem racista nem homofóbico, muito pelo contrário, pode entregar a destruição do Estado social a um homem que pelo menos é civilizado. Esta esquerda pensa-se representante de uma nova geração e não compreende a injustiça de os jovens terem votado mais em Le Pen e Mélenchon do que no CEO da startup em marcha. Também há uma direita que adora Macron, mas isso é normal. Afinal de contas, ele é um ex-ministro socialista que diz que a França falhou porque não fez as reformas de Thatcher nos anos 80 e que se oferece para neutralizar os socialistas por muitos anos. Livre dos beatos de Fillon, ele trata do que interessa: do poder do dinheiro. Macron não deu um rosto humano ao neoliberalismo (palavra velha e descontinuada da esquerda mélenchista e frondeur), que isso seria pedir muito. Deu-lhe um rosto trendy. As “reformas estruturais” estão a usar-se imenso este ano.
Como muitos jovens eleitores franceses, que não acham que conduzir um carro por tuta e meia faça deles empreendedores, também não me impressiona este futuro.
Não terá grande glamour, mas a minha prioridade são os perdedores da globalização. Porque a democracia precisa de responder à sua zanga e porque o papel da esquerda é não deixar para trás a maioria. Macron, que nem é carne nem é peixe mas é seguramente um transgénico, representa tudo o que me enjoa nestes e noutros tempos".
(Daniel Oliveira)
Esta treta do trabalho temporário, da garantia de emprego, é tudo estupidez abrilesca.
ResponderEliminarA comunada no seu afã de colar o patronato às fantasias fascistas que na cabeça desses grunhos fazem deles grandes e definitivos heróis, mantêm o mantra que sem a 'justa causa' e mais uma caterva de leis era a selva, tudo condenado à escravatura apesar desses heroicos lutadores sempre em incansável defesa dos trabalhadores!
Incongruências de treteiros que querem sindicatos ocupados na política de pôr o Estado a fazer o trabalho deles e a alojar clientelas.
Pois eu digo-vos o que se passaria de essencial: os maus patrões ficariam sem bons trabalhadores e iam à falência. Agora vivem folgados com bons trabalhadores agarrados a seguranças inexistentes, a preço de saldo e a contribuir para empestar o mercado com empresas incompetentes e a colaborar na manutenção de salários baixos.
Ó olharapo José.
ResponderEliminarSerá isto que te está a deixar tão azedo?
O Diabo tarda em aparecer, parece que o Alka-Seltzer já está esgotado nas farmácias.
PIB cresceu 2,8% no primeiro trimestre deste ano
https://eco.pt/2017/05/15/pib-cresceu-28-no-primeiro-trimestre-deste-ano/
Treta, estupidez, abrilesca.
ResponderEliminarMais comunada,fantasias,grunhos,mantra, escravatura treteiros, clientelas, empestar.
Confirma-se a mediocridade anunciada aí em cima.
Será perito da coisa?
" Pois eu digo-vos" diz herr jose:
ResponderEliminar"Enprego para a vida era no tempo da escravatura" soletrava há dias este escrito espantoso
" o mantra...justa causa"
Nós todos já percebemos. O trabalhinho em prol do patronato medíocre e caceteiro. Sonhando com despedimentos livres mesmo sem justa causa para o patronato ter as mãos livres e um exército de escravos pronto para tudo.
E continuarem a singrar os Pstroes Relvas, Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Belmiro...e a ver crescer ainda mais a riqueza de quem explora os demais.
Já peecebemos mesmo.
Uma espécie de perito no metier.
A cantar fadunchos enquanto prepara o cacete?
Todos sabem ou suspeitam que a Revolução vai tomando forma, lentamente, no seio do povo, mesmo que este, e em forma de soporíferos (radio, televisão e imprensa) pareça andar adormecido.
ResponderEliminarEstou convicto que mais cedo do que tarde, ela a Revolução, renascera´ de novo!
O que não vai aceitar são os serviçais tipo JOSE´ que tal como o grego Ganimedes, trata de seus amos P & P com fervor inusitado.
Para sermos coerentes, deveríamos dedicar um pouco de mais espaço aos meios de produção e sua posse ou quem os devia possuir. Talvez descobríssemos no essencial a única forma de emprego a 100%. de Adelino Silva
As saudades que esse aí das 00 e 03 nutre pelo tempo antes de Abril
ResponderEliminarTempo em que de facto eram inexistentes os maus patrões que iam direitinhos para a falência porque ficavam sem os bons trabalhadores. Não havia empresas incompetentes. Era um facto e apenas um mau carácter como aquele humorista José Vilhena se atrevia a retratar os patrões como seres boçais, pançudos,com uma verruga enorme a crescer-lhes do apêndice nasal e a frequentarem os Ballet Rose enquanto se atulhavam de notas obtidas sabe-se lá por que processo.
Era também um tempo ideal. Não havia direito à greve, nem salário mínimo nacional, nem direito ao subsídio de desemprego, nem direito universal a férias e respectivo subsídio, nem protecção do emprego, nem universalização do direito à segurança social e à saúde.
Era um paraíso para esse tipo que tem tanto ódio a Abril. Percebe-se porquê.
Era um chafurdar contínuo. Os Donos de Portugal açambarcavam a riqueza do país e o capitalismo monopolista de estado singrava sob a vigilância atenta da Pide e dos seus métodos.
Os direitos à greve nos paraísos socialistas parecem encher de orgulho serôdio o das 15:53.
ResponderEliminarEntre o socialismo - o autêntico, o dos meios de produção a cargo dos camaradas dirigentes - e o fascismo, a diferença é mera formalidade: um diz que acaba com a luta de classes, o outro diz que a luta de classes acaba. Há diferenças? Há, a semântica ao serviço do poder...
O que é ridículo é que os que arrotam a posta de serem grandes lutadores não pensem senão em lutar porra nenhuma e aninharem-se à sombra de regulamentos.
Greves, só na função pública e anexos.
No resto sabem bem que para manter a inanidade geral com sua carga de seguranças e impostos só podem exigir poucochinho.
Crescem poucochinho, empregam poucochinho, ganham poucochinho, e falam quanto baste para disfarçar a mediocridade congénita.
Ah
ResponderEliminarParece que o amante do 24 de Abril não tem escolha e foge.
Trap trap trap....Para os paraísos socialistas
Quanto à semântica.
ResponderEliminarQuanto à semântica no caso concreto, não está ao serviço do poder. Está no caso concreto ao serviço da desonestidade mais pura e dura.
Aqui há dois, três anos, nos anos de chumbo, em que o tipo das 19 e 17 pensava que tinha chegado a hora das facas longas ( e o que berrou por ela e por ir mais além do que ela) ele era todo assim, protegendo a obra de Salazar e do fascismo deste modo:
"Filhos da put@ são aqueles que num texto que nada evoca da obra de Salazar ou do seu regime, e que só fala do povo português (que é o mesmo, caso haja dúvidas) querem escamotear as palhaçadas dos últimos 40 anos invocando o papão que na sua imaginação demencial julgam dar cobertura a toda a merda que produzem!"
(há pior podem crer)
Agora distancia-se do "papão" porquê?
- Por necessidade de ter que adaptar o "politicamente correcto" nestes novos tempos que não são favoráveis à expressão tão genuína do que é?
- Por ter sido apanhado a "arrotar" desta forma contra Abril e ter necessidade de esconder as saudades do antes de Abril?
Repare-se no silêncio atarantado sobre a denúncia das saudades do antes de Abril:
ResponderEliminar"Tempo em que de facto eram inexistentes os maus patrões que iam direitinhos para a falência porque ficavam sem os bons trabalhadores. Não havia empresas incompetentes. Era um facto e apenas um mau carácter como aquele humorista José Vilhena se atrevia a retratar os patrões como seres boçais, pançudos,com uma verruga enorme a crescer-lhes do apêndice nasal e a frequentarem os Ballet Rose enquanto se atulhavam de notas obtidas sabe-se lá por que processo.
Era também um tempo ideal. Não havia direito à greve, nem salário mínimo nacional, nem direito ao subsídio de desemprego, nem direito universal a férias e respectivo subsídio, nem protecção do emprego, nem universalização do direito à segurança social e à saúde".
Perante isto, silêncio quase total. Apenas a fuga para as "greves" nos paraísos. E a perturbada e atabalhoada e patética e ignorante e pateta afirmação :"um diz que acaba com a luta de classes, o outro diz que a luta de classes acaba"
Talvez um pouco mais de estudo não fosse tão revelador das estribeiras perdidas dum que não sabe para que lado se voltar.
Falhou a tentativa espantosa de tentar atribuir à "comunada" e aos "sindicatos", a responsabilidade pela mediocridade dos patrões, pela existência de "maus" patrões, por estes não irem à falência com a perda dos bons trabalhadores.
ResponderEliminarIsto é, infelizmente para o nível do debate, duma idiotice tão grosseira que se compreende que perante o denunciado, mais não reste ao das 19 e 17 que tentar renegar as suas origens e afinidades, fugir em passo de corrida e juntar uma série de "poucochinhos" a ver se passa. Com ou sem "porras" nenhumas.
Uma indigência atroz
"Filhos da put@ ...que na sua imaginação demencial julgam dar cobertura a toda a merda que produzem!"
ResponderEliminarNão me lembro de ter produzido tão adequada sentença, mas conheço a espécie e subscrevo, embora reconheça que o mais frequente é serem simplesmente idiotas indigentes cujo único critério para avaliação do presente, não é julga-lo em termos de futuro a construir, mas sempre e só em caminho para um passado que julgam conhecer.
Daí que seja gente perigosa, porque mais não alcançam que reproduzir o que reverenciam no passado.
Conhece herr jose a espécie?
ResponderEliminarPois claro que conhece.
Andou de mãos dadas com eles. De mãos dadas e de mãos levantadas. A merda que produziram sabemos nós qual foi. Aqui e nas colónias, certo?
Quanto ao serem idiotas indigentes...isso é demasiado suave para classificar aquela canalha que tinha a Pide a sustentá-los e o capitalismo monopolista de estado a ligá-los
Gente perigosa com toda a certeza.
Mas o próprio pai de herr jose deve dar voltas no túmulo ao ver esta espécie de "te arrenego" do próprio filho
Mas há uma outra leitura.
ResponderEliminarA fuga de herr jose também agora está relacionada com a tentativa de esconder a indigência impressionante como tentou justificar a mediocridade do patronato.
Daí que nada melhor do que fingir lapsos de memória.
Mas há mais: As figuras que fazia quando berrava impropérios a quem denunciava o crápula que tinha como ídolo. "Filhos da puta" era um seu "argumento" de peso. Até que um dia foi suspenso de um blog honesto de nome Aventar. E começou a ter mais cuidado com a língua. Depois claro de várias cenas patéticas que nem uma Madalena arrependida dos tempos da net
Aqui está a posta de cujo debate foi retirada a frase de herr jose. Com os vários "filhos da puta " usados pelo sujeito mais a simpatia e pieguice para com o César das Neves
http://arrastao.blogs.sapo.pt/2885798.html
Herr jose já lhe terá voltado a memória?
Aqui, quando assumia sem rebuço o que era e o que fazia:
ResponderEliminar-"dos avós souberam que já houve em Portugal governos com gente proba e com sentido de Estado e de Nação; mas eram ‘fascistas`"
-"bem fez Salazar, enquanto a História esteve do lado dele, de aplicar o princípio à comunada"
-A PIDE era a polícia de defesa do Estado Português; era polícia de fronteiras, agência de informações e de contenção ou ataque a quem o poder político definia como inimigos do Estado.
Os inimigos do Exército Português eram inimigos do Estado e a PIDE era uma aliada essencial à acção do exército na luta em África.
Por isso o seu desmantelamento não foi previsto, porque também não foi previsto o puro e simples ABANDONO do Ultramar."
-Não duvido que (os pides) trinchassem um treteiro badalhoco de vez em quando, que a higiene pública também é defesa do Estado.
-"a tortura que visa obter a verdade sobre acções que ameaçam quem o torturador tem o dever de defender."
Outros tempos e outros modos.Pensava que o seu tempo tinha voltado e perdera um pouco o controlo das suas paixões e dos seus amores.Reverenciava sem temor o passado.
Agora está reduzido a esta pieguice pusilâmine aos "poucochinhos"
Fui ver...és o sempre o mesmo traste, Cuco!
ResponderEliminarUsei as palavras do post anterior e vens agora armar-te em moralista, vigário!
- A familiaridade tentada pode estar de acordo com alguma particularidade da vida do individuo. Mas que ele tente na sua vida pessoal e privada que nao aqui.
ResponderEliminar- Não se quer saber dos processos usados pelo individuo en causa. Nem dessas choraminguices em torno das palavras ditas no post anterior ou outras tretas do género. Nem sequer se percebe qual a relevância ou o significado deste carpir.
O que importa são os factos concretos. E estes estão em cima expostos com uma objetividade que deve deixar fora de órbita o sujeito em causa.
Sobra este espectáculo deprimente
E a falta dum mínimo de verticalidade e de coragem
Traste vigário.
ResponderEliminarTudo o que se quiser.
ResponderEliminarMas infelizmente para herr Jose, não é isso que se debate.
E o que se assiste é este espectáculo triste e degradantw dum oportunismo ideológico e duma falta de verticalidade espantosos por parte de herr Jose.
Que fique fora de si quando confrontado com o que ele próprio disse é no entanto um paradigma de gente que assim procede.
E mais não se diz porque há que respeitar espaços de decência argumentativa
Uma mobilização que nos convoca a todos, num tempo em que Portugal, depois de ter sido sujeito ao programa da troika que agrediu e humilhou o povo português, continua confrontado com a política neoliberal, federalista e militarista da UE, os tratados europeus, a UEM e o Euro, responsáveis pela destruição de importantes áreas da produção nacional, pelo aumento da exploração dos trabalhadores, o empobrecimento, a destruição do aparelho produtivo, a descaracterização do regime democrático e o saque dos recursos nacionais para acrescentar lucro ao grande capital.
ResponderEliminarAve Maria cheia de graça; O Senhor é convosco, Bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus,
Rogai por nós pecadores, Agora e na hora da nossa morte.
Por vezes confesso que já não vejo diferença entre as duas frases.
O eliphis confessa-se.
ResponderEliminarAlgo que devia ser apenas do seu foro pessoal, mas paciência.
Mas que depois diga que não vê diferença entre aquilo que é manifestamente diferente, isso já é grave. E é uma prova abissal da iliteracia que domina alguns círculos da nossa sociedade que vivem da oração e da reza.
E que depois vêem para aqui fazer estas macacadas