quinta-feira, 16 de março de 2017
Basta de pelotão da frente
Integrar o pelotão da frente», garantir a participação de Portugal no núcleo fundador da União Económica e Monetária! – na década de 1990, em Portugal, nada havia de mais importante para o centro político. Poucos eram os que perguntavam «para onde vai o pelotão da frente» ou «qual o lugar de Portugal no pelotão». Hoje, depois de uma crise global que nos colheu vulneráveis no tal «pelotão», é mais fácil avaliar a decisão de adesão, tomada sem discussão e sem sufrágio. A decisão foi errada. Mas o reconhecimento do erro de nada serve se não tiver tradução prática.
Para os que ainda têm ilusões sobre o que tem vindo a ser planeado pela elite do poder europeu, vale a pena ler ou reler o artigo de José Castro Caldas no Le Monde diplomatique - edição portuguesa de Outubro de 2016 e agora disponível no sítio do jornal.
Vivemos ainda na prisão da metáfora cavaquista do tal pelotão da frente, com ancoragens bem perversamente materiais. Uma certa elite nacional continua a imaginar-se no centro, sendo que a discrepância entre o que imagina e a realidade da crescente periferização do país não cessa de aumentar. O seu truque ideológico sempre passou por confundir convergência institucional europeia com convergência socioeconómica entre os países.
Na realidade, as mesmas regras económicas neoliberais para realidades nacionais diferentes garantem a divergência económica e a dependência política sem fim, num processo cumulativo há muito já identificado por quem nunca acreditou em fantasias de mercado. Precisamos então de instrumentos de política económica adaptados à nossa situação nacional, ou seja, instrumentos de política para o desenvolvimento do país, mobilizáveis por quem tem legitimidade democrática.
'...por quem tem legitimidade democrática' é a palavra chave para encontrar a justificação da mediocridade nacional-abriesca.
ResponderEliminarNão importa dizer porque não, muito menos importa dizer qual a alternativa...tem legitimidade democrática, logo pode dizer quanta cretinice lhe dê na gana.
A mais comum é defender que o modo como outros se elevaram ao pelotão da frente do desenvolvimento socio-económico são inaplicáveis porque haveríamos de aterrar nos resultados sem as exigências do percurso; e isto porque sim!
A Dinamarca tem um estado social forte e o despedimento é livre; nós haveremos de ter o mesmo estado social mas o emprego garantido...e por aí fora numa realidade paralela que que ressurge falência após falência.
Vivemos numa economia de mercado, pois sim, mas não gostamos nada disso... porque não; não sabemos como nem quando sair dela, mas haveremos pelo menos de a atrapalhar bastante... porque sim.
Jose prefere os que não têm legitimidade democrática
ResponderEliminarSempre assim. Por isso os seus suspiros dengosos para com a Pide e a Legião?
Os porque sim e porque não são apenas arremedos dum aldrabão de feira a juntar palavras. Porque sim.
ResponderEliminarHá dias, perante o estendal de factos que demonstram o panorama desta sociedade venal do Capital e dos Mercados, este tipo teve duas atitudes perfeitamente contrárias. Mas com o mesmo objectivo.
Numa primeira fase assumiu o papel do que era verberado pela governança neoliberal. Assumiu o papel de piegas e um estado nauseoso suspeito, para nem sequer tomar conhecimento do implacável rol de factos apresentado pelo João Ramos de Almeida.
Um porque sim especial.
A fuga tem muitas formas. No dia seguinte, confrontado com a sua pusilanimidade, resolve assumir a birra como pretexto para o seu silêncio cúmplice e conivente com a governaçao de direita neoliberal.
Um porque não especial.
A patetice idiota dum argumentario assente num " nao importa dizer porque não, menos ainda qual a alternativa" revela logo uma tremenda aldrabice
ResponderEliminarIdêntica a uma que durante anos s fio a propaganda neoliberal troikista emitia a cada passo. Um TINA, um there is no alternative, feito à medida da mediocridade duma reza estilo porque sim e porque não.
Há alternativas. E expõem-se claramente alternativas. O sujeito nao gosta delas? Vão contra o seu pulsar anti-democrático? Então não são alternativas.
O sujeito não gosta que lhe desmontem a sociedade que defende e ama, que lhe desmascarem o poder dos seus amados banqueiros e dos seus queridos Núncios e Loureiros montados em submarinos e em sobreiros ou amesendados nos seus adorados bordéis tributários. Recusa ler sequer a exposição pública do caminho de trampa que os seus queridos e os seus mercados percorreram e percorrem. Recusa, tomar consciência que há muitos motivos para dizer um Não, um violento "assim Não".
E refugia-se nas suas ganas da cretinice e nas exigências do percurso e outras tretas do género. Curiosamente quando lhe mostraram o percurso percorrido , assumiu que estava nauseado ou em processo de birra e tapou os olhos, os ouvidos e a boca
«Ou seja, instrumentos de política para o desenvolvimento do país, mobilizáveis por quem tem legitimidade democrática».
ResponderEliminarQue se saiba D. Sebastião finou no Imperio Magrebino e não no Imperio Germânico/Carolíngio. Percebe-se que queiram armar confusão, percebe-se, mas que a armem em raios que os partem…
Outros tempos em Portugal os senhores do dinheiro e do poder, com seu povo, de vez em quando davam mostras de criadores de riqueza e investidores dessas mesmas riquezas em eventos práticos e assertivos dentro e fora do Rectangulo, hoje, por que da´ menos trabalho, nem as pensam, aplicam os capitais em offshore e paraísos fiscais.
E voltamos a´ questão central - quem, neste país esta´ apto a agarrar nos instrumentos de política para o desenvolver e que tenha legitimidade democrática, se a grande maioria, por medo ou por interesse prefere prostrar-se perante o Altar do Deus Mercado?
de Adelino Silva
Duas notas em jeito de roda-pé.
ResponderEliminarAdivinha-se o apetite forte, ganancioso, à patrao boçal e iníquo pelo "despedimento livre".
Era a opinião de perito patronal nas reuniões sobre a realidade laboral em Portugal?
ó josé, bem sei que por ti nem a escravatura tinha sido abolida.
ResponderEliminarmal por mal, vais aceitando a escravatura disfarçada imposta pelos neoliberais, que vamos tendo para benefícios dos mesmos que já antes de 74 eram privilegiados.
Uma segunda nota:
ResponderEliminarAdivinha-se a pesporrência anti-democrática do sujeito das 00 e 32.
Como é possível não amar a economia de mercado? Como é possível não gostar dela? Como é possível dizer mal dela? Como é possível querer sair dela?
Como é possivel atrapalhar o glorioso caminho do mercado uberalles? O glorioso caminho das falências escancaradas durante s governança de Passos e de Portas, a senda magnifica das privatizações para as mãos dos donos disto tudo, o trajeto imperial dos negocios privados em regime de monopólio e oligopólio?
Como é possivel atrapalhar essa máquina protectora dos vícios privados do poder econômico e que oleia a economia assim tao bem?
E querem dizer Não? E, quais pé-rapados, querem atrapalhar este caminho de sucesso para o Capital e para a riqueza dos sobas do dinheiro?
Ah! Que saudades dos tempo em que nao deixávamos estes pé -rapados atrapalharem os negócios, nao é mesmo ó sujeito das 00 e 32?
Apareça um palerma qualquer que me explique como e quando quer sair da economia de mercado.
ResponderEliminarQuanto ao pode encontrar no que se lhe seguiria melhor que não diga nada que não estou com paciência para histórias da carochinha.
Pois parece que herr Jose não está com paciência.
ResponderEliminarHerr Jose deixe-se de fitas. Umas vezes assume-me como piegas. Outras vezes como trauliteiro. Outras como caluniador. Sempre em processo de fuga quando impotente para. Sempre amante dos mercados e amante do Neoliberalismo.
Herr jose? Um palerma qualquer?
Vá dar banho ao cão mais esses seus modos de troglodita enraivecido. Se quiser passe pela TINA para ver se toma um banho.
E deixe de ser alarve
Herr Jose.
ResponderEliminarOs colonialistas de antanho diziam exactamente o mesmo.
Foi o que se viu.
Herr jose. Como não se pode amar uma sociedade de trampa onde uns canalhas utilizam e defendem os bordéis tributários?
Ou em que não haja despedimentos livres?
Ou sem exploradores ávidos de cada vez mais lucro?
Ou sem a riqueza concentrada em cada vez vez menor número de mãos?
São uns chatos. Agora os pés -descalços querem contestar a ordem do mundo
Voltaram-lhe as náuseas herr jose?
ResponderEliminarOra José, Palermas há muitos, seu palerma, podes e´ não dar por isso, o que não deixa de ser outra palermice. Se calhar não e´ aqui nos LdB o local apropriado para disseminares os teus ódios a tudo quanto diz respeito ao Estado Social ou Estado Providencia. Entretanto vê la´ se atinas dom o respeito que deves aos outros e deixa para la´ as cretinices a que te acostumaram. de Adelino Silva
Quem está no pelotão da frente é António Mexia que só em 2016 ganhou da EDP mais de 2 000 000 de euros.
ResponderEliminarO antigo ministro de Pedro Santana Lopes, militante do PSD, perguntou ontem quem era o palerma que conseguiria explicar o porquê do querer sair da economia de mercado
E numa bravata, já toldado pelo slcool, exigia exaltado:
" E como? E quando?"
E numa voz já entaramelada continuava:
" Digam, digam, para o Capital não ser apanhado com as calças na mão".
Sera´ impressao minha ou estarei a viver uma transiçao governativa contraditoria com importantes divergências, chamada de “Geringonça” ou “Cavalo de Troia” em que por um lado se pretende resgatar um Estado prestador de vassalagem aos ditames de uma agenda cultural corporativa não democratica e ao mesmo tempo um Estado garantidor dos direitos sociais e redutor das desigualdades”?
ResponderEliminarOra, pelos ensinamentos da historia – não se deve nem pode servir dois amos ao mesmo tempo. Por isso, em verdade vos digo que estamos a ser enrolados sem poder dizer nada, pois quem devia e podia impor-se a tal dicotomia, prefere ajudar a tecer o pano de fundo desta tragicomedia anti progressista que se rejeita em artigos de jornais e falatorios na TV mas que na pratica adormecem o Povo. de Adelino Silva
Adelino, como verdadeiro revolucionário tive alguma expectativa que já fosse possível conhecer a agenda dessa vanguarda proletária; e nem posso acreditar que aquela tirada do 'palerma' iniba um verdadeiro revolucionário!
ResponderEliminarMas para já, só lamentos...
Lamentos?
ResponderEliminarComo a pieguice manifestada pelo jose que, de tal forma nauseado e incomodado, feito flor de estufa, nao conseguiu ler o relatório implacável de JRA?
Já lhe passaram os enjoos?
Voltou ao " palerma" institucional da sua instituição privada?
A este tudo lhe serve para.