"Em 2010, por ordem do então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Sérgio Vasques (último Governo de José Sócrates), a publicação destas estatísticas passou a ser obrigatória e, nesse ano, foram divulgados valores relativamente às transferências de 2009. Mas depois disso, nos anos em que Paulo Núncio foi secretário de Estado, as estatísticas não foram publicadas no Portal das Finanças, o que só veio a acontecer em Abril de 2016".
De 2010 a 2015, foram quase 29 mil milhões de euros! Desse total, dez mil milhões não foram tratados pelo Fisco, apesar de comunicadas pelas instituições financeiras. Porquê? Ainda não se sabe.
Toda estes dados vêm de um artigo publicado hoje no Público sobre as transferências feitas para offshores de 2010 a 2015, sobretudo durante o governo PSD/CDS.
Concordamos todos que isto vale bem mais do que um SMS.
Por isso, quero ver os deputados do PSD e do CDS a vociferar com Paulo Núncio por ter afectado a justiça social. Ou vão argumentar que não é ilegal e que, portanto, o que é que podem fazer senão prosseguir com a segunda comissão de inquérito aos SMS...?
Quero ver o presidente da República a escrever uma nota a poucos minutos da meia-noite a dizer que, depois de ter acesso aos dados transmitidos à Inspecção-Geral de Finanças, acha que é melhor o CDS mudar de atitude para com o seu ex-secretário de Estado, advogado de um dos maiores escritórios de advogados e conselheiro de Paulo Portas. Quero ver Paulo Núncio e Paulo Portas a almoçar em Belém. E quero ouvir Passos Coelho dizer que os números nunca lhe foram apresentados.
Quero ver mister "Blue eyes" a ser confrontado com este resultado governamental e dizer que claramente está longe de ter sido instigado pela Troika. Ou que ficou abaixo do previsto. Quero ver o presidente da Comissão Europeia a desvalorizar o valor, porque se este é de longe um recorde, está bem abaixo do que ele conseguiu no Luxemburgo, como primeiro-ministro.
E quero ver quatro manchetes do Público, de todos os jornais, com os jornalistas a seguir a vida de Paulo Núncio, a perguntar-lhe o que aconteceu; quero ver as emissões televisivas repetirem e repetirem este caso, mostrando a cara de Paulo Núncio em várias posições, com "Praças Públicas" sobre o assunto e debates nocturnos, com todos os responsáveis possíveis e opinadores em carteira.
Quero ver, uma vez que seja, o circo montado na direcção certa. E que nunca, mas nunca estes 10 mil milhões apareçam num qualquer RERT, ou seja, um daqueles planos extraordinários de regularização de capitais saídos fraudulentamente do país...
João
ResponderEliminarMuito bom post. Queremos ver o circo montado na direcção certa. E o confisco dos valores das trafulhices do Capital.
«Paulo Núncio por ter afectado a justiça social. »!!!
ResponderEliminarJá está visto que O dinheiro era para ser distribuído!?!?
Calma! Segue a questão dos SMS e a ver vamos do que se trata neste caso.
Será que a troika não proibiu a livre circulação de capitais?
Será que publicitar a fuga de capitais alarmaria os mercados?
Será que a proximidade da geringonça assustou as empresas e os capitalistas?
Será que as campanhas contra ao euro põe os euros à procura de tefúgio?
Uma coisa é certa: não pude participar nesses movimentos, o que muito me desgosta.
http://expresso.sapo.pt/politica/2017-02-21-PCP-pede-audicao-de-atual-e-anterior-governante-sobre-transferencias-para-paraisos-fiscais
ResponderEliminarBoa Sorte
ResponderEliminarOnde estão os comentários dos estoicos defensores da “austeridade” sobre este assunto?
ResponderEliminarVa lá Passos Coelho, Cavaco Silva, Medina Carreira, Paulo Portas, Durão Barroso, Camilo Lourenço, Vítor Gaspar, Maria Luís Albuquerque, César das Neves, Luís Montenegro, etc, não se acanhem! Opinem!!
Digam a nós, os plebeus, mais uma vez, como não há dinheiro! Como não há alternativa!
Herr jose faz profissão de fé. Parece que tem inveja. Adivinha -se os caninos a aumentarem e a uma quase baba a escorrer.
ResponderEliminarHerr jose está equivocado. Nas tintas para as suas matinas de sotaina travestidas. O que importa é a sua defesa da pilhagem e do crime. A sua luta do modus fsciendi do cspital. A sua colaboração ideológica con a pulhice do capital
Herr Jose faz jus à sua posição de classe
O suspeito de actividades criminosas, ex-governante de Cavaco, ex-dirigente do PSD e companheiro de aventuras da mafia neoliberal, um tal Dias Loureiro disse exactamente o mesmo:
ResponderEliminarO meu produto do saque é meu. Queriam que eu o distribuísse?
Eis o nível argumentativo e a pesporrencia justificativa por parte desta direita-extrema sem vergonha.
Herr jose.O que tem isto a ver com o que se denuncia? A teoria da citaçao da inveja, habitual entre o bas-fond, que para justificar o crime invoca a cobiça alheia?
Herr jose. O papá nao lhe ensinou outros métodos e outras posturas? Outras ideologias? Outros processos? Outra dignidade, que diabo
Mas herr Jose confirma uma coisa.
ResponderEliminarO motivo pelo qual a direita, a extrema-direita, o ex-assessor de Cavaco e boss do Observador, agora chefe--de-fila do Publico, toda a matilha neo-liberal andam a chafurdar nos sms.
Por isto. Para esconder o essencial e extravasarem o seu ódio de classe
Calma herr jose. A sua manobrazita nao passa
Mas o melhor está para vir.
ResponderEliminarA justificação da actividade criminosa por parte de herr Jose.
Todo ele se derrete piegas, com trejeitos notáveis, na busca para encontrar justificações para a actividade criminosa dos seus amados
Uma pieguice chapada e viscosa. Em contraponto ao ódio que lhe despertam os trabalhadores
Não se existem em demasia.
ResponderEliminarBoa parte do comércio internacional de matérias primas passa por empresas em paraísos fiscais.
O governo PPC provavelmente fez mais contra a fuga ao fisco do que fará a geringonça presidida pelo nº2 do 44, o que prova ouvir e ver muito pouco sobre essas matérias.
Caro João Ramos de Almeida,
ResponderEliminarFelizmente, com esta maioria de esquerda o assunto não deixará de ser esmiuçado até ao limite na AR. A não ser que ... o dinheiro não tenha cor (política).
Paulo Nuncio, ex-secretário de Estado, advogado de um dos maiores escritórios de advogados e conselheiro de Paulo Portas
ResponderEliminar"O taxi espera o CDS-PP”. Mas eu pergunto: alguma vez terão os “populares” abandonado o carro de praça? O CDS-PP ocupou, de há muito, o nicho de “call girl” do nosso sistema institucional “centrolacionista”. Dito em português curto e grosso, o partido do senhor Paulo Portas é a puta do “Centrão”, que hora se amiga com um, ora faz olhinhos a outro, estando na cama a fornicar, por conveniência, com o primeiro. E fá-lo sem nenhuma vergonha nem recato, lançando a infâmia sobre as verdadeiras putas que, essas, honra lhes seja feita, assumem-se briosamente como tal e não adoptam, ao mínimo olhar ou reparo reprovador, o ar e a postura de virgem ofendida com que nos brinda a “Madame superiora” dessa casa de tolerância que é o PP. E é por demais sabido que o taxi é o meio de transporte de eleição no meio da putaria"
(Imbondeiro).
"Será que a troika não proibiu a livre circulação de capitais?"
ResponderEliminarEssa mania de obediência servil e acéfala à troika dá nisto. Pensam logo que a lei já emana da troika e que as leis portuguesas não são para cumprir. Uma espécie de fidelidade avant guarde aos donos?
A violação da lei tem que ter consequências. A invocação do seu desconhecimento como justificação só mesmo dum acanalhado personagem com a competência dum membro do PP.Como Núncio
Mas é simplesmente delicioso ver como um tipo que berrava pela lei e pela ordem no tempo da outra senhora e que voltava a repetir o mesmo estribilho aquando das manifestações anti-governança neoliberal, agora venha varrer a mesma lei para debaixo do tapete.
Ainda por cima dando indirectas submissas à lei troikista.
Simplesmente abjecto, não?
"Será que publicitar a fuga de capitais alarmaria os mercados?"
ResponderEliminarE foi por medo dos gritinhos histéricos dos virginais mercados que não se cumpriu a lei?
Não se sabe o que admirar mais. Se a pieguice em torno dos mercados, se a pieguice em torno dos responsáveis pelo crime
"Será que a proximidade da geringonça assustou as empresas e os capitalistas?"
ResponderEliminarSobretudo no período entre 2011 e Setembro de 2015
E os pobres capitalistas, tão assustados, comportaram-se como s ecomportam habitualmente: como vulgares criminosos.
Mas os "ais" soltados pelo tipo que os solta em torno dos tais capitalistas são tão pungentes. Tão solidários. Tão compreensivos
Que uns quantos deputados se entretenham a bisbilhotar mensagens de telemóvel, isso é assunto de relevância nacional. Que umas centenas de corruptos tenham postos o seu dinheiro em bom recato,fugindo ao fisco com o apoio dos banqueiros, e a total ignorância ou complacência da TROIKA, isso são assuntos de lana caprina. E assim vai este pais á beira-mar plantado.
ResponderEliminar"Será que as campanhas contra ao euro põe os euros à procura de tefúgio?"
ResponderEliminarEntão não? As campanhas contra o euro durante a governação dos acanalhados Núncios fizeram os capitalistas desatar a fugir.
De resto foram tais campanhas que motivaram a queda de Passos. Tiveram tanto medo que fugiram assustados.
Embora as más línguas digam que o objectivo era proteger o produto do saque, lavar dinheiro obtido ilegalmente e fugir ao fisco.
Não. O sujeito das 18 e 56 precisa de mais para tentar limpar o acanalhado Núncio, o governo de Passos, a governança neoliberal, o PP, os negócios sujos, os offshores, os néscios e gordos capitalistas e a escória associada
Um insuspeito comentador , José Pacheco Pereira:
ResponderEliminar"Os offshores são, antes de tudo, do crime, da lavagem de dinheiro, da fuga ao fisco, uma questão que significa para as democracias a perda de um princípio básico – o de que o poder político legitimado pelo voto e pelo primado da lei se sobrepõe ao poder económico. Por isso, tratar a questão dos offshores apenas como sendo de natureza fiscal e andar às voltas por aí é já um mau ponto de partida.
A questão que muitas vezes é iludida é que não existe uma única razão económica sólida para que hajam offshores. Para que é que eles servem para a economia, para a produção, para o emprego, para a indústria, para o comércio, para o investimento limpo? Nada. Tudo aquilo para que os offshores servem é para esconder dinheiro e os seus proprietários, para esconder a origem do dinheiro, através de um conjunto de fachadas anónimas que depois vão desaguar aos grandes bancos sediados na Suíça ou em Londres".
Geringonço esqueceu-se de Jose´Gomes Ferreira ?
ResponderEliminarA divulgação das estatísticas relativas à informação a que os bancos estão obrigados a transmitir à Autoridade Tributária sobre transferências para offshore é obrigatória desde 2010, mas o anterior governo nunca a fez.
ResponderEliminarO Público confrontou a actualização recente dos dados com a primeira divulgação, feita em Abril de 2016, e verificou uma disparidade de 20 transferências, num total de quase 10 mil milhões de euros. Em resposta ao diário, o Ministério das Finanças explicou que a disparidade se deve a comunicações feitas pelas instituições financeiras que foram ignoradas, entre 2011 e 2014.
A situação foi remetida para a Inspecção-Geral de Finanças, cuja investigação ainda decorre. Em causa podem estar vários milhões de euros em impostos não cobrados.
Governo de Passos esconde transferências para offshore
Com a chegada do PSD e do CDS-PP ao governo, em 2011, o Ministério das Finanças de Vítor Gaspar decidiu não cumprir a obrigação de divulgar a lista de transferências para paraísos fiscais. A mudança da tutela para Maria Luís Albuquerque não teve qualquer efeito, sendo apenas com a actual equipa das Finanças que os dados foram revelados.
De acordo com a informação que a Autoridade Tributária revelou em Abril passado, teriam fugido do País 10,2 mil milhões de euros entre 2010 e 2014. Com a actualização feita agora, o valor sobe para perto dos 20 mil milhões, quase o dobro, relativamente ao mesmo período. Com a soma dos valores transmitidos em 2015, mais de 8 mil milhões, o total chega aos 28 mil milhões de euros em seis anos.
Nesse ano, o último em que o PSD e o CDS-PP estiveram no governo, o valor superou o total de juros e encargos com a dívida pública ― quase 5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Os valores divulgados pelas Finanças não correspondem ao total saído de Portugal para paraísos fiscais, já que não estão registadas as transferências que escapam ao circuito legal. Também os dados relativos ao Centro Internacional de Negócios da Madeira não foram contabilizados, já que a sua divulgação compete ao Governo Regional da Madeira. Apesar de desde 2010 ser obrigatória a divulgação dos dados, esta nunca foi feita.
O capital tem boa memória e nunca mais é apanhado com as calças na mão como no 25A.
ResponderEliminarQuanto mais vociferarem mais se abriga noutras paragens.
Quanto mais geringonçarem menos investimento.
Ninguém reclama de a AT não ter dito nada? Ou é a hora de ruído que abafe o ruído dos SMS da vigarice: 'Estado mero acionista em mercado bancário'?
O Carlos Alexandre e o Rosário Teixeira ainda vão supor que isto é do Sócrates.
ResponderEliminarhttp://viriatoapedrada.blogspot.pt/2014/07/a-maior-cabala-e-mentira-depois-de-74.html
ResponderEliminarSerá que Portugal e´ uma democracia moderna?! Se e´, o mundo deve estar doido…
Então o “Estado Democrático de Direito” o aparelho do estado, dão cobertura a crimes económicos, fuga ao fisco feito pelo capital, financeiro ou outro? Vai la vai… A direita não pode fugir ao seu ADN. E´ de sua natureza! de Adelino Silva
Onde anda a tal posição da dita esquerda?
ResponderEliminarJá se esqueceram daquilo que disseram estes anos todos, ou mudaram de opinião porque estão todos empregados!?
Nem fascismo Nem social-fascismo!
Por uma informação Livre e Democrática!
... Helena Garrido, Nuno Melo, José Manuel Fernandes e restantes do "jornal" Observador, e vários outros que inundaram as TVs e jornais são os que têm defendido o neoliberalismo cada vez mais agressivo e totalitário!
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ResponderEliminar“Quando a democracia burguesa se despe das suas roupagens respeitáveis” Há que apostar bem fundo na sua eliminação.
Já foi demonstrada ao longo de mais de 40 anos aqui em Portugal a sua incapacidade.
Urge o advento de uma democracia de novo tipo, de economia social, não burguesa!
Chegamos aos valores mais altos, nunca vistos, de corrupção. Chegamos aos mais baixos níveis de hipocrisia. E me parece que
o Povo não foi fadado para aceitar tal aberração.
Cabe as forças organizadas em cidadania de esquerda a última palavra!
Os verdadeiros democratas não devem tolerar a´ direita mais retrograda tal acervo de intolerância e de rapina! Nunca pensei chegar a este estádio da vida. de Adelino Silva
Não é simultaneamente vergonhoso e delicioso o comentário do Herr Jose?
ResponderEliminarEsta pieguice revelada pelo cuidado face ao ex-governante do PP que invoca o desconhecimento da lei como justificação para a violar?
A falta de lisura, de veeticalidade, de honra, de tomates desta cambada medonha brada aos céus.
Mais. Um tipo que foi apanhado com as calças na mão a 25 de Abril até tenta empurrar para a AT a responsabilidade do caso.
Mas o responsável máximo não é o Núncio? Mas os responsáveis da AT não foram lá metidos pelo governante? Boys para servirem o Capital? Mas o caso da colonização destes rspazes não foi noticiada e não constituiu até alvo de violentas críticas?
Uma prostitura tem mais dignidade e é mais honesta como dizis Imbondeiro
Confirma também o herr Jose o que se pretende com os sms e com o seu agitar por parte da direita e da direira-extrema
ResponderEliminarAbafar e esconder as evidência do fracasso clamoroso da austeridade criminosa.
Mascarar os verdadeiros crimes contra Portugal por parte do Capital.
Só um idiota fanático. com o rabo preso pelos escândalos que se vão sucedendo, pode querer comparar a gravidade dos dois casos vertentes
Fala-se também em investimento do Capital. Ameaça-se até com a sua falta se a geringonça governar.
ResponderEliminarA desfaçatez destes tipos raia o criminoso. A chantagem desta gentalha nao pode passar.
Acha-se o Capital acima da democracia. Acha-se o Capital acima da lei. Porque aqui não se trata de nenhum investimento. Aqui trata--se de crime. Herr jose ponha lá naquilo que tem sobre os ombros. Trata-se de crime. Nao se refugie no investimento. Não seja poltrão. Assuma a responsabilidade. Não mostre desta forma que os capados reais são menos capados que estas coisas moles e gelatinosas que assim agem
Aqui ha violaçao da lei. E como tal deve ser tratado o assunto. Com a divulgação dos envolvidos e s sua penalização. Máxima. Quem foi sacrificado aos desmandos da governança neoliberal..e foram muitos....exige que a corja seja responsabilizada
O Costa geringonço foi hoje ao parlamento e combinou-se com os colegas geringonços para levarem este assunto para a sua campanha anti falecido governo.
ResponderEliminarQue afinadinhos na treta.
Acontece que o prazo destes assuntos para as Finanças é de 12 anos (iniciativa dos horríveis neoliberais!) e para tudo o mais que respeita aos indígenas é 4 anos.
Com as Finanças a dar prioridade ao que se aproxima da prescrição...podem os geringonços brilhar na sua perseguição aos capitalistas.
A ver vamos!
Sejamos objectivos, ultrapassando a choraminguice barata da "perseguição dos mafiosos, perdão, dos capitalistas".
ResponderEliminarSoubemos ontem que, durante a governação de Passos e Cristas, voaram mais 10 mil milhões de euros para destinos exóticos, para paraísos fiscais. Uma realidade que começámos a conhecer no ano passado, quando, pela primeira vez desde 2010, os dados relativos a transferências para offshore foram divulgadas. ( desde 2010 a máquina fiscal estava muito ocupada com as prescrições)
Mas estes 10 mil milhões de euros são muito diferentes em relação aos restantes 18 mil milhões que fugiram de Portugal no mesmo período: as Finanças conheciam esses movimentos (foram transmitidos por instituições financeiras) mas ficaram perdidos numa gaveta qualquer, real ou figurativa, material ou digital.
No entanto, as diferenças não param por aqui. O valor representa apenas 20 transferências, com um valor médio de cerca de 500 milhões de euros. Um maço gordo de notas para ficar esquecido numa gaveta, que a Autoridade Tributária deixou passar sem verificar a origem e o destino, se os impostos sobre os muitos milhões tinham sido pagos ou, mesmo, se havia indícios de criminalidade económica.
E quem tutelava a gaveta esquecida ( estavam muito atarefados) até à posse da actual equipa do Ministério das Finanças? Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais entre 2011 e 2015, ex-dirigente do CDS-PP e advogado de negócios.
O mesmo governante que concretizou o «enorme aumento de impostos» anunciado por Vítor Gaspar, que conduziu as «reformas» do IRS, reduzindo a sua progressividade, e do IRC, baixando os impostos para as empresas. Esta última, a do IRC, foi entregue a António Lobo Xavier, o advogado, político e banqueiro que foi buscar Paulo Núncio para o seu escritório de advogados, poucos dias depois do seu governo ter caído na Assembleia da República.
A responsabilidade política sobre o fechar de olhos perante a fuga massiva de capitais de Portugal para sítios onde se abre conta bancária para fugir ao fisco recai sobre o anterior governo e sobre o PSD e o CDS-PP.
Uma actuação condizente com a assumida estratégia de trabalhar com os «grandes contribuintes» na sua «planificação fiscal», de baixar os impostos sobre as empresas enquanto se cortavam salários, reformas, pensões, prestações sociais e outros direitos – feriados, dias de férias, horas extraordinárias, indemnização por despedimento; a lista é extensa e ainda hoje sentimos alguns dos efeitos.
Quando a direita se prepara para aprofundar o aproveitamento dos inquéritos parlamentares para desestabilizar o processo de recapitalização pública da Caixa Geral de Depósitos, vale a pena perguntar se não será mais importante apurar o que se passou com os 10 mil milhões de euros ignorados pelas Finanças, com a complacência ou cumplicidade de destacados dirigentes do PSD e do CDS-PP.
QUE TAL SABER QUEM DEU A INDICAÇÃO (SUPERIOR) PARA DEIXAREM DE SER PUBLICADAS ESSAS ESTATÍSTICAS RELATIVAS A ESSE BANCO? QUE TAL AVERIGUAR SE QUEM ORDENOU A NÃO PUBLIUCAÇÃO DESSA ESTATÍSTICA TAMBÉM NÃO TERÁ FICADO COM ALGUM OFF SHORE POR INTERPOSTO TESTA DE FERRO? DEZ MIL MILHÕES? GRANDE BARRETE ENFIADO ÁS FINANÇAS POR ALGUÉM DAS FINANÇAS?
ResponderEliminarJá viram o afinadinho da treta choramingar assim tanto pelos patifes dos offshores?
ResponderEliminarA choramingar tanto pelos núncios e pelos portas?
A verter tanta pieguice acumulada em torno do defunto governo?
Ó das 18 e 38 não nos faça de idiotas.
Não ouviu o Passos Coelho em voz aflautada a perder a cabeça por ter sido desmascarado?
É absolutamente escandaloso" que um Governo [PSD/CDS] "que não acabou com a penhora da casa de família tenha tido a incapacidade de verificar o que se passou com dez mil milhões". Com a "maior tranquilidade" para a fuga de capitais sem vigilância fiscal, ao mesmo tempo que se revelava "implacável" com o imposto automóvel ou com as multas das portagens." Com um euro em atraso ou com uma dívida de cêntimos
Para esses casos as finanças já não tinham prazos para prescrever?
Já percebemos. O sujeitinho, tal como defende os criminosos que se acoitam nos offshores, também defende estes trastes.
Eis a prova irrefutável que há mesmo luta de classes E que estes tipos utilizam toda a trampa para esconderem a trampa que fazem .