sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Continuem
O bom andamento da economia britânica não está a ser fácil para o Banco de Inglaterra, que tem tido de rever constantemente as suas previsões pessimistas desde meados de 2016. Apostaram num choque que não ocorreu. Embaraçosa, realmente, foi a campanha económica contra a saída da UE à boleia do chamado projecto medo e por isso logo a seguir ao referendo defendi no Negócios que o resultado também assinalava o merecido descrédito público da economia convencional.
O embaraço alarga-se a outros defensores da integração: exibindo os hábitos pós-democráticos do consenso de Bruxelas, um distinto europeísta garantia-nos, quando foi conhecida em Novembro a primeira decisão do tribunal, que a obrigatória votação no parlamento “dificilmente não será contra o Brexit”. Não estava só no revelador desejo. Anteontem, o parlamento reconheceu naturalmente a vontade do soberano. É um bom hábito.
Por falar em bons hábitos, já que cerca 80% dos deputados trabalhistas respeitou o resultado do referendo, talvez esta seja uma boa oportunidade para o partido abandonar o meio da ponte e regressar à posição céptica em relação a uma integração anti-democrática e anti-socialista, que foi maioritariamente a sua até à derrota dos anos oitenta.
E quando se refere à Economia não convencional refere-se porventura à promessa de May e Hammond de, se não lhes derem o que querem nas negociações que se avizinham (o Brexit ainda não ocorreu, lembre-se, e ainda estamos à espera do 'white paper' de Theresa May), transformarem o Reino Unido num Paraíso Fiscal sem Estado Social, presume-se que acolitado aos USA de Donald Trump? Se for esse o desejo dos britânicos, que façam como entenderem, note-se... Agora que não vai ser propriamente uma vitória dos ideais socialistas (e Corbyn agoniza nas sondagens, em parte por ter andado sempre a mudar de opinião, e nisso estamos de acordo), acho que não vai ser. Mas o João Rodrigues irá naturalmente continuar a proclamar que de derrota em derrota, chegará à vitória final... Enfim, chinesices...
ResponderEliminarJaime Dantos por favor.
ResponderEliminarDeixe-se desse patuá que cheira mal e dessa correcçao ao tiro que é obrigado a fazer sistematicamente para ver se consegue manter a sua narrativa europeísta sem qualquer substracto galvanizador.
Chinesices de quem antes apresentava o brexit como a mãe de todos os males e como o fim da economia do RU. Nao quer ouvir de novo o que antes dizia sobre o assunto pois não?
E deixe-se dessas fitas sobre o Corbyn mais o socialismo. O seu antagonismo a este é coisa que está registada. O seu desamor pelo socialismo transparece por todos os poros. Prefere os liberais e a ordenação neoliberal dos europeistas.
É tempo do partido trabalhista optar pela quebra das amarras com quem lhe traiu os princípios e os fins. Sem tibiezas.
E é tempo duma valente autocrítica sobre o andamento das coisas no pos-Brexit. Entendendo este como a pos-votaçao sem ter que se ir buscar narrativas pouco honestas sobre p pos-paper white.
A ponte Trump os conduzirá a altos estádios socializantes....
ResponderEliminarO amor que este último tem a Trump é suspeito...
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