O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Ralha, associa a falta de acompanhamento dos 10 mil milhões de euros transferidos para os offshores com a criação de uma lista VIP (Very Important Persons) na administração fiscal (entrevista nesta manhã na RTP3, não deve estar online, mas deverá ser possível encontrar aqui mais tarde).
O primeiro-ministro disse ontem, no Parlamento, que a Inspecção Geral de Finanças vai investigar "por que razão, durante quatro anos, a administração tributária foi dispensada de cumprir esta obrigação de fiscalização de transferências para offshores". Mas Paulo Ralha afirma que não era preciso haver instrução alguma para impedir o acompanhamento dessas transferências, que bastava a existência dessa lista VIP, que o anterior Governo apenas assume ter estudado essa possibilidade, mas que sempre negou ter existido.
Sem explicar como funcionava esse mecanismo no caso do tratamento das transferências para offshores, deu o exemplo do clima intimidatório criado, de medo: um funcionário que, tendo acedido aos dados de um dado contribuinte, no âmbito do seu trabalho, foi chamado ao superior, foi-lhe instaurado um processo disciplinar e morreu por problemas cardíacos. Ralha recusou-se a dar pormenores sobre o caso porque recebeu instruções da família para não avançar mais.
Como disse Paulo Ralha ontem na TSF, "há uma grande coincidência temporal. Até 2011 há comunicação, entre 2011 e 2014 não há comunicação nenhuma, e essas comunicações retomam em 2015". Por outro lado, a directora-geral dos impostos que ocupava o cargo até 2015, era a mesma em 2016, e nesses dois momentos, não se publicou e passou a publicar-se as estatísticas. Ou seja, algo mudou quando o governo mudou. Por isso, era vantajoso ouvir, não só os secretários de Estado dos Assuntos Fiscais, mas igualmente os directores-gerais dos impostos (ideia já expressa antes em declarações ao Jornal de Negócios).
Como se recorda, a lista VIP é um escudo institucional, montado para proteger certas pessoas, quando começaram a surgir informações sobre a situação fiscal do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Caso se tenha curiosidade, relembre-se o caso.
quer dizer: foi o Sócrates! Bem me parecia, quando eles começaram a dizer que não havia lista Vip nenhuma! O meu próximo livro vai conter essa abordagem do tema.
ResponderEliminarMas entretanto, quanto a ninguém ver, lembremo-nos sempre de Caxias, donde fugiram os chilenos, e os milhões não eram tantos...
ResponderEliminar“Por favor, façam que o mundo seja bom”. Esta frase de Mário Sacramento, nos tempos que correm, mundo corrupto e de mentira, faz todo o sentido. Desde tempos “Bíblicos” – “Bezerro de Ouro” ate´ hoje, as heroicas tentativas revolucionárias, (sempre sangrentas), para um mundo melhor deram népia!
Todos nos apercebemos de como poderíamos viver melhor em Portugal e todavia o “PODER” vai trilhando, como há seculos, a sua caminhada para o Abismo. Ele, o Poder, e´ insaciável e esmaga tudo a´ sua passagem.
O Paraíso Fiscal da Madeira, Offshores, Portos Francos, Casinos Isenções, Perdoes, ViPs,. Lembrar que já em outros tempos a Madeira era o coio da bandidagem política internacional. Para que servirão se não para explorar ainda mais quem trabalha?!
Se se sabe que são 10 mil milhões foram contabilizados. Era dinheiro publico ou privado ? Foram pagos os impostos ou não ? se foram pagos não perdemos nada a não ser o mau funcionamento dos serviços de registo. Se não foram pagos estamos dentro do prazo de irmos buscar o dinheiro onde ele está, como defende uma das esganiçadas.
ResponderEliminarEsperemos que não apareçam uns chicos espertos a quererem emperrar a investigação. como está a acontecer nos dinheiros publicos da CGD.
Muito bom. Claro e directo.
ResponderEliminarPor aí há quem agora queira responsabilizar a empregada de limpeza que desligou o computador, no exacto momento em que as informações chegaram.
Por aí há quem também aproveite a boleia para entoar cânticos de louvor aos offshores. Ou seja, quem defende os offshores está a mostrar que há mesmo luta de classes. E a defender o funcionamento podre, corruto e torpe deste modelo de sociedade.
O mundo velho está a agonizar e vai agonizar-nos a todos se continuarmos neste rumo.
Temos mesmo é que começar a construir um novo
Há para aí uns chulos que defendem os offshores. Estavam também na lista VIP?
ResponderEliminarCristóvão.
ResponderEliminarTem que fazer melhor para melhorar essa iliteracia.
Não consegue perceber o post?
Vossemecê também pertencia à lista VIP dos chicos espertos que cita?
"por que razão, durante quatro anos, a administração tributária foi dispensada de cumprir esta obrigação de fiscalização de transferências para offshores".
Não há problema. Foi um erro ( do mau funcionamento dos registos) ou vamos buscar o dinheiro
Cristovão . O chico esperto do Núncio e do seu governo foram apanhados com a mão na massa. Lambuzaram-se. E vossemecê ainda por cima diz que a culpa pode ser do mau funcionamento dos registos?
Francamente Cristóvão , não sabe ser sério? É que, assim o que sobra, é a sua figura esganiçada dum pobre coitado esganiçado
Deixei um comentário cujo título é:
ResponderEliminarLIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE - NÓS E A DEMOCRACIA/REVOLUÇÃO OU DAS RELAÇÕES HOMEM NATUREZA
1 - (homem - natureza)
não sei se algo ficou devido ao número de caracteres, se interessados podem retirar da minha página de FB (Daniel Santana)
Esse nome Ralha tem tradição no PS.
ResponderEliminarOra o que no PS é a elite da sua tradição de trafulhice, manobra, caceteirice, seita maçónica e ralezada está hoje nos mais altos catgos do Estado.
Mas o pormenor do coitadinho que morreu por ter de dar contas ao chefe é de cortar o coração; infelizmente a família não permite desenvolver a novela!
No 'Estado Corporativa' a coisa tinha melhor nível.
"a lista VIP é um escudo institucional, montado para proteger certas pessoas, quando começaram a surgir informações sobre a situação fiscal do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Caso se tenha curiosidade, relembre-se o caso"
ResponderEliminarVale mesmo a pena ler este muito excelente trabalho de João Ramos de Almeida.
Tal como há suspeitos e mal cheirosos apoios aos offshores, na altura também havia quem sobre as listas dissesse que :"Nihil obstat".
Nihil obstat: Uma aprovação oficial do ponto de vista moral e doutrinário de uma obra realizada por um censor da Igreja Católica.
Conferem. Os offshores dos vampiros ( grande Zeca), as listas VIP e os censores beatos
Agora tenho que sair, para trabalhar. Ou seja, vender aminha força de trabalho, ainda a única coisa que tenho preciosa, mas prometo, mais logo dar aminha opinião… Mas não vou falar nem no Sócrates, nem daquele senhor que vende mais livros que o José Saramago!
ResponderEliminarTenham "piadade" de nós!!!