Eis a lista dos paraísos fiscais considerados por Portugal como paraísos fiscais em que se procedeu à eliminação da lista dos paraísos fiscais de Jersey, Ilha de Man e Uruguai... por terem aderido às convenções de troca de informações. A formulação é muito infeliz: "a lista dos países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis"...
Para lá da ideia macabra de ter sido retirado da lista o Luxemburgo, mesmo depois de se ter provado que foi aí que se realizaram os acordos mais vergonhosos de isenção fiscal por parte de multinacionais mais ricas do planeta, a dúvida que se suscita é como extinguir estes buracos negros do sistema democrático?
Como é que a social-democracia que sobra considera aceitável que todas as regras e convenções de troca de informação resolvam o problema, quando tudo prova que as regras sejam simplesmente ineficazes?
Como qualificar sistemas que viabilizam e necessitam desses buracos negros como forma de retirar ao controlo democrático o valor criado na sociedade, em proveito privado de uma minoria de pessoas, deixando o sistema fiscal sobre o rendimento incidir sobretudo sobre o valor do trabalho e das pensões?
Junto a minha perplexidade à sua. Parece que tudo se resolve com uma lista ou um "ranking"!
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ResponderEliminarAnda mais de meio mundo a roubar a outra parte e´ o que se tira de uma listagem destas. Ainda que os liquidadores das democracias europeias sejam eles os próprios patrões desse sistema a passarem-se por democratas.
Muitas centenas de portugueses com altas condecorações de diversos méritos já não podem passar sem essas facilidades de ajudar o pobre trabalhador a se enterrar mais na miséria!
E´ um autentico crime..!
Ate´ parece que todo o mundo pode roubar a seu belo prazer desde que adira a um esquemazito de troca de informações. Chamam a isto “democracia em acçao” ? Vai la´ vai. De Adelino Silva
Sobre esse tema sugiro este livro http://www.oxfordscholarship.com/view/10.1093/acprof:oso/9780190251512.001.0001/acprof-9780190251512.
ResponderEliminarE já agora aqui um post sobre o livro http://365forte.blogs.sapo.pt/i-catching-capital-441987
Ó virtuosos! Ó excelsos! Ó puros ignorantes!
ResponderEliminarSó há duas vias de roubar um fisco que seja moderadamente eficiente:
- Inflacionar os valores de aquisições que deixam comissões em paraísos fiscais.
- Reduzir os valores de vendas colocando comissões em paraísos fiscais.
- Tudo o mais é dinheiro que imigra legalmente, o que não significa que não sirva para pagar a corruptos, maioritariamente formados por servidores públicos.
Um fisco eficiente pode ainda assim controlar os dois primeiros métodos.
Quanto ao terceiro - o mais danoso da economia - esse é só treta e nada de significativo é feito para suster essa sangria 'democrática'.
Popular mesmo é pôr todo o mal no capitalismo.
ResponderEliminarAcabei agora de ouvir «Balade pour Adeline» Interpretada por Andre´ Rieu e sua orquestra.
Bem entendido para apreciar os comentários nos L.B.s
O que se sabe e´ que o maior indicador da miséria humana se da´ por «capitalismo», nem mais..!
Só que por modos de engenharia semântica chamam-lhe de liberalismo, neoliberalismo e socialismo de rosto humano entre outros aforismos.
Mas, claro, tem o seu lugar na história tanto em gerar desenvolvimentos guerreiros impetuosos como o de exaurir o planeta…
Compreende-se assim o dilema da direita em Portugal – por um lado preferem os of shores ao fisco e por outro lado criam eles mesmo a instabilidade bancaria no país. De Adelino Silva
Dentro da União Europeia existem Off Shores.A ilha de Man é um Off Shore, ninguém tem duvidas.O próprio Benelux, essencialmente o Luxemburgo, tem essas características.
ResponderEliminarO Luxemburgo, apesar de ser um pequeno país era até ao final da década de 70 um grande produtor de aço , deixou essa actividade para se dedicar aos produtos financeiros , protegidos por um regime fiscal tolerante.Em Portugal os denominados "Vistos Gold " também são um off shore,na região autónoma da Madeira existe um Off Shore.As regras do jogo parecem não estarem estabelecidas.
O sujeito com tiques um pouco histéricos que invectiva assim desta forma:
ResponderEliminar"Ó virtuosos! Ó excelsos! Ó puros ignorantes!"
pensa que está onde?
Boçalmente fala nos corruptos formados maioritariamente por "servidores públicos".
A raiva ao público faz sobressair os seus interesses privados. Esquecido estará dos corruptos privados, aqueles que defendeu e defende. Esquecido estará que os corruptos ditos servidores públicos são acima de tudo servidores de interesses privados. Que servem sofregamente. Temos por exemplo o caso de Barroso. Um dito servidor público que afinal era "privado. Servindo banqueiros e assumindo-se agora como banqueiro. por acaso defendido nesciamente pelo tipo que vomita aqui o seu ódio ao publico
Mas há mais más novas para herr jose.
ResponderEliminarLembrar que ele próprio de forma despudorada defendeu os offshores como o meio de conseguir safar os "investimentos" dos capitalistas néscios e grotescos.
Mão se lembra ele do que disse? Quer que se esfregue diante dele as suas próprias palavras?
Pelo que essa ode sobre a "sangria democrática" é pura hipocrisia. Em jeito de "serviço dito público" ma sque não passa mesmo de corrupto
"É o capitalismo estúpido"...E mais uma vez aí em toda a sua plenitude a comprovação que há mesmo luta de classes
A esta frase certeira:
ResponderEliminar"Como qualificar sistemas que viabilizam e necessitam desses buracos negros como forma de retirar ao controlo democrático o valor criado na sociedade, em proveito privado de uma minoria de pessoas, deixando o sistema fiscal sobre o rendimento incidir sobretudo sobre o valor do trabalho e das pensões?"
responde aí um tipo, em jeito de resposta ao lado, sobre as duas únicas "vias de roubar um fisco que seja moderadamente eficiente". E debita duas inanidades (curiosamente reveladoras do olear do sistema) para em seguir ir ao que lhe interessa:
"Tudo o mais é dinheiro que imigra legalmente".
Ora aqui está precisamente o busílis e o exercício de fogo fátuo para esconder estes buracos negros em proveito de uma minoria de pessoas. Duma determinada classe de pessoas.
Parece que são "legais"
Mas surgem paridos pelo Capital. Ao serviço do Capital. Frutos dilectos do Capitalismo.
Pelo que as lágrimas amargas tentando negar o" todo o mal no capitalismo" é apenas patetice hipócrita e mistificadora
Mas a mistificação do das 23 e 13 continua.
ResponderEliminarNa forma como tenta assacar a corrupção aos "servidores públicos". "Esquece-se" que ele próprio se auto-define um "servidor público", aqui no LdB, no seu trabalho em prol da sua ideologia. "Esquece-se " que o que define um sistema económico não é propriamente quem é ou não corrupto. Embora se saiba que a corrupção é endémica numa sociedade que se baseia nos "mercados", no lucro e na competitividade predadora. "Esquece-se também que a corrupção está fundamentalmente ligada a interesses privados, e que os "servidores públicos" que têm acesso a tais manobras foram lá postos as mais das vezes como boys dos privados interesses. Os exemplos são imensos. É na casta que serve o capital que vamos encontrar sobretudo as maçãs podres. E "esquece-se" do papel dos corruptores e do seu modus faciendi em prol da concentração do Capital
Numa tentativa para mascarar precisamente o papel desta última canalha, os corruptores, e de "perdoar" a sua criminosa acção, dizia o das 23 e 13 nos idos tempos em que os neoliberais punham o país a saque:
"É estúpido ignorar que se há corruptores é porque há corruptos, e pelo que sei são os corruptos que promovem a corrupção e não o contrário".
Uma vergonhosa tentativa de mascarar os crimes de comparsas? De esconder o sistema que produz tais mafias?
A 2 de Janeiro diz-se isto numa espécie de choradinho hipócrita à volta dos offshores
ResponderEliminar"nada de significativo é feito para suster essa sangria 'democrática'.
A 11 de Abril de 2016, o mesmo exaltava e exultava com os benditos dos offshores:
"fica clara e confirmada a utilidade dos offshores: pôr a salvo de políticos treteiros e vigaristas as poupanças de quem não quer dar para tais peditórios".
E isto ainda mais exultante, ainda mais exaltante: "A ignorância militante imagina os paraísos fiscais como grandes cofres cheios de notas, moedas e ouro, uma espécie de Tesouro nas Caraíbas.
Todos esses valores estão espalhados pelo mundo, a alimentar dívidas de Estados de treteiros e a pagar impostos sobre rendimentos.
O que não correm é risco de confisco, o que evitam são os cretinos dos impostos sobre a fortuna, o que acautelam é que a penhora decorrente de avales e outros riscos garantam a subsistência de quem corre riscos de investimento.O que não correm é risco de confisco, o que evitam são os cretinos dos impostos sobre a fortuna, o que acautelam é que a penhora decorrente de avales e outros riscos garantam a subsistência de quem corre riscos de investimento"
Um hino aos crápulas e a estes buracos sem fundo. Para "garantir os "riscos de investimento"
Um insuspeito comentador , José Pacheco Pereira:
ResponderEliminar"Os offshores são, antes de tudo, do crime, da lavagem de dinheiro, da fuga ao fisco, uma questão que significa para as democracias a perda de um princípio básico – o de que o poder político legitimado pelo voto e pelo primado da lei se sobrepõe ao poder económico. Por isso, tratar a questão dos offshores apenas como sendo de natureza fiscal e andar às voltas por aí é já um mau ponto de partida.
A questão que muitas vezes é iludida é que não existe uma única razão económica sólida para que hajam offshores. Para que é que eles servem para a economia, para a produção, para o emprego, para a indústria, para o comércio, para o investimento limpo? Nada. Tudo aquilo para que os offshores servem é para esconder dinheiro e os seus proprietários, para esconder a origem do dinheiro, através de um conjunto de fachadas anónimas que depois vão desaguar aos grandes bancos sediados na Suíça ou em Londres".
Adivinham-se interesses ocultos pessoais por detrás de quem defende os offshores.
Bom trabalho, Cuco.
ResponderEliminarEspero que mantenhas citações plausíveis e a propósito.
Quem será o cuco que apoquenta tanto este tipo?
ResponderEliminarTalvez um ódio de estimação pela particular estima que o mui digno seio materno tinha por tal espécie?
Ou mais simplesmente a forma de fuga acobardada para não se confrontar com as suas próprias palavras e a sua própria imagem ao espelho
Uma imagem difícil de digerir essa, não é mesmo? Ou talvez não. Mas isto não tem qulaquer interesse para o que se debate.
E o que se debate são mesmo os paraísos fiscais, forma que o Capital tem para esconder quantas vezes o produto do saque