sábado, 21 de janeiro de 2017
Lixo económico
Dado que o estudo da OCDE sobre o trabalho em Portugal pertence ao caixote do lixo da história das ideias económicas responsáveis pela crise, sinceramente não percebo o que levou o actual governo a dar dignidade à sua apresentação em Portugal, ainda para mais tratando-se de uma encomenda política do anterior governo, certamente com mão dos seus membros, alguns dos quais estão ligados à OCDE. Será que vale a pena dar espaço aos que apostam em destruir o que resta da economia política social-democrata? É verdade que podem ter conseguido enquadrar a coisa e ter tido ganhos de causa na apoiada regressão da TSU junto de alguns sectores, mas mesmo assim. Infelizmente, em muitas áreas decisivas para esta economia política, o melhor que se pode dizer é que “o governo não vai além, mas não fica aquém da troika”.
Na década de noventa, a OCDE afiançava com toda a convicção ideológica que a redução de direitos laborais e o aumento das respectivas obrigações, por um lado, e o aumento dos direitos patronais e a redução das respectivas obrigações, por outro, criariam mais emprego. Valia tudo para transferir rendimentos de baixo para cima. Os resultados estão à vista. A própria OCDE foi obrigada, em geral e já no novo milénio, a reconhecer que o impacto no emprego da legislação que ainda protege muitos trabalhadores seria negligenciável, começando até a falar do elefante na sala: os efeitos perversos da desigualdade. Pouco importa, tal como o FMI, o que conta são as prescrições em concreto para os países em concreto, sobretudo nas desiguais periferias, confirmando que estas organizações internacionais são a expressão institucional da sociopatia. Pior talvez só mesmo a Comissão Europeia e o BCE, até porque têm poder do mais duro.
Entretanto e nem de propósito, este mês o Le Monde diplomatique – edição portuguesa tem um artigo, da autoria de Diogo Martins, onde este economista divulga literatura sobre o assunto e a sua própria investigação empírica para Portugal, indicando como a criação e destruição de emprego dependem, a nível internacional e em Portugal, fundamentalmente do investimento ou da sua falta, a componente da procura agregada que determina o essencial nesta área e não de variáveis institucionais em que a OCDE insiste para atacar o mundo do trabalho. Estas determinam a maior ou menor desigualdade na repartição dos custos e benefícios da actividade económica. A realidade tem um enviesamento entre o marxista e o keynesiano.
Como as políticas económicas decentes estão proibidas num país sem soberania, não admira que o investimento tenha caído em Portugal para metade, em percentagem do PIB, desde o início do novo milénio. A taxa de desemprego está firmemente nos dois dígitos nos últimos anos, valor nunca registado antes do Euro, quando as relações laborais até eram enquadradas por legislação mais “rígida” (um termo que é toda uma manipulação ideológica, de resto). Lembrem-se que Portugal foi dos países que mais reduziu, nestes anos do Euro, a protecção aos trabalhadores em nome da desvalorização interna, ou seja, da transferência de recursos de baixo para cima. Dá que pensar, não dá? Enfim, a OCDE bem que pode ser também enviada para o caixote do lixo da história.
A OCDE irá lá encontrar o modelo de economia planificada defendido e implementado pelo marxismo-leninismo (em todas as suas incarnações, a mais recente a da Venezuela de Chavez e Maduro), pelo que se terá que perceber qual é verdadeiramente a a visão alternativa do João Rodrigues relativamente a uma futura Economia pós-Euro e pós-UE. Deve Portugal declarar uma moratória dos juros da dívida e deixar de se poder financiar no estrangeiro, o que não permitirá uma defesa da taxa de câmbio da nova moeda? Como deve a dívida ser renegociada (que precisa de o ser dentro ou fora do Euro), o que seguramente implicará condições impostas pelos credores? Qual o grau de controle de capitais? Como proteger as empresas portuguesas que ficarão insolventes após a saída do Euro, porque têm uma parte da sua dívida não sujeita à lei nacional? Como garantir quer a manutenção do superavit da balança comercial, de que falou recentemente, quer o superavit primário orçamental, necessários para que o País não sofra de novo uma crise semelhante à de 2008 (recorde que Jerónimo de Sousa reconheceu a necessidade de contas públicas equilibradas recentemente), e conseguidos, goste-se ou não, à custa de austeridade? Qual a política de desenvolvimento que deveremos seguir e como poderemos assegurar o acesso à tecnologia e ao conhecimento num País muito mais fechado ao exterior (o regresso ao modelo obsoleto de indústria pesada vigente nos anos 70 não é certamente possível, por muitas saudades que possa ter dele)? O defeito não é a crítica do modelo presente. O defeito é a inexistência de detalhes sobre o modelo futuro e sobretudo dos sacrifícios necessários para o atingir... Nisso, a Esquerda à Esquerda do PS está muito mal acompanhada. Nem Trump nem Theresa May querem revelar a sua estratégia. A PM britânica afirma até que aqueles que questionam tal coisa estão a ser pouco patrióticos. Mas pelo menos ela já vai admitindo que o processo não será um mar de rosas... Depois do referendo, claro...
ResponderEliminarÉ mais grave do que isso, João. O investimento – a formação bruta de capital fixo –, em percentagem do PIB, caiu ao nível mais baixo pelo menos desde 1953 (como pode ser confirmado nas Estatísticas Históricas do INE, nas Séries longas para a economia portuguesa do Banco de Portugal e nas Contas Nacionais do INE).
ResponderEliminarE, como o PCP se farta de chamar a atenção, nos últimos cinco anos não compensa sequer o desgaste e a desatualização dos meios de produção (a evolução líquida do stock de capital é negativa), comprometendo seriamente qualquer perspetiva de crescimento, acima de medíocre, e de redução substancial do desemprego estrutural, sem prejuízo de variações conjunturais.
Portugal, dos perto de duzentos países da ONU, está entre os dez que menos cresceu desde a adesão ao euro. Dos outros nove, dois, a Grécia e a Itália, não por acaso, são também da periferia do euro. Outros dois, a Micronésia e Palau, respetivamente com 106 mil e 18 mil habitantes, menos que os concelho de Funchal ou de Barcelos, são “ilhotas perdidas” no Pacífico. E os outros cinco, a Síria, o Sudão do Sul, a Líbia, o Zimbabué e a República Centro-Africana, foram países destruídos por guerras ou violentos conflitos civis.
É o poder destrutivo do euro. É por isso risível andar a pedir “coragem de recuperar investimento público” (Catarina Martins, hoje mesmo), mas não arranjar coragem para exigir a saída do euro.
Bem podem BE e PS arranjar a coragem que quiserem, que dentro do euro não arranjam é investimento público. Nem, a propósito, reestruturam significativamente a dívida.
Mais uma vez o João Rodrigues acertou em cheio, estas organizações transnacionais têm de ser postas em causa, num mundo cada vez mais desigual onde a globalização foi o projecto não há como não reparar no papel destas instituições em tudo isto.
ResponderEliminarHá um grave erro de raciocínio do Jaime Santos, o que temos hoje não é alternativa a nada ao contrário do que parecer crer. Se nada for feito será a realidade a demonstrar a inviabilidade de tudo isto.
ResponderEliminarNo meu caixote de lixo estão algumas muito apreciadas deduções progressistas.
ResponderEliminar- Sendo as pequenas e médias empresas aquelas em que a relação investimento/emprego tem maior elasticidade, os obstáculos ao despedimento não têm significado no volume de emprego.
- Porque o patronato é composto por encoirados capitalistas, as emoções sociais alimentadas por proclamações do direito a manter o emprego não os afectam na decisão de criar emprego.
- Porque esse patronato têm tendências sádicas, manter o pessoal em estado de precaridade é-lhes particularmente agradável, ainda que seja evidentemente negativo em termos de desempenho..
Caro Jaime Santos,
ResponderEliminara saída do euro é suficientemente complexa, sem dúvida, para que tenhamos que andar a inventar quebra-cabeças. Algumas das suas perguntas têm respostas razoavelmente simples. Outra questão é se lhe agradam ou não, como a intervenção do Estado e o controlo público de empresas básicas e estratégicas para o país.
Chamou-me, por exemplo, a atenção da sua insistência “nas empresas portuguesas que ficarão insolventes após a saída do euro, porque têm uma parte da sua dívida não sujeita à lei nacional”. Tem razão, a dívida contraída ou emitida internamente é naturalmente convertida para escudos e não constitui problema para as empresas: com a desvalorização da nova moeda, que está a pressupor no seu raciocínio, esta dívida até fica mais fácil de pagar (pelo menos na medida da inflação importada decorrente da desvalorização). Tem razão novamente, a dívida emitida externamente permanece na divisa em que foi contraída e encarece com a desvalorização da nova moeda.
Convém, no entanto, apreciar o peso das duas componentes. Fui dar uma olhada, relativamente rápida mas julgo que atenta, aos dados mais recentes, relativos a novembro de 2016, tirados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal de janeiro.
O conjunto das empresas privadas em Portugal tinha, arredondando, 264 mil milhões de euros de dívida. Ao exterior deviam 61 mM€, cerca de 23% do total do endividamento.
Analisando mais detidamente o endividamento externo repara-se que, dos 61 mM€ da dívida ao exterior, 31 mM€ são empréstimos externos (10 mM€ até um ano, 22 mM€ a mais de uma ano; as discrepâncias são devidas aos meus arredondamentos), 16 mM€ são títulos de dívida detidos por não residentes (1 mM€ até um ano, 15 mM€ a mais de um ano) e o remanescente, 13 mM€, são créditos comerciais (incluídos nos 60 mM€ do total de créditos comerciais, internos e externos).
Repare que os títulos de dívida são geralmente cá emitidos, logo convertem-se para escudos. Ou seja, o endividamento externo que se mantém em divisa estrangeira equivale a cerca de 45 mM€, cerca de 17% do endividamento total das empresas (equivalente a cerca de 34% do endividamento total das médias e grandes empresas e a cerca de 55% do endividamento total das grandes empresas; num caso e noutro excluindo as sociedades gestoras de participações sociais não financeiras, de acordo com os dados disponíveis).
(continua)
(continuação)
ResponderEliminarÉ muito? É. É incomportável? Não.
Note, em primeiro lugar, que se esta percentagem de cerca de 17% do total de endividamento se conserva em divisa estrangeira, e fica mais difícil de pagar, os restantes cerca de 83% convertem-se para escudos e ficam mais fáceis de pagar (falando estritamente no que respeita à dívida atual).
Note, em segundo lugar, que os montantes do endividamento estão distribuídos por vários anos – tem acima os números até e a mais de um ano – e que, por conseguinte, o problema também está “distribuído” por vários anos.
Note, em terceiro lugar, que quem se endivida no exterior são sobretudo as grandes empresas, nomeadamente as exportadoras, e que tanto umas como outras, as grandes e as grandes exportadoras, são aquelas que têm tido maiores rentabilidades e menores incumprimentos.
Note, em quarto lugar e muito especialmente, que, em princípio e no imediato, são as exportadoras as que mais beneficiam de uma desvalorização da moeda (visto que as suas mercadorias barateiam no estrangeiro e conseguem vender mais).
Note, em quinto lugar, que, mais uma vez especialmente no caso das exportadoras, não há motivos, em princípio, para concluir que os créditos comerciais, concedidos do exterior, os 13 mM€ calculados acima, não sejam geralmente cumpridos. Nem, já agora, que empresas geralmente cumpridoras não tenham os seus créditos renovados.
Note, por último, que em caso de dificuldades pontuais, que não se excluem mas que também não se exageram com a histeria das “empresas insolventes”, o Estado pode, criteriosamente, ponderadamente, intervir. Se não concedendo crédito em divisas, pelo menos concedendo crédito em escudos, que aliviam a componente interna da dívida. Intervenção que deve ser acompanhada de participação na gestão e na propriedade no caso das empresas estratégicas, que devem progressivamente passar para controlo público, desde logo para acabar com o regabofe privado.
Não se trata de socialismo, nem de marxismo-leninismo, meu caro. Trata-se de salvar este país e este povo. Para que possa investir, para que possa aumentar as suas qualificações e a sua produtividade, para que possa aumentar a sua competitividade sem ser à custa da contenção, senão redução, dos salários, para que possa crescer e desenvolver-se.
Desenvolver-se como entender, como democraticamente achar melhor, sem condicionamentos, sem pressões, sem chantagens, sem imposições, sem penalizações institucionais externas.
Mais uma vez um excelente post de João Rodrigues.
ResponderEliminarSó não vê quem não quer mesmo ver
O que torna ainda mais confrangedora a intervenção de Jaime Santos.
ResponderEliminarVejamos a que nível estamos. Face ao desmascarar da OCDE, o que faz JS?
Volta-se para as incarnações e para a Venezuela de Chavez e Maduro.
Poderemos mesmo um dia falar da Venezuela.Mas só mesmo alguém a quem faltam argumentos substantivos para defender estas "instituições". As "instituições que com toda a convicção ideológica defenderam a redução de direitos laborais e o aumento das respectivas obrigações, por um lado, e o aumento dos direitos patronais e a redução das respectivas obrigações, por outro"
Invocação patética e pateta esta de invocar fantasmas para esconder onde devia estar a OCDE. Ao caixote do lixo da história, como muito bem se disse
"Conseguidos à custa da austeridade".
ResponderEliminarEis uma frase auto-assassina. Porque com ela JS revela que não entendeu nada do que se passou e revela uma cumplicidade surpreendente com o processo austeritário que cursou por este país e pelos restantes países. Coloca-se ao lado das forças que o utilizaram para os objectivos que o utilizaram. Nem a desculpa acobardada da necessidade de ter as contas públicas equilibradas justifica esta afirmação que revolve os intestinos de qualquer ser decente, incluindo Jerónimo de Sousa.
JS coloca-se do lado da transferência dos rendimentos de baixo para cima e da periferia para o centro. Coloca-se do lado dos chantagistas e do lado do directório. Coloca-se ao lado, espanto dos espantos, dos que apostaram em destruir o que restava da economia política social-democrata.
Alguém depois diga o preço pago pelas tais "despesas públicas equilibradas" da governança neoliberal. Não equilibradas, como se começou a ver quando se levantaram os tapetes do reino de Passos e Albuquerque. E sem a mínima ponta de equilíbrio, quando se vê quem ganhou e quem perdeu com toda esta história da austeridade
E a prova que estamos no reino da demagogia e da propaganda balofa é dada pelo próprio Jaime Santos.
ResponderEliminarDiz este a encerrar um penoso exercício de auto-justificação europeísta:
"PM britânica afirma até que aqueles que questionam tal coisa estão a ser pouco patrióticos. Mas pelo menos ela já vai admitindo que o processo não será um mar de rosas... Depois do referendo, claro..."
Acontece que Theresa May não poderia dizer nunca aquilo que demagogicamente JS insinua. E não poderia dizer porque May votou e fez campanha pelo Remain.
Antes do referendo nunca defendeu que o Brexit seria um mar de rosas...até porque lutou contra ele
Desejo apenas acrescentar rapidamente, se Jaime Santos me permitir, ao comentário acima, das 23:01, um fator crucial que não deixei explícito.
ResponderEliminarAquela dimensão de endividamento, todos os números referidos, referiam-se à dívida externa bruta das empresas. Evidentemente, estas, se não individualmente pelo menos no seu conjunto, não têm apenas dívidas ao exterior, também têm dívidas a haver do exterior. Ou seja, a dívida externa líquida das empresas é significativamente menor.
O que relativiza ainda mais seja as preocupações genuínas dos bem intencionados – onde incluo, apesar de por vezes se deixar escorregar para a ligeira provocação, o meu interlocutor – seja as preocupações falaciosas dos catastrofistas.
Atirar para o caixote de lixo deduções, ou seja, análises lógicas utilizadas para construir argumentos, é gostar do caixote do lixo e desprezar o pensamento dedutivo.
ResponderEliminarOpções de quem defende que o ensino se devia basear no senso comum...e que não gosta por aí além nem da lógica nem do conhecimento.
Por isso não admira as odes aos encoirados capitalistas(sic) e goze com as emoções sociais e urre contra o direito a manter o emprego.
Quanto ao patronato que tem tendências sádicas... com toda a certeza que o há. Embora o que domine mesmo é a apetência do lucro e para isso tudo sirva. Até a escravatura se necessário...desde que seja para "melhorar o desempenho"
Um muito bom post e algumas mt boas intervenções
ResponderEliminar"Estudos realizados sobre a sustentabilidade da dívida em diferentes países têm constituído a prova mais evidente de que a dívida pública, na maioria dos casos, não é, na prática sustentável".
ResponderEliminarMANUELA FERREIRA LEITE, EXPRESSO
«o controlo público de empresas básicas e estratégicas para o país» é a poção mágica qe justifica todos os riscos!!! Porquê? Mistério nº1.
ResponderEliminarA conversão de dívida de euros para escudos dos privados só não penaliza os credores externos em 17% d total. A insatisfação dos credores externos vai-se traduzir em quê? Mistério nº2.
Onde nem assim as empresas se aguentem, o Estado intervém e coloca lá os seus boys. Mistério nenhum!!!
«são as exportadoras as que mais beneficiam de uma desvalorização da moeda (visto que as suas mercadorias barateiam no estrangeiro). Se, para além da mão-de-obra, a incorporação de meios de produção é maioritariamente obtida em moeda estrangeira (máquinas, matérias-primas,…) há que admitir uma forte desvalorização salarial? Mistério nº3 ou Ocultação 1ª.
«Trata-se de salvar este país e este povo. Para que possa investir,…» Donde vem o capital para investir, com os credores f… e as empresas em turbulência? Mistério nº4 ou Ocultação 2ª.
«… para que possa aumentar as suas qualificações ». Já temos das mais caras formações e das piores gestões. Ah! Haverá mais boys nas empresas? Sucesso nº1?!?!?
«+… a sua produtividade» Os salários baixam quanto baste? Sucesso nº2?!?!?!?
«... para que possa aumentar a sua competitividade sem ser à custa da contenção, senão redução, dos salários, para que possa crescer e desenvolver-se.» MENTIRA ABSOLUTA!
ResponderEliminarO que OCDE propõe é o capitalismo na sua forma mais perversa.
O controlo público de empresas básicas e estratégicas para o país não é nenhum mistério. É uma necessidade para impedir a venda ao desbarato do país e um imperativo nacional.
ResponderEliminarÉ natural que quem assumiu a defesa da independência nacional para o directório e para os grandes interesses económicos fique com urticária perante esta possibilidade.
É natural que quem defendeu os banqueiros e grandes "personalidades" corruptas e os seus lucros desmedidos fique com azia perante tal situação.
É natural que quem tem interesses privados rentáveis e procure fazer lucros em áreas estratégicas do país fique à beira de uma apoplexia.
Já não é natural que quem andou a servir o estado novo e as suas organizações levantando ao alto a bandeira do "Angola é nossa" se tenha convertido agora num pequeno vende-pátrias.
Ou talvez não...que seja mesmo natural. No fundo o desejo do lucro é o elo de ligação.
A conversão de dívida de euros para escudos dos privados só não penaliza os credores externos em 17% do total.
ResponderEliminarAlguém protesta em defesa dos credores. Diz inquieto, suado e perturbado:
"A insatisfação dos credores externos vai-se traduzir em quê? " e assume tal como um mistério.
Não é mistério nenhum. São as regras do jogo. As regras do jogo que quando são jogadas de forma suja pelo directório, pelo FMI, pela Troika ou pelo BCE não são regras mas sim mandamentos.
Quando se usam as mesmas regras para a libertação das grilhetas duma moeda que nos acorrenta lá vem a estória do processo de submissão abjecta e temente aos credores. Ignorando os mandamentos do próprio Capital que assume que qualquer empréstimo é um risco.E ignorando a transferência maciça da riqueza nacional para os agiotas e credores desde que entrámos no Euro.
Percebe-se assim de que lado está quem invoca os Credores. Antes invocava a via única austeritária. Ainda antes o "para Angola e em força".
Está certo
ResponderEliminar"Onde nem assim as empresas se aguentem, o Estado intervém e coloca lá os seus boys. Mistério nenhum!!!"
Mais uma vez a mentira serve de suporte por um lado à raiva de não se conseguir contra-argumentar com seriedade. Por outro à manipulação de tentar esconder que os boys nasceram e nascem sobretudo do bloco central de interesses e do neoliberalismo ao assalto.
Os exemplos são muitos e seria fastidioso aqui enumerá-los. Sem querer fazer Ricardo Salgado o bombo da festa recorde-se as odes e as cartas de amor dirigidas ao DDT, verdadeiro "terra-tenente" de Portugal e dos banqueiros, por parte de quem agora nesciamente vem falar em Boys
A tal propósito, o que foi dito no excelente comentário do anónimo foi isto:
ResponderEliminar"Note, por último, que em caso de dificuldades pontuais, que não se excluem mas que também não se exageram com a histeria das “empresas insolventes”, o Estado pode, criteriosamente, ponderadamente, intervir. Se não concedendo crédito em divisas, pelo menos concedendo crédito em escudos, que aliviam a componente interna da dívida. Intervenção que deve ser acompanhada de participação na gestão e na propriedade no caso das empresas estratégicas, que devem progressivamente passar para controlo público, desde logo para acabar com o regabofe privado"
Basta agora comparar com o que o sujeito das 13 e 15 diz. Uma tristeza esta forma de agir
«são as exportadoras as que mais beneficiam de uma desvalorização da moeda (visto que as suas mercadorias barateiam no estrangeiro). Se, para além da mão-de-obra, a incorporação de meios de produção é maioritariamente obtida em moeda estrangeira (máquinas, matérias-primas,…) há que admitir uma forte desvalorização salarial?
ResponderEliminarNem mistério nem ocultação. A forte desvalorização dos salários é o ponto de fuga de quem apoiou o roubo de salários e de pensões.Algo que mais uma vez se convida o sujeito das 13 e 15 a desmentir
Mas há mais. Aqui neste próprio local um outro anónimo,com um outro excelente comentário confirmou que "o investimento – a formação bruta de capital fixo –, em percentagem do PIB, caiu ao nível mais baixo pelo menos desde 1953 (como pode ser confirmado nas Estatísticas Históricas do INE, nas Séries longas para a economia portuguesa do Banco de Portugal e nas Contas Nacionais do INE).E que nos últimos cinco anos não compensa sequer o desgaste e a desatualização dos meios de produção (a evolução líquida do stock de capital é negativa), comprometendo seriamente qualquer perspetiva de crescimento, acima de medíocre, e de redução substancial do desemprego estrutural, sem prejuízo de variações conjunturais.
Pelo que o exercício de ocultação de luzes encetado pelo sujeito das 13 e 15 serve todavia como oportunidade para retomar a discussão do tema em condições de seriedade e honestidade , retomando o argumentário sério e honesto
Trata-se de salvar este país e este povo. Para que possa investir,…» Donde vem o capital para investir, com os credores f… e as empresas em turbulência? Mistério nº4 ou Ocultação 2ª.
ResponderEliminarCredores f... é a expressão desajeitada, solidária e sobretudo piegas para com os credores, que como se sabe têm tido bastos lucros e saqueado o país com a sua estratégia e os seus jogos sujos apoiados pela Alemanha e pelo directório e pelo FMI e pela OCDE e pelo BCE.
Como demonstrado, a grande maioria das empresas nacionais beneficiaria com a saída do Euro.A grande maioria dessas empresas deixaria de entrar em turbulência.Registe-se que a falência de milhares de empresas na época de Passos Coelho foi saudada como benéfica pelos gurus neo-liberais. Donde também pelo próprio das 13 e 15. Nessa altura não havia estas "pieguices " hipócritas pelas empresas em turbulência
Em vez de ler o escrito parte o sujeito das 13 e 15 para o insulto e fá-lo de cabeça perdida. Um "credor" ou apenas um seu manga-de-alpaca?
«… para que possa aumentar as suas qualificações ». Já temos das mais caras formações e das piores gestões. Ah! Haverá mais boys nas empresas? Sucesso nº1?!?!?"
ResponderEliminarMais uma vez a mentira tem pernas curtas. Temos os "empresários" mais medíocres da europa:
"(1) Em Portugal, o nível de escolaridade da maioria dos patrões é inferior à dos trabalhadores (55,8% têm o ensino básico e apenas 21,7% o ensino superior, enquanto os trabalhadores 45,5% têm o ensino básico e 27,2% o ensino superior);
(2) Na U.E. o nível de escolaridade dos patrões é muito superior à dos patrões portugueses (apenas 17,5% têm o ensino básico);
(3) A baixíssima escolaridade dos patrões portugueses constitui um obstáculo sério à recuperação económica e ao desenvolvimento do país mas, apesar disso, ninguém fala nem se preocupa;
(4)Contrariamente ao que se pretende fazer crer a produtividade do trabalho em Portugal tem aumentado mais que a média da U.E. (entre 2004 e 2013, aumentou em Portugal 11,9% e na U.E. apenas 7,2%) e os custos salariais reais têm diminuído mais no nosso país do que na U.E.( Portugal: -4,2%; U.E.:-0,5%)." ( Eugénio Rosa)
Pelo que os cursos de gestão têm que ser repensados.Os privados...a grande maioria...mas também os públicos
Quanto ao "das mais caras formações" é outra treta completa. A fita , perdão,as fitas e o histerismo que acompanharam uma medida tão simples como o de evitar que o erário público pagasse rendas indevidas a meia dúzia de patrões de colégios...será que já foi esquecida pelo sujeito das 13 e 15? É que o sujeito despendeu centenas de comentários sobre o tema...a favor dos rentistas,claro
"+… a sua produtividade» Os salários baixam quanto baste? Sucesso nº2?!?!?!?"
ResponderEliminarUm comentário cheio de pontuados esconde várias coisas. O desnorte, a impotência ( por que se repete) e a manipulação (porque esconde o sentido da frase completa).
Pelo que se repete que quem andou a congratular-se com roubos de pensões e de salários não pode vir para aqui com estas pieguices hipócritas e rastejantes
E pelo que se repete a frase inteira e muito feliz do citado anónimo:
"Não se trata de socialismo, nem de marxismo-leninismo, meu caro. Trata-se de salvar este país e este povo. Para que possa investir, para que possa aumentar as suas qualificações e a sua produtividade, para que possa aumentar a sua competitividade sem ser à custa da contenção, senão redução, dos salários, para que possa crescer e desenvolver-se".
Eu sei que a frase citada acima deixa sem voz (ou argumentos) o sujeito das 13 e 15.
ResponderEliminarSe ele pensa que gritar "mentira" é algo mais do que um produto impotente duma "argumentação" feita de berros, engana-se.
Este berro oco e vazio "mentira" é o testemunho final de.
Repete-se como contraponto outra frase final:
"Desenvolver-se como entender, como democraticamente achar melhor, sem condicionamentos, sem pressões, sem chantagens, sem imposições, sem penalizações institucionais externas".
O contraste é tão gritante que até dói
Entre outros milagres o Cuco sabe como desvalorizar a moeda e aumentar salários. Ridículo Cuco, só falta invocar o exemplo do Maduro (50% de aumento para uma inflação estratosférica)!
ResponderEliminarHerr jose
ResponderEliminar-Queremos algo de substantivo e não fugas maduras ou verdes
-Queremos respostas concretas e não fitas pusilâmines em torno de cucos
-Queremos que responda à acusação de apoio aos ladrões de salários e de pensões e não fraudes piegas em torno da estratosfera.
-Queremos que as patetices em torno dos "sucessos e ocultações" sejam esclarecidas após esta sua serena desmontagem e não invocações beatas de milagres-
-Queremos que responda à acusação da mediocridade dos patrões portugueses e não achaques e trejeitos histéricos em torno das "mentiras absolutas".
-Queremos que responda a este facto concreto:
"Portugal, dos perto de duzentos países da ONU, está entre os dez que menos cresceu desde a adesão ao euro. Dos outros nove, dois, a Grécia e a Itália, não por acaso, são também da periferia do euro. Outros dois, a Micronésia e Palau, respetivamente com 106 mil e 18 mil habitantes, menos que os concelho de Funchal ou de Barcelos, são “ilhotas perdidas” no Pacífico. E os outros cinco, a Síria, o Sudão do Sul, a Líbia, o Zimbabué e a República Centro-Africana, foram países destruídos por guerras ou violentos conflitos civis"
e não use pretextos idiotas para esconder o cumprimento do seu destino que une um saudosista de Salazar a um lambe-botas de Shauble.
Em relação à pergunta do sujeito das 18 e 27 relembre-se este texto em que Jacques Sapir fala na desvalorização dita interna e na desvalorização ou depreciação da moeda:
ResponderEliminarO referendo italiano, o Euro e a soberania... (2)
http://resistir.info/italia/sapir_02dez16_2.html
Esta entrevista já foi apresentada. O sujeito das 18 e 27 calou-se e nada disse. Fugiu para parte incerta e começou a imitar os cucos.
Não tenho que esclarecer o que disse claramente e não vi em lugar algum que se dissesse que estava errado e que seria diferente e como e porquê seria diferente.
ResponderEliminarDuas questões me interessam:
- Os patrões são medíocres.
Muito bem, seja assim. Como se reage a isso?
Aumenta-se-lhes os custos e liquidam-se? Complicam-se as regras e desistem?
Nacionalizam-se e metem-se lá os quadros de excelência ... blá, blá?
Os cretinos não hesitam: se não são deviam ser; façamos como se fossem excelentes e logo se verá o que dá.
- Não há crescimento?
Mas já houve crescimento ou acabamos de sair das cavernas?
Se houve, porque deixou de haver?
Será porque ficou tudo estúpido e ignorante de repente?
Ou será que gente estúpida tomou conta da governança do país?
Não há crescimento em capitalismo sem lucro nas empresas e confiança para investir.
Querem distribuições e raivinhas a quem tem capital? Façam a porra da Revolução ou habituem-se à miséria.
Não tem que esclarecer uma ova.
ResponderEliminarQuem faz afirmações como as que fez este sujeito tem que as confirmar, provar ou argumentar.
Gritos histéricos em letras maiúsculas a afirmar "Grande mentira" não passam de slogans propagandisticos patetas, ideologicamente produzidos e impotentemente berrados.
Portanto desenrasque-se. Ou esclarece o que disse agora e responde ao que o desafiam ou assume o que é.
E já agora deixe de insultar os demais com termos como cretinos. Se o papá não o soube ensinar quando frequentava a Legião é tempo de receber um bom puxão de orelhas para fazer-lhe ver como se portar.
Muito bons o "post" de João Rodrigues e alguns dos comentários (20:26 e 23:01 de anteontem, 00:13 de ontem).
ResponderEliminarNo comentário das 20:26 de anteontem, pode ler-se, p. ex.:
'É o poder destrutivo do euro. É por isso risível andar a pedir “coragem de recuperar investimento público” (Catarina Martins, hoje [anteontem] mesmo), mas não arranjar coragem para exigir a saída do euro. Bem podem BE e PS arranjar a coragem que quiserem, que dentro do euro não arranjam é investimento público. Nem, a propósito, reestruturam significativamente a dívida.'
No caso do PS, já se percebeu que Costa et al pretendem Portugal "dentro do euro", custe o que custar, e que para eles a "renegociação da dívida" é tema tabu pelo menos até às eleições alemãs, no início do próximo Outono. Por outro lado, é interessante notar que, hoje mesmo, o "Público" dedica várias páginas a uma entrevista a Catarina Martins em que a porta-voz do BE foi confrontada com o Euro-problema.
Perguntaram os jornalistas do "Público": 'O PCP no Congresso aprovou uma campanha para renegociação da dívida e para preparar a saída do euro. O BE vai ficar a ver o PCP a fazer uma campanha? Ou também terá iniciativas neste domínio?'. Catarina começou por responder que
no BE estão 'muito empenhados neste primeiro trimestre, do ponto de vista de campanha pública, na questão da precariedade'. Ignorou completamente a iniciativa do PCP e referiu a participação do BE em discussões europeias sobre 'o que é que vai acontecer ao euro' .
Insistiram os jornalistas: 'Mas o BE aproxima-se do PCP na questão da saída do euro?'. Catarina reconheceu que o euro 'É um problema e não um instrumento da economia'. E finalmente - depois de questionada sobre o que isso queria dizer, na prática - acabou mesmo, ainda que não de forma explícita, por dar razão ao PCP e negá-la ao SYRIZA e, por agora, à maioria dos parceiros do BE no chamado "Party of the European Left": 'Depois do que acontece na Grécia, qualquer país europeu que se leve a sério deve estar preparado para o fim do euro ou para sair do euro'.
A. Correia
Como se reage à mediocridade dos mediocres?
ResponderEliminarOra ai está um bom tema para se ir estudar. Há produção bastante nas Ciencias Sociais e na economia política para várias respostes possíveis.
Maa sobretudo impeça -se que assumam o comportamento pesporrento dos ignorantes, o saque e o desvio de dinheiro para offshores e coisas afins, o comportamento corrupto que muitos têm.
Sejam doutores ou não doutores, com cursos feitos ou comprados
Um convite à revolução?
ResponderEliminarSe não se fizer a dita, temos que nos habituar a miséria?
A resposta parece ser óbvia.
Quem diria, um assomo de honestidade?
ResponderEliminar“Façam a pôrra da Revolução ou habituem-se à miséria”
Esta do José tem pôrras…Ola´ se tem…
Não se amofine compadre… la´ chegaremos!
Uma coisa temos certa – não queremos «revoluções coloridas» ou «primaveras árabes». Já nos chega de destruição de povos e assassinatos de seus dirigentes! Quanto ao habituarem-se a´ miséria a coisa toca mais fino. Há dias saiu na comunicação social um trecho arrepiante – prática de esclavagismo no Alto Alentejo – pratica que tem vindo a ser gerida por alguns empregadores reacionários da Eurolândia.
O solo Europeu esta´ a ser teatro-experiencia de êxodos de refugiados de guerras impostas pelas potências Ocidentais. Aí esta´ a miséria na sua máxima força… de Adelino Silva
Cretino é palavra que só é insulto para quem não o seja.
ResponderEliminarSendo a cretinice resultado de defeito natural, quem não o seja mas goste de se armar em cretino, sai favorecido com o termo porque, quando fingida, assume a forma de vigarice, desonestidade, falta de carácter, e configura na plenitude o treteiro.
Ocorrem-me mais uns aditivos, mas por ora fico-me por aqui.
Quem precisa de ser esclarecido quanto ao facto de a desvalorização da moeda só beneficiar as exportações se os factores de produção forem desvalorizados, ou é cretino ou é tudo o mais.
Adelino, põe-te na linha da frente, que a Revolução só dá para os mais chegados.
ResponderEliminarTudo o mais sabes bem o que lhes toca - côdeas.
Mantém-se ao nível do insulto o sujeito das 14 e 31.
ResponderEliminarPodia-se responder da mesma maneira. Que por exemplo o "filho" desta ou daquela só era insulto para quem não o fosse.E saísse favorecido se o não fosse.
Mas francamente ir por aí é colocar-se ao nível da iliteracia dum fedelho malcriado em que os pais estavam demasiado ocupados a fazer aquilo que estavam a fazer. Com mais alguns aditivos claro.
A escola da Legião nunca foi uma boa escola e depois o resultado está aí, em toda a sua plenitude
Acrescente-se que este puxão de orelhas não isenta o sujeito em causa de justificar os seus berros histéricos feitos slogans propagandisticos patetas, ideologicamente produzidos e impotentemente berrados.
Nem isenta de ser acusado de mais uma vez fugir, feito tonto, e refugiar-se agora apenas num esclarecimento pateta sobre a desvalorização da moeda.
Nem o livra de novo puxão de orelhas pelo retomar do insulto "cretino ou tudo o mais"
Um post muito bom, com alguns comentários muito bons.
ResponderEliminarVenham mais. Mesmo que o tipo aí de cima entre em parafuso desesperado e passe à linguagem de caserna.
ResponderEliminarEsta da desvalorização da moeda já tem barbas maiores que as do Pai Natal. Parece-se mais a um jogo comercial viciado entre a Lapónia e a Judeia.
As exportações já vem do tempo antes de Marco Polo com a Rota da Seda. Já então tudo se fazia para tirar o monopólio a´ vetusta Veneza.
De vez em quando falam de keines e raramente de Marx, mas uma coisa e´ certinha – «desvalorizar a moeda para melhor exportar» – vá-se la´ saber por que continuam sempre na mesma…Esqueceram que já não tem soberania e portanto, moeda própria e que a matéria exportável e´ muito reduzida ou nula.
Em nome de não sei o quê alienaram boa parte do Olival, da Vinha e da Frota Pesqueira. A produção leiteira esta´ sujeita a cotas e etc. e tal… a nossa Marinha Mercante, simplesmente desapareceu e o estudo científico sobre o desenvolvimento da agricultura esta´ por acontecer. A indústria e alguma agricultura que funcionam estão nas mãos de estrangeiros.
A floresta, madeiras, resinas e apicultura são pasto de incêndios criminosos. Até o sistema bancário deixou de funcionar em moldes patrióticos.
Que saibamos, a informação e´ escassa, o sector mineiro foi desta para pior. Vou ficar por aqui antes que me deia o garrotilho. De Adelino Silva
"Como diz Gramsci, "A crise consiste precisamente no facto de que o velho morre e o novo não acaba de nascer". (Cadernos do cárcere, "A influência do materialismo" e "crise de autoridade", Volume I, tomo 3, pg. 311, escrito cerca de 1930). A análise empírica também nos permite compreender porque e sobretudo como o velho morre.
ResponderEliminarNa fase actual da história – ou seja, desde o fim da Segunda Guerra Mundial até a actualidade – o capitalismo depara-se com um limite cada vez mais insolúvel devido à contradição entre o crescimento da produtividade do trabalho, por um lado, e as relações de produção entre o trabalho e o capital, pelo outro. Esta contradição está cada vez mais forte e o capitalismo está a esgotar a sua capacidade para desenvolver-se no contexto desta fase histórica. A forma concreta adoptada por esta contradição,a sua incapacidade crescente para desenvolver-se, consiste em crises cada vez mais violentas".
(Guglielmo Carchedi)
Um pé na inviabilidade económica do país fora do contexto europeu, outro é no cientismo marxista que chama contradições a tudo que não seja a receita bolchevique, vão peregrinando os tristes no exercício permanente de alimentar a sua frustrada ambição de poder.
ResponderEliminarA crise estrutural em que nos encontramos não deve admirar ninguem.
ResponderEliminarAinda há pouco havia quem defendesse de forma aberta os trafulhas do Capital. Borges era um ídolo e o seu não pagamento de impostos incensado por alguns. Os banqueiros eram os deuses na terra. Os grandes capitalistas à frente de empresas roubadas ( vulgo privatizadas) eram alvo de uma admiração incontida e pegajosa por parte dos seus sicários com repercussão adequada nos seus meios de informação.
Tudo isto é agora mais abafado ou pelo menos mantido mais em versão soft. A queda um a um dos mitos do Capitalismo faz manter algum recato, embora saibamos que a sede de sangue ( e de dinherio fácil,à custa da exploração alheia) se mantém.
Mas isto de facto tem que dar uma volta. Eles querem-nos a pão e água e esta coisa de revoluções é algo perigoso para os ditos. Por isso o 25 de Abril causou tantos transtornos a alguns. Depressa recuperaram e voltaram a ser os DDT. Mas ainda hoje tremem com a lembrança do trombo enorme que o antigo regime teve.
Herr Jose
ResponderEliminarDeixe-se de tretas ou como diz de cretinices, o que segundo diz no seu caso é um elogio.
A citada inviabilidade económica fora do contexto europeu é a treta treteira dum oficioso do directório.
Confundir a Europa com a UE ou com os países do euro tem destss coisas. Mostra ignorância cabotina e pesporrência ideologica.
Olhe-se para o RU e deixe as poses de germanófilo
Dentro do contexto europeu e mundial. Sem os abjectos servilismos inevitáveis a replicarem as inevitavilidades troikistas
Quanto ao cientismo marxista que cita acossado, outra treta.
ResponderEliminarUm que faz parte do 1% dos que dominan o mundo, que até goza com os restantes 99%, quer que tudo fique como está, ou melhor , que a situação volte ao século XIX que era o que queria s governança de Passos.
A ambição do poder. A sede do poder.A igualdade sempre foi um pesadelo para estas coisas.
Eis a prova provada que há mesmo luta de classes e herr jose faz o que pode pela sua