quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Contas por fazer

Estão as empresas muito preocupadas com compensações à subida do SMN. Relembre-se que, só entre 2011 e 2015, as empresas e entidades receberam 770 milhões de euros de estágios-emprego e mais 137 milhões de euros em contratos emprego-inserção. E mais 366,9 milhões para apoios à contratação. Ou seja, em cinco anos receberam 1270 milhões de euros de recursos públicos para usar mão-de-obra barata!
Um poço sem fundo. 

7 comentários:

  1. Um problema desse argumento é que não existe o coletivo "as empresas"; será que as empresas que pagam o SMN são as mesmas que recebem esses apoios? (bem, no caso das "IPSS", talvez o sejam)

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  2. O actual estado português quer governo central quer a governança autárquica, no decorrer dos anos, tem servido para isso mesmo, servir o grande capital.
    Às vezes fico cogitando se ainda e´ legitimo dizer-se estado português, quando não passam de paus-mandados de Bruxelas.
    Às vezes também me pergunto se a produção nacional e´ baixa, se a maioria das terras estão improdutivas, se os salários não crescem, mas aumenta o desemprego, onde e´ que o estado vai buscar tantos milhões para enricar os senhores dos anéis (empresas) e diz não ter uns míseros cêntimos para as reformas de miséria…
    Custa a crer que desde de Novembro de 1975, já la´ vão 40 anos, os dirigentes deste país ainda não tivessem olhado bem para quem realmente produz, para a força motriz de qualquer estado moderno – o trabalhador. Custa a crer… de Adelino Silva

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  3. O privado sempre a necessitar do dinheiro público.

    E a açambarcar os lucros, esses sim, já privados.

    Com um exército de mão-de-obra barata para o efeito

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  4. Estranho este novo 'acordo'.
    Só diminuem custos as empresas que têm lucros que, tributados não excedem os pagamentos por conta.
    O salário mínimo vai produzir o seu pleno efeito:
    - se for demais vai dar desemprego.
    - caso contrário, tudo bem.

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  5. Caro Miguel,
    É bem verdade o que diz. Do ponto de vista micro, é possível que os dois universos não coincidam. O universo das empresas com SMN é bem mais lato que o das apoiadas com apoios à contratação.

    Mas o que digo é que o governo está disposto a pagar 40 milhões de euros em apoios ao SMN (que até iria recuperar em mais descontos para a Segurança Social - 80 milhões), mas não é capaz de cortar nos apoios à contratação, de forma a compensar o apoio concedido aos SMN... Nem "as empresas" deixam!

    Este era o meu ponto. Não ficou bem explicado, tem razão.


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  6. Jose está confuso

    Não percebe o acordo.

    Mas porque está confuso se ainda há meia dúzia de dias pulava de contente com o voto anunciado do coitado do Passos?

    Sonhava com a sonhada queda da dita geringonça. Sonhava tanto, sonharam tanto, que atraiçoaram a sua própria base de apoio.

    Como alguém dizia...há males que vêem por bem.

    E este acordo foi oferecido de bandeja adivinhe-se por quem?

    Jose está confuso? Pois, não é só ele. Passos também

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  7. É um escândalo os contribuintes pagarem ás empresas para estas contratarem pessoas. Este tipo de apoio são um estimulo à rotatividade dos que estão numa condição precária e uma pressão para aqueles que têm vínculos permanentes, em ultima análise os trabalhadores estão a contribuir para a sua própria insegurança laboral.
    A lógica é sempre a mesma, os lucros privados são para salvaguardar já os custos e os prejuízos são para ser assumidos pelos que têm mais dificuldade de os pagar. O investimento do Estado devia ser em prol de todos. As pessoas não podem ser peões num jogo que não controlam, isto não é forma de tratar ninguém.

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