Lembram-se daquela fotografia de Fidel com Marcelo Rebelo de Sousa que o governo cubano autorizou que se divulgasse? Como pode uma fotografia amalgamar duas realidades tão distintas e distantes, camuflar duas memórias feitas de vidas exemplarmente opostas? Terá esta conversa sido uma conversa, uma troca de intelectos?
Do que eu mais gostei deste dito encontro foi a declaração posterior de Marcelo Rebelo de Sousa. Um Marcelo a mastigar as palavras, a escolhê-las como se lhe fosse alguma vez difícil encontrá-las, tentando pisar o caminho das pedras para não molhar as solas queirosianas dos sapatos afivelados. Disse: Que a conversa que tiveram fora sobre o "passado, o presente e o futuro" (ahahahah), "muito abrangente" (mais gargalhadas) e que tinha sido uma conversa fácil, porque Fidel falara muito mais do que ele e que ele quase apenas ouvira...! (gargalhada ininterrupta!)
Afinal, a julgar pelo Granma cubano, até os dois parece que estiveram de acordo. Ou melhor, Marcelo concordou com Fidel.
Mas na realidade o que teria Marcelo para dizer a Fidel? Em que pontas ter-se-ia de pôr para poder estar à sua altura?
Muitas vezes, a melhor forma de comparar duas pessoas – eu diria a única forma – é verificar o que fizeram essas duas pessoas em momentos únicos das suas vidas.
Com 26 anos, Fidel com umas dezenas de militantes, pegou armas na mão, para acabar com a ditadura e, uns anos mais tarde, depois da peisão, voltou a pegar em armas, desembarcou em Cuba para com umas escassas dezenas de guerrilheiros para tentar um levantamento armado do povo contra a ditadura, que acabaria por resultar numa revolução massiva, que afrontaria um império, a poucas milhas da sua fronteira.
Já não falo da pobreza de militância anti-fascista de um dos filhos do regime que foi Marcelo. Sobre o seu fraco papel anti-fascista, leia-se aqui. Marcelo, com 26/27 anos, estava no jornal Expresso, e foi deputado do PPD na Assembleia Constituinte, que iniciou os seus trabalho a 2/6/1975 e que iria criar uma Constituição rumo ao socialismo, aprovada pelo próprio Marcelo. Grandes convicções!
“A vida política nacional seria largamente definida pelo labor da Constituinte”, escreveu uma vez Marcelo.
Sim, mas não graças ao seu labor. Marcelo Rebelo de Sousa nunca suou no hemiciclo.
A partir de Julho de 1975, Marcelo vai aparecer menos vezes. Uma vez por semana. A 15/7/75 ia dizer qualquer coisa, mas uma chamada anónima avisou da existência de um “engenho explosivo” no Parlamento... (quem sabe se não foi ele próprio que o fez...).
A intervenção de Marcelo morreria aí mesmo. Ah engano: fez um pedido de esclarecimento ao deputado comunista Lopes de Almeida sobre se a proposta do PPD não defendia o fim dos monopólios... e levou uma rabecada que o impediu de fazer mais pedidos de esclarecimento. A 23/7/75 fez uma pergunta a Vital Moreira que lhe respondeu que já tinha respondido na “passada terça-feira”.
Depois, viria o verão. Dá ideia de que Marcelo passou a ir ao Parlamento apenas à segunda-feira, dia morto no jornal semanário. De 12 a 27 de Agosto deve ter feito férias porque não pôs os pés no hemiciclo e não respondeu à chamada, ao contrário de outros deputados. E quando voltou, retomou a sua presença displicente. Foi a 3/9/75, imergiu e voltou a 16/9/75 e 18/9/75. Esteve uma semana fora, voltou a 23/9/75 e depois só a 9/10/75, a 18/9/75 e mais uns dez dias fora (28/10/75). E foi o último dia. A assembleia esteve reunida até 2/4/76. Marcelo só daria um ar da sua graça a 1/4/76, dia das mentiras...
Portanto, quando se voltar a olhar para as fotos daquele encontro entre aqueles dois homens, não se esqueça nunca que alguém esteve de armas na mão a defender as suas ideias e na outra esteve alguém a ganhar o dinheiro do ordenado de deputado, enquanto dava a impressão de ter ido à sua pequena vida.
"não se esqueça nunca que alguém esteve de armas na mão a defender as suas ideias e na outra esteve alguém a ganhar o dinheiro do ordenado de deputado, enquanto dava a impressão de ter ido à sua pequena vida."
ResponderEliminarE não se esqueçam outras coisas.
Que MRS, com todos os seus defeitos, nunca:
Mandou fuzilar dissidentes
Mandou prender homossexuais
Mandou calar a imprensa com a censura e com a prisão
Mandou proibir partidos políticos para além do seu.
Miguel D
«Em que pontas ter-se-ia de pôr para poder estar à sua altura? »
ResponderEliminarNa ponta das baionetas e das armas que levaram Castro a derrubar uma ditadura e a construir outra.
E semelhantes eram as pontas que levaram Marcelo a aprovar uma constituição 'rumo ao socialismo', que em tempo oportuno não foi enterrado e, apesar de ter ido para a gaveta, continua a produzir miséria e a alimentar treteiros.
Comparar Fidel Castro com Marcelo Rebelo de Sousa é coisa que, mais tarde ou mais cedo, entrará forçosamente no campo da comédia : cotejar um Homem que mudou a História do seu país e do seu povo, e que levou a sua pequena e insular nação a ter um papel na História do Mundo completamente desproporcional à sua dimensão geográfica e demográfica com um senhor que diz (e disse, e dirá) "umas coisas" é risível. Um - Fidel - teve a coragem física, intelectual e política para pensar e mudar o Mundo; o outro - Macelo - é um sempre-em-pé que constantemente se moveu nos corredores quentinhos e seguríssimos da "situação" (fosse ela qual fosse), enquanto afogava a imensa frustração de não ver a sua genialidade universalmente reconhecida no exercício de inconsequentes maquiavelismos de salão. Numa curta explicação, Fidel foi pela História criado e de História foi criador, Marcelo é só mais uma desconcertante e minúscula nota de rodapé nos anais desta nossa queridíssima III República, uma incansável máquina de distribuir sorrisos e beijinhos, o tio excêntrico e radicalmente omnipresente de todos os portugueses que não descansará enquanto não puser 10 milhões de nós a gritar em uníssono: "Sim, Marcelo, tu és, agora e para todo o sempre, o nosso Sol!!!"
ResponderEliminarO senhor Miguel D. é, naquilo que escreveu, bem o exemplo da profunda análise política "modernaça" em que nos afogamos nos dias de hoje. É claro que, pelos exemplos que dá, teríamos que pôr o senhor Marcelo Rebelo de Sousa no primeiro lugar no pódio dos lideres mundiais, batendo aos pontos Churchill, De Gaulle e todos os presidentes dos EUA desde Abraham Lincoln (ou, se quisermos ser rigorosos, desde o "pai fundador" George Washington, um notório senhor de escravos): todos eles mandaram fuzilar - com ou sem julgamento - "dissidentes", proibiram partidos (nomeadamente todo e qualquer que desse pelo nome de "comunista", censuraram a imprensa e "prenderam" homossexuais (nos respetivos países desses senhores, na altura, a homossexualidade era crime, note-se). Podemos chegar, assim, a uma curiosa conclusão: seguindo o raciocínio do nosso prezado Miguel D, para se ser o colosso de um líder a qualidade basilar é... a irrelevância bem intencionada.
ResponderEliminarMas, meu caríssimo Miguel D, eu quero prestar-lhe uma singela ajuda nessa sua profunda e acutilante crítica ao nada complexo líder que foi o defunto Fidel Castro, pelo que lhe sugiro que em futuras comparações entre ele e essa figura incontornável da História mundial que é Marcelo Rebelo de Sousa dê os supremos louros da proeminência mundial a este último, uma vez que ele "nunca mandou fuzilar, depois de cumprida larga pena de cadeia, um dissidente que fosse, ao mesmo tempo, um jornalista homossexual e um líder de um ilegalizado partido da oposição cubana".
ResponderEliminarNão devemos comparar o que e´ impossível de comparação - cada homem existente e´ um mundo único, diferente – ainda que por razoes naturais – o planeta e´ o mesmo, não se possam comparar caribenhos com ibéricos.
Fidel tornou-se um homem feitor da Historia da Humanidade, enquanto Marcelo não passa de um homem quanto muito feitor de vacuidades humanas. E no entanto ambos foram escolhidos ou aceites pelos seus povos para dirigir suas repúblicas. Heis aqui a dialética da politica e do social. Ainda assim vos digo que em Portugal
Marcelo tem sido o melhor chefe de estado que conheci!
De Adelino Silva
Isso de Marcelo nunca ter mandado calar a imprensa com a censura e a prisão tem muito que se lhe diga. Marcelo pessoalmente, talvez não, mas os que o apoiam e que se foram infiltrando nos jornais, correram com quem não dizia o que eles dizem, mandaram-nos para o desemprego, calaram-nos com a ameaça da fome, com o impedimento de terem onde publicar e ter uma visibilidade legitimada pelo suporte.
ResponderEliminarPara os Davids Dinises, esses ex-assessores de imprensa de Durão Barroso, e outros do estilo, não falta emprego nos jornais, nem púlpitos televisivos para dizerem o que dizem PSD, CDS-PP, a tróica, a CIP. Para os outros arranjou-se o empurrar para fora da profissão, o mudar de ramo e o cortar a voz pública.
Mas JRA ainda acredita ser possível trabalhar com eles. Não é. Se quiserem pagá-los, mantenham o trabalhinho na propaganda, enquanto ao lado se constrói outra coisa.
Não vou comparar pessoas, que não é prática que eu acalente.
ResponderEliminarVou só deixar uma pergunta: o Fidel mandou ou não mandou executar gente? O Fidel esteve ou não esteve agarrado ao poder durante 50 anos?
Se a resposta a estas duas perguntas é «sim», então, meus meninos, temos ditador, por muito idealista que tenha sido na sua juventude.
Miguel D sem o querer mostra, tentando atingir Fidel, a pobreza conceptual, a miséria ideológica e a cumplicidade com a podridão desta sociedade
ResponderEliminarMiguel D ou outros da mesma laia, poderiam dizer que nunca
Mandaram fuzilar dissidentes
Mandaram prender homossexuais
Mandaram calar a imprensa com a censura e com a prisão
Mandaram proibir partidos políticos para além do seu.
Isto foi afirmado por 99% dos alemães logo após os nazis terem sido derrotados.
Sem nos debruçarmos sobre o conteúdo concreto destas afirmações de propaganda por parte de Miguel D ressalta aqui mais uma coisa:
É o colaboracionismo com o status quo podre e corrupto por parte do mesmo individuo.
Colaboracionismo e cumplicidade com este mundo em que as vítimas se contam por milhares de milhões- roubados, saqueados, explorados, torturados, humilhados, feridos, gaseados, esmifrados, mortos.
E é confrangedor ver ao que chega um fulano como Miguel D só para tentar menorizar alguém que entrou na História e que a mudou não só no seu país, como em todo o mundo. Alguém que teve a suprema coragem de dizer e agir para mudar as coisas, mesmo nas barbas do império que tantas mortes tem provocado.
Percebe-se que isso incomode Miguel D. Estes exemplos de Fidel são muito maus para os interesses que defende. Os tais que corporizavam o poder em Cuba antes da Revolução e os que tentaram toda a vida do grande guerrilheiro a sua aniquilação. Precisamente também tentando assassiná-lo. Ou procurando derrubar Cuba a todo e a qualquer preço.
(Depois também diziam perante o horror dos campos de concentração que não sabiam nada, que não prenderam, que não executaram, que não...)
Pois, comparar alguém que é um político inteligente, mas que nunca passará duma condição de mediania que deriva do facto de ter feito a sua carreira política num país pequeno e democrático, com um revolucionário corajoso e autoritário, que lutou primeiro contra a opressão e depois oprimiu o seu povo, não cabe na cabeça de ninguém. Cabe ainda aqui lembrar que durante a crise dos mísseis de Cuba, Castro chegou a sugerir a Krutschev um ataque preventivo da URSS contra os EUA em caso de invasão de Cuba, o que teria significado o fim da civilização, Cuba incluída. Realmente, comparar o inocente Marcelo com Castro seria algo de mirabolante. As memórias românticas de certas pessoas são a única desculpa para as elegias atuais a Castro. Isso, e a falácia de tomar a coragem por uma virtude moralmente boa, quando é moralmente neutra, como bem notou Susan Sonntag após o 11 de Setembro... Por isso, por favor, deem-me mil vezes um homem normal como Marcelo a alguém como Castro... É também por causa de textos como estes que eu confesso que normalmente, quando leio as declarações de algumas das pessoas que escrevem neste blogue e enchem a boca com discursos sobre a Liberdade e a Dignidade dos Povos (mas que, estranhamente, parecem preocupar-se menos com a dos Indivíduos, considerando as suas simpatias políticas), eu me vou colocar exatamente na posição oposta à delas...
ResponderEliminarTambém me apetece fazer o "teste do algodão" ditatorial... Barack Obama esteve cinquenta anos no poder? Não! Barack Obama mandou executar gente, sem direito a julgamento nem apelo? Às centenas, e, talvez, aos milhares!!! Será ele um ditador pela metade? Ou será um democrata por fora e um ditador por dentro e adentro da salinha onde se reunia com a sua equipa para decidir quem iria "dronar" na semana seguinte?
ResponderEliminarE os crimes contra a Humanidade da dupla Bush/Blair (um milhão de mortos no Iraque) farão dela uma dupla de "ditadores" apesar do sufrágio eleitoral?
Já sabemos
ResponderEliminarJaime Santos prefere os tecnocratas que mantenhan as coisas como estao. Sobretudo ai serviço do poder instituído.
Adivinha)se até o horror pela Revoluçao Francesa que ousou questionar os poderes estabelecidos.
Antes o gradualismo inglês e os mulhoes mortos sob as patas do império. Mas como tomavam cha civilizadamente pode encher a sua boca com a dignidade e liberdade dos povos....enquanto atira para debaixo do tapete a miséria da sociedade que vivemos
O comentario das 22.36 mostra bem como funcionam as mentes de esquerda de portugal e o contorcionismo que tem de fazer para defender ditaduras sanguinarias.
ResponderEliminarEscreve tanta coisa e nao consegue rebater as afirmacoes do Miguel D.
Escreve tantas coisas e não consegue rebater as airmações de Miguel D?
ResponderEliminarOra vamos lá ler de novo.E compreender que não se tenta rebater as afirmações de ninguém.
Duma simplicidade clássica dando para entender que não estamos perante uma dança de salão em que se tenta convencer os demais. Mas sim apresentar argumentos. E perceber que esta coisa da assumpção de que lado se está é mais importante do que estes contorcionismos de gente da direita a tentarem manter esta trampa do mundo em que vivemos.
O silêncio dos inocentes não pode passar impune. Nem estas tiradas das mentes de qume quer que seja
Revolución o Muerte!
ResponderEliminarE assim os alinhavam no paredón...logo que lhes impunham a segunda opção!
Noutros lugares dizia-se Viva la Muerte!
Obviamente diziam-no os que tinham as armas, não os que tinham o paredón pelas costas.
Que emocionante!
Nada comparável com estas modorras democráticas sem grandes homens, destemidos assassinos e imaginosos torturadores. Foi-se o Castro, símbolo maior desse tempo. Ficou o Marcelo.
Foi-se uma picareta falante, ficou cá outra.
Caros críticos,
ResponderEliminarE eu a julgar que o post iria dizer muito mais de Marcelo do que de Fidel...
Para certas pessoas que aqui se acirraram contra as esquerdas e contra quem não deve comparar pessoas ou mesmo que preferem um mediano Marcelo a um revolucionário (porque apenas falei dos jovens Fidel e Marcelo), não há problema algum que um presidente da República se apresente como tendo colaborado na feitura da Constituição da República, quando afinal nem esteve no hemiciclo durante meses a fio, a exercer o seu dever de democrata.
Porque democracia não é apenas o oposto de ditadura. Não é apenas clamar pela democracia quando a democracia já está instaurada e depois baldar-se pelos corredores do poder para ir à sua vida... É responsabilidade por um colectivo, por um povo. E nisso, perdoem-me, ainda vamos ter muito que dizer sobre Marcelo.
ResponderEliminarIndependentemente das opções políticas de cada um, faço lembrar que 1959 foi há 57 anos e nesse tempo vivíamos nós portugueses sob uma ditadura fascista, colonialista e sanguinária- Liberdade era palavra proibida.
Enquanto Fidel derrotou a ditadura de Fulgêncio Batista, Humberto Delgado foi morto pela Pide salazarenta.
Não tenho que me opor a Fidel nem a Marcelo foram dois homens nascidos em condições diferentes – um viveu contra os coronéis o outro e´ filho de coronéis…
O socialista Salvador Allende foi eleito democraticamente, sem violência e no entanto foi assassinado pelos esbirros a mando do Tio Sam…?! De Adelino Silva
Ao autor do post:
ResponderEliminarMas elencar alguns pequenos lapsos do Comandante Fidel equivale a acirrar-se contra as esquerdas? OK, sempre a aprender.
E sobre a sua definição de democracia (responsabilidade por um colectivo, por um povo), creio que muitos ditadores no passado assumiram essa responsabilidade contra a vontade do povo, parece-me uma definição muitíssimo débil. No caso de Cuba, não sabemos qual é a vontade do povo porque não há eleições nem liberdade de expressão.
Por último: os apoiantes de Fudel andam sempre com o povo na boca, sempre a falar nos oprimidos e nem uma palavra de recordação das vítimas (não dos inimigos, atenção) de Fidel Castro. Não deixa de ser estranho.
Miguel D
Pois é.
ResponderEliminarA classificação das coisas e a sua manipulação vai de par com a visão do mundo que se tem.
E de que lado do mundo se está.E da gritaria mediática que se tem como suporte
Um "herói" para o mundo ocidental em geral e para o mundo neoliberal em particualr foi W. Churchill.
Não, não se vai falar no massacre de Dresden em que Churchill esteve metido até ao pescoço.
Na 2ª metade do século XIX e na 1ª do século XX, entre 15 a 29 milhões de pessoas terão morrido de fome e epidemias na Índia, sem que os dominadores colonialistas tenham mexido um dedo! E só no ano de 1943, quando Churchill era primeiro ministro, a situação era muito grave, com extrema falta de mantimentos na região de West Bengal, de capital em Kolkota. A fome apertava e os chefes colonizadores locais mandaram telegramas urgentes a Churchill chamando a atenção para a gravíssima situação e queriam proceder à distribuição de mantimentos armazenados para o efeito. Churchill opôs-se, com veemência, alegando uma justificação, que nada justifica, senão um ódio mal-contido aos indianos: ‘que poderiam fazer falta aos britânicos’, anafados e bem-alimentados.
E no papel do telegrama recebido anotou esta frase cínica e cruel: ‘Como é que Gandhi não morreu ainda?’ (de fome, por suposto). Impediu que se tomassem medidas para combater a fome que grassava.Morreram pelo menos 3 milhões de cidadãos Indianos, em um período de 15 meses de 1943 a 1944. À fome (cfr. Shashi Tharoor, https://www.youtube.com/watch?v=f7CW7S0zxv4 at Oxford Union
Num recente livro, intitulado “Churchill’s Secret War”, Madhusree Mukerjee, estudiosa que já pertenceu ao conselho de editores da Scientific American, denuncia o desvio de alimentos que Churchill fez de Bengala, região propositadamente empobrecida pelas políticas segregacionistas da administração britânica, recusando mesmo a ajuda alimentar oferecida por americanos e canadianos, que teria permitido evitar aquele autêntico holocausto indiano.
"Revoluçao ou morte"?
ResponderEliminarQue aldrabão este tipo. Que miseráveis estes processos saídos das velhas escolas da doutrinação da extrema-direita.
"Pátria ou morte, venceremos" a frase icónica de Fidel é assim transformada como por artes mágicas em "revolução ou morte"
Curiosamente pelo mesmo tipo que se assume agora como um vende-pátrias vulgar, após ter cursado na escola da legião a gritar pela pátria colonial
Noutros lugares dizia-se mesmo "Viva la muuerte".
ResponderEliminarCuriosamente quem dizia estas coisas eram os fascistas espanhóis. Os franquistas. Os criminosos sem perdão, aliados de Salazar. Salazar que curiosamente tem a benção deste tipo que agora fala nas "emoções e no paredão".
A história tem destas coisas. O ressabiamento dum colonialista aqui patenteado em toda a linha. este sujeito fala em assassinios ,mas defende-os. Fala em torturadores mas defende-os, para nosso completo horror. Defende o daesh e elogia os seus torcionários
Caso seja necessário podem-se esfregar na cara as afirmações a tal respeito que comprovam o que se diz. Símbolo menor dum tempo em que do braço estendido se passou para o lambe-botas abjecto aos arianos e para o serviço cívico correspondente
Entretanto ficamos à espera da prova dos "torturadores imaginosos " com que o sujeito tenta conspurcar os demais.
ResponderEliminar(Quanto aos assassinios...esta é uma referência indirecta às centenas de tentativas de assassinato do presidente Fidel pelos chefes máximos da democracia americana.)
Miguel D.
ResponderEliminarUma óptima lembrança. Venham mais textos que exponham s hipocrisia dos que vertem lagrimas de crocodilo.
E que exponhsm a ferocidade criminosa do Capital e do capitalismo
Percebeu aquela historia de Churchill? Direitinha para si
Não deixa de ser estranho o incómodo de Miguel D perante quen luta pela independência e pela liberdade de um povo e o silêncio perante quem oprime esses mesmos povos. Cumplicidades de classe?
ResponderEliminar
ResponderEliminarFidel e Marcelo foram jovens como todos os seres humanos o foram e hão-de ser antes e depois deles, e´ da natureza humana ser jovem antes de ser velho. Pelo que foi dito ate´ parece que temos duas ou mais vidas.
Aliás esta prosa já tem história antiga. Veja-se a diatribe antimarxista quando falam da juventude e velhice de Karl Marx.
De tal forma e´ um absurdo já que o velho não tem outra saída, não pode voltar atrás. Porque desde o seu nascimento ate´ a´ sua morte o homem próprio, vai sempre em crescendo. Claro que a minha preferência foi e será Fidel no seu todo. De Adelino Silva
«Entretanto ficamos à espera da prova ...»
ResponderEliminarE vais ficar à espera toda a vida, que para ti sempre há os bons assassinos que matam e torturam por um bem maior; são os 'grandes' homens que fazem guerras de libertação para de seguida amarrarem a grilhetas e catecismos vencedores e vencidos.
Nessa tua crença não cabem provas, tudo são as emoções que se cumprem fazendo os homens iguais, qual manada de que te imaginas ora pastor ora apascentado.
E qual manada, o abate de algumas cabeças conta nada para pastores tão ciosos do seu pastoreio e apascentados ciosos da sua ração.
É interessante ler como os da direita rasgam as vestes e soltam prantos de agonia pela sorte do povo cubano que, coitadinho!, não tem direito a pôr o seu votito na urna de 5 em 5 anos. A memória e a atenção têm destas coisas e são senhoras coscuvilheiras que só dão fé daquilo que lhes convém...
ResponderEliminarNo Chile do início dos anos 70, havia eleições livres: o socialista Salvador Allende ganhou-as. O que aconteceu a seguir? Dir-me-ão os meus queridos companheiros da direita e de (alguma)esquerda: "Isso foi há muito tempo!" Deveras? Vejamos: há uns anitos, Francisco Zelaya, filho abastado de abastadas famílias, ganhou as eleições presidenciais nas Honduras; descontente com o nepotismo "made in USA" que condenava o seu povo à miséria, achou que devia proceder em conformidade com a sua consciência de homem probo. O que aconteceu a seguir? Pois a queridinha dos democratas ocidentais, a Madame (em mais que um sentido...) Clinton, arranjou-lhe um golpe militar que o meteu, em pijama, num avião para o exílio. As Honduras são hoje um paraíso do narcotráfico, um inferno onde os esquadrões da morte da extrema-direita paramilitar abatem como cães todos aqueles que ousam pôr em causa a "democraticidade" dos golpistas "reeleitos" em sucessivas palhaçadas eleitorais pseudodemocráticas.
Mas falemos, para aqueles que não se sentem ofendidos com o relembrar de histórias antigas, de pretéritos regimes sanguinários. O bom do general Suharto foi o feliz totalista de um golpe sanguinário que foi, tão só, o maior politocídio do século XX: um milhão de supostos e verdadeiros comunistas assassinados - médicos, professores, engenheiros, militares, homens e mulheres, velhos e novos. Quem engendrou, financiou e dirigiu esse golpe contra o perigosíssimo não-alinhado Sukarno? Passados uns anos, a dose foi repetida e, com a bênção do senhor Henry Kissinger, um terço da população de Timor-Leste pôde experimentar (no outro mundo, é claro) as delícias da paixão assolapada dos EUA pela "democracia": antes mortos e apolíticos no Céu do que vivos e comunistas na Terra, terão pensado, em fervorosa comunhão de pensamentos democráticos, o general e o diplomata. Um genocídio real que, curiosamente, nunca mereceu um Tribunal Penal Internacional como mereceram os genocídios inventados em Hollywood imputados à Sérvia de Milosevic.
Mohamed Mossadegh ganhou, no Irão dos anos 50, as eleições. Em pouco tempo, os EUA e o Reino Unido tinham congeminado um golpe de estado que o derrubou e no seu lugar colocou esse ícone democrático que foi... o Xá do Irão. E fiquemos por aqui, não por falta de vastos e largos exemplos, mas sim porque o espaço é curto...
Aqui chegados, uma pergunta se impõe: fosse Fidel néscio ao ponto de embarcar na visão mirífica de uma democracia cubana verdadeiramente independente e sem ingerências externas provindas da Casa Branca a 150 milhas náuticas da Florida e teria ele morrido no seu leito aos 90 anos? Já sei: o que faltou a Fidel para poder ser coroado em vida como o príncipe dos "revolucionários democratas" foi o conselho amigo e magistral de competentes revolucionários do género dos do Bloco de Esquerda, pois esses é que sabem como dirigir a acidentada rota de uma nação nos traiçoeiros mares da "realpolitik".
De acordo caro JRA com o esclarecimento adicional para os necessitados do mesmo, ate' porque o Marcelo queixou-se de nao ter podido falar de si (ainda bem) e se acaso o tivesse feito nao iria alem de umas gabaroliçes. Assim, as memorias que o caro JRA nos traz do jovem artista Marcelo e desses tempos estao carregadas de interesse actualizado e para a actualidade.
ResponderEliminarMiguel D , tenha vergonha mais o seu " elencar alguns pequenos lapsos do Comandante Fidel".
ResponderEliminarHipocrisias de virgens púdicas não. O que está escrito está escrito, está escrito. O que está feito está feito.
“Todo o gajo que durante mais de meio-século é capaz de manter um pau cheio de pregos no cu dUSAmericanos - é meu gajo.VIVA FIDEL!”.
(Daniel Abrunheiro)
"A verdade é que, para além disso, muito para além disso, Fidel foi capaz de lograr instituir a partir do nada – apesar de um embargo implacável por parte da maior potência militar e económica de todos os tempos – um serviço de saúde exigente e competente e universal e um sistema de ensino também universal e exemplar.
ResponderEliminarFidel ainda foi capaz de dizer na ONU, perante todos os estados do mundo, sem absolutamente nenhum medo de ser desmentido pelos factos: “Hoje, milhões de crianças vão dormir na rua. Nenhuma delas é cubana”.
Foi ou não foi um gajo do caralho?
.
Apesar disso, Fidel é muito criticado tanto pela direita mais hard como pela esquerda soft. Um tirano, dizem eles. É assim a vida; há quem pense que é possível que um jardineiro possa produzir belas e cheirosas rosas ou morangos sem sujar as mãos com estrume. Mas não é.
Fidel sobreviveu a seiscentos e tal atentados dUSAmericanos e morreu, como outro célebre cavaleiro andante, tranquilamente, na cama. Todavia, ao contrário deste, não consta que se tenha arrependido de nada. É preciso cojones, pendejos."
Daqui:
http://ositiodosdesenhos.blogspot.pt/2016/11/fidel.html#links
(Fernando Campos)
Um deixa 9oo milhões de dolares de poupança para os seus descendentes e uns milhares de fuzilados dos seus cidadãos cubanos. O outro é um pobre mediano comentador de televisão que não deixa um passado brilhante como o ditador de Cuba.
ResponderEliminarOs crentes são por vezes muitos cegos ou ridiculos.
Para o das 18 e 08:
ResponderEliminarContinuamos à espera de provas em vez de paroxismos histéricos.
Pelo que os insultos paridos lá nos esgotos onde pontifica podem ficar no Âmbito do seu lar ou de quem lhe deu a educação
E continuamos á espera dos pedidos de desculpa pela tentativa de manipulação com frases igualmente paridas sabe-se lá onde.
Não fuja. Justifique o PSH de 1,02
Comovente.
ResponderEliminarVerdadeiramente comovente
Sr Cristóvão ...que alguém sem estudos e que passou a vida a trabalhar como costureira ( sem desprimor para as costureiras) não consiga obter mais informação do que o dito nas telenovelas ainda se pode entender.
Agora que um sujeito como o senhor com pretensões a ter algum nível de escolaridade repita o ouvido pelo bas fond dos chulos é grave.
Percebe porque é mesmo grave, não percebe?
Cego e ridículo pode ser também o meu amigo. Porque crente é-o com toda a certeza. E ainda mais quando chora essas lágrimas pelo pobre mediano comentador de televisão
Portando ficamos à espera das suas provas provadas quanto ao que afirma sobre os 900 milhões de poupança. A mostrar de que é feita a mediocridade acéfala das pretensas elites letradas deste pobre país
Qd José elogiava os assassinos do Daesh estava a elogiar os bons assassinos?
ResponderEliminarE qd elogiava o dever dos torturadores estava a elogiar as seus torturadores? ( esses nunca há bons..é tudo escumalha)
E qd Jose ten aqueles tiques coloquiais de tratamento por tu está a rever a forms como tratavam a sua mãezinha que Deus a tenha?
Aprecio o facto de o das 19:52 ter a frontalidade de se declarar antidemocrático.
ResponderEliminarA partir daí, o seu apoio a Fidel é perfeitamente justificado.
Espero que não venha com a pieguice da 'verdadeira democracia'...a da igualdade e outras tretas.
"Quem conhece realmente Cuba, o seu povo, o processo revolucionário, e não tem intenções de a denegrir, até ri (para não chorar) quando se fala na «falta» de direitos humanos.
ResponderEliminarCuba ocupa mundialmente posições cimeiras no que toca a indicadores de saúde, esperança de vida, literacia e educação. É conhecido o nível destacado dos cubanos na cultura e o seu grau de preparação e participação políticas. Cuba atingiu patamares de excelência reconhecidos a nível internacional em áreas de ponta da ciência e técnica, como a biotecnologia. A saúde, educação e cultura (que em conjunto com o desporto representam cerca de 70% do orçamento cubano) são áreas em que o Estado cubano garante o acesso universal e gratuito.
Mesmo ao lado dos EUA, onde um curso superior custa em média 80 mil dólares, Cuba demonstra que a educação pode ser gratuita e de qualidade. Quando nos EUA explode a revolta contra o racismo e a brutalidade policial, em Cuba os polícias andam desarmados. Cuba aterroriza os paladinos dos «impossíveis» porque mostra que é possível um sistema de saúde gratuito, universal e de alta qualidade, uma taxa de desemprego abaixo dos 2% e uma taxa de analfabetismo de 0,2%.
«Dói-lhes» saber que se a América Latina tivesse a taxa de mortalidade infantil de Cuba, seriam salvas anualmente 800 mil crianças; que das 30 mil crianças que morrem diariamente vítimas de sarampo, malária, difteria e desnutrição, nenhuma é cubana; que dos 200 milhões de crianças que todas as noites dormem nas ruas, nenhuma é cubana. Cuba aterroriza os senhores do dinheiro porque não exporta bombas, mas sim médicos.
No seu último relatório, a Unicef informa que dos 146 milhões de crianças menores de cinco anos afectadas pela desnutrição grave, nenhuma é cubana. No mesmo sentido, a maioria dos países presentes no Conselho de Direitos Humanos saudou os progressos da ilha socialista no cumprimento dos chamados Objectivos do Milénio, sublinhando que os avanços em matéria de saúde e investigação, educação e cultura, igualdade de género e combate à discriminação, erradicação da pobreza e da fome, foram alcançados.
Se isto é não ter direitos humanos, vivemos mesmo numa humanidade perdida, porque Cuba deixa aos seus calcanhares a generalidade dos países do mundo.
Podemos questionar como se consegue ter este processo quando todas as baterias estão apontadas para o seu extermínio, começando na acção dos EUA. Este «paladino da democracia» fez atentados, nomeadamente a Fidel Castro, promoveu golpes de Estado, mantém o «campo de concentração» de Guantanamo com presos que nem foram julgados, e mantém o bloqueio económico há mais de 50 anos, grande entrave a avanços económicos.
Mas há coisas que nem os grandes meios conseguem apagar e tal foi visível com a morte do Comandante: milhares e milhares de pessoas em Cuba prestam-lhe nestes dias homenagem e participam nas cerimónias fúnebres decretadas pelo Governo Cubano; e são muitas as mensagens de respeito de vários locais do mundo, reflexo da solidariedade internacionalista que caracteriza a política do Estado cubano. Nada apaga o que um povo sente quando perde um símbolo da sua luta e da sua libertação. As suas lágrimas, a sua manifestação de tristeza, são reflexo da persistente luta por um país soberano, emancipado, onde floresceu a igualdade de direitos,que hoje está muito longínqua em quase todo o mundo.
"Nos dias em que regimes políticos que se supunham sólidos ruíram fragorosamente com o muro de Berlim, sem dúvida porque, a dada altura dos seus caminhos históricos, perderam ou cortaram os vínculos com a sua essência, a ligação ao povo e os mecanismos para que este decidisse da sua vida, a Cuba independente e com os olhos no socialismo conseguiu sobreviver.
ResponderEliminarE sobreviveu paupérrima, isolada, amesquinhada, quase sem amigos, ridicularizada por aqueles que, de barriga cheia, anafados de «democracia» e «direitos humanos», profetizavam diariamente «o fim do regime» para o dia seguinte. Bastaria isso para que qualquer ser pensante se desse ao trabalho de se interrogar sobre as razões pelas quais a Cuba de referências socialistas não seguiu o destino – que hoje se percebe catastrófico – de outras nações «irmãs».
Falta de democracia? Sim, dessa coisa que obriga governos eleitos a terem de sujeitar os orçamentos de Estado aprovados por Parlamentos eleitos aos pareceres de grupos de sujeitos não eleitos, marionetas manipuladas por interesses tendencialmente mafiosos; essa coisa que obrigou o povo do mais poderoso país do mundo, o país que se permite tentar matar os vizinhos à fome, a escolher para presidente entre uma fascista com provas dadas e um fascista com ameaças por cumprir.
Violação dos direitos Humanos? Sim, dessa coisa que a NATO leva na boca dos canhões, nos bojos das aeronaves ao Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Palestina, Líbano, Iémen, Mali, República Centro Africana, Nigéria e lá onde lhe aprouver."
(José Goulão)
A previsibilidade de certas almas da direita é tão recorrente que se torna fastidiosa: ele não passou por este mundo dirigente marxista que não tenha sido "ladrão" (os milhões) e "sanguinário" (os fuzilados). Só falta (faltará?) o "hediondo canibalismo" (a degustação de criancinhas no forno, logo ao pequeno-almoço, seguida da fruição do odoroso fumo de um belíssimo "puro").
ResponderEliminarPor falar em ridículo, meu caríssimo António Cristóvão, há de o senhor explicar-me as conclusões que forçosamente retirará do facto de os eleitores portugueses terem elegido para seu Presidente da República "um pobre mediano comentador de televisão" que, além do mais (e esta, meu atentíssimo senhor, na sua profunda perspicácia dedutiva, deixou o Sherlock, o Poirot e a Miss Marple verdes de inveja...)."não deixa um passado brilhante como ditador de Cuba". A única "Cuba" na qual o mediano (palavras suas) e portuguesíssimo Marcelo poderia ter sido alguma coisa é a Cuba... do Alentejo...
Para além disso, meu ilustríssimo António Cristóvão, só a ideia de detetar no ar a mais leve molécula de emanações ditatoriais deve deixar Marcelo Rebelo de Sousa doente: afinal de contas, o bom do nosso "Chairman" viveu boa parte da sua vida habituando-se às agruras concorrenciais de uma exemplar democracia que mandou um não menos democrático Governador para esse Minho índico chamado Moçambique, uma espécie de rei mago em jornada às avessas que, com fartura de cornucópia, semeou no afortunado território a abastança, o sufrágio universal e o respeito pela vida humana...
Para o das 18 e 08 e das 18 e 04 e das 10 e 56 e das 18 e 15
ResponderEliminarContinuamos à espera de provas em vez de paroxismos histéricos.
Pelo que os insultos paridos lá nos esgotos onde pontifica podem ficar no Âmbito do seu lar ou de quem lhe deu a educação
E continuamos á espera dos pedidos de desculpa pela tentativa de manipulação com frases igualmente paridas sabe-se lá onde.
Não fuja. Justifique o PSH de 1,02
Resolveu dar largas à sua veia "reinterpretativa", polivalentíssimo Herr José? Bem sei que tem o hábito de se pôr em bicos de pés, mas essa sua incursão pela exegese académica saiu-lhe um tanto ou quanto atabalhoada, devo confessar-lho: é prova provadíssima de indigência académica a citação parcialíssima do discurso alheio, seguida, feito o devido e prévio corta-e-cola, da retirada de ilações videirinhas do que não foi afirmado no que, supostamente, se analisa. Volte a ler (quantas vezes precisas forem)... tudo o que escrevi, sim? Agradecido...
ResponderEliminarEssa sua patológica aversão a Fidel Castro, impotentíssimo Herr José, põe-no, curiosamente, na companhia daqueles de quem, a avaliar pelas curiosíssimas idiossincrasias políticas longa e vastamente por si aqui bolsadas, Vossa Excelência nem de ouvir falar gosta: a energética rapaziada do Bloco de Esquerda. Olhe, meu incongruentíssimo Herr José, aqui vai um conselho amigo do das 19:52 (escusa de agradecer...): tenha muito cuidado com essas suas afinidades eletivas, quando não, um destes dias, ainda se acha no meio da algaraviada de um bem colorido "grupo de trabalho" LGBT ou a desfilar pelas ruas da capital numa jovialmente vociferante manifestação envolta em cheirinho a alecrim envergando uma "t-shirt" com uma folhinha de cannabis estampada. Se a refrescante "modernice" for do seu gosto, pois esqueça o meu conselho, divirta-se largamente e... "Honni soit qui mal y pense!"
Herr Jose é um felizardo da vida fácil bafejado pela generosidade anónima dos comentadores dos LdB que lhe oferecem de tudo só para o ver bem-disposto e satisfeito. Se achar que o cânhamo é muito soft para si e precisar de algo com mais aceleramento dê um salto ao bairro do Rego pode ser que tenha sobrado e chegue a tempo de mandar um risco da boa. E um conselho (mas atenção que não é de borla): não se ponha a ler fugazes estórias da carochinha.
ResponderEliminarAhahah!
ResponderEliminar"Honni soit qui mal y pense!"
Na mouche!
De Gabriel Garcia Marquez, in Rebellion, um texto muito belo e preciso sobre Fidel
ResponderEliminarAqui:
http://foicebook.blogspot.pt/2016/12/gabriel-garcia-maequez.html#links
Depois de ler todos estes comentário aqui deixados chego a conclusão que vale mais um ditador apoiado pelo seu povo do que um ditador apoiado pelas forças do imperialismo...
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