quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Um jornal para afrontar tabus
As forças e os interesses neoliberais, domésticos e europeus, pressionam constantemente o executivo para que este volte ao receituário anterior, afinal o único compatível com o esmagamento do mundo do trabalho, com a transformação do Estado social no Estado assistencial, com a ortodoxia monetária e dos tratados europeus. Estas pressões vão fazendo o seu caminho e têm consequências. Começaram por influir na primeira proposta de Orçamento do Estado para 2016, que foi piorada em Bruxelas, e continuam a manifestar-se nas permanentes ameaças de sanções e suspensões dos fundos estruturais.
Excerto do editorial de Sandra Monteiro no Le Monde diplomatique - edição portuguesa de Outubro: Afrontar tabus. Aproveito para deixar aqui o resumo desta edição:
“Na edição de Outubro, José Castro Caldas analisa as propostas que estão em cima da mesa na União Europeia para a criação de um «pelotão da frente» e que colocarão Portugal perante uma escolha dilemática: tem vantagens em integrá-lo ou não? Pedro Bingre do Amaral reflecte sobre as tendências de substituição dos lucros por rendas nos processos de acumulação de riqueza e o que isso significa, não apenas para a habitação, mas para o regresso do patrimonialismo, com mais desigualdades. Ana Benavente faz um retrato do que os anos da Troika fizeram à educação e aponta pistas para o que é ainda urgente mudar. Victor Louro regressa à tragédia dos incêndios rurais e traça linhas para uma urgente de protecção da floresta que convoca a cidadania.
No internacional, destaque para a situação na Turquia depois do golpe falhado, analisada pelo prisma do exército, e para a interligação dos conflitos neste país, na Síria e em Israel com esse depósito de água que é o monte Golã. Também na América Central a questão dos recursos hídricos tem um papel fundamental, tendo levado a assassinatos de ameríndios e militantes ecologistas, como o de Berta Cáceres, nas Honduras. Propomos ainda para uma reportagem na Islândia para compreendermos aquela que foi uma saída audaciosa para a crise, bem como o que está ainda por reconstruir. E muito mais. Boas leituras!”
nem de propósito:
ResponderEliminaro cds hoje quer debater o quanto "a agenda das esquerdas levou à ruptura dos serviços públicos".
de cada vez que pensamos que o descaramento atingiu o limite, Paf!, lá acordamos e o descaramento foi mais longe.
Vou comprara. Periódcamente submeto-me a um banho de esquerdalhice aguda.
ResponderEliminarEspero que no internacional '...e muito mais' me expliquem o estado actual da revolução bolivariana, que tão pouco tem sido apoiada ultimamente, quando parece estar num dos seus momentos mais criativos
este josé é um pândego. "revolução bolivariana". enfim, está à altura da actual jsd.
ResponderEliminarUm muito bom introito este sobre um jornal que rompe tabus.
ResponderEliminarTantos que, sentindo-se ameaçado no seu banho de Portas, aqui denunciado por L., parte à desfilada pela Revolução bolivariana e por outros banhos que animam o seu serviço cívico.