Tudo isto deve ser muito confuso.
Na sua crónica de hoje na Antena 1, Helena Garrido critica as recentes declarações do ministro alemão das Finanças, Schauble - quando opina sobre os maus resultados económicos do Governo de esquerda, apoiado por forças radicais - porque agora já se pode dizer que as coisas estão a correr bem. Mas - imaginem! - estão a correr bem porque o Governo está aplicar uma política de austeridade!
Ou seja:
1. Primeiro, quando o Governo foi empossado, evitou-se qualquer análise crítica à aplicação de um modelo recessivo de austeridade, por si defendida desde o início. Quando o Governo apoiado pela esquerda quis aplicar outra política e de reversão da austeridade, criticou-se que seria suicida, sublinhou-se a necessidade de reformas estruturais - semelhantes às aplicadas pelo governo de direita - porque a situação económica estava ainda fragilizada, embora sem nunca admitir o papel nefasto da política de austeridade na fragilização social, do tecido económico e até da banca.
2. Depois, criticou-se o modelo seguido pelo Governo socialista - apoiado no consumo, alavancado por uma reposição de rendimentos - , que não ia dar resultado, que não estava a dar resultado, que o investimento estava a cair, que Portugal iria precisar de um segundo resgate, e que sabia-se lá o que iria acontecer depois das férias do verão. Para mais pormenores, tentem encontrar este número do Le Monde Diplomatique.
3. Agora, tudo está a correr bem, porque - pasme-se! - porque o Governo apoiado pela esquerda está, no fundo, aplicar uma política de austeridade, com o objectivo certeiro de reduzir o défice orçamental, e portanto, a austeridade funciona. Na verdade, a austeridade que se está a aplicar é fruto das imposições do Tratado Orçamental, veementemente vincadas pelas instâncias comunitárias, e que se está a tentar, a todo o custo e de forma mais justa, atenuar, progressivamente. E que, politicamente, talvez seja o caminho necessário para que os socialistas venham a perceber as limitações impossíveis de um tratado que antes apoiaram. Por seu lado, Helena Garrido não entende a necessidade de o ministro alemão ter que negar a realidade, ao aperceber-se que, a cada dia que passa, cai por terra o carácter fenixiano de uma política de austeridade. Os exemplos são úteis no contexto geral.
Era conveniente, pois, que os proeminentes colegas de profissão tivessem alguma seriedade na avaliação de tudo o que disseram no passado e do que se está a passar, sob pena de tudo isto se assemelhar àquelas práticas em que se vai apagando das fotografias as pessoas que vão caindo em desgraça. E antes que seja tarde, convinha perceber que, assim, vai ser difícil retirar a sua própria fotografia de um pensamento que se afunda.
Por qualquer motivo tens esperanças que isto se endireite com esses colegas, JRA. Tens lá amigos, tens esperanças, pior ainda tens ilusões. Mas estás enganado. A corporação, suas oligarquias e representantes são parte do cancro que afecta a classe.
ResponderEliminarÉ a luta pela sobrevivência
ResponderEliminarClaro que Helena Garrido sofre de amnésia seletiva. E os socialistas há muito que perceberam que o Tratado Orçamental impõe severos limites ao crescimento, mas tem que recorrer à língua de pau para não levarem com Schaueble e a barragem mediática em cima. Até a Dra Ferreira Leite já percebeu isso. O problema não é esse e sim de relações de força. Portugal consegue financiar-se a taxas razoavelmente baixas porque o BCE está disposto a comprar dívida soberana portuguesa, enquanto a DBRS não classificar a dita dívida como lixo. Claro que já sabemos que o que as agências de rating dizem é essencialmente um copy-paste de relatórios oficiais. Até o Gomes Ferreira consegue criticá-las, imagine-se. Mas é infelizmente assim que as coisas funcionam e enquanto alguém não apresentar um modelo claro de como é que Portugal consegue passar sem financiamento externo (porque mesmo uma renegociação da dívida será feita sob condições e não me venham dizer que a parte fraca, Portugal, terá qualquer 'leverage' que seja), alguma forma de austeridade (a presente tem a virtude de não ser sobre os mais fracos e sobre a classe média em geral e o funcionalismo público em particular) terá sempre que ser aplicada. E por favor, não venham dizer que a recuperação da soberania monetária irá permitir 'quantitative easing', porque a nossa Economia não tem a dimensão da europeia ou da americana... Enquanto o protesto da Esquerda for só de ordem moral (e faltarem as medidas quantificadas), não vamos a lado nenhum...
ResponderEliminarCaro anónimo,
ResponderEliminarEu aceito que haja uma função sistémica no uso da comunicação social para melhor convencer a opinião pública. Se não forem estes, serão outros. Mas até lá, tentarei convencer sempre quem esteja a exercer, objectivamente, essa função.
Ah
ResponderEliminarA sorte que os revolucionários de 1640 tiveram pelo facto de não terem pedido aos conspiradores para apresentarem um "modelo claro" sobre as suas intenções.
Enquanto as acções da esquerda estiverem assim ammaradas a estas pusilânimes declarações não vamos a lado nenhum
Mas por favor depois não venham lastimar-se pelos Brexits e a crismarem tais atitudes como se fossem produto da extrema-direita. São sim produto directo da cobardia exemplar duma esquerda europeísta, que não tem nada para mostrar que não este precipício onde nos encontramos
O João faz uma avaliação arrevesada do que é uma lógica apreciação da acção da geringonça.
ResponderEliminar1. «Primeiro, quando o Governo foi empossado,receou-se» que fosse mesmo acabar com a austeridade e suprir todas a carências, não só as troikistas como as crónicas. Quatro anos de negacionismo a quatro vozes, só poderiam dar nisso, O alarme era fundado.
«Embora sem nunca admitir o papel nefasto da política de austeridade na fragilização social, do tecido económico e até da banca» pelo simples bom senso de saber-se que quem teve PS acaba por ter que pagar o pato e o 44 tinha levado a governança a limites de criatividade’ keynesiana’ , eleitoralista, idiota, e não só.
2. «Depois, criticou-se o modelo seguido pelo Governo socialista» que não deu os resultados anunciados – como amplamente demonstrado por acabar por aspirar a alcançar metade do objectivo - mas sobretudo não houve a presciência de alcançar as virtualidades das cativações orçamentais, essa genial forma de anunciar uma coisa e fazer outra, ainda por cima revestindo a transição dos panos da mais extremada virtude!
3. «Agora, tudo está a correr bem, porque - pasme-se! - porque o Governo apoiado pela esquerda está, no fundo, aplicar uma política de austeridade, com o objectivo certeiro de reduzir o défice orçamental, e portanto, a austeridade funciona. Na verdade»; é ISSO MESMO e mais: retomamos o remanso da paz social como há mais de 40 anos não se via!
Voltamos a ser pobrezinhos porque sim.
Somos modestos prque é essa a natureza das coisas.
Temos seguramente grandes aspirações inspirados pelo nosso heróico passado revolucionário, mas sabemos esperar.
E os ricos são mantidos em respeito e os pobres são mantidos conformados, com migalhas a tempo e boas palavras.
Enfim, voltamos a ser felizes!
«Por seu lado, Helena Garrido não entende» que o alemão não entenda esta realidade lusa, paciente, modesta e conformada com a pobreza pindérica.
Cometes um erro. É como tentar convencer banqueiros e bancários. O dispositivo é da natureza da propaganda e não outra. Não o perceber, é desperdiçar forças. O que está é inaproveitável. De cabo a raso. E olham com desdém para o que foram postos fora. que não são capazes, que dão aulas, que não se adaptaram.
ResponderEliminarEis como se faz "serviço cívico":
ResponderEliminar«Primeiro, quando o Governo foi empossado,receou-se» que fosse mesmo acabar com a austeridade e suprir todas a carências, não só as troikistas como as crónicas"
.
Quem disse que se iam suprir todas as ditas carências? As crónicas e as troikistas, tão saudadas por herr jose?
Os silogismos de quem não aprendeu o bê-á-bá dão nisto. Partir duma preposição saída do serviço cívico dá sistematicamente asneira. Mas é ternurentamente revelador de quem usa tal prática
"Quatro anos de negacionismo a quatro vozes, só poderiam dar nisso, O alarme era fundado".
ResponderEliminarO que será este negacionismo? O negacionismo do colonialismo? Da exploração desenfreada? Dos tempos de miséria miserável de salazar e dos seus capangas?E o que será esta polifonia das 4 vozes? E o alrme de quem?
Lembro-me do alarme insultuoso de herr jose perante a ameaça de se gerar um governo do PS após as eleições de Outubro de 2015.
Herr jose lembrar-se-á? Ou quer que se lhe volte a avivar a memória do seu racismo abjecto então enunciado?
Fala-se aí com desvelo, comoção, quiçá ternura, do período da governança. E até se fala, naquele jeito viscoso de quem não tem coragem para fazer afirmações frontais, do pato e do 44 e da criatividade keynesiana e outras idiotices idiotas (para usar o vocabulário usado pelo amante)
ResponderEliminarAté parece mentira ouvi-los hoje, quando nos lembramos que eles formavam o governo que fez recuar o PIB mais de 5,5 pontos percentuais, que levou a um recuo brutal do investimento público e privado, que concretizou uma imemorável destruição de emprego e que procedeu a uma gigantesca política de concentração da riqueza, a que se chamou política de austeridade. Que foi precisamente um governo que usou o défice como desculpa para impor as medidas mais negativas, sem sequer cumprir os seus próprios objectivos. Uma governação durante a qual as dívidas, pública e externa, se situavam entre as maiores do mundo.
Isto enquanto foram disponibilizados à banca privada milhões de euros de recursos públicos, desviados 7 a 9 mil milhões de euros por ano para pagamento dos juros da dívida pública, concedidos largos milhares de euros de apoios e benefícios fiscais ao grande capital e se desenvolviam os negócios dos contratos SWAP e das Parcerias Público Privadas. Aliás, foi precisamente o pretexto da falta de dinheiro que justificou a venda ao desbarato de empresas públicas, a degradação dos serviços públicos e o corte nos rendimentos.
"o remanso da paz social como há mais de 40 anos não se via!"
ResponderEliminar"Voltamos a ser pobrezinhos porque sim."
"Somos modestos prque é essa a natureza das coisas".
"o alemão não entenda esta realidade lusa, paciente, modesta e conformada com a pobreza pindérica".
Este é o discurso salazarento a reproduzir o discurso salazarista.
Mas de tão pífio e de tão "serviço cívico" vai abaixo por si só.
PAF!
Como foi o outro que terá caído de podre...e podre jaz e arrefece
Cuco, nunca me desiludes!
ResponderEliminarA resistência à evidência não é pequena coisa: requer meninges bem calcificadas na perseverança ideológica, neurónios bem treinados na ciência do caminho único.
E a dialéctica? Enuncia-se a mensagem para tornar mais claro ao que se quer contrapor, +ara de seguida mudar de assunto ou dizer umas tretas sobre o mensageiro.
Tudo tão previsível!
Parece que os cucos não têm desiludido as várias gerações de joses ao longo dos tempos.
ResponderEliminarAinda bem. Mas isto é uma questão do foro pessoal e familiar das personagens agradecidas aos cucos e não interessa mesmo nada para aqui.
Vamos ao que importa. O das 9 e 57 confirma oura coisa mais importante com este chorrilho de coisas que são autênticas pérolas; "meninges calcificadas, perseverança ideológica, neurónios bem treinados, ciência do caminho único".
O coitado nem se apercebe, na sua investidura apressada, que está a reproduzir de forma tonta e idiota o que ele próprio diz sobre o "mensageiro".
A "resistência à evidência" e as outras tretas que se lhe seguem, a "dialéctica e a "mensagem", mais a mudança de assunto e o assunto da mudança têm um objectivo concreto.
ResponderEliminarFugir do que se lhe aponta e não responder a nada com que foi confrontado.
Assim ficámos sem saber quem disse que se iam suprir todas as ditas carências, afirmação tonta em que tentou assentar o seu "discurso".
Ficámos sem saber o que era isso do negacionismo e ficámos sem saber se o dito cujo quer que a sua memória seja avivada no que diz respeito ao seu alarme insultuoso perante a ameaça de se gerar um governo do PS após as eleições de Outubro de 2015.
Mas ficámos sobretudo sem saber o que o sujeito tem a dizer sobre os factos concretos aí em cima denunciados. O governo que fez recuar o PIB mais de 5,5 pontos percentuais, que levou a um recuo brutal do investimento público e privado, que concretizou uma imemorável destruição de emprego e que procedeu a uma gigantesca política de concentração da riqueza, a que se chamou política de austeridade. Que foi precisamente um governo que usou o défice como desculpa para impor as medidas mais negativas, sem sequer cumprir os seus próprios objectivos. Uma governação durante a qual as dívidas, pública e externa, se situavam entre as maiores do mundo.
Isto enquanto foram disponibilizados à banca privada milhões de euros de recursos públicos, desviados 7 a 9 mil milhões de euros por ano para pagamento dos juros da dívida pública, concedidos largos milhares de euros de apoios e benefícios fiscais ao grande capital e se desenvolviam os negócios dos contratos SWAP e das Parcerias Público Privadas. Aliás, foi precisamente o pretexto da falta de dinheiro que justificou a venda ao desbarato de empresas públicas, a degradação dos serviços públicos e o corte nos rendimentos"
A tudo isto este tipo nada diz e diz nada. Entupiu. E depois queixa-se, lacrimoso, do mensageiro.
Quanto às suas frases que foram aí citadas, o que dizer delas se foi o próprio sujeito das 9 e 57 que as enunciou?
ResponderEliminarE que de tão pífias e salazarentas, na minha modesta opinião, não necessitam de mais comentários porque caem por si com estrondo e fragor?
( como o outro, que terá caído de poder...e podre jaz e arrefece)
Que culpa temos nós que use tal linguarejar?
«...enquanto foram disponibilizados à banca privada milhões de euros de recursos públicos»
ResponderEliminarO ridículo nunca intimidou os falsários, só a eficácia da farsa lhes interessa.
Lamenta-se a geringonça de que o PaF/Estado não tenha enterrado mais dinheiro na Banca, chora os juros excessivos dos Cocos, e de por tudo isso não poder ir mamar à banca como sempre é a vocação socialista.
E toda se espreme para ir pôr milhares de milhões na Caixa para aí vir a dispor de uma almofada que lhe permita mais uma acrobacia geringonçosa que lhe dê mais um mandato a apascentar a sua clientela.
Afinal a "não desilusão" era figura de estilo. Volta esbaforido ao tema quem andava aos cucos. E volta irritado , com aquele tom cinzento-cinza de quem sofre de azia e pesporrência, traduzidas no "mamar à banca", na "vocação", no "espreme", na "acrobacia", no "apascentar"
ResponderEliminarMas infelizmente para o dito cujo, mente. Mente e prova-se que mente.
E mente, mentindo, sem responder ao que lhe é apresentado.
Comecemos:
Quem se andou a lamentar pelo facto que o estado não tenha enterrado mais dinheiro na banca foi o próprio das 13 e 43
Cita-se ipsis verbis:
"Quanto aos erros, seria interessante conhecê-los.
Eu sei de um, e bem grande: atentar no alarido dos esquerdalhos e não ter financiado suficientemente os bancos em crise quando havia dinheiro para isso".
A memória é mesmo uma coisa lixada
Continuemos.
ResponderEliminarEm relação ao resumo feito sobre a governança a única coisa que o sujeito tenta rebater é
"...enquanto foram disponibilizados à banca privada milhões de euros de recursos públicos"
(O mais do resto é silêncio ( que remédio) e as suas mamas, vocações, almofadas acrobacias e apascentares).
"O ridículo nunca intimidou os falsários, só a eficácia da farsa lhes interessa" diz de forma néscia o sujeito das 13 e 43 em relação ao dinheiro disponibilizado à banca privada
Demos a palavra a José Castro Caldas , numa entrevista à Rádio Renascença, em Julho de 2014
"Costuma-se dizer que o Estado português não tinha dinheiro para pagar salários e pensões. Isto, como nós sabemos, é uma falsidade. Não era esse o caso. O dinheiro que não havia era para amortizar a dívida pública, isto é, para cumprir com o calendário de amortização da dívida que estava previsto logo no imediato. Se houve algum risco que se correu em meados de 2011 foi o de Portugal entrar em incumprimento na sua dívida pública... E resta saber se isso não teria sido a coisa certa a fazer na altura. Teria exigido enorme coragem política, mas ter-nos-ia poupado deste calvário que, no final, parece não resolver o problema. (...) Os credores principais de Portugal na altura eram outros, não eram os mesmos que são hoje. Os credores principais de Portugal na altura eram sobretudo grandes bancos europeus, alemães, franceses, também espanhóis, por via intermédia. (...) A partir do momento em que aparece o dinheiro da troika, isso permite que, por um lado o Estado português continue a pagar os juros e a amortizar a dívida a esses credores internacionais, a esses grandes bancos europeus, como permite, a esses grandes bancos europeus, libertarem-se o mais rapidamente possível dessa dívida. Aliás, o Banco Central Europeu, ao adquirir alguma da dívida pública portuguesa, a partir de 2011, também permitiu aos bancos que se livrassem de alguma coisa que se tinha tornado tóxica para eles, que era dívida pública.
(...) A quem é que serviu o resgate? Quem foi resgatado? Em primeiro lugar foi resgatada a banca portuguesa, que tinha perdido o acesso aos mercados internacionais e tinha entrado numa situação de falta de liquidez. Em segundo lugar, o resgate foi para os bancos credores da banca portuguesa (e do Estado português também). E portanto quem é que não foi resgatado? Quem não foi resgatado foi o conjunto dos cidadãos contribuintes portugueses e o conjunto de cidadãos contribuintes europeus. Não foram apenas os cidadãos portugueses que ficaram a perder nesta forma de intervir da União Europeia. Foi o conjunto dos cidadãos europeus que passaram a ser responsáveis por dívida e por créditos que anteriormente eram privados"
Está explicado o termo "néscio " referente ao paleio sobre os falsários e a farsa? Convenhamos que é um eufemismo, mas enfim
"Os governos ( os estados) de todo o mundo foram chamados a garantir a confiança da banca de duas formas: com uma suposta rede de supervisão e pagando as dívidas da banca quando a supervisão não funciona.
ResponderEliminarOs sucessivos casos de falências com resgates públicos, por todo o mundo, ilustram bem a forma como o Estado é utilizado ao serviço da acumulação. Portugal é o exemplo mais próximo. BPN, BPP, BES, BANIF e alguns outros bancos foram alvos de intervenções, empréstimos, atribuição de garantias públicas, recapitalizações, resoluções ou falsas nacionalizações, com o comprometimento de milhares de milhões de euros. Só ao abrigo do Pacto de Agressão assinado com o FMI, BCE e UE, e sob a direcção subserviente e cúmplice do governo de Passos Coelho, foram entregues directamente à banca portuguesa 12 mil milhões de euros para recapitalizações e 35 mil milhões em garantias pessoais do Estado (que também representam custos para o Estado e lucros para bancos nacionais e estrangeiros).
Os casos verificados em Portugal são o exemplo prático de que o Estado foi, no que ao resgate a bancos diz respeito, inteiramente capturado pelos interesses dos grandes grupos económicos. Não só capitalizando as instituições, não para as controlar pelo capital social, mas apara amparar as aventuras e o «empreendedorismo» dos accionistas privados (de que o caso BANIF é gravíssimo e claro exemplo) – tal como sucedia durante o fascismo em boa parte dos grupos monopolistas; mas também utilizando os recursos e a capacidade de endividamento públicos para sanar os balanços dos bancos e os entregar já libertos de problemas a outros grupos económicos. BPN, BANIF, BES foram todos alvos de processos que, sendo diferentes na forma jurídica, correspondem à mesma operação: o accionista privado tira o dinheiro do banco, o Estado mete o dinheiro dos trabalhadores no banco e volta a entregar aos mesmos ou a outros accionistas privados o banco já com o capital público, agora privatizado por apenas uma parte do seu valor.
Há quem tenha a supremo topete de escrever o abaixo transcrito em relação à disponibilização de milhões de euros à banca privada:
"O ridículo nunca intimidou os falsários, só a eficácia da farsa lhes interessa".
Talvez quem tenha tenha escrito tal treta mal-cheirosa tenha sido perito dos banqueiros. Perceber-se-ia assim a ternura cúmplice e conivente. Agora está escondido atrás dos falsários e da farsa.
Um pormenor curioso em relação a factos relatados na própria imprensa e a que quase ninguém deu atenção
ResponderEliminarNum suplemento de economia do Expresso em Fevereiro deste ano:
"Dívida Pública salva lucros da Banca "
Ganharam com as operações financeiras da Dívida Publica a pequena quantia de 1,4 mil milhões de euros em 2015 !
À custa de quem ?
Dos contribuintes, à excepção dos ganhos da Caixa .
Donde vem o desespero da geringonça com a banca?
ResponderEliminarDiz que a banca não financia a economia quando a banca diz que não tem economia para financiar.
Vai daí a geringonça faz o quê? Reverte o IRC, aumenta salários, arrota umas postas progressistas, faz uns orçamentos em que torna claro que vai precisar de mais dinheiro no futuro e vai dizendo que cairá em cima do dinheiro do contribuinte, assim o veja.
Uns príncipes da cretinice!
Ei...ó jose ...,
ResponderEliminarNão fuja.
Justifique a sua afirmação
"O ridículo nunca intimidou os falsários, só a eficácia da farsa lhes interessa".
tentanto contestar o que se disse, que foi também isto:
"...enquanto foram disponibilizados à banca privada milhões de euros de recursos públicos"
Confirmado o falsário jose e o farsante jose, aguardamos o pedido de desculpas de alguém que se assume como um perito de facto da aldrabice e da cretinice.
(pedindo-se desculpa pelo termo, mas foi este exactamente o termo usado pelo perito que queria ser princípe entre os treteiros)
E mais uma vez se regista o espectáculo da fuga e do silêncio a tudo o que é aqui denunciado. Por parte dum sujeito a que chamam com propriedade herr jose.
ResponderEliminarNem uma palavra sobre as suas próprias afirmaçóes , de apoio à socialização dos prejuizos da banca ( à custa de quem trabalha)e de exultação pelos lucros privados da banca privada.
A memória é uma coisa mesmo lixada
Nem quase uma palavra sobre os factos apresentados: "O governo que fez recuar o PIB mais de 5,5 pontos percentuais, que levou a um recuo brutal do investimento público e privado, que concretizou uma imemorável destruição de emprego e que procedeu a uma gigantesca política de concentração da riqueza, a que se chamou política de austeridade. Que foi precisamente um governo que usou o défice como desculpa para impor as medidas mais negativas, sem sequer cumprir os seus próprios objectivos. Uma governação durante a qual as dívidas, pública e externa, se situavam entre as maiores do mundo.
Isto enquanto foram disponibilizados à banca privada milhões de euros de recursos públicos, desviados 7 a 9 mil milhões de euros por ano para pagamento dos juros da dívida pública, concedidos largos milhares de euros de apoios e benefícios fiscais ao grande capital e se desenvolviam os negócios dos contratos SWAP e das Parcerias Público Privadas. Aliás, foi precisamente o pretexto da falta de dinheiro que justificou a venda ao desbarato de empresas públicas, a degradação dos serviços públicos e o corte nos rendimentos"
A única tentativa de desmentido dos "milhões de euros de recursos públicos à banca privada", da forma pesporrenta habitual que usa, teve uma tal resposta que meteu a viola no saco e bateu em retirada.
Deixando atrás de si estas "cretinices" ocas e sem qualquer conteúdo: "desespero da geringonça, Diz que , Reverte o IRC, arrota postas progressistas, faz uns orçamentos, dinheiro no futuro , vai dizendo que, cairá em cima do dinheiro, assim o veja, príncipes da cretinice, ponto de exclamação"
Um verdadeiro "principe" daquilo que escreveu. A fazer serviço cívico, segundo ele próprio confessou, mas tão medíocre que só assim se percebe que tenha sido contratado pelos seus medíocres pares. Como "perito" sabe-se lá já de quê