(Vídeo da Geringonça)
«O caso do "sol e das vistas" que passariam, "agora", a ser taxados no IMI é só mais um num rol de "factos" sem qualquer consubstanciação propalados pelos media - os tradicionais e os ditos sociais - e por um não acabar de cabeças falantes. É falso? Não faz mal: dá manchetes com muitos cliques e para escrever "crónicas" superdivertidas. Já explicar a verdade - que o critério de avaliação em causa, certo ou errado, existe há anos e os partidos (PSD e CDS) que ora rasgam as vestes o aprovaram - é chato e não faz rir (é triste, até). (...) Como é que chegámos aqui, e ainda mais quando é fácil, em muitos casos, verificar por nós próprios (googlando) se algo é falso ou verdadeiro? Pomerantsev fala de uma "escola de pensamento" na qual se perverteu a máxima de Nietzsche "não há factos, só interpretações" de modo a significar que "as mentiras podem ser desculpadas como "um ponto de vista" ou "uma opinião" porque "tudo é relativo" e "toda a gente tem a sua verdade". (...) Ai o cronista escreve mentiras? Não interessa, "é a opinião dele" - e "as pessoas gostam". Ai o título não coincide com o que está na notícia? Eh pá, se pusermos a verdade no título ninguém lê. Acusámos a pessoa e nem a ouvimos? Ela que nos ponha em tribunal - se tiver dinheiro para isso e se atrever a ser vista como inimiga da liberdade de expressão.»
Fernanda Câncio, Sol, vistas e manias
O caso do IMI é de facto apenas mais um, ainda que particularmente eloquente. Mas o que não falta é matéria para análise nas mais diversas áreas, do jornalismo à comunicação social, da sociologia à economia e ciência política. Não só para compreender como se chegou até aqui, mas também (e sobretudo) para perceber como se supera este tempo de volatilidade e desinformação, de défice de debate e de pluralismo, de superficialidade, cortinas de fumo e formas diversas de manipulação.
«...como se supera este tempo de volatilidade e desinformação, de défice de debate e de pluralismo, de superficialidade, cortinas de fumo e formas diversas de manipulação»?
ResponderEliminarEm democracia, parlamentar, subsidiada e treteira?
É simples!
Não se superou, não se supera e não se superará!
O que o jose quer dizer é isto. supera-se só com uma nova ditadura. Como a que defendia o Jose antes de Abril de 74. Com uma nova Pide, a exemplo da Pide que defendia, dos seus agentes e dos seus directores.
ResponderEliminarPorque como se supera isto é com mais democracia. Aprofundando a democracia. E pondo um ponto final nesta sociedado do capital onde impera o lucro, o darwinismo social e a selvajaria corrupta duma sociedade onde uns tantos têm tanto como os restantes 99% dos demais.
É daquelas ironias dos nossos tempos: nunca a informação esteve tão disponível e no entanto nunca andámos tão mal informados.
ResponderEliminar«Aprofundamento da democracia». Traduzindo:trata-se do estádio seguinte a «meter na gaveta» e corresponde a «pôr no fundo do baú, e esquecer».
ResponderEliminarÉ a ambição maior dos criacionistas (anti-evolucionistas) que dizem conhecer a solução final que corresponderá à solução original antes da perversão evolucionista.
Tretas de primatas primários.
O aprofundamento do “socialismo” deu o que deu na Rússia - implosão da URSS –.
ResponderEliminarO aprofundamento da “democracia” no resto da europa faliu com a U.E.
Umberto Eco diria – informação abusiva da capacidade memorial do homem –
Quando estamos perante um povo mal preparado para enfrentar todas e mais algumas das anomalias possíveis em Democracia, a ”Ditadura do proletariado” será como um “Elixir da Vida”.
Estamos cercados de falsos profetas.
Uns defendem os elementos verificados a´ dita esquerda, outros a´ dita direita e ainda outros a indefinição…E´ de questionar:
Qual e´ o lugar do homem nesta democracia pouco ou nada democrática?
Será que se pode chamar de jornalismo ao charlatanismo existente?
Os cafres que lançaram esta do IMI estarão isentos de justiça?
Com todo respeito de Adelino Silva
Jose atira para o fundo do baú a acusação de ser o que é.
ResponderEliminarExprimiu-se muito claramente sobre o seu conceito de democracia.Agora faz flores e cita o criacionismo e a solução final e a "perversão evolucionista"
Antes de ir mais longe sublinhe-se esta de primata primário (segundo a sua taxonomia":
"A perversão evolucionista"
Amarrado ao criacionismo com o rabo de fora.
À boa maneira primária.
Jose dixit a apontar o seu ídolo e senhor e mestre:
ResponderEliminar"na composição da minha pouco importante figura, evita pôr-me como tendo Cavaco por líder! Põe lá o salazar mas não o Cavaco".
Jose dixit a elogiar o papel da Pide:
"A PIDE era a polícia de defesa do Estado Português; era polícia de fronteiras, agência de informações e de contenção ou ataque a quem o poder político definia como inimigos do Estado.
Os inimigos do Exército Português eram inimigos do Estado e a PIDE era uma aliada essencial à acção do exército na luta em África.
Por isso o seu desmantelamento não foi previsto, porque também não foi previsto o puro e simples ABANDONO do Ultramar".
Elogiando ainda mais a Pide:
"Não duvido que trinchassem um treteiro badalhoco de vez em quando, que a higiene pública também é defesa do Estado".
Regista-se a comparação que o dito sujeito faz com o regime democrático. (Regime democrático diga-se em abono da verdade que tem sido governado durante uma boa parte dos anos pelos herdeiros dos Donos de Portugal.Veja-se Ricardo Salgado e seus acólitos Veja-se os ex-pides que foram condecorados por Cavaco)
Quanto ao criacionismo...
ResponderEliminarSó mesmo alguém cujo cérebro foi preenchido pela ideologia das escolas ultra-religiosas dos EUA pode defender tal tese. Claro que quem defende o senso comum como metodologia da aprendizagem e do conhecimento mais tarde ou mais cedo irá desembocar neste obscurantismo idiota.
Como é o caso por acaso do sujeito que tem assim em tão boa conta o senso comum e que até cita a "solução final" ( do amigo de salazar, um tal adolfo).
Fazer-se desentendido...técnica essencial à sobrevivência do treteito.
ResponderEliminar“Os inimigos do Exército Português eram inimigos do Estado e a PIDE era uma «aliada essencial» à acção do exército na luta em África”
ResponderEliminarHá aqui qualquer coisa que não bate bem a bota com a perdigota.
Nesse tempo de maldição a PIDE foi imposta como “svcs de Inteligência” às forças armadas pelo regime fascista. Ninguém nas F.A. gramava
Essa gente… Era raro a companhia, destacamento ou navio que não levasse infiltrado um ou mais pides. Eles em Africa, tal como ca´ eram o terror das populações.
Tanto o 1º como o 2º Programa do MFA tinham a descolonização e a extinção da pide entre outros como objetivos imediatos. de Adelino Silva
"Em democracia, parlamentar, subsidiada e treteira?"
ResponderEliminar"A pide e salazar,instituições respeitáveis"
"Fazer-se desentendido...técnica essencial à sobrevivência do treteito."
Já percebemos Herr jose. Já percebemos.
Heil, perdão , herr , não é mesmo?
"Primeiro foi a mais que provável, adivinhável, programada queda do governo: não resultou. Depois foi a tentativa de granjear simpatias com a polémica dos colégios privados: também não lhes trouxe simpatias nenhumas, pelo contrário. A seguir vieram as sanções e as ameaças “da Europa” contra “o país”, contra o governo, numa “previsível catástrofe” que só se resolveria se Maria Luís Albuquerque “ainda lá estivesse”: também foi o que se viu. Ora, a que espécie de “liana” se hão de agora agarrar CDS e PSD, que navegam à vista, sem rumo definido, notoriamente incapazes de fazer oposição política com o mínimo de seriedade e bom senso? Quase que se podem ouvir as ordens a ecoar pelas paredes da São Caetano à Lapa: «Para atacar o governo, o PCP ou o BE qualquer coisa, pá! Qualquer coisa serve!»
ResponderEliminar"Depois de eles próprios terem passado legislaturas inteiras a “aprimorar” as maiores dores de cabeça dos portugueses em relação ao IMI, com "inevitabilidades", agravantes e subidas desregradas impostas pelos seus próprios governos, aparecem agora, com a cada vez mais habitual falta de vergonha na cara, a rasgar vestes por causa de uma mexida nas ponderações percentuais de factores que já existiam e já estavam em vigor, ao contrário de o que andou a berrar o mais agitadiço e fiel propagandista da direita na SIC, José Gomes Ferreira. E convém ainda recordar este facto notável, demonstrativo, uma vez mais, da hipocrisia reinante na direita que por cá vamos tendo: há escassos meses, por proposta do PCP, foi votada no Parlamento uma descida do valor máximo do IMI de 0,5% para 0,45%. Adivinhe-se lá quem é que então se absteve. Pois. Um dos que durante a legislatura anterior não parecia tão disposto assim a aliviar fiscalmente os contribuintes foi o “extraordinário” Nuno Magalhães, o mesmo que hoje apareceu, ufano, em conferência de imprensa, a acenar com a plena autoridade de, a respeito do IMI, ter falado com “TODAS as câmaras do CDS no país!" Com “TODAS"! E "do país”. Isto é, fez cinco telefonemas!"
ResponderEliminar"Não contentes com a hiperbolização dessa matéria, a direita decide cavalgar agora numa nova e muito oportuna polémica: a viagem feita por um Secretário de Estado das Finanças a um jogo da selecção, em França, que foi paga por uma entidade privada que tem dívidas ao fisco. Independentemente do julgamento ou avaliação sempre subjectiva que cada um possa fazer do acto em si, não se mascare ou se menospreze, contudo, o carácter mediático da questão como nova “liana” de uma direita completamente entorpecida, esvaziada, às aranhas. E é isso mesmo que é preciso sublinhar.
ResponderEliminarE não há como não levantar a questão: como se atreve o PSD a falar destas questões? Como se atreve o PSD a apontar o dedo acusador da ética e da moralidade quando um seu na altura deputado, mais tarde primeiro-ministro e ainda hoje líder do partido, esteve cinco anos sem fazer os devidos descontos para a Segurança Social? Onde pára a ética e a moralidade do PSD, afinal? Onde parou a ética e moralidade também do CDS, parceiro desse mesmo governante na precisa ocasião em que o caso se tornou público, e que optou por um rotundo, cúmplice e vergonhoso silêncio? São estes os arautos do bom comportamento dos políticos? Haja decoro."
(Ivo Rafael Silva)
Ó das 23:24!
ResponderEliminarMostra lá onde foste buscar a citação: "A pide e salazar, instituições respeitáveis".
Treteiro sem vergonha.
Ó Adelino, diz-me se a PIDE era o terror das FAP ou se era um aliado.
O resto dos terrores posso falar-te de muitos outros em que a farda que usas-te e que te garante a reformazinha era símbolo bastante.
E lembras-te que a PIDE foi extinta com excepção do Ultramat?
Patrioteiros de m... que um dia destes vão mandar o Afonso Henriques para a vala comum dos xenofobos ant-islâmicos!
Voltando a assuntos mais interessantes.
ResponderEliminarAgora, e por mais algum tempo, a Geringonça vai beneficiar da memória do aumento de renda da clientela, do maior conforto daí resultante, como contraponto da memória da austeridade que, tendo sido cavada em grande pela seita do PS, ao fim de seis anos de propaganda dirigida à massa de lerdos, continua em boa medida colada à imagem do PAF.
Até aqui temos o passado ao serviço do presente.
Mas o destino é o presente projectar-se no futuro, e pouco a pouco saberemos que o presente é nada de melhor e o futuro se apresenta cada vez mais pouco promissor (por agora).
O tempo vai decorrer e a esquerdalhada vai continuar agarrada às tretas que lhe dão o ser e o ter alguma relevância mediática.
E chegará o tempo em que o olhar o futuro vai preencher o presente, e então saber-se-á do logro, da cretinice e oportunismo de toda uma geringonçosa política que mais não fez que dar relevo a políticos sem chama nem substãncia, seita de carreiristas medíocres em busca de uma nota na estória.
Cuidado com o vocabulário e com a ofensa a quem não o merece.
ResponderEliminar' o garante.te a reformazinha" nesse tom s cheirar a pesoorrencia alcoolizada não deve passar. A reforma de quem trabalhou é credora de respeito. Dobre assim a língua e vá aprender a escrever. "Farda que usas-te"?
Ah essa educação medíocre dos filhos família do medíocre e explorador patronato salazarista.
Quem elogia a Pide e quem diz os disparates raivosos sobre o seu não desmantelamento foi precisamente este jose ( será o JgMenos?). Mente assim e aldraba. E tenta fazer passar as aldrabices que diz.
ResponderEliminarAh, que falta de verticalidade pauta a medíocre educação dos filhos família dum patronato salazarento e medíocre
Quanto ao racismo abjecto que marca o carácter de Jose,que este tenha ao menos a coragem de não o esconder atrás de Afonso Henriques. Vá lá, abamdone-se essa cobardia e assuma.se nos tempos que correm. Foi por coisas como essas e por associaçoes deste tipo, que ficou a saber dos seus antepassados pedófilos no seu conceito sui generis e do mercadejar etanolico das putativas esposas
ResponderEliminarÓ das 13 e 28. Um politico com chama será provavelmente o pervertido Salazar nao é? Ou o Barroso?
ResponderEliminar... O Petain?
Ó das 13 e 28 e um político com substancia? Um bem nutrido de carnes, sebentas e viscosas, de charuto na mão e de chicote na outra, a juntar as notas saqueadas para as depositar nos offshores que defende. À sua imagem e semelhança mental?
ResponderEliminarEsta´ tudo muito bem - absteve-se mas não deveria abster-se; disse mas não deveria dizer, não tem moral para, etc. etc. e tal. OK!
ResponderEliminarEntretanto o célebre IMI mexe ou não mexe? Vai ou não vai ser factor de mais desigualdade?
A escola pública ou privada mexe ou não mexe?
Os Secretarios e deputados da actual governança fizeram ou não mal em aceitarem alvissaras da GALP…
E´ isso que interessa!
Cabe aos deputados apoiantes do actual governo, o próprio governo, Informarem seus eleitores e toda a nação sobre estes e outros eventos políticos e sociais.
Acontece que e´ a deputação direitista, a dita oposição, que tem mostrado (mal ou bem) a´ nação a dilemática informação oficial corrente.
Para que levarmos o tempo a tretar sobre este ou aquele flano? Se esta gente não e´ gente de bem só temos e´ de retira-los de la para fora…seja ele quem for… de Adelino Silva
Andam todos preocupados com uma viajem do SEAF paga pela GALP.
ResponderEliminarMas ninguém se preocupou no passado quando(em quase todos os governos)diversos advogados da area fiscal dos maiores escritórios, que ganham balurdios a litigar contra o Estado, passaram de repente para a SEAF (supostamente a defender os interesses do Estado),e depois de deixarem marca (autoria legislativa)voltaram novamente ao sector privado para litigarem contra o Estado.
Provavelmente será de mim ou terei entendido mal o cerne sobre esta questão do IMI. Desde 2003 que certos critérios são ponderados na avaliação dos imóveis para efeitos de IMI, entre os quais o "sol" e as "vistas". Nessa vertente nada de novo.
ResponderEliminarO que é espantoso - isso sim - é um secretário de estado mentir descaradamente em dois pontos essenciais:
1- Passar de 5% para 20% a majoração de um dos critérios, segundo ministro não é um aumento da carga tributária. Reconheço que ao longo da minha vida académica a ciência matemática nunca foi o meu fore. Desconhecia igualmente as capacidades do secretário de estado nesta ciência e antevejo ao fundo um Nobel
2- Afirmar que a AT não faz reavaliações dos imóveis, poderá demonstrar ou pura e santa ignorância ou o secretário de estado anda metido na droga. Ambas graves mas om ponderações distintas, reconheço.
Em resumo, a minha perplexidade sobre o caso nada tem a ver com o "sol" ou "vistas", mas sim com o avanço espantoso da ciência matemática em Portugal, com o tipo de droga que andam a consumir e com que raio de governante que desconhece o programa do PS que prevê um aumento do ...IMI.
Em verdade vos digo que a PIDE foi o terror das populações do “império colonial português” incluindo as FAP.
ResponderEliminarQuanto a´ “reformazinha “ posse dizer que foi necessário muito trabalhinho em 36 anos de serviço.
Sobre a farda terei de dizer que gostei de a usar, tinha brio em a vestir. Fui um bom exemplar da Marinha.
Quanto ao resto José, estamos ditos. Lamento a vossa orientação politica estar em outro lugar…E´ só isto ! com todo o respeito de Adelino Silva
" CDS e PSD, que navegam à vista, sem rumo definido, notoriamente incapazes de fazer oposição política com o mínimo de seriedade e bom senso"
ResponderEliminarIsto escreve Ivo Silva..
O das 13 e 28 confirma-o: Vejamos esta patetice patética : Agora, e por mais algum tempo,beneficiar da memória,como contraponto da memória, à massa de lerdos, Até aqui temos o passado ao serviço do presente. Mas o destino é o presente projectar-se no futuro, o presente é nada de melhor e o futuro se apresenta cada vez mais pouco promissor (por agora).
O tempo vai decorrer e chegará o tempo em que o olhar o futuro vai preencher o presente.
Não é possivel ..isto só pode ser mesmo piada
Tem razão o anónimo das 21:51, a matemática teve um avanço espantoso em Portugal:
ResponderEliminarO valor patrimonial tributário sobre o qual incide o IMI é determinado através de 6 coeficientes, um dos quais é o coeficiente de qualidade e conforto, o qual por sua vez é determinado por 13 sub-coeficientes, e um dos quais inclui o sol e as vistas.
Por isso, talvez não seja preciso fazer muitas contas para saber qual o impacto na receita do IMI do aumento da ponderação das vistas e do sol.
Pela barulheira na comunicação associal até parece que o IMI irá ter um aumento maior que teve a receita do IRS num unico ano: 30% (repito 30%) - nessa altura não houve tanta barulheira como agora - talvez porque a matemática dos jornaleiros Tugas anda mesmo muito avançada.
www.publico.pt/economia/noticia/choque-fiscal-do-irs-rendeu-ao-estado-31-mil-milhoes-de-receita-em-tres-anos-1634541
Mas se não é o Unabomber aquele que litigou até cairmos a rebolar de riso sobre os alemães e os tugas e Eugénio Rosa
ResponderEliminarJá foi aqui chamada a atenção para esta dança de vampiros sobre alguns dos acontecimentos recentes. E o texto de Ivo Rafael Silva é particularmente feliz na análise daqueles
Quanto aos secretários de estado que viajaram a convite da Galp para França durante o Euro2016. (Entretanto soube-se que o dono da Olivedesportos convidou três deputados do PSD para o mesmo fim).
Confirma-se a dança promiscua entre os negócios privados e os partidos que nos têm governado desde há mais de trinta anos. Mostra como o poder político se submete ao poder económico. Mas os exemplos apresentados não constituem nem de perto nem de longe os casos mais gravosos para os interesses do país. Nem se limitem a viagens. Recentemente Maria Luís Albuquerque aceitou um cargo numa empresa que avalia a dívida pública portuguesa, por ela gerida enquanto foi ministra das Finanças entre 2013 e 2015. Também Durão Barroso, ex-Primeiro-Ministro e ex-Presidente da Comissão Europeia, tornou-se presidente não-executivo do Goldman Sachs, banco com ligações à eclosão da crise em 2008.
Como diz alguém da esquerda da esquerda deve ser o primeiro-ministro, o Governo e o próprio secretário de Estado a fazerem a leitura política, a tirarem as ilações devidas, a tomarem as decisões. De frente e de caras
Uma nota importante: não corresponde à realidade essa estória de " ninguém se preocupou no passado" com tais negócios e negociatas.
Faz lembrar o mito que ninguém alertou para os riscos da adesão ao euro.
Quanto à questão do IMI e do histerismo que gira à sua volta.
ResponderEliminarNão são só os "jornaleiros tugas". É todo o aparelho político-partidário da direita e da direita-extrema, ampliado pela comunicação social fidelizada e pelos seus prolongamentos nas redes sociais. A comunicação social tem dono e os escribas, com honrosas excepções, falam geralmente não a língua dos "tugas" mas a língua dos donos
Em causa estão as alterações publicadas em Diário da República, no dia 1 de Agosto, que prevêm mudanças no cálculo do coeficiente de qualidade e conforto, através de alterações num dos seus treze elementos (o referente à localização e operacionalidade relativa). Refira-se que este coeficiente, e seus critérios, já existiam anteriormente, e que, recorde-se, foi introduzido no regime fiscal do IMI pelo governo PSD e CDS, de Durão Barroso e Paulo Portas.
Recorde-se também que ouvido sobre a matéria o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, afirmou ser expectativa do Governo um comportamento neutral, em termos de receita fiscal, em função das majorações e minorações, agora previstas no novo diploma. Recorde-se as manobras do PSD para iludir as suas responsabilidades no peso que este imposto representa para os orçamentos familiares.
Durante o governo de PSD/CDS, devido particularmente ao processo de reavaliação, a receita de IMI subiu mais 494 milhões de euros, um aumento de 43,5% face a 2011, acrescentando em muitas circunstâncias um mais pesado encargo às famílias portuguesas.
Tenha-se em atenção que a imposição da troika, relativa ao aumento do IMI era de 250 milhões de euros. Os 240 milhões, que estão para além desse número, correspondem ao desejo, do governo PSD/CDS, de ir para além do programado. A esse desejo se terá ficado a dever certamente o facto de, em 2012, ter sido alterado o coeficiente de localização que passou a variar entre 0,4 e 3,5, em vez de os 0,4 e 3.
E relembra-se que,já na oposição, o PSD votou contra a redução de 10% do IMI, proposta pelo PCP e aprovada com os votos do PS, BE e PEV.
Caro Unabomber:
ResponderEliminarSejam quais forem o número de coeficientes, sendo o impacto residual ou não, não deixa de haver um aumento (não vejo necessidade em negar).
Também não existe qualquer razão em mentir no que concerne a quem faz ou não as avaliações para efeitos de IMI.
Quanto a ninguém ter protestado (..."não houve tanta barulheira como agora"...), presumo que tenha estado fora do país nestes últimos 4/5 anos...
De resto a atitude do secretário de estado em devolver o dinheiro da viagem é suficiente... já consta aliás, que a famosa "caixa de robalos" vai ser devolvida e o respectivo processo arquivado
Tem razão amigo anónimo das 19:00 - um aumento no IMI de dez centimos será sempre um aumento. Resta saber se esse aumento de dez centimos merece tanto xinfrim da comunicação associal.
ResponderEliminarMas, o problema talvez não seja apenas da matemática, mas também do Português: parece-nos que dizer que a alteração em causa terá "sempre um impacto reduzido" é diferente de dizer que não vai haver aumento - https://www.youtube.com/watch?v=74VUCI5qeMw
Mais, convém distinguir entre quem faz a avaliação para efeitos de IMI, de quem tem possibilidades de tomar a iniciativa para tal.