sexta-feira, 15 de julho de 2016
Submetemo-nos de vez, ou acabamos com o protectorado?
Os analistas da direita chamam a nossa atenção para a ameaça de sanções a Portugal e a possibilidade de isso vir a gerar desconfiança nos mercados, o que fará subir as taxas de juro que o Tesouro terá de pagar por novas emissões de dívida. Partem do pressuposto de que a decisão de compra e venda das obrigações de Portugal depende da confiança que a nossa economia e o nosso governo inspiram. No actual contexto, nada de mais errado.
Se a desconfiança fosse o factor determinante, as taxas nunca teriam baixado desde 2012 pela simples razão de que um governo endividado em moeda de que não é soberano, amarrado num colete de forças jurídico que fez dele um protectorado sem política económica, não tem qualquer possibilidade de pagar uma dívida insustentável. Por muita austeridade que aplique, como o próprio Fundo Monetário admite. De facto, só a política monetária do BCE, ameaçando comprar tudo no mercado secundário ou, desde há algum tempo com o Quantitative Easing, comprando um montante fixo mensal, têm mantido as taxas de juro num estado de acalmia.
Porém, a resistência do Governo às aplicação de medidas de austeridade adicionais (leia-se: recusa da total submissão) suscitou a raiva dos falcões do Eurogrupo, da CE e do BCE. Isso foi motivo bastante para, invocando a necessária "prudência" (a mesma que teve de adoptar com a Grécia), desde Março o BCE ter passado a comprar dívida pública portuguesa em quantidades muito abaixo do nível a que vinha fazendo ("travagem a fundo", regozija-se o Observador). É esta dinâmica que António Costa e os seus aliados não podem contrariar, por muito que protestem.
Portanto, mais dia menos dia, o PS e o BE terão de fazer a escolha que até hoje têm evitado sequer enunciar: submetemo-nos de vez, ou acabamos com o protectorado?
E não me venham dizer que o povo não está preparado porque essa foi a desculpa de Tsipras e será sempre a de todos os que se recusam a prepará-lo para enfrentar a realidade. A preparação já devia estar a ser feita, enunciando com rigor a escolha que vem a caminho. A quem interessa a voz grossa dos que apoiam o governo, mas evitam falar com clareza do que aí vem? A quem interessa o discurso da indignação do BE, exigindo um referendo ao Tratado Orçamental, dessa forma legitimando a entrega da soberania que a formulação da pergunta, sob a forma de referendo, por si só significa?
(Também publicado aqui)
A preparação já devia estar feita, Jorge Bateira? Agora a culpa é daqueles que ainda acalentam alguma esperança no projeto político europeu? Mas onde está a alternativa política detalhada que permitirá que o País abandone o Euro? Ou será que o destino dos nossos soberanistas vai ser o mesmo dos Brexiters no RU, que acordaram no dia 24 de Junho e descobriram que não tinham um plano? Por favor, não me remeta para a sua comunicação de 2012, ou diga que o País pode contar com a boa vontade de Theresa May (como se isso dependesse dela) para recuperar o seu ouro. Vá lá, mostre-nos o trabalho que tem andado a fazer e publique o seu programa de Governo, como pessoa responsável que é. Não nos faça esperar pelo anúncio da Frente de Libertação do Euro (só o nome dá arrepios), mostre-nos de que dispõe de uma tecnocracia capaz de tornar esta transição tão suave quanto possível...
ResponderEliminar"Acabem com o protectorado e aguentem as consequências!".
ResponderEliminarJá o mesmo diziam alguns escravos antes da libertação...
Morais Mendes
A preparação deveria estar feita há muito tempo. Desde 2010 pelo menos, para não dizer 2008. Aliás, os próprios que acreditam no projecto Europeu é que deviam ter o plano para deixar esse mesmo plano, quando se tornou óbvio que esse projecto deixou de ser aquilo em que acreditavam.
ResponderEliminarCurioso que começaram todos próximos do BE, que depois vários ensaiaram aproximações ao Livre, cedo curadas, e que andam agora quase todos tão próximos do que o PCP diz há tanto.
ResponderEliminarNão ter plano para defender um ataque à soberania do país não só é irresponsável como antipatriótico. Esta Europa e esta zona Euro não são viáveis, o que não significa que o país deva fechar as portas. Não é só a portugal que isto não serve, isto efectivamente não serve a ninguém, o poder na Europa tem de ser cerceado, é contra a ditadura que está instituída que deve ser feito o confronto, não pode haver qualquer duvida sobre isto.
ResponderEliminarNo seguimento do comentário de Nor Tor e do sobre os escravos.
ResponderEliminarForam recuperados detalhes das reuniões dos escravos antes das suas rebeliões contra os seus senhores e amos. E um ou outro exigia que se apontasse "a alternativa política detalhada que permitirá que " se abandone tão miserável condição social. Senão melhor mesmo a escravatura.
Felizmente que os ventos da História varreram tais disparates. É que o horror continuava a cair sobre os escravos e havia quem não visse que a situação para quem sofria estava caminho de não ser sustentável
Jaime Santos,
ResponderEliminarquando diz "mostre-nos o trabalho que tem andado a fazer e publique o seu programa de Governo", está a exceder-se.
É esse o seu argumento mais importante? Desde quando um cidadão que entende ser melhor para o País abandonar o euro só deve defender essa opção política se tiver feito estudos detalhados e tiver escrito um programa de governo? Talvez possa exigir isso ao PCP que tem uma equipa de economistas e dinheiro quanto baste para contratar especialistas nas diversas áreas. Se eu tivesse recursos, certamente já teria actualizado, com dados mais recentes sobre a economia portuguesa, o modelo usado por Jacques Sapir e Philippe Murer para a Fondation Res Publica (http://www.fondation-res-publica.org/etude-euro/#.V4kK-TkrKqA).
Afinal, onde estão os estudos que mostram um efeito líquido positivo para o País se a actual situação se mantiver? Isso não o incomoda?
Imagino que também considera um grave erro político que o movimento dos capitães de Abril tenha avançado para o golpe militar sem um programa de governo, apenas com uma declaração de princípios.
Pois fique sabendo que o Brexit tinha planos de contingência adequados à incerteza da situação. Foram feitos pelo Banco de Inglaterra e estão a ser aplicados. O resto compete ao governo legítimo do RU e consiste em negociar as melhores condições da saída da UE. Mas creio que a sua fé nos estudos quantitativos sobre o futuro vai muito para além do que o pragmatismo britânico exige.
O Jaime faz-me lembrar a atitude do comando geral das forças armadas dos EUA, quando confrontado com a inutilidade da modelização das previsões do tempo, com que os brilhantes estatísticos o confrontavam, e terá respondido assim:
"O Comando Geral está bem consciente de que as previsões não servem. Ainda assim, precisa delas para fins de planeamento." (https://rwer.wordpress.com/2016/07/04/macroeconomic-machine-dreams-3/)
Sim, precisamos de previsões para dar mais tranquilidade ao público, mas infelizmente estamos atrasados nesse processo. Em Portugal, há vários economistas de esquerda que ainda não estão certos do caminho a tomar, ou estão a recuperar das desilusões políticas que sofreram, portanto ainda sem condições anímicas para me acompanharem. Mas não desesperemos.
Quanto ao ouro, não se preocupe. O que temos em Portugal chega para garantir um empréstimo que cubra o défice externo nos 18 meses a seguir à ruptura com o euro. Quanto à dívida externa, apenas a que foi contraída junto das entidades da troika permanece em euros e terá de ser sujeita a um processo de renegociação. Mas, nesse caso, numa posição de força porque o Estado já não precisará do financiamento dos mercados para o resto.
Finalmente, estou convencido de que o povo português começa a abrir os olhos e a perceber o descrédito em que caíram os economistas que lhes prometeram vida melhor com a moeda única. Há muita gente que não lhes presta a menor atenção e ainda bem. Depois, queixam-se na TV da irracionalidade do povo!
E também havia quem não visse que a posição a favor da UE é, como alertou a tempo Gisela Stuart, uma deputada trabalhista que esteve do lado certo pelas razões certas, o melhor “agente de recrutamento do UKIP na Grã-Bretanha”.
ResponderEliminar( e não valem assassinos de carácter como os praticados de forma infame por um ou outro comentador).
E que por isso a tal "transição tão suave quanto possível" era mesmo uma treta porque o monstro estava mesmo a ser alimentado ...também pelos tais que continuavam amantes desta UE podre, chantagista e corrupta até ao seu mais ínfimo tutano
"Finalmente, estou convencido de que o povo português começa a abrir os olhos e a perceber o descrédito em que caíram os economistas que lhes prometeram vida melhor com a moeda única. Há muita gente que não lhes presta a menor atenção e ainda bem. Depois, queixam-se na TV da irracionalidade do povo!"
ResponderEliminarNem mais. E talvez seja isso que começa a incomodar os tais "europeístas" que nos conduziram a tal pântano
Para quem quiser reflectir um pouco, deixo aqui algumas frases "soltas" de EUGÉNIO ROSA sobre a saida do euro:
ResponderEliminar"A SAÍDA DO EURO E ALGUNS DOS PROBLEMAS QUE SE COLOCARÃO À BANCA:
Uma eventual saída do euro coloca à banca problemas COMPLEXOS e IMPREVISIVEIS, que é fundamental estudar com profundidade e que, a meu ver, ainda não foram estudados. Vou colocar apenas três para reflexão:
(1) Como manter o PODER de COMPRA das POUPANÇAS que estão depositadas na banca (apenas 1,2% dos titulares tem depósitos superiores a 100.000€);
(2) Como impedir que as TAXAS de JURO se tornem INCOMPORTÁVEIS para as famílias (crédito à habitação) e para as empresas;
(3) Como pagar as DIVIDAS da banca ao estrangeiro. E tudo isto evitando a implosão do sistema financeiro ou que ele se transforme num FARDO INSUSTENTÁVEL para o Estado e para os contribuintes."
....
"A recuperação da soberania e, por essa via, dos instrumentos fundamentais de política macroeconómica NÃO RESOLVE de uma forma automática os grandes problemas estruturais que enfrenta actualmente o país, POIS JÁ TIVEMOS ESSES INSTRUMENTOS NO PASSADO e os PROBLEMAS MANTIVERAM-SE. Cria apenas condições para isso. Existem muitos países fora do euro com crescimento anémico (ex. Inglaterra, Suécia, Dinamarca).
Para além disso uma eventual saída do euro terá lugar num QUADRO MUITO MAIS DIFÍCIL do que no passado. NUNCA TIVEMOS um país, um Estado, empresas e famílias tão endividadas como actualmente, e nunca tivemos uma economia e uma sociedade tão dominado por grandes grupos económicos e financeiros estrangeiros como agora.
E não tínhamos no passado uma globalização capitalista dominante e uma TÃO GRANDE CONCORRÊNCIA internacional.
Como procuramos mostrar no nosso estudo anterior, a saída do euro, se abre possibilidades de crescimento económico e de desenvolvimento que não existem enquanto se mantiver o "Novo Memorando" que é o chamado "Tratado orçamental", também coloca questões, que tornamos a enunciar no inicio deste estudo, que se não forem devidamente estudadas, debatidas e controladas poderão determinar, a nosso ver, CUSTOS MUITO ELEVADOS para o pais e para os portugueses, com REAÇÕES MUITO GRANDES."
Não se percebe os berros com os quais Unabomber pontua um discurso que não é o seu.
ResponderEliminarEssa de escolher os bocados desta forma parece um pouco a forma de actuar de alguma da nossa medíocre comunicação social.
Fundamentalmente o que está em causa são dois artigos publicados por E. Rosa em Outubro de 2014. Contributos para um debate sério e que não passa nem por berros nem por selecções demasiado óbvias.
Como terminava o texto de Eugénio Rosa de 3 de Outubro de 2014?
"ALGUMAS CONCLUSÕES FINAIS TAMBÉM PARA REFLEXÃO
Neste contexto muito difícil, em que é fundamental um grande controlo e um grande financiamento por parte do Estado das instituições financeiras (e não só), a nacionalização dos maiores bancos será uma questão que inevitavelmente se colocará. É preciso também dizer que neste quadro difícil será necessário um forte poder político de esquerda não fragmentado, e um amplo apoio popular, portanto um caminho que é ainda necessário percorrer, mas que muitas vezes é esquecido no debate público. Isto é absolutamente indispensável, a meu ver, para que os riscos não sejam incomportáveis e incontroláveis para o país, e nomeadamente para os trabalhadores, pensionistas e outras camadas desfavorecidas da população. Uma coisa é certa: Portugal não tem possibilidades de suportar por muito tempo o Tratado Orçamental, que não é mais que um novo "Memorando" agora permanente e sem fim à vista, a não ser condenando-se à pobreza e ao atraso. E não será uma aplicação "inteligente" ou "flexível" do Tratado que resolverá o problema, pois o garrote estará sempre presente. A não se abandonar ou alterar radicalmente o Tratado Orçamental, a saída do euro será uma questão que se colocará, desejando-se ou não, para que o país possa crescer e desenvolver-se, mas cujos custos serão elevados, e não se tenham nem se criem ilusões sobre isso. É certo que existem aspetos positivos da saída do euro, não analisados neste estudo, que levam a que tal opção deva ser também considerada. Mas o que é importante é preparar o país e os portugueses atempadamente para que se a saída do euro vier a ser colocada, o país e os portugueses estejam preparados para ela. E não meter a cabeça no buraco como a avestruz, como muitos teimam em fazer, esperando que a realidade se ajuste aos desejos, o que normalmente não acontece."
Agora verifique-se o que muita gente tem dito por aqui
Os dois trabalhos de Eugénio Rosa podeM ser lidos aqui:
ResponderEliminarA BANCA, A SAÍDA DO EURO E O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS
http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2014/46-2014-euro.pdf
AS VANTAGENS DA SAÍDA DO EURO
http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2014/48-2014-saidaeuro.pdf
Curiosamente um outro trabalho de E Rosa publicado pouco depois, em Janeiro de 2015 e em que demonstra como "os outros países contribuem para o enriquecimento da Alemanha":
A UNIÃO EUROPEIA E O EURO SERVIRAM PARA ENRIQUECER A ALEMANHA raramente é citado
http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2015/4-2015-AlemanhaUE.pdf
Mas um debate sério exige mais do que estes pequenos cortes e costuras. Quem quer reflectir um pouco exige um debate plural e sério.
E com alguma unanimidade por aqui:
"Mas o que é importante é preparar o país e os portugueses atempadamente para que se a saída do euro vier a ser colocada, o país e os portugueses estejam preparados para ela. E não meter a cabeça no buraco como a avestruz, como muitos teimam em fazer, esperando que a realidade se ajuste aos desejos, o que normalmente não acontece."
Eugénio Rosa
Mas vejamos o que o mesmo Eugénio Rosa escreveu já depois do Brexit a 9 de Julho:
ResponderEliminarO "Brexit" pôs mais uma vez a nu a mentalidade antidemocrática que domina aqueles (muitos deles não eleitos) que, em Bruxelas, se arrogam em senhores da UE, e que querem decidir o que é bom e o que é mau para os seus povos. Para estes senhores, o 1º ministro inglês, um homem dos seus, comportou-se como um louco ou um irresponsável quando se comprometeu, a contragosto, a realizar um referendo, ou seja, a ouvir o povo britânico sobre a permanência ou não na UE. Assim, vai a democracia nesta União Europeia.
Apesar da campanha de intimidação e de chantagem para a qual foram mobilizados em todos os países, incluindo em Portugal, "especialistas" e "comentadores" que, nos media, divulgaram, sem contraditório, previsões catastróficas sobre as consequências para a Inglaterra da saída da UE, o povo britânico optou maioritariamente pela saída. Juncker, revelando mais uma vez a sua falta de carácter e de espírito democrático, em pleno parlamento europeu procurou achincalhar os deputados ingleses e, numa atitude vergonhosa, colocou a sua mão à frente de uma camara para que esta não fotografasse um deputado do Reino Unido e, no mesmo parlamento, ele e os seus acólitos acusaram os que na Inglaterra defenderam a saída de antipatriotas. O Portugal News , referia em 1/7/2016 o seguinte: "Funcionários e eurodeputados britânicos queixam-se de estar ser alvo de provocações e intimidação no seu dia a dia em Bruxelas. Graffites, bocas e mal-estar serão consequência do Brexit". Outra coisa não seria de esperar depois daquele comportamento vergonhoso de Juncker e acólitos. Colocaram-se assim ao nível daqueles que na Inglaterra são acusados, com razão, de xenofobia, alimentando-a com os seus actos. Portugal, com centenas de milhares imigrantes no Reino Unido não pode deixar de se preocupar e de se opor a estes comportamentos que desacreditam a UE. O silêncio que se verificou e verifica é cúmplice e é revelador de uma mentalidade submissa. E como isto já não fosse suficiente, a campanha de manipulação e de engano da opinião pública continua nos media, mesmo em Portugal, com noticias de que 7% dos que tinham votado pela saída já se tinham arrependido, e que quem tinha votado pela saída eram os velhos, o passado, como se estes já não contassem, pois os jovens, o futuro, queriam continuar na UE. E isto numa UE, onde mais de 20% dos jovens estão no desemprego (em Portugal 32%), que destrói o seu futuro e dos mais velhos, já que não lhes dá qualquer esperança de segurança e de emprego digno. Tudo é utilizado para vergar os povos"
Era de prever que o autoritarismo e centralismo burocrático de Bruxelas e seus anexos comandados pela potencia dominante ( Alemanha ) não iriam ficar inactivos.
ResponderEliminarPara o anónimo apreciador de Eugénio Rosa:
ResponderEliminarAo contrário da maioria dos ladrões, do anónimo, do Eugénio Rosa, e da maior parte da comunicação associal eu não sofro de cegueira ideológica.
No meu post tive o cuidado de dizer que se tratavam de "FRASES SOLTAS" do Eugénio Rosa.
Relembro aqui novamente a ultima frase:
"como procuramos mostrar no nosso estudo anterior, a saída do euro, se abre possibilidades de crescimento económico e de desenvolvimento QUE NÃO EXISTEM enquanto se mantiver o "Novo Memorando" que é o chamado "Tratado orçamental", também coloca questões, que tornamos a enunciar no inicio deste estudo, que se não forem devidamente estudadas, debatidas e controladas poderão determinar, a nosso ver, CUSTOS MUITO ELEVADOS para o pais e para os portugueses, com REAÇÕES MUITO GRANDES."
Relembro também estas duas frase do Eugénio Rosa colocada pelo anónimo:
"...
"A não se abandonar ou alterar radicalmente o Tratado Orçamental, a saída do euro será uma questão que se colocará, desejando-se ou não, para que o país possa crescer e desenvolver-se, mas cujos custos SERÃO ELEVADOS, e não se tenham nem se CRIEM ILUSÕES sobre isso" - (esquecer os custos e criar ilusões sofre a saida do euro é o que o amigo Jorge Bateira faz nos seus textos).
"...muitas vezes é ESQUECIDO no debate público. Isto é absolutamente indispensável, a meu ver, para que os riscos não sejam incomportáveis e incontroláveis para o país, e nomeadamente para os trabalhadores, pensionistas e outras camadas DESFAVORECIDAS da população."
.....
Sobre os ganhos da Alemanha com o euro:
O Eugénio Rosa deveria ter indicado claramente os motivos que levaram o PNB da Alemanha ser superior ao PIB.
Mais, o Eugénio Rosa deveria dizer que parte dos aprox. 100.000 milhões de Euros de fundos estruturais que Portugal recebeu desde que está na UE foram pagos pelos Alemães.
E, por ultimo deveria também dizer qual o contributo do investimento industrial Alemão em Portugal para as exportações e para o PIB.
O que seria da balança corrente Portuguesa sem empresas como a Autoeuropa, a Boch, a Continental, a Simens, etc..
"Ao contrário da maioria dos ladrões, do anónimo, do Eugénio Rosa, e da maior parte da comunicação associal eu não sofro de cegueira ideológica".?
ResponderEliminarO que é isto? Um manifesto desonesto a acusar os demais de cegueira ideológica, enquanto o Unabomber reivindica o estatuto contrário?
Começa mal e de forma maniqueísta o Unabomber. Parece que Saramago tem um livro que pode ser útil a este.
Mais um cego ideológico a tentar fazer-se passar por não cego ideológico. Ou por cego não ideológico
Com toda a sua ideologia a despontar desta forma tão medíocre
Unabomber:
ResponderEliminar"No meu post tive o cuidado de dizer que se tratavam de "FRASES SOLTAS" do Eugénio Rosa".
Claro que teve esse cuidado. Tal como teve o cuidado de berrar umas quantas frases que lhe pontuavam o seu discurso ( ideológico, como qualquer discurso) E de escolher os pedaços que mais lhe convinham. "Esquecendo" o sentido geral do texto.
O que ressalta é a honestidade com que E Rosa trata estas questões. Unabomber foi-lhe buscar alguns dos pontos, remetendo para o limbo as conclusões do próprio E Rosa. infelizmente reincide, duma forma desonesta, tentando manipular o que o autor diz
Quem chamou E Rosa ao debate foi o Unabomber. Fê-lo duma maneira matreira,destacando o que lhe interessava e tentando puxar este autor como partilhando das teses do Unabomber.
ResponderEliminarPrecisamente para se corrigir esta colecção de frases feitas, repescadas e de palavras gritadas se colocaram os textos na íntegra. Para que sejam os demais a apreciar o que E. Rosa disse e não disse
Os referidos textos têm quase dois anos. A posição do autor continua a ser de rigor intelectual que apraz registar. E tem evoluído , como o denunciam os textos de Rosa.
Vir agora dizer que E Rosa sofre de "cegueira ideológica" da forma como o faz Unabomber quando é precisamente este que o "utiliza" no seu argumentário, merece que se diga que por aqui também passa falta de seriedade e de verticalidade.
O oportunismo e a hipocrisia surgem assim no debate. O que se regista e lastima
A discussão prévia sobre o Euro e sobre as suas consequências para a economia nacional foi uma não discussão. Não a houve. Apenas meia-dúzia de pessoas e acho que o PCP alertaram para as suas consequências.
ResponderEliminarA discussão sobre o futuro do Euro também é escamoteada pelo poder e pelos órgãos de informação mediáticos. Ninguém é dono da verdade. Mas o debate sério e atempado é bem-vindo. Não há ninguém que diga que a eventual saída do euro não será eventualmente um processo perigoso e com riscos. Poderia publicar aqui dezenas de alertas para tais riscos em pessoas que são genuinamente a favor da saída do Euro. O que é relevante é a posição muito mais honesta destas pessoas, que, sabendo o que podem enfrentar optam por uma decisão que os dignifica. Porque não se escondem atrás de frases e de slogans mas têm a coragem de equacionar as coisas e de optar.
É injusto dizer que Jorge Bateira cria ilusões sobre a saída do Euro.
ResponderEliminarReduzir a reflexão de Bateira sobre o euro a este texto ou aos seus últimos textos é manifesta má fé. O seu trabalho intelectual e os seus estudos vêm de longe. Querer iniciar uma nova discussão sobre temas já debatidos pelo seu autor é um processo velho mas não credível. Jorge Bateira está num dos lados da barricada e assume-o. E postou este post indignado, revelando muito mais coragem e muito mais "tomates" do que muitos europeístas vazios e ocos, pelo facto de não se calar perante este verdadeiro ultraje da "travagem a fundo". Outros preferem revirar os olhos e postá-los com olhos de carneiro ma morto em direcção à Alemanha e ao seu directório.
O que se espera é que quem tem posições críticas face ao euro se reúna,se juntem as vozes não só de economistas mas de todos os que tenham uma palavra a dizer sobre o assunto e sobre a forma de o ultrapassar. Que o façam desprezando questões partidárias ou mal-entendidos supérfluos.
Eis o que dizia E. Rosa a tal respeito em Outubro de 2014:
"É preciso também dizer que neste quadro difícil será necessário um forte poder político de esquerda não fragmentado, e um amplo apoio popular, portanto um caminho que é ainda necessário percorrer, mas que muitas vezes é esquecido no debate público.
E com mais ou menos acertos é o que JB está também a fazer
Mas o essencial da questão tem que voltar a ser sublinhado:
ResponderEliminarTemos que nos preparar todos para uma eventual saída do Euro. Quer esta seja por nossa iniciativa quer seja por sermos dele empurrados borda fora
Nor Tor dizia que "a preparação deveria estar feita há muito tempo. Desde 2010 pelo menos, para não dizer 2008. Aliás, os próprios que acreditam no projecto Europeu é que deviam ter o plano para deixar esse mesmo plano, quando se tornou óbvio que esse projecto deixou de ser aquilo em que acreditavam"
Tão óbvio que se estranha que ainda hoje se escutem vozes de impolutas virgens como que indignadas só com tal hipótese.
Poderia repetir as conclusões de E.Rosa fazendo destacar as palavras tidas como chave como o faz Unabomber. Mas isso seria passar um atestado de menoridade mental a quem nos lê.
ResponderEliminarPrefere-se reproduzir o texto de novo, de molde a que cada um tire as suas conclusões:
"Neste contexto muito difícil, em que é fundamental um grande controlo e um grande financiamento por parte do Estado das instituições financeiras (e não só), a nacionalização dos maiores bancos será uma questão que inevitavelmente se colocará. É preciso também dizer que neste quadro difícil será necessário um forte poder político de esquerda não fragmentado, e um amplo apoio popular, portanto um caminho que é ainda necessário percorrer, mas que muitas vezes é esquecido no debate público. Isto é absolutamente indispensável, a meu ver, para que os riscos não sejam incomportáveis e incontroláveis para o país, e nomeadamente para os trabalhadores, pensionistas e outras camadas desfavorecidas da população. Uma coisa é certa: Portugal não tem possibilidades de suportar por muito tempo o Tratado Orçamental, que não é mais que um novo "Memorando" agora permanente e sem fim à vista, a não ser condenando-se à pobreza e ao atraso. E não será uma aplicação "inteligente" ou "flexível" do Tratado que resolverá o problema, pois o garrote estará sempre presente. A não se abandonar ou alterar radicalmente o Tratado Orçamental, a saída do euro será uma questão que se colocará, desejando-se ou não, para que o país possa crescer e desenvolver-se, mas cujos custos serão elevados, e não se tenham nem se criem ilusões sobre isso. É certo que existem aspetos positivos da saída do euro, não analisados neste estudo, que levam a que tal opção deva ser também considerada. Mas o que é importante é preparar o país e os portugueses atempadamente para que se a saída do euro vier a ser colocada, o país e os portugueses estejam preparados para ela. E não meter a cabeça no buraco como a avestruz, como muitos teimam em fazer, esperando que a realidade se ajuste aos desejos, o que normalmente não acontece."
infelizmente há mais.
ResponderEliminarNão contente com o tema em discussão, Unabomber investe contra o artigo de Eugénio Rosa
sobre os ganhos da Alemanha com o euro.
E começa assim:
"O Eugénio Rosa deveria ter indicado claramente os motivos que levaram o PNB da Alemanha ser superior ao PIB".
E começa mal.
Ora vejamos o que está escrito no texto de Eugénio Rosa ( o original está aí em cima indicado. Como parece que o argumentário do Unabomber faz tábua rasa do que aquele diz...)somos obrigados a reproduzir um pedaço
"Até 2002, o PNB alemão era inferior ao PIB alemão, o que significava que uma parcela da riqueza criada na Alemanha ia beneficiar os habitantes de outros países. A partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação inverte-se rapidamente: o PNB alemão passa a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha. Isto significa que uma parcela da riqueza criada em outros países é transferida para a Alemanha indo beneficiar os habitantes deste país. Só no período 2003-2015 estima-se que a riqueza criada em outros países que foi transferida para Alemanha, indo beneficiar os seus habitantes, atingiu 677.945 milhões €, ou seja, o correspondente a 3,8 vezes o PIB português.
ResponderEliminarNa Grécia e em Portugal aconteceu precisamente o contrário como mostram os dados da Comissão Europeia. Na Grécia até 2001, o PNB grego (a riqueza que o país dispunha anualmente) era superior ao PIB (o que era produzido no pais). No entanto, a partir de 2002, com a criação da Zona Euro, começa a verificar-se precisamente o contrário. Uma parcela da riqueza criada na Grécia é transferida para o exterior indo beneficiar os habitantes dos outros países. Em Portugal aconteceu o mesmo mas logo após a entrada para a União Europeia em 1996.
Como revelam os dados da Comissão Europeia constantes do quadro 1, se consideramos o período que vai desde a criação da Zona do Euro (2002-2015) a riqueza criada na Grécia que foi transferida para o exterior, indo beneficiar os habitantes de outros países, já atinge 48.760 milhões €.
Em Portugal tal situação começou poucos anos depois de entrar para a União Europeia. Em 1995, o PNB português, ou seja, a riqueza que o país dispôs nesse ano ainda era superior ao PIB, ou seja, à riqueza criada nesse ano em Portugal, em 353 milhões €. A partir de 1996, o PIB passou a ser superior ao PNB, ou seja, uma parte crescente da riqueza criada em Portugal começou a ser transferida para o exterior indo beneficiar os habitantes de outros países. No período 1996-2015, o valor do PIB deste período (20 anos) é superior ao valor do PNB deste período em 70.751 milhões €. Tal é o montante de riqueza líquida criada em Portugal que foi transferida para o exterior indo beneficiar os habitantes de outros países, incluindo os da Alemanha. E como mostram também os dados do quadro 1, após a entrada de Portugal na Zona Euro em 2002, a transferência da riqueza criada em Portugal para outros países aumentou ainda mais (só no período da "troika" e do governo PSD/CDS a transferência liquida de riqueza para o exterior que foi beneficiar os habitantes de outros países atingiu 20.807 milhões €).
Portanto, afirmar como fazem os defensores em Portugal da sra. Merkel e dos burocratas de Bruxelas ( e o Unabomber) que é a Alemanha que financia tudo é não compreender os mecanismos de funcionamento atual da economia mundial; é no fundo mostrar ignorância ou mentir. Mas não é apenas neste campo que se verifica esta transferência de riqueza. Existem outros campos e outros mecanismos.
Num artigo publicado em Fevereiro de 2015 :O mito de que é a Alemanha que financia a União Europeia
ResponderEliminar"provamos, utilizando dados da própria Comissão Europeia, como a Alemanha beneficiou com a criação da União Europeia e, nomeadamente, da zona euro. Para isso, mostramos como de uma situação deficitária, em que a Alemanha se encontrava antes da Zona Euro, em que tinha de transferir uma parte da sua riqueza para outros países, ficando com menos do que aquela que produzia, passou para uma situação altamente vantajosa, em que se apropria de uma parcela importante da riqueza criada em outros países, nomeadamente nos da União Europeia, acabando por ficar com uma riqueza muito superior à que produz, o que contribui para o seu nível de desenvolvimento e bem-estar. Neste estudo, como tínhamos prometido, vamos analisar os mecanismos utilizados pela Alemanha para alcançar essa situação vantajosa.
Para compreender isso, é preciso ter presente que a Alemanha, contribuindo apenas com 27,14% para o " Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira " , que é responsável pelo apoio aos países da U.E. em dificuldades; e com apenas 17,99% do capital do BCE, e somente com 13% do capital do FMI, no entanto, devido à submissão/vassalagem dos governos e dos " opinion-makers" que dominam os media dos países da União Europeia está a conseguir alcançar, utilizando os mecanismos financeiros subtis, aquilo que não conseguiu com as armas e guerras mas que sempre ambicionou, que é o de impor a sua vontade e domínio a toda Europa, tirando disso elevadas vantagens. A sra. Merkel, à semelhança de Ricardo Salgado, quer ser a "dona de tudo isto" , que é a União Europeia".
"Assim, a nível do " Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira ", e tomando como exemplo o caso português, a Alemanha obtém nos mercados financeiros dinheiro a uma taxa de juro que ronda os 1% e depois empresta a Portugal, através do MEEF, a uma taxa superior a 2,5%, ou seja, a 2,5 vezes mais, embolsando desta forma anualmente muitos milhões € de lucro à custa de enormes sacrifícios impostos aos portugueses. Por outro lado, e como consequência de relações comerciais desiguais, a Alemanha acumulou deste que entrou para a Zona do Euro (2002-2015), segundo dados da própria Comissão Europeia, um gigantesco saldo positivo (excedente) na sua Balança de Transações correntes no montante de 2.030.800 milhões €, enquanto a Grécia acumulou um saldo negativo de 279.300 milhões €, e Portugal também acumulou um saldo negativo de 162.100 milhões €. Se limitarmos a nossa analise apenas às relações comerciais dentro (intra) da U.E., entre os diferentes países que a constituem, conclui-se, com base também em dados da própria Comissão Europeia, que a Alemanha acumulou após a entrada no euro (2002/2015), um gigantesco saldo positivo (excedente) na sua Balança Comercial de 1.293.600 milhões €, enquanto a Grécia, no mesmo período, acumulou um saldo negativo de 300.200 milhões €, e Portugal também teve um elevado saldo negativo de 230.900 milhões €. Portanto, verifica-se no seio da União Europeia profundas desigualdades, que se têm agravado com os anos, mas que a Comissão Europeia ignora, já que para a Alemanha é uma situação que lhe dá grandes benefícios. E o chamado "plano Juncker " é mais um instrumento no agravamento das desigualdades no seio da U.E. pois o país que será mais beneficiado com ele será precisamente a Alemanha. Se analisarmos apenas as relações comerciais entre Portugal e a Alemanha conclui-se que elas foram altamente desiguais e vantajosas para a Alemanha e desvantajosas para Portugal, já que Alemanha, no período 1995/2014, obteve um excedente (saldo positivo) de 40.764 milhões €, e Portugal um saldo negativo de igual montante. Uma parcela do emprego e riqueza alemão foi obtido à custa da despesa dos portugueses que se endividaram para isso, e agora acusam de serem consumistas. Afirmar como fez o ministro alemão que " "promessas à custas dos outros não são realistas" leva-nos a dizer que a "riqueza dos alemães obtida à custa do agravamento das desigualdades, da miséria e dos desequilíbrios no seio da U.E., atingindo nomeadamente os países mais frágeis, não é só irrealista como é imoral".
ResponderEliminarEstá aqui: http://resistir.info/e_rosa/ue_alemanha_07fev15.html
"Praticamente o único país que tem beneficiado com o euro tem sido a Alemanha", assegura Stiglitz, prémio Nobel da economia.
ResponderEliminarFica para mais tarde
Amigo anónimo:
ResponderEliminar- Quem sabe ler, e não sofre de cegueira ideológica, sabe que eu não fiz "tábua raza" do que escreveu o Eugénio Rosa.
....
- Diz o anónimo:
"Não há ninguém que diga que a eventual saída do euro não será eventualmente um processo perigoso e com riscos. Poderia publicar aqui dezenas de alertas para tais riscos em pessoas que são genuinamente a favor da saída do Euro".
Relativamente a isto agradeço que o anónimo publique aqui os alertas que o J.Bateira fez no ladrões de bicicletas dos riscos e do processo perigoso que poderá ser a sai da Euro.
- Sobre o facto do PNB da Alemanha ser superior ao PIB, diz o anónimo:
.."uma parcela da riqueza criada em outros países é transferida para a Alemanha indo beneficiar os habitantes deste país"
Interessa aqui saber (o Eugénio Rosa não diz) quais os motivos que tornaram maior a parcela de riqueza transferida para Alemanha? Terá sido criado algum imposto a pagar à Alemanha? ou terão os Alemães obrigado (através de ameaças) a maiores transferências?
- Sobre a questão do gigantesco saldo positivo da balança comercial Alemã:
Será que a Alemanha só exporta para os países da U.E? será que a Alemanha não tem saldos positivos na balança comercial com os países fora da UE? Será que é o Euro que torna competitivos os produtos alemães (ex: automóveis, maquinaria indust., prod. quimicos, aviões comerciais, etc)? Será que a valorização acentuada do euro em relação ao USD (de 0,8 para 1,4, até há pouco tempo) não afectou os exportadores Alemães? (só afectou os TUGAS?)
Antes de haver o Euro em Portugal, quais foram os anos em que a balança comercial Portuguesa foi positiva?
....
O desconhecimento da forma de funcionamento do Capital por parte do Unabomber parece que só tem paralelo pelo seu endeusamento um pouco comprometedor e claramente pueril da Alemanha. Para não dizer a raiar a cumplicidade com o "monstro alemão , como já o designara Guerra Junqueiro, num seu opúsculo em que zurzia o sonho imperial prussiano
ResponderEliminarTal posição de resto é comum entre algumas das nossas elites que comprovada e de forma infelizmente quase sistemática, costumam primar pelo abandono dos "tugas" ( que palavra repelente neste contexto) e manifestar-se em espanhol (crises de 1383-85 e 1580-1640). O curvar submisso perante as "virtudes" dos que chupam o sangue fresco da manada é característico de alguns dos que se bandeiam para o outro lado. O dinheiro e os interesses económico primam sobre os demais interesses
Mas aqui o processo é mais complexo. porque quem governou os tugas e os conduziu qual rebanho para as mãos da Alemanha foi precisamente quem estava ao serviço da Alemanha Que era por sua vez governada pelos mesmos interesses que governavam Portugal. Ou seja , um exemplo típico que os grandes interesses económicos não têm Pátria.
Mas já lá iremos
ResponderEliminarPor agora quem sabe ler e não sofre de cegueira ideológica, sabe que Unabomber fez "tábua rasa" do que diz o Eugénio Rosa?
Claro que o que fez foi "isto". Postou frases soltas do autor citado, berrou umas palavras como que sublinhando o que lhe interessava e ostensivamente ignorou o núcleo central do que Eugénio Rosa disse. Perverteu de forma intencionada o que este disse e agora diz
Pelo meio ainda teve o desprimor de acusar Rosa de cegueira ideológica.
Os dados estão aí e os comentários também e, mais importante ainda, estão também os links citados e as citações concretas e quase que detalhadas.
Não adianta chover no molhado . Que cada um tire as suas conclusões.
Sobre a posição de Jorge Bateira em relação aos riscos e custos da saída do euro enviemos directamente a palavra ao próprio. É mais honesto:
ResponderEliminar"Sim, a saída do euro tem custos. Mas a pergunta que talvez queira fazer é esta: em termos líquidos (benefícios-custos de todos os tipos), qual é a melhor opção?
Pela minha parte, considero a soberania de Portugal inalienável e o futuro de uma comunidade insusceptível de ser quantificado, por isso, a minha opção determina-se muito mais por princípios e valores do que por quaisquer análise benefício/custo."
A "ingenuidade" como se fazem afirmações deste jaez:
ResponderEliminar"nteressa aqui saber (o Eugénio Rosa não diz) quais os motivos que tornaram maior a parcela de riqueza transferida para Alemanha? Terá sido criado algum imposto a pagar à Alemanha? ou terão os Alemães obrigado (através de ameaças) a maiores transferências" é deprimente.
Esquece-se assim a diferença que existem entre dados objectivos e as tontices ( não há outro termo) sobre "o imposto e sobre as ameaças". Percebe-se até que só a fuga para tais macacadas pode tentar esconder o dito por Eugénio Rosa.Que infelizmente se tem que repetir:
"Até 2002, o PNB alemão era inferior ao PIB alemão, o que significava que uma parcela da riqueza criada na Alemanha ia beneficiar os habitantes de outros países. A partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação inverte-se rapidamente: o PNB alemão passa a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha. Isto significa que uma parcela da riqueza criada em outros países é transferida para a Alemanha indo beneficiar os habitantes deste país. Só no período 2003-2015 estima-se que a riqueza criada em outros países que foi transferida para Alemanha, indo beneficiar os seus habitantes, atingiu 677.945 milhões €, ou seja, o correspondente a 3,8 vezes o PIB português."
Ou seja a superação do PIB alemão pelo PNB alemão acontece , imagine-se só , não a seguir ao "imposto " ou às "ameaças"...mas a seguir à criação da zona euro. o resto é ir estudar economia política
É natural que perante este dado concreto e objectivo ( pode-se discutir mais sobre o assunto mas a leviandade com que Unabomnber trata o assunto não o aconselha)o mesmo Unabomber prefira fugir para os braços das "ameaças" e do "imposto".
Terá sido pelo esforço esforçado do povo alemão? Dlgumas das suas características particulares e exclusivas? Datadas dos tempos de Bismark? Dos tempos dos nazis? Dos tempos do plano Marshall que permitiu enriquecer ainda mais os EUA? Do perdão da dívida da Alemanha pela Grécia?
Ou a situação é mais de mercearia e o que se subentende é uma referência indirecta ao caso da corrupção dos submarinos ( demonstrada em tribunal)?
Ou a situação é bastante mais grave e é o escândalo do Deutschbank que aparece aqui como exemplo da exemplar honestidade germânica e do seu proverbial amor ao próximo?
Por mais que custe ao Unabomber só pessoas muito enfeudadas a um determinado preconceito ideológico ou pessoas muito distraídas ( para não ir mais longe)podem ignorar que o projecto do euro foi desenhado em função da Alemanha.
Os dados objectivos pesam por demais na demonstração do sucedido. Mais não resta que palhaçadas ou tiros ao lado
Amigo anónimo:
ResponderEliminarJá que o amigo diz que "não adianta chover no molhado", mas continua a falar sobre o dito cujo, aqui fica mais um bocado do texto do Eugénio Rosa para o amigo anónimo reflectir:
"Recorde-se que nas duas intervenções anteriores do FMI, em que se teve também de DESVALORIZAR MUITO O ESCUDO para aumentar a competitividade das exportações portuguesas, e assim aumentar as exportações, foram os
períodos em que TRABALHADORES e PENSIONISTAS PERDERAM MAIS PODER DE COMPRA.
Entre 1977 e 1979, 1º período de intervenção do FMI, os preços aumentaram 93%, o salário mínimo subiu 87% e a pensão média da Segurança Social aumentou a
penas 58%.
Entre 1982 e 1984, período de 2ª intervenção do FMI, os preços subiram 98%, o salario mínimo nacional aumentou 54%, e a pensão média da Segurança Social subiu 71%.
Nestes dois períodos, A PERDA DE PODER DE COMPRA acumulada do SMN foi de 27%!!! e da PENSÃO média de 29%!!!!!.
Foi também nestes dois períodos em que a parte dos SALÁRIOS no PIB MAIS DESCEU: 1º período: - 13,1% (queda de 6,7 pontos percentuais); 2º período: - 16,9% (redução de 7,4 pontos percentuais).
E tenha-se presente que não se teve de fazer desvalorizações da moeda de 30%.
Relativamente ao desafio de colocar oS alertaS que o Jorge Bateira fez no ladrões de bicicletas doS riscoS e do processo perigoso que poderá ser a sai da Euro, o melhor que o amigo anónimo conseguiu foi transpor um Pequeno Comentário do J.Bateira que serviu de resposta a um comentário que coloquei Ontem no seu ultimo texto no L.B.
ResponderEliminarEsmiuçando o comentário do J.Bateira:
"Sim, a saída do euro tem custos" -(quais custos?).
"Mas a pergunta que talvez queira fazer é esta: em termos líquidos (benefícios-custos de todos os tipos), qual é a melhor opção?" - (sim, pretende-se saber qual a melhor opção em termos líquidos, o J.Bateira sabe a resposta?)
"Pela minha parte, considero a soberania de Portugal inalienável e o futuro de uma comunidade insusceptível de ser quantificado"
" por isso, a minha opção determina-se muito mais por princípios e valores do que por QUAISQUER análise benefício/custo." - (Ou seja, para o J.Bateira pouco importa que os custos EVENTUALMENTE venham a ser muito maiores que os beneficios, apenas importa a "soberania" - nem que esta apenas seja formal? que adianta ter soberania monetária se depois tivermos de recorrer novamente ao FMI? e porventura em condições económico-financeiras ainda piores que as actuais).
...
Parece-me que se quisermos ter uma discussão séria e honesta sobre a saida do Euro terá de haver sempre uma análise beneficio/custo.
Amigo anónimo
ResponderEliminarJá que o anónimo não consegue indicar concretamente os motivos que tornaram maior a parcela de riqueza transferida para Alemanha - o melhor que consegue é dizer que "o resto é ir estudar economia política"!!!! - eu vou dar uma pequena ajuda retirada daqui - http://brasilescola.uol.com.br/economia/qual-diferenca-entre-pib-pnb.htm
"o PNB considera todos os valores que um país, por exemplo, recebe do exterior, além das riquezas que foram apropriadas por outras economias, ou seja, os valores que saem. É justamente essa a diferença: o PNB considera as rendas enviadas e recebidas do exterior, enquanto o PIB, não".
"Desta forma, em países em desenvolvimento, como o Brasil, o PNB normalmente é menor que o PIB, uma vez que as transnacionais enviam grande parte de seus lucros para seus países de origem.
Da mesma forma, em países com muitas empresas de atuação global, como nos Estados Unidos, o PNB tende a ser maior, já que há uma grande absorção dos lucros gerados por suas empresas no exterior".
A acrescer a isto refira-se que também existem transferências noutras situações, como por exemplo no caso dos juros.
Quando os bancos Alemães emprestam dinheiro aos bancos Portugueses, às grandes empresas portuguesas, ou comprem divida do Estado Português é natural que cobrem juros, e é natural que estes juros vão para a Alemanha.
É evidente que numa situação de endividamento explosivo Publico e privado o valor total destes juros aumente e por por conseguinte o valor do PNB também aumente - mesmo com as taxas de juro mais baixas historicamente.
Caro Unabomber:
ResponderEliminarPercebem-se as suas dificuldades em dar respostas ao exposto acima. De facto contra factos não há argumentos e os dados são por demais esmagadores para que se possa fugir para as "ameaças" e o "imposto".
Quanto ao texto citado aí em cima, o seu link foi publicado a 15 de julho de 2016 às 22:25, aqui neste mesmo post. Estaria com toda a certeza distraído porque andou a fazer corte e costura dalguns pedaços e escapou-lhe este?
É que o que está aí escrito em nada contradiz o que já foi aqui dito e mesmo isto já foi por aqui encaminhado. no link há 4 dias referido ( por mim, por acaso).
As conclusões finais do mesmo artigo, onde o autor vinca o que lhe parece mais importante, já também foram aqui transcritas por duas vezes, veja-se bem.A 15 de Julho de 2016 às 22:12 e a 17 de Julho de 2016 às 23:23.
Quanto ao texto em questão ( com as conclusões atrás citadas) relembra-se que são de 2014.
Por exemplo nesse mesmo ano de 2014 é referido pelo E.Rosa uma descida do poder de compra dos funcionários públicos de 24% entre 2010 e 2014, algo nunca antes visto (sem necessidade de acrescentar pontos de exclamação um pouco histriónicos e que ainda para mais não constam do texto do autor).
Mais uma vez se relembra que as palavras escritas aos berros são de certa forma um atestado diminutivo em relação à capacidade cognitiva de quem o lê. As pessoas não precisam destes berros ( é assim que se designa na gíria tal comportamento) mais parecidos com métodos de publicidade a impingir produtos de limpeza rascas do que transcrições que ajudam as pessoas a reflectir
Um parêntese:
ResponderEliminarNa última linha do parágrafo citado pelo Unabomber às 18 e 50 falta certamente por distracção a parte final do mesmo parágrafo:
"E tenha-se presente que não se teve de fazer desvalorizações da moeda de 30%. Uma delas foi uma desvalorização discreta(imediata)de 12%, seguida de desvalorizações mensais de 1%".
Amigo Anónimo:
ResponderEliminarVoltando ao "chover no molhado" - 33 comentários são poucos, ainda se corre o risco de alguém os venha a ler - vamos adicionar mais uns poucos:
Já "todos" vimos que o amigo anónimo não conseguiu indicar as razões da subida do PNB Alemão, e que no ultimo comentário tenta refugiar-se num joguinho de palavras sobre as minhas perguntas irónicas:
"Interessa aqui saber (o Eugénio Rosa não diz) quais os motivos que tornaram maior a parcela de riqueza transferida para Alemanha? Terá sido criado algum imposto a pagar à Alemanha? ou terão os Alemães obrigado (através de ameaças) a maiores transferências?"
Ou será que o anónimo não entendeu a ironia!
ResponderEliminarNão estive distraído amigo anónimo, fiz bem o corte e costura:
Acha que eu iria transcrever um "pedaço" que o amigo anónimo refere que não contradiz em nada o que está escrito nas conclusões do artigo do Eugénio Rosa?!!!
"É que o que está aí escrito em nada contradiz o que já foi aqui dito e mesmo isto já foi por aqui encaminhado. no link há 4 dias referido ( por mim, por acaso).
As conclusões finais do mesmo artigo, onde o autor vinca o que lhe parece mais importante, já também foram aqui transcritas por duas vezes, veja-se bem.A 15 de Julho de 2016 às 22:12 e a 17 de Julho de 2016 às 23:23"
Amigo anónimo:
ResponderEliminarLembro que no artigo que colei o Eugénio Rosa diz que (...) nas duas intervenções anteriores do FMI (...) "foram os períodos em que TRABALHADORES e PENSIONISTAS PERDERAM MAIS PODER DE COMPRA".
Será que "estes trabalhadores" não incluem os funcionários publicos?
....
Quanto à ultima linha do parágrafo o amigo anónimo tem razão, foi mesmo por distracção:
"E tenha-se presente que não se teve de fazer desvalorizações da moeda de 30%. Uma delas foi uma desvalorização discreta(imediata)de 12%, seguida de desvalorizações mensais de 1%".
Se uma desvalorização imediata de 12% (seguida de 1% mensais) provocou A PERDA DE PODER DE COMPRA acumulada do SMN de 27%!!! e da PENSÃO média de 29%!!!!, então pergunta-se:
Qual seria a perda que uma desvalorização de 30% teria provocado? e qual será a perda que uma desvalorização de 30% após a saida do euro poderá provocar?
......
Mais uma vez Unabomber faz-se de desentendido. E até mais uma vez de forma primaria recita um texto que vale zero para o que se debate.
ResponderEliminarFrancamente , não perceberá que discutimos que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que a prova de tal é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha?
Por favor leia as coisas e faça um esforço para reflectir sobre elas. Deixe-se destas infantilidades próprias do jardim-escola .
E já agora se possível abandone essa bajulice com os credores e com os agiotas. Vai ver que se sente logo melhor
Um instituto alemão -o instituto Leibniz- publicou em Agosto de 2015 um estudo que aponta para que a Alemanha lucrou mais de 100 mil milhões de euros com a crise grega
ResponderEliminarUm estudo do instituto Leibniz, sem fins lucrativos, considerou que aquele valor representa a poupança garantida pela Alemanha através de baixas taxas de juro sobre as suas obrigações.
A Alemanha "beneficiou claramente com a crise grega", em mais de 100 mil milhões de euros, segundo um estudo divulgado hoje pelo Instituto de Investigação Económica Leibniz, da Universidade de Munique, citado pela agência France Presse (AFP).
O instituto alemão, sem fins lucrativos, considerou que aquele valor representa a poupança garantida pela Alemanha através de baixas taxas de juro sobre as suas obrigações, resultantes da atração da sua economia sobre investidores assustados com a instabilidade grega.
Quando os investidores enfrentam dificuldades, procuram tipicamente um mercado seguro para o seu dinheiro, e a sólida economia alemã "beneficiou desproporcionalmente" desse facto durante a crise da dívida na Grécia, lê-se no estudo, acrescentando que as poupanças "excedem os custos da crise, mesmo se a Grécia não pagasse todas as suas dívidas".
"Nos anos recentes, cada vez que os mercados financeiros souberam de notícias negativas sobre a Grécia, as taxas de juro sobre as obrigações do governo alemão caíram, e cada vez que as notícias foram boas, estas subiram", defende o documento.
A Alemanha exigiu à Grécia disciplina fiscal e duras reformas económicas em troca da ajuda de credores internacionais. O ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, opôs-se a uma reestruturação da dívida grega, apontando para o orçamento equilibrado do seu governo. O instituto, porém, defende que o equilíbrio orçamental alemão só foi possível graças às poupanças em taxas de juro por causa da crise de dívida grega.
Os estimados 100 mil milhões de euros que a Alemanha poupou desde 2010 constituíram cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Outros países como os Estados Unidos, a França e a Holanda também beneficiaram, mas "a um nível muito mais reduzido".
O dinheiro investido pela Alemanha em pacotes de resgate internacionais chegou a cerca de 90 mil milhões de euros.
Mas segundo o instituto alemão, "mesmo que a Grécia não devolva nem um cêntimo, a bolsa pública alemã beneficiou financeiramente da crise".
"Se há europeus que estão a ser especialmente enganados são os alemães e se alguém engana os demais europeus são os dirigentes políticos e económicos alemães.
ResponderEliminarEngana-se aos alemães ao fazer-lhes crer que é a Alemanha a que financia o resto da Europa, quando se verifica que suas grandes empresas e bancos foram desde há anos os grandes beneficiários de uma construção europeia e do Euro mal concebidos por ter sido feito à sua medida. A Alemanha não é generosa, aproveita-se sim do seu imenso poder para tratar de submeter os demais, outra vez, num espaço económico que seus grandes grupos económicos consideram seu em toda a Europa.
São enganados quando se lhes faz acreditar que o desperdício e a irresponsabilidade dos cidadãos de outros países foram o que produziu a crise e os males que se sofrem, quando a verdade é que foram os bancos alemães aqueles que financiaram espontaneamente e sem medida as bolhas e os excessos que destroçaram as economias para engordar, durante anos, suas contas de resultados.
São enganados quando se lhes faz acreditar que são outros países que se aproveitam do esforço e dos rendimentos dos trabalhadores alemães quando na realidade são seus próprios grupos de poder económico e financeiro os que impuseram em seu favor políticas que criam desigualdade crescente e mais pobreza e o que colocaram fora da Alemanha o colossal excedente que obtiveram seus trabalhadores nos últimos anos.
Engana-se os alemães quando se lhes diz que seu modelo social é insustentável por culpa da Europa e do custo da solidariedade com outras nações, quando na realidade se há problemas de financiamento é pela cada vez menor contribuição dos proprietários de capitais alemães ao financiamento dos interesses colectivos e pela colocação dos excedentes que obtêm fora da Alemanha.
São enganados quando se lhes diz que hão de trabalhar mais que os trabalhadores de qualquer outro país, quando as estatísticas mostram que apesar de serem mais produtivos nos sectores de vanguarda, pelo maior avanço das suas economias, trabalham menos, felizmente para ele, ainda que certamente com condições de trabalho e de rendimento cada vez piores.
(cont)
Engana-se os alemães e os dirigentes alemães estão a enganar os cidadãos europeus quando se lhes diz que as políticas de austeridade são a melhor forma de avançar e que além disso são necessárias pela dívida de outros países, quando a Alemanha a teve sempre mais elevada que muitos deles e quando é uma evidência clamorosa que estas políticas empobrecem toda a Europa e, por fim, os próprios trabalhadores alemães e quando só estão a servir para justificar a privatização e o desaparecimento de serviços públicos e direitos sociais.
ResponderEliminarEngana-se os alemães e os dirigentes alemães enganam toda a Europa quando se lhes diz que a dívida que há que reduzir deriva do excessivo gasto público destinado ao bem estar social, quando na realidade decorre dos juros gigantescos que se pagam aos bancos privados ao impor um banco central na Europa que não o é e que só serve para apoiar e salvar os bancos privados.
Engana-se os alemães e os dirigentes alemães enganam os europeus normais e comuns quando se lhes diz que países como Grécia, Portugal ou Espanha exigem ajudas ou resgates multimilionários para levá-los em frente, quando na realidade esses resgates só servem para salvar os bancos alemães ou as grandes empresas que vivem de fazer investimentos imperiais no resto da Europa, em muitos casos promovendo e financiando todo tipo de práticas corruptas.
Engana-se os alemães e os dirigentes alemães enganam os europeus quando se lhes diz que há que rebaixar salários para criar emprego e dessa forma só se consegue que aumente o lucro empresarial e a pobreza; ou que há que flexibilizar os mercados laborais, quando isso só se traduz em maior poder de negociação dos grandes empresários mas não em mais e sim em pior emprego; ou que há que reduzir a despesa pública quando são cada vez maiores suas aventuras e despesas militares ou as despesas financeiras que graciosamente se pagam aos bancos privados.
Engana-se os alemães e os dirigentes alemães enganam todos os cidadãos quando se apresentam como justos e eficientes reclamando estritas condições de pagamento aos agora devedores. Ocultando que países como a Grécia foram generosos com a Alemanha quando era esta quem tinha que pagar sua dívida".
Juan Torres López
Como o Unabomber gosta muito da escola brasileira:
ResponderEliminar"Durante os anos 90 a Alemanha sofreu uma grave crise, chegou mesmo a ser considerada em 2000 como "Sick Man of Europe" (O homem doente da Europa). A sua economia não crescia, as suas contas estavam desrreguladas, a sua dívida era alta (o primeiro país a quebrar o acordo sobre deficit /dívida na Zona Euro foi a Alemanha), etc. Com a entrada no euro a Alemanha acedeu a um mercado gigantesco com o qual não teria desvantagem cambial já que a sua moeda seria a mesma. Altamente industrializada e com poder dentro do Parlamento Europeu devido a ter a maior população da Europa, a Alemanha promoveu através da União Europeia a desindustrialização dos restantes países europeus e uma transição para uma economia de consumismo ao mesmo tempo que na sua própria casa subsidiava uma industria pouco competitiva e fomentava a poupança por parte dos seus cidadãos. Tudo isso levou a que a Alemanha diminuísse as suas importações e aumentasse as exportações criando um excedente tão grande como os déficit dos restantes países."
Não se subscreve tudo mas pode ser que sirva.
Voltando ao "chover no molhado" - 45 comentários ainda são poucos, continua a existir o risco de alguém os ler
ResponderEliminarDado que já chegamos ao nível das "infantilidades" e do "jardim escola" recoloco as seguintes questões ao anónimo:
- Qual a parte dos aprox. 100.000 milhões de Euros de fundos estruturais que Portugal recebeu desde que está na UE foram pagos pelos Alemães? Ou será que a Alemanha não pagou nada?
- Qual o contributo do investimento industrial Alemão em Portugal para as exportações e para o PIB?
- O que seria da balança corrente Portuguesa sem o contributo das de empresas como a Autoeuropa, a Boch, a Continental, a Simens, etc.. - que percentagem é que elas representam nas exportações e no PIB Português?
- Será que a Alemanha só exporta para os países da U.E? Não exporta para os EUA, China, Japão, etc?
- Será que a Alemanha não tem saldos positivos na balança comercial com os países fora da UE?
- Será que é o Euro que torna competitivos os produtos alemães (ex: automóveis, maquinaria indust., prod. quimicos, aviões comerciais, etc)? Antes de existir o Euro a Alemanha não conseguia exportar estes produtos?
- Será que a valorização acentuada do euro em relação ao USD (de 0,8 para 1,4, até há pouco tempo) não afectou os exportadores Alemães? (só afectou os TUGAS?)
- Antes de haver o Euro em Portugal, quais foram os anos em que a balança comercial Portuguesa foi positiva?
- Será que foi também o euro o responsável pelo milagre económico Alemão de 1945 até à reunificação em 1989?
Completando o questionário para o amigo anónimo:
ResponderEliminarComo já atingimos o nível de "jardim escola" agradeço uma das seguintes respostas: "Sim", "Não", "Não Sei", a estas perguntas:
- Será que o PNB Alemão não engloba os rendimentos líquidos obtidos pela Alemanha de países fora da UE?
- Será que os rendimentos líquidos obtidos pela Alemanha fora da UE também se devem ao Euro?
- Será que sem saber qual o montante dos rendimentos líquidos obtidos fora da UE pela a Alemanha consegue concluir que a inversão da posição líquida da Alemanha depois de 2002 se deve exclusivamente ao Euro?
- Será que Portugal também não obtém rendimentos do exterior incluídos no PNB Português?
...
A conclusão de que a Alemanha é beneficiada com base em APENAS a reversão do PNB equivale àquelas conclusões espectaculares da redução do desemprego dos tempos do PAF com base apenas na redução da taxa de desemprego.
ResponderEliminarA conclusão de que a Alemanha é beneficiada com base em APENAS a reversão do PNB?
ResponderEliminarMas quem diz tal? Que disparate este? Mais uma vez saberá interpretar o que lê?
O que se diz e aí não há atoardas de "novo imposto"ou de "ameaça" que lhe sirvam de fuga, é que "foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que a prova de tal é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha?"
Isso é compreensível? É que coisas como Nobeis da economia o afirmam. É demonstrável. Verificável. A Alemanha patinava antes da entrada do Euro. O euro foi feito à sua medida e semelhança.
Certo?
É que ao contrário dos axiomas neoliberais, os factos são mais fortes que as tretas.
Quanto a outros benefícios para a Alemanha resultantes da criação do euro há muitos mais. Podemos falar nalguns deles, mas fica para depois
"o amigo anónimo não conseguiu indicar as razões da subida do PNB Alemão"
ResponderEliminarNão?
Tem a certeza?
Dados objectivos fornecidos no texto em causa contra a "ameaça e o imposto" fornecidos pelo Unabomber.
Aqui ronda a desonestidade. Nem as fugas ensaiadas uns tantos comentários abaixo permitem esconder aquilo que não se pode esconder
Veja-se assim este gráfico-
http://resistir.info/e_rosa/imagens/ue_alemanha_31jan15_1.gif
Verdadeiramente esmagador
Ora vejamos e a propósito do quadro em causa (quadro 1)
ResponderEliminarO Bem-estar dos alemães é conseguida à custa também a riqueza criada em outros países e transferida para a Alemanha (estava no link citado)
O quadro 1,construído com dados oficiais da Comissão Europeia, mostra de uma forma clara e sintética os resultados para três países – Alemanha, Grécia e Portugal – da criação da União Europeia e, nomeadamente, da Zona do Euro em 2002.
Para que os dados do quadro sejam mais claros interessa ter presente o significado dos conceitos que são utilizados nele: (1) PIB, ou seja, o Produto Interno Bruto , corresponde ao valor da riqueza criada em cada país em cada ano pelos que residem nesse país; (2) PNB, ou seja, Produto Nacional Bruto , corresponde à riqueza que os habitantes de cada país dispõem em cada ano que pode ser maior do que a produzida no país (no caso da transferência de riqueza do exterior ser superior à riqueza produzida no país em cada ano transferida para o exterior) ou então pode ser menor que a produzida no país (no caso de uma parte da riqueza produzida no país ser transferida para o exterior e não ser compensada pela que recebe do exterior).
E como os próprios dados divulgados pela Comissão Europeia mostram, antes da entrar para a União Europeia, o PIB alemão era superior ao PNB, o que significava que uma parte da riqueza criada na Alemanha era transferida para o exterior beneficiando os habitantes de outros países. No entanto, após a entrada para a União Europeia, o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão. Isto significa que a riqueza que os alemães passaram a dispor após a criação da União Europeia, e nomeadamente da Zona Euro passou a ser muito superior ao valor da riqueza produzida no próprio país, o que é só possível por meio da transferência da riqueza criada pelos trabalhadores dos outros países para a Alemanha. Na Grécia e em Portugal aconteceu precisamente o contrário. Mas observem-se os dados do quadro que são extremamente claros. (Linkado aí em cima)
"Observem-se com atenção os dados do quadro 1, mas recorde-se mais uma vez o seguinte: PIB é o valor da riqueza criada anualmente no país; o PNB é o valor da riqueza que o país tem ao seu dispor em cada ano. São duas coisas diferentes E quais as conclusões que se tiram dos dados da Comissão Europeia constantes do quadro 1?
ResponderEliminarComecemos pela Alemanha. Até 2002, o PNB alemão era inferior ao PIB alemão, o que significava que uma parcela da riqueza criada na Alemanha ia beneficiar os habitantes de outros países. A partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação inverte-se rapidamente: o PNB alemão passa a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha. Isto significa que uma parcela da riqueza criada em outros países é transferida para a Alemanha indo beneficiar os habitantes deste país. Só no período 2003-2015 estima-se que a riqueza criada em outros países que foi transferida para Alemanha, indo beneficiar os seus habitantes, atingiu 677.945 milhões €, ou seja, o correspondente a 3,8 vezes o PIB português.
Na Grécia e em Portugal aconteceu precisamente o contrário como mostram os dados da Comissão Europeia. Na Grécia até 2001, o PNB grego (a riqueza que o país dispunha anualmente) era superior ao PIB (o que era produzido no pais). No entanto, a partir de 2002, com a criação da Zona Euro, começa a verificar-se precisamente o contrário. Uma parcela da riqueza criada na Grécia é transferida para o exterior indo beneficiar os habitantes dos outros países. Em Portugal aconteceu o mesmo mas logo após a entrada para a União Europeia em 1996.
Como revelam os dados da Comissão Europeia constantes do quadro 1, se consideramos o período que vai desde a criação da Zona do Euro (2002-2015) a riqueza criada na Grécia que foi transferida para o exterior, indo beneficiar os habitantes de outros países, já atinge 48.760 milhões €.
Em Portugal tal situação começou poucos anos depois de entrar para a União Europeia. Em 1995, o PNB português, ou seja, a riqueza que o país dispôs nesse ano ainda era superior ao PIB, ou seja, à riqueza criada nesse ano em Portugal, em 353 milhões €. A partir de 1996, o PIB passou a ser superior ao PNB, ou seja, uma parte crescente da riqueza criada em Portugal começou a ser transferida para o exterior indo beneficiar os habitantes de outros países. No período 1996-2015, o valor do PIB deste período (20 anos) é superior ao valor do PNB deste período em 70.751 milhões €. Tal é o montante de riqueza líquida criada em Portugal que foi transferida para o exterior indo beneficiar os habitantes de outros países, incluindo os da Alemanha. E como mostram também os dados do quadro 1, após a entrada de Portugal na Zona Euro em 2002, a transferência da riqueza criada em Portugal para outros países aumentou ainda mais (só no período da "troika" e do governo PSD/CDS a transferência liquida de riqueza para o exterior que foi beneficiar os habitantes de outros países atingiu 20.807 milhões €).
Portanto, afirmar como fazem os defensores em Portugal da sra. Merkel e dos burocratas de Bruxelas que é a Alemanha que financia tudo é não compreender os mecanismos de funcionamento actual da economia mundial; é no fundo mostrar ignorância ou mentir. Mas não é apenas neste campo que se verifica esta transferência de riqueza. Existem outros campos e outros mecanismos que abordaremos em estudos futuros."
Duma limpidez cristalina
Eu sei que os neoliberais não querem criminalizar o enriquecimento ilícito.
ResponderEliminarMas é a partir de 2003 que se dá um volte-face nas "contas" da Alemanha.
Como explicará alguém este efeito?
Com uma série de perguntas infantis e de jardim-escola. A raiar a imbecilidade quando pede respostas de sim ou não ou não-sei
É ler o conjunto de questões expressas do género "será que" e ver o "nível" a que se chega só para tentar fugir ao que é evidente. (E mais uma vez se repete. Demonstrável. De acordo com dados da própria UE)
A demonstração da vacuidade das listas elaboradas pelo Unabomber pode ser demonstrado assim, desta forma simples utilizando as mesmas "questões"
ResponderEliminar- Será que a Alemanha não exportava para os países da U.E antes da entrada no euro? Não exportava para os EUA, China, Japão, etc antes da entrada no euro?
- Será que a Alemanha tinha saldos positivos na balança comercial com os países fora da UE antes da entrada no euro? ( essa dá vontade de rir. Há saldos e saldos. Mas que fazer?)
- Será que é o Euro que torna competitivos os produtos alemães (ex: automóveis, maquinaria indust., prod. quimicos, aviões comerciais, etc) ? Antes de existir o Euro a Alemanha não conseguia exportar estes produtos? Mas qual o reflexo destas vendas após a entrada do euro?
( Este é um exemplo que denota a desonestidade com que por vezes se argumenta.Como é possível alguém"perguntar" se "Antes de existir o Euro, a Alemanha não conseguia exportar estes produtos?".A pergunta não é essa, porque a resposta é de jardim-escola. A pergunta é saber que alterações a entrada no Euro ocasionaram nas exportações alemãs)
Completando o questionário para o amigo unabomber:
ResponderEliminarComo já atingimos o nível de "jardim escola" não agradeço uma das seguintes respostas: "Sim", "Não", "Não Sei", a estas perguntas. porque a tontice tem limites:
- Será que o PNB Alemão não engloba os rendimentos líquidos obtidos pela Alemanha de países fora da UE antes da entrada no euro
- Será que os rendimentos líquidos obtidos pela Alemanha fora da UE também se devem ao Euro? E quais as consequências que a entrada do euro teve? E antes da entrada no euro como eram os rendimentos líquidos obtidos pela Alemanha?
- Será que sem saber qual o mote dos rendimentos líquidos obtidos fora da UE pela a Alemanha consegue concluir que a inversão da posição líquida da Alemanha depois de 2002 não se deve nada ao Euro?
...
"Interessa aqui saber (o Eugénio Rosa não diz) quais os motivos que tornaram maior a parcela de riqueza transferida para Alemanha? Terá sido criado algum imposto a pagar à Alemanha? ou terão os Alemães obrigado (através de ameaças) a maiores transferências?"
ResponderEliminarOu será que o anónimo não entendeu a ironia!"
Ironia? Isto não foi uma ironia.Ou melhor , foi um fogo de artificio para atentar esconder uma verdade comezinha:
Que foi só depois do euro que se inverteu a situação. Que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que a prova de tal é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha.
Por isso só resta a acrobacia clownesca. Agora repesacda em forma de "ironia"
Eu sei que custa , mas parece que é necessário relembrar :
ResponderEliminar"Claro que o que fez foi "isto". Postou frases soltas do autor citado, berrou umas palavras como que sublinhando o que lhe interessava e ostensivamente ignorou o núcleo central do que Eugénio Rosa disse. Perverteu de forma intencionada o que este disse e agora diz
Pelo meio ainda teve o desprimor de acusar Rosa de cegueira ideológica.
Os dados estão aí e os comentários também e, mais importante ainda, estão também os links citados e as citações concretas e quase que detalhadas.
Não adianta chover no molhado . Que cada um tire as suas conclusões.
Parece que Unabomber não quer deixar que os demais tirem as respectivas conclusões
Mas há todavia um nicho de "perguntas" de Unabomber que ainda não foram respondidas.
ResponderEliminarE não o foram por algum pudor inicial. Dada a insistência no tema teremos mesmo que abordar as questões.
Citemos:
"Qual a parte dos aprox. 100.000 milhões de Euros de fundos estruturais que Portugal recebeu desde que está na UE foram pagos pelos Alemães? Ou será que a Alemanha não pagou nada?
Qual o contributo do investimento industrial Alemão em Portugal para as exportações e para o PIB?
O que seria da balança corrente Portuguesa sem o contributo das de empresas como a Autoeuropa, a Boch, a Continental, a Simens, etc.. - que percentagem é que elas representam nas exportações e no PIB Português
Será que Portugal também não obtém rendimentos do exterior incluídos no PNB Português?"
O que significa concretamente esta forma de proceder? Uma tentativa de desviar o que se debate com toda a certeza. Lembre-se que se fala em submissão ou em libertação.
Mas tal atitude esconde outra coisa. Esconde a admissão pública que, pelo facto da Alemanha ter contribuído com o que quer que seja... ou pelo facto da nossa balança de pagamentos... ou por outras tretas do género, tem direito a sonegar a nossa independência e a nossa dignidade.
Ou seja, pelo facto da Alemanha ter "emprestado " dinheiro e ter ganho muito dinheiro à nossa custa e se ter comportado como uma ave de rapina sobre os países periféricos, nós todos,todos nós, devemos abdicar da honra e de princípios.
O elogio dos proxenetas e do seu direito à exploração dos corpos alheios.
Reformulemos as questões:
ResponderEliminarQual a parte dos 100.000 milhões de Euros que os alemães ganharam só com a crise grega? Segundo um instituto alemão não foi uma parte. Foi a totalidade de 100 000 milhões de euros
Qual o contributo da riqueza produzida em Portugal para a riqueza na Alemanha?
O que seriam das contas alemãs sem o contributo dos trabalhadores portugueses e dos de outros países ditos periféricos?
Mas a tentativa de justificar as contas dos agiotas e a submissão à Alemanha chega ao ponto de tentar comparar Portugal com a Alemanha. Será que Portugal foi o responsável pelo milagre alemão? dirá em forma acalorada.
Qual milagre alemão? Aí estará incluído o perdão da dívida da Alemanha?
Em 1953, a delegação alemã assinou um acordo que lhe perdoaria parte da dívida e lhe atribuiria juros favoráveis para pagar o restante.Há cerca de 60 anos, 70 países decidiram perdoar quase dois terços da dívida externa alemã. O país duplicou o seu PIB na década seguinte.
Será que Portugal foi o responsável pelo advento do nazismo e pelas dívidas da Alemanha?
Há mais.
ResponderEliminarLembram-se do Deutsche Bank e o elogio à solidez das instituições alemãs e da integridade alemã e outras tretas do género?
"A notícia caiu como uma bomba por estes dias: o gigante financeiro alemão Deutsche Bank corre o risco de colapsar. É um choque de frente para toda a direita neoliberal e para todas os seus sonhos e expectativas, um mundo que se arruína e naufraga, deixando um cortejo de suplicantes gemendo e chorando a sua perda. Um banco, para mais privado, para mais alemão, para mais empreendedor, para mais proactivo, e dinâmico, e acostumado a bater punho, esfarelar-se assim, sem mais nem menos. Teria maus gestores? Mas se todos sabemos que só o Estado, porque não tem a noção de estar a gerir o que é seu, é mau gestor! Teria havido incompetência dos supervisores? Mas se sabemos que só os supervisores portugueses são incompetentes! Há-de ter sido culpa dos trabalhadores alemães, esses calaceiros que vivem acima das possibilidades e depois não pagam os empréstimos que pediram. Mas acaso não nos disseram que os calaceiros éramos nós, os trabalhadores portugueses? E que por nossa culpa o Estado devia dinheiro que pediu emprestado para construir escolas, e os bancos deviam ao estrangeiro para comprarmos férias em Cancun, e que lá fora, onde os protestantes eram comedidos e regrados não havia situações assim?
A prova dos quadradinhos:
ResponderEliminarhttp://otempodascerejas2.blogspot.pt/2016/07/esta-tudo-dito.html
Está visto e provado que a questão do défice é treta claramente demonstrada no "porque-é-a-França" e nos incumprimentos registados.
O Directório e a 5ª coluna querem forçar a manutenção das políticas de empobrecimento e destruição da nossa economia.
A agressão não parou, pelos apoios internos que mantém e pelas hesitações do governo, nem vai parar enquanto não restaurarmos a soberania nacional, rejeitando a ingerência e os tratados que ninguém cumpre mas que são utilizados para nos chantagearem.
Chega de submissão ultrajante que permite a qualquer burocrata europeu dar ordens ou ameaçar e chantagear o governo português!
Quando é que a Assembleia da República assume plenamente as funções para que foi eleita e passa a defender e a cumprir a Constituição da República?
Edgar
Depois do "jardim escola" passamos para as "tontices"
ResponderEliminarAmigo anónimo concluir isto:
"Foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que a prova de tal é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha."
Tem o mesmo rigor que isto:
As exportações portuguesas para Angola nos anos após a entrada de Portugal no Euro são muito superiores às dos ultimos anos anteriores àquele evento, por isso concluimos que a entrada do euro foi determinante para o aumento das exportações para Angola
Ou o mesmo rigor que ainda isto:
O facto dos países do Norte da Europa terem na generalidade melhores indicadores econónimos que os países do Sul comprova que os povos do Norte da Europa são mais trabalhadores e mais poupados que os do sul da Europa.
Não.
ResponderEliminarMais uma vez a aldrabice não passa. Francamente tem que haver alguma honestidade intelectual quando se debate e não vale a pena usar truques e processos ínvios. Só descredibiliza quem os usa e faz com que se confirme a má imagem que os liberais têm.
Comprovou-se, infelizmente para as teses do Unabomber, que "o PNB alemão era inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha".
Segundo o estudo de Eugénio Rosa entre 1995 e 2002 o PIB alemão foi sempre superior ao PNB.
A partir de 2003 registou-se o contrário. Recorde-se que as moedas e notas físicas de euro entraram em circulação a 1 de Janeiro de 2002, tornando-a a moeda de uso corrente entre os membros originais.
A novidade que faz a separação entre estes dois processos é a criação da zona euro. Para desgraça do Unabomber isto faz cair por terra aquela curiosa série de perguntas sobre as exportações alemãs e sobre os popós alemães e sobre os saldos da sua balança comercial. Nada de relevo aconteceu na Alemanha nessa altura que não a criação da zona Euro. Não se registou qualquer avalancha do bater do punho entre os empresários alemães nessa data. O euro foi criado à imagem e semelhança dos interesses germânicos.
O rigor de Eugénio Rosa é cotejado com uma estapafúrdia afirmação de Unabomber sobre Angola.
ResponderEliminarParece que as exportações portuguesas para Angola cresceram após a entrada de Portugal no euro.
Infelizmente para Unabomber a pressa e o seu desconhecimento da história dão nisto.
Mais importante do que o euro nesta questão, muito mais importante, foi o fim da guerra em Angola. Aconteceu em 2002 com a vitória do MPLA.
Mais uma vez infelizmente para Unabomber não há registo nessa data de nenhuma guerra civil na Alemanha ou mesmo de nenhuma guerra nesse país que permita justificar tais dados económicos.
A segunda afirmação de Unabomber com que tenta descolar o rigor da afirmação de Eugénio Rosa é , infelizmente para aquele, um clássico exemplo duma falácia montada sobre um raciocínio dedutivo que o não é. Uma falácia da ambiguidade, com apelos a motivos, com falsa causa e com distorção de factos.
ResponderEliminarPor mais que custe a Unabomber os raciocínios que utilizam a lógica têm que seguir regras
A associação entre os indicadores económicos e o "mais trabalhadores" ou a poupança tem que ser demonstrada. E há uma miríade de estudos que mostram uma relação no mínimo atribulada entre estes indicadores. Os indicadores económicos são representativos de multivariáveis. (Tantas que custa a crer como alguém minimamente inteligente pretende estabelecer uma relação unívoca entre aqueles e estes, desprezando outros que são bem mais importantes).
Mas há quem estabeleça este tipo de raciocínio falacioso e está no seu direito. Tem é que prová-lo. Com força de evidência. Pelo menos um décimo da força de evidência que a afirmação que o euro beneficiou sobretudo a Alemanha, que está quantificada e não se baseia nos terrenos pantanosos para onde foge Unabomber.
Mas paralelamente a estes disparates convocados por Unabomber fica de pé todo o exercício argumentativo em debate.
E aí o silêncio é ensurdecedor. Tanto como o silêncio sobre a guerra, o Deutschbank, o elogio dos proxenetas e a verticalidade de reivindicação da soberania nacional.
Há mais. Basta ler o que foi dito e escrito. E que cada um tire a sua conclusão
"A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil”
ResponderEliminarNós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.“
“E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável.”
http://foicebook.blogspot.pt/2016/07/afirmacoes.html#links
Amigo anónimo ainda se podem retirar muitas mais conclusões pelo "mecanismo" do Eugénio Rosa, por exemplo:
ResponderEliminar- Uma vez que as taxas anuais de crescimento economico de Portugal no periodo de 1960 a 1973 foram muito superiores às taxas de crescimento economico depois de 1974 concluimos que a economia Portuguesa não beneficiou com a democracia
- Uma vez que o desempenho economico de Portugal nos anos seguintes à entrada na UE (1986 a 2000)foi superior ao desempenho no periodo anterior (de 1975 a 1985) concluimos que Portugal beneficiou com a entrada na UE
...
ÒBVIAMENTE que quase todas as conclusões obtidas através do "mecanismo" do Eugénio Rosa têm muito pouco rigor.
ResponderEliminarOBVIAMENTE que o fim da guerra civil em Angola foi mais importante para as exportações Portuguesas que a adesão ao Euro.
......
Na Alemanha não houve nenhuma guerra civil, mas houve outros acontecimentos com grande impacto económico:
- Processo de Reunificação da Alemanha nos anos 90: que numa fase inicial teve fortes custos, mas depois da integração provavelmente gerou maior capacidade para a economia da Alemanha,
- Alargamento e abertura das economias do Leste da Europa, com òbvios beneficios para a vizinha economia da Alemanha
- Adesão da China à OMC no inicio do sec.XXI, que simultaneamente representou o acesso a um enorme mercado às exportações tecnologicas da Alemanha e uma forte concorrencia aos produtos Portugueses de baixa tecnologia.
....Estes e outros acontecimentos podem ter sido mais importantes que o Euro para a alteração do desempenho da economia Alemã dos anos 90 para o sec.XXI
.....
Se efectiavemente não quisermos ser explorados pelos estrangeiros, devemos expulsar de cá tudo o que é estrangeiro e voltarmos à politica do orgulhosamente sós - e, nesse caso talvez devessemos seguir a polotica e o modelo economico da Coreia do Norte, que é sem duvida um país muito SOBERANO.
.....
Já vamos em mais de 65 comentários, a grande maioria colocada pelo amigo anónimo - chegou a hora de parar de chover no molhado: votos de um bom final de semana para o amigo anonimo e umas boas ferias, se for o caso.
Ó caro Unabomber, até onde vai o seu processo de fuga ?
ResponderEliminarQuer que lhe explique o desenvolvimento do Capitalismo em Portugal no tempo do fascismo?
Não lhe parece desonesto comparar pão ralado com serradura?
As conclusoes de Eugénio Rosa são tão poderosas que Unabomber tem que andar à pesca. Qual pássaro desesperado, gira como uma gaivota. Em torno de Angola ou em torno de falácias. Agora até com uma visita ao fascismo
Não terá um pouco de vergonha?
Bem tenta encontrar Unabomber qualquer escape para contrariar a demonstração inequívoca de Eugénio Rosa.
ResponderEliminarAbandonada Angola, abandonada a patetice dos "mais trabalhores e poupados", vem com a reunificação alemã...
Essa que fez com que a economia alemã também andasse a marcar passo
Cita-se:
"depois da integração provavelmente gerou maior capacidade para a economia da Alemanha".
Sabe-se hoje como. Através do euro. Feito à sua imagem e semelhança. Só a partir deste é que a Alemanha deu o salto.
Como o demonstra inequivocamente E. Rosa
E não deixa de ser divertido ver as tentativas para o desmentir.
Mas Unabomber chama outros ao debate.
ResponderEliminarSerá que foi o alargamento e abertura a leste?
Mas onde estão os dados, os factos, os números para o comprovar? Onde cotejar os dados? Como comparar a força dos dados transmitida por Eugénio Rosa com as hipóteses de trabalho avençadas agora neste debate já tão arrastado?
Também aqui se reforça a ideia que a força da Alemanha lhe foi dada pela mama que constituiu a criação do euro.
Quanto à China...
ResponderEliminarDeve estar mesmo a brincar ou não lê com a atenção devida. Pior, parece que quer tapar o jogo sujo da Alemanha, aqui tão bem desmascarado:
"Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.“
Uma espécie de ganho em dois carrinhos. Que é o que sistemanticamente faz o grande capital
A unica coisa positiva ( salvo seja) é que Unabomber admite, involuntariamente é certo, a importância da criação do euro para a economia alemã.
ResponderEliminarNetsa singela frase:"podem ter sido mais importantes que o Euro para a alteração do desempenho da economia Alemã dos anos 90 para o sec.XXI"
Até que enfim. O euro afinal parece ter sido mesmo importante.
E beneficiou de facto a Alemanha
Em contrapartida roça já a desonestidade invocar a Coreia do Norte.
ResponderEliminarMais uma vez a lógica vai pelas ruas da amargura. Mais uma vez uma falácia de todo o tamanho, a justificar o conselho no sentido de procurar saber mais sobre tais assuntos.
A negação duma afirmação não é o oposto da afirmação. Negar o todo, não é afirmar que não há nada.
Pugnar pela independência nacional não é dizer que somos a Coreia do Norte. Tal dicotomia é ofensiva. Ofensiva não para a Coreia do Norte ou para nós, para Portugal ou para a Alemanha, mas ofensiva no que diz respeito à inteligência humana.
("Se efectivamente não quisermos ser explorados pelos estrangeiros, devemos expulsar de cá tudo o que é estrangeiro" é outro disparate. Mais uma vez se foge do que se debate e se procura refúgio numa nova problemática. Por agora basta dizer que talvez a canga sirva de modelo ao pescoço de alguns. Que talvez a memória ou a ignorância histórica faça esquecer os múltiplos exemplos que desmentem a atoarda.
Ainda há tão pouco tempo a Islândia...e agora tais sandices?
A saga continua: 74 comentários, dos quais 50 do amigo anónimo
ResponderEliminardiz o amigo anónimo:
"Quer que lhe explique o desenvolvimento do Capitalismo em Portugal no tempo do fascismo?
OBVIAMENTE que não preciso que explique tal coisa, apenas agradeço que responda "Sim", "Não", "Não Sei", a estas perguntas:
- Será que o PNB Alemão não engloba os rendimentos líquidos obtidos pela Alemanha de países fora da UE antes da entrada no euro
- Será que os rendimentos líquidos obtidos pela Alemanha fora da UE também se devem ao Euro? E quais as consequências que a entrada do euro teve? E antes da entrada no euro como eram os rendimentos líquidos obtidos pela Alemanha?
- Será que sem saber qual o mote dos rendimentos líquidos obtidos fora da UE pela a Alemanha consegue concluir que a inversão da posição líquida da Alemanha depois de 2002 não se deve nada ao Euro?
Diz o amigo anónimo:
ResponderEliminar"Mas onde estão os dados, os factos, os números para o comprovar? Onde cotejar os dados?"
Amigo anónimo os dados, os factos e os numeros que apresentei foram os MESMOS que apresentou o Eugénio Rosa: ou seja, NENHUNS
Unabomber tem alguns complexos. Um deles tem a ver com factos, dados, números.
ResponderEliminarO menor será a contagem dos posts dos vários intervenientes. Cheira um pouco a ridículo, mas que fazer? Estas contagens empíricas fazem bem ao ego e desviam do que se debate, não é mesmo?
Lolol
Uma pena que seja necessário repetir algumas das respostas aqui dadas ao caro Unabomber
ResponderEliminar"Mas é a partir de 2003 que se dá um volte-face nas "contas" da Alemanha.
Como explicará alguém este efeito?
Com uma série de perguntas infantis e de jardim-escola. A raiar a imbecilidade quando pede respostas de sim ou de não ou de não-sei.
Após uma recapitulação da lista extensa das questões colocadoas por Unabomber, eis que sobram três perguntinhas para as quais se pede um sim ou um não ou um não sei. Faltam outras hipóteses como o "talvez"e o "tem dias", mas adiante.
O que se assiste é a uma fuga. Como o foi com Angola ou com as outras falácias alencadas à medida que as respostas crescem.
Eugenio Rosa sem margem para dúvidas relaciona duas variáveis: o PNB e o PIB.E mostra a alteração espantosa entre o comportamento destas duas varáveis com o aparecimento do Euro.
Pode Unabomber retorcer-se, ir buscar mais perguntinhas, dizer que Rosa nao apresenta dados, factos, números, o diabo a sete, Estes estao apresentados e são públicos.
Veja-se este gráfico-
http://resistir.info/e_rosa/imagens/ue_alemanha_31jan15_1.gif
Esmagador.
Ainda Unabomber não terá percebido que as suas primárias questões são ridículas, parecendo questões de escolástica menor? Que o que tem que apresentar para desmentir o raciocínio do autor citado são mesmo números, factos, dados que demonstrem evidencias? Das quais foge como diabo da cruz?
E que não lhe basta perguntar se sim , se não se talvez, com que busca desesperadamente fugir aos dados apresentados?
Que diabo mas ele ainda não reparou que ninguém ainda lhe disse para ele responder à pergunta directa:
-O euro beneficiou a Alemanha sim ou não ou não sei?
Porque isto é um atentado à inteligência de quem anda por este blog?
Daí que se escreva devagarinho: Para contrariar os dados apontados terá que Unabomber apresentar dados concretos que desmintam a correlação apresentada.
ResponderEliminarTão simples como isso. Ir recorrer aos dados das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro de e todas aquelas coisinhas com que andou a entreter-se e a entreter-nos-
(Quanto às 3 questões apresentadas caro Unabomber, repetindo as que eu fizera, não terá lido o enunciado a tais questões?
Eu repito:
"Como já atingimos o nível de "jardim escola" não agradeço uma das seguintes respostas: "Sim", "Não", "Não Sei", a estas perguntas. porque a tontice tem limites.
O não agadecimento e as "tontices" referidas mostravam uma coisa. Infelizmente parece que não entendida por Unabomber)
Vamos avançar um pouco no debate porque os dados estão apresentados e as teses também.
ResponderEliminarUm trabalho de Eugénio Rosa sobre o saldo das balanças comerciais alemã e portuguesa após a criação do euro:
"No período 2002-2011, a Alemanha acumulou um saldo positivo na sua balança comercial de
1.556.452 milhões €, enquanto Portugal acumulou um saldo negativo na sua balança comercial de 187.317 milhões €, ou seja, mais do valor do PIB português de um ano. Fica assim claro, que a Alemanha foi altamente beneficiada com a criação do euro, enquanto Portugal foi claramente prejudicado porque o saldo negativo da sua balança comercial disparou. E isto porque o euro para Portugal era uma moeda altamente valorizada afetando a sua capacidade competitiva, enquanto em relação à Alemanha, tendo em conta o seu grau de desenvolvimento, sucedia o contrário. Entre 2002-2007, ou seja até à crise, o saldo positivo anual da Alemanha aumentou 46,3%, e o saldo negativo de Portugal cresceu 43,6%. É por isso que muitas vezes se diz que os excedentes dos países do norte da U.E., que contribuem para a sua riqueza e o nível de vida dos seus cidadãos, são conseguidos à custa dos défices dos países do sul e do seu atraso"
"Portugal sempre teve uma balança comercial deficitária com a Alemanha como revelam os dadosdo INE do quadro 2, o que contribuiu para o endividamento do país e dos portugueses. No entanto,após a criação do euro o saldo negativo das relações comerciais de Portugal com a Alemanha disparou, mais que duplicando, o que determinou também que o endividamento do país e dos portugueses tenha disparado como consequência da compra de produtos alemães por
ResponderEliminarportugueses. Este grave desequilíbrio das relações de Portugal contribuiu também, e fortemente,para o endividamento de Portugal, pois se as relações comerciais com os outros países e, em particular com a Alemanha fossem equilibradas, certamente a situação de Portugal agora seria mais equilibrada e o endividamento seria menor.
As próprias empresas alemães que se instalaram em Portugal também contribuem para isso. Comoconsta das últimas Estatísticas do Comercio Internacional divulgadas pelo INE em 2012 , “ Em 2009, “as 5 maiores empresas importadoras concentravam 45,6% do valor total da importação de bens originários dos Países Terceiros” e, entre estas cinco estava a Autoeuropa que era o 3º maior importador a operar em Portugal (pág. 65. ECI-2010-INE)".
"Mas a Alemanha não é só beneficiada com os as exportações que faz para outros países. Obtendo elevados excedentes com o comercio externo, a Alemanha acumula gigantescos meios financeiros e depois as suas empresas e bancos investem em outros países obtendo elevados lucros, juros e mais-valias o que contribui, juntamente com os saldos positivos da sua balança comercial, para os elevados saldos positivos na sua balança de pagamentos. Portugal, pelo contrário, tem acumulados elevados défices. O quadro 3, com dados do Eurostat, mostra tudo isso.
ResponderEliminarEm dois anos e meio ( 2010, 2011 e primeiro semestre de 2012)a Alemanha acumulou um saldo positivo de 375.921 milhões € na sua balança de pagamentos, sendo uma parcela importante resultante das suas relações com os países da União Europeia. É evidente que a Alemanha para poder acumular excedentes tão elevados, foi necessário que outros países acumulassem elevados saldos negativos, pois as relações externas são um jogo de resultado nulo. Portugal foi precisamente um dos países que, para a Alemanha ter um resultado altamente positivo, o nosso país teve de ter um resultado altamente negativo.
Efetivamente Portugal acumulou nos últimos 2,5 anos um saldo negativo de 31.217 milhões € na sua balança de pagamentos, o que foi pago ou com o aumento do endividamento externo ou
através da transferência de uma parcela da riqueza criada no país (do PIB) para o exterior ficando menos para investir e para garantir o bem-estar dos portugueses. Esta é uma consequência inevitável dos grandes desequilíbrios que existem quer no seio da União Europeia quer a nível mundial, resultante de um comercio e de movimentos de capitais totalmente desregulados, o que tem permitido a alguns países desenvolveram-se e enriquecerem baseados fundamentalmente nas exportações, ou seja, à custa dos défices que geram em outros países e da desindustrialização que provocam.
Entre 2000 e 2011, o total de rendimentos transferidos para o estrangeiro atingiu, em Portugal,165.190 milhões €, sendo 3.696 milhões € de rendimentos de trabalho, 59.667 milhões € de investimentos diretos, ou seja, dividendos; o restante, isto é, 116.706 milhões € foram rendimentos fundamentalmente resultantes de aplicações especulativas, ou seja, em bolsa ou de empréstimos.
Uma parcela importante destes rendimentos transferidos para o exterior vão alimentar os elevados saldos positivos da balança de pagamentos alemã. Isso acontece, por ex., quando a Alemanha obtém empréstimos nos “mercados” a 1% ou menos, e depois, no âmbito do Programa de
Assistência Financeira, empresta a Portugal cobrando juros entre 3% e 4%, e indexando o capital simultaneamente a euros/dólares/iens para não correr riscos, comportando-se como um agiota".
Daqui:
http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2012/47-2012-Nivel-vida-Alemanha-a-custa-portugueses.pdf
Mais seis comentário do amigo anónimo:
ResponderEliminarDesta vez passamos para os "atentados à inteligencia", mas melhoramos um bocadinho:
Lembre-se o que anónimo escreveu:
"Que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que A PROVA DE TAL é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha".
Daí que se escreva muito devagarinho:
É ÒBVIO que para PROVAR que a inversão da correlação PIB/PNB da Alemanha resultou do euro o amigo anónimo teria de apresentar vários dados:
- a decomposição e a variação dos vários tipos de rendimentos líquidos do exterior que impulsionaram o PNB da Alemanha;
- a separação dos rendimentos líquidos do exterior obtidos pela Alemanha da Zona Euro, da UE e fora da UE;
- a variação das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro - e fazer a comparação com a variação das exportações para dentro da zona Euro;
- .... etc
Sem apresentar esses dados è ÒBVIO que o anónimo não PROVA que a inversão da correlação PIB/PNB resultou do Euro.
É tão simples quanto isto.
Diz o anónimo:
ResponderEliminar"Para contrariar os dados apontados terá que Unabomber apresentar dados concretos que desmintam a correlação apresentada."
O amigo anónimo anda um pouco distraído, já apresentei há muito um FACTO concreto:
È um FACTO que o PNB engloba rendimentos líquidos fora da UE.
Acrescenta o anónimo:
"Ir recorrer aos dados das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro de e todas aquelas coisinhas com que andou a entreter-se e a entreter-nos"
Confirma-se que o amigo anónimo não faz ideia da evolução das exportações alemãs para fora da UE antes e depois do euro.
Apresentados os dados...que não são dados para o amigo Unabomvee..juntaram.se mais dados. Ficamos a espera de um dadozito que seja que desminta tao forte correlaçao. Vamos, força, vá que temos mais a dizer sobre a Alemanha o euro e a fraude europeísta ao serviço da Alemanha.
ResponderEliminarVamos, consegue mais do que isso. É que dá gozo ver os esforços para tentar apagar a vacuidade argumenativa de quem prossegue os dogmas neoliberais. E como axiomas, vão caindo com mais ou menos estrondo deixando apenas a figura ridícula de.Vamos esperar assim pelos dados de que fala para demonstrar a sua curiosa tese da super-Alemanha e do bater punho slemao. Estamos curiosos por tais dados. Já agora podemos saber se o enriquecimento alemão pos.euro correspondeu a uma maior concentração do Capital.
ResponderEliminarComo se vê é tao simples como isso. Agora reunir os dados e portar.se como um homenzinho sem andar à pesca.
Lolol
Para mostrar outras variáveis há que ver se o reforço do bater punho alemão se deveu a um incremento da natalidade fora da raça pura alemã. E em que altura estes cruzamentos sexuais ocorreram.Quem sabe em 2002 tendo peemitido a criação do Super Punho Alemão? E nao se esqueça da taxa de relações imter-raciais ANTES e DEPOIS do euro
ResponderEliminarDesta vez foram apenas dois comentários. O amigo anónimo anda a ficar um pouco mais democrata:
ResponderEliminarMas continua muito distraído, por isso vamos repetir muito "devagarinho":
Lembre-se o que anónimo escreveu:
"Que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que A PROVA DE TAL é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha".
Daí que se escreva muito devagarinho:
É ÒBVIO que para PROVAR que a inversão da correlação PIB/PNB da Alemanha resultou do euro o amigo anónimo teria de apresentar vários dados:
- a decomposição e a variação dos vários tipos de rendimentos líquidos do exterior que impulsionaram o PNB da Alemanha;
- a separação dos rendimentos líquidos do exterior obtidos pela Alemanha da Zona Euro, da UE e fora da UE;
- a variação das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro - e fazer a comparação com a variação das exportações para dentro da zona Euro;
- .... etc
O AMIGO ANÓNIMO NUNCA APRESENTOU NENHUM DESTES DADOS e sem apresentar esses dados è ÒBVIO que o anónimo não PROVA que a inversão da correlação PIB/PNB resultou do Euro.
É tão simples quanto isto.
Se for preciso voltar a repetir, voltarei a repetir.
Hum
ResponderEliminarA democracia é apenas uma questão de número de posts
Lolol.
Obrigado pela sua definição. Vou usá-la como tenho usado o seu precioso argumentário como demonstração do que é a vacuidade argumentativa dum exemplar neoliberal e do enterrar penoso da sua cabeça na areia movediça dos seus axiomas iedológicos
Por isso gosto que se repita desta forma. Assume o processo de fuga. Torna mais nítido o percurso. De como se enquistou aí no sítio ( continuamos a aguardar os seus números e os seus factos) e de como persiste nos seus berros.
ResponderEliminarSe não se importa eu vou continuar com o que interessa.Que de facto foi a Alemanha que beneficiou mais do euro e que este foi feito à sua imagem e semelhança.
E que uma das provas de tal facto é a inversão da correlação PIB/PNB da Alemanha a partir exactamente de...2003
Por acaso , o traste neoliberal, cúmplice de crimes de guerra e agora banqueiro, Durão Barroso teve que reconhecer em 2013 que foi a Alemanha que mais beneficiou da zona euro
O norueguês Erik Reinert deu há dias na universidade de verão do ISEG um curso com base no livro que escreveu um ano antes da crise financeira, “How rich countries got rich... and why poor countries stay poor”
ResponderEliminar(só o título dará vontade de fazer uma nova repetição não é mesmo Unabomber?)
Uma das coisas que disse numa curiosa entrevista ao expresso:
P.Não deveríamos estar mais preocupados com a crescente desigualdade?
R:Há dois aspetos, a distribuição de rendimentos entre países e dentro de cada país. Entre os países, a situação é que o único país que realmente lucra com o euro é a Alemanha. O país teve um surplus de exportações em 2015 de 8,5% do PIB quando a UE diz que não se deve ter mais do que 6,5% do PIB. Só há um economista alemão — o Heiner Flassbeck — que denuncia este lucro desproporcional alemão do euro à custa dos outros países. Desde a Grande Guerra que os alemães têm o complexo da inflação e reagiram exageradamente. Mais tarde ou mais cedo, a periferia vai compreender que a Alemanha é o único beneficiário do euro. Terá de haver ajustamentos. E, já agora, perguntar porque é que esta gente que é favor dos mercado se vira contra um mercado tão importante como o mercado cambial! As desvalorizações eram as válvulas de escape de todo o sistema. O euro manteve as desigualdades, mas tapou a válvula de escape. E a Grécia está à beira da explosão..."
Tal foi devido sem dúvida a criação de "algum imposto a pagar à Alemanha ou os Alemães obrigado (através de ameaças) a maiores transferências.
Ou então a um bater de punho super-alemão e super-punho, nascido curiosamente a partir de 2002
Mais dados úteis :
ResponderEliminar"Se a zona euro acabasse, a economia alemã encolheria 10% e o desemprego duplicaria, mostra um relatório do Governo alemão já cm quatro anos. O país que mais ganhou com a moeda única teria muito a perder"
Vamos a mais dados curiosos? Sobre o bater do punho alemão, claro está.
ResponderEliminarEm Novembro de 2013: "Para cortar os défices excessivos nos países do euro, é preciso que outros reduzam os excedentes, apontou o vice-director geral do FMI, juntando-se assim ao Tesouro dos Estados Unidos nas críticas à Alemanha".
"A Alemanha é a terceira economia que mais exporta no mundo, sendo um forte parceiro comercial sobretudo dos países europeus, onde em muitos casos ocupa o posto de maior fornecedor de bens e serviços".
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/mundo/detalhe/fmi_apoia_critica_dos_tesouro_dos_eua_ao_excedente_comercial_da_alemanha.html
O euro e a Alemanha. A Grande Alemanha e o euro. Ou de como a Alemanha está tentar obter o que não conseguiu com duas grandes guerras
Mais cinco comentários do amigo anónimo. Já estamos proximos dos 100. Não sei se o "ladrões de bicicletas" tem algum prémio para o maior comentador.
ResponderEliminarMas, apesar do esforço, lamentavelmente o amigo anónimo continua MUITO DISTRAIDO, por isso volto a repetir:
Lembre-se o que anónimo escreveu:
"Que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que A PROVA DE TAL é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha".
Daí que se escreva muito devagarinho:
É ÒBVIO que para PROVAR que a inversão da correlação PIB/PNB da Alemanha resultou do euro o amigo anónimo teria de apresentar vários dados:
- a decomposição e a variação dos vários tipos de rendimentos líquidos do exterior que impulsionaram o PNB da Alemanha;
- a separação dos rendimentos líquidos do exterior obtidos pela Alemanha da Zona Euro, da UE e fora da UE;
- a variação das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro - e fazer a comparação com a variação das exportações para dentro da zona Euro;
- .... etc
O AMIGO ANÓNIMO NUNCA APRESENTOU NENHUM DESTES DADOS e sem apresentar esses dados è ÒBVIO que o anónimo não PROVA que a inversão da correlação PIB/PNB resultou do Euro.
É tão simples quanto isto.
Se o amigo anónimo colocar aqui algum dos dados indicados, terei muito gosto em voltar ao debate com o amigo. Caso contrário voltarei a REPETIR O ÓBVIO em resposta a todas as suas divagações - até quando "os ladrões" aceitarem os meus comentários.
Ahahah!
ResponderEliminarDeve mesmo voltar a repetir. Um pouco pueril esse acantonar no espaço traçado pelo próprio mas não deixa de ser divertido. Com o devido respeito uma espécie de Gallus gallus domesticus ( ver no dicionário), respeitador doentio do círculo gravado na terra, mas armado em Amazona aestiva ( mais uma vez no dicionário ver)
Não se preocupe. Vamos avançando no debate, valeu?
A propósito da mais elementar constatação do facto do euro ter sido feito à imagem e semelhança da Alemanha e da genialidade ( paciência Unabomber) de Eugénio Rosa ter demonstrado esse facto duma forma tão simples como a apresentação da inversão PIB/PNB na Alemanha após a introdução da moeda única, debrucemo-nos sobre um documento desenvolvido pelo Lexit Network.
"Com a implementação do Mercado Único europeu e do Tratado de Maastricht, a integração europeia foi definida como projecto neoliberal de longo prazo. O Pacto de Estabilidade e Crescimento, as estruturas fundamentais do Mercado Único e da União Económica e Monetária, além de outros elementos, constituem um quadro institucional que alimenta políticas de austeridade, o desmantelamento dos direitos dos trabalhadores, do Estado social e a imposição de privatizações nos Estados-membros da União Europeia.
ResponderEliminarContrariando a ideia de que a UE é um campo de acção neutro, os eventos pós-Grande Recessão (2007/2009) mostraram-nos que o actual projecto de integração é definido pelo carácter regressivo dos seus tratados e por uma radicalização sem precedentes do seu carácter neoliberal. As relações de poder assimétricas e hierarquizadas (centro-periferia) são características da integração europeia, culminando, finalmente, no domínio da Alemanha sobre as orientações de política económica da União Europeia após a Grande Recessão. O desenvolvimento regulatório que acompanhou o estabelecimento da zona euro e as medidas tomadas em resposta à crise da moeda única, através da imposição de regras e condicionantes institucionais cada vez mais restritivas e cada vez menos legítimas (Pacto Euro+, Tratado Fiscal, etc.) intensificaram o carácter autoritário e neoliberal da integração europeia. Portanto, o actual projecto de integração transformou-se numa ameaça à democracia e soberania popular".
"A crise do euro é um produto da má arquitectura e conceptualização da União Económica e Monetária (UEM), focada, desde o seu início, na austeridade e na deflação como objectivos fundamentais. Ao invés de estimular um processo de convergência económica e social dos Estados aderentes à moeda única, o desenvolvimento económico empiricamente observável (em termos de rendimentos do trabalho, produtividade, etc.) tornou-se cada vez mais divergente. A UEM criou desequilíbrios macroeconómicos cada vez maiores (i.e. aumento dos défices da balança corrente nas economias periféricas, mas também na França e na Itália; enormes excedentes na economia alemã e outras); numa fase inicial, causou um forte aumento dos fluxos de capital, a partir do centro em direcção à periferia. Esta inundação de capital barato insuflou bolhas especulativas baseadas em activos imobiliários, por um lado, e activos financeiros de elevado risco, por outro. Isto causou um aumento da dívida pública e privada.
ResponderEliminarUm importante factor explicativo dos desequilíbrios foi a priorização, pela Alemanha, na redução dos custos unitários do trabalho, através da reorganização das cadeias de criação de valor para as indústrias exportadoras alemãs no sentido do aproveitamento da mão-de-obra residente no países da Europa do Leste, do ataque aos rendimentos do trabalho, do planeamento fiscal agressivo e nos cortes às prestações sociais.
Em consequência disto, observou-se uma pressão acrescida sobre economias mais frágeis no sentido de aumentarem a “competitividade” da sua indústria e serviços. Dado o quadro institucional da UEM, a política monetária já não era um instrumento à disposição. Assim, procedeu-se à desvalorização interna. Em termos práticos, isto significou o desmantelamento do Estado social, a privatização extensiva de serviços e estruturas públicas, dumping social e salarial, competição fiscal, ataques à contratação colectiva e às organizações de trabalhadores, além da demonização e despedimento de trabalhadores do sector público".
"Tal como demonstrado, de forma conclusiva, por inúmeros autores, a zona euro não cumpre os requisitos necessários de uma zona monetária funcional e não é expectável que venha a cumpri-los. Entre outras medidas, uma zona monetária agregadora de economias com diferentes graus de desenvolvimento, diferentes padrões de especialização e níveis diferentes de produtividade, como é o caso da zona euro, só pode tornar-se funcional caso se proceda a transferências financeiras muito elevadas, de modo a reduzir desequilíbrios estruturais. Alguns estudos mostram que estas transferências deveriam ascender a cerca de 10% do PIB da zona euro, das economias mais fortes para as mais frágeis. Este processo seria politicamente inviável, mas também seria indesejável: tal como todos os precedentes na zona euro demonstram, os governos das economias mais fortes utilizariam a sua posição para influenciar as políticas públicas nas economias receptoras, atropelando os processos democráticos. Os últimos anos mostram quão rapidamente um esquema deste género destrói a soberania popular, divide os povos na Europa e dá espaço à xenofobia".
ResponderEliminarLexit Network
Pois é, parece que a culpa dos tugas ( perdão, dos TUGAS) com que alguns alimentam a submissão e a menoridade dum povo face à gloriosa Alemanha cai por terra.
ResponderEliminarTorna-se assim caricato esta espécie de darwinismo social a defender os donos e os patrões alemães. Uma característica curiosa e já notada pelo correr dos séculos. Também na crise de 1383-85 ou na crise 1580-1640 havia por lá alguns que (sobretudo sujeitos das elites e das classes possidentes) defendiam com unhas e dentes ( e ao canhão e à bombarda) a perda da soberania e da dignidade do país.
"A Autoeuropa, a Boch (?), a Continental, a Simens(?)", são apresentadas hoje como justificação da venda do país tal como no Tailândia se justifica a prostituição como um meio de caça niqueis.
E tal como n"A Autoeuropa, a Boch (?), a Continental, a Simens(?)" também nos prostíbulos da Tailândia adivinhe-se quem sai sempre a ganhar?
Essas mesmas empresas, que ganham assim em dois carrinhos e os clientes (quantos alemães) das prostitutas tailandesas.
Chegamos aos 100:
ResponderEliminarLembre-se o que anónimo escreveu:
"Que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que A PROVA DE TAL é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha".
Daí que se escreva muito devagarinho:
É ÒBVIO que para PROVAR que a inversão da correlação PIB/PNB da Alemanha resultou do euro o amigo anónimo teria de apresentar vários dados:
- a decomposição e a variação dos vários tipos de rendimentos líquidos do exterior que impulsionaram o PNB da Alemanha;
- a separação dos rendimentos líquidos do exterior obtidos pela Alemanha da Zona Euro, da UE e fora da UE;
- a variação das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro - e fazer a comparação com a variação das exportações para dentro da zona Euro;
- .... etc
O AMIGO ANÓNIMO NUNCA APRESENTOU NENHUM DESTES DADOS e sem apresentar esses dados è ÒBVIO que o anónimo não PROVA que a inversão da correlação PIB/PNB resultou do Euro.
É tão simples quanto isto.
Ahahah!
ResponderEliminarLembro-me que fui eu mesmo que escrevi isso, replicando aquele autor de que o Unabomber começou por dizer umas coisas,depois disse outras coisas, até insinuou que era um cego ideológico,coitado não do cego, claro, e depois tornou a dizer outras coisas e outras coisas mais. Agora está nisto. Ainda bem.
Eu modestamente não costumo andar às voltas com outros temas, como a ida a Angola e depois reparar que afinal o avião não serve porque não tem gasolina para andar e o piloto está na forma de piloto sonâmbulo e automático
Se fosse aí alguém mais expedito na demagogia com alguns tiques de cosmopolitismo de Cascais a tentar piscar um olho em alemão diria que era porque um tuga, perdão um TUGA, estava aos comandos do avião.
Lolol.
Agora um mergulho.
Mais tarde alguém que é até próximo de.
Lembre-se o que anónimo escreveu:
ResponderEliminar"Que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que A PROVA DE TAL é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha".
Daí que se escreva muito devagarinho:
É ÒBVIO que para PROVAR que a inversão da correlação PIB/PNB da Alemanha resultou do euro o amigo anónimo teria de apresentar vários dados:
- a decomposição e a variação dos vários tipos de rendimentos líquidos do exterior que impulsionaram o PNB da Alemanha;
- a separação dos rendimentos líquidos do exterior obtidos pela Alemanha da Zona Euro, da UE e fora da UE;
- a variação das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro - e fazer a comparação com a variação das exportações para dentro da zona Euro;
- .... etc
O AMIGO ANÓNIMO NUNCA APRESENTOU NENHUM DESTES DADOS e sem apresentar esses dados è ÒBVIO que o anónimo não PROVA que a inversão da correlação PIB/PNB resultou do Euro.
É tão simples quanto isto.
"Recorde-se que nas duas intervenções anteriores do FMI, em que se teve também de DESVALORIZAR MUITO O ESCUDO para aumentar a competitividade das exportações portuguesas, e assim aumentar as exportações, foram os
ResponderEliminarperíodos em que TRABALHADORES e PENSIONISTAS PERDERAM MAIS PODER DE COMPRA.
Entre 1977 e 1979, 1º período de intervenção do FMI, os preços aumentaram 93%, o salário mínimo subiu 87% e a pensão média da Segurança Social aumentou a
penas 58%.
Entre 1982 e 1984, período de 2ª intervenção do FMI, os preços subiram 98%, o salario mínimo nacional aumentou 54%, e a pensão média da Segurança Social subiu 71%.
Nestes dois períodos, A PERDA DE PODER DE COMPRA acumulada do SMN foi de 27%!!! e da PENSÃO média de 29%!!!!!.
Foi também nestes dois períodos em que a parte dos SALÁRIOS no PIB MAIS DESCEU: 1º período: - 13,1% (queda de 6,7 pontos percentuais); 2º período: - 16,9% (redução de 7,4 pontos percentuais).
E tenha-se presente que não se teve de fazer desvalorizações da moeda de 30%.
Lembre-se o que anónimo escreveu:
ResponderEliminar"Que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que A PROVA DE TAL é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha".
Daí que se escreva muito devagarinho:
É ÒBVIO que para PROVAR que a inversão da correlação PIB/PNB da Alemanha resultou do euro o amigo anónimo teria de apresentar vários dados:
- a decomposição e a variação dos vários tipos de rendimentos líquidos do exterior que impulsionaram o PNB da Alemanha;
- a separação dos rendimentos líquidos do exterior obtidos pela Alemanha da Zona Euro, da UE e fora da UE;
- a variação das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro - e fazer a comparação com a variação das exportações para dentro da zona Euro;
- .... etc
O AMIGO ANÓNIMO NUNCA APRESENTOU NENHUM DESTES DADOS e sem apresentar esses dados è ÒBVIO que o anónimo não PROVA que a inversão da correlação PIB/PNB resultou do Euro.
É tão simples quanto isto.
Agora mudou um pouco a coisa para ver se a coisa passava, ficando tudo na mesma
ResponderEliminarAhahah.
Desculpe mas é uma gargalhada merecida.Faz lembrar, com as devidas distâncias, claro, a substituição do Marcelo pelo Salazar. Mudaram as moscas...
Duma forma mais fina podia-se convocar um senhor da literatura Giuseppe Tomasi di Lampedusa e o seu "Il gattopardo
" É preciso que alguma coisa mude, para que tudo fique na mesma".
Em relação aos seus dois comentários repetidos pode-se ler a correcção comentada e ampliada mais atrás.
Mas insista insista.
Eu depois conto-lhe uma sobre o "insista, insista" lolol
Lembre-se o que anónimo escreveu:
ResponderEliminar"Que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que A PROVA DE TAL é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha".
Daí que se escreva muito devagarinho:
É ÒBVIO que para PROVAR que a inversão da correlação PIB/PNB da Alemanha resultou do euro o amigo anónimo teria de apresentar vários dados:
- a decomposição e a variação dos vários tipos de rendimentos líquidos do exterior que impulsionaram o PNB da Alemanha;
- a separação dos rendimentos líquidos do exterior obtidos pela Alemanha da Zona Euro, da UE e fora da UE;
- a variação das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro - e fazer a comparação com a variação das exportações para dentro da zona Euro;
- .... etc
O AMIGO ANÓNIMO NUNCA APRESENTOU NENHUM DESTES DADOS e sem apresentar esses dados è ÒBVIO que o anónimo não PROVA que a inversão da correlação PIB/PNB resultou do Euro.
É tão simples quanto isto.
Recorde-se que nas duas intervenções anteriores do FMI, em que se teve também de DESVALORIZAR MUITO O ESCUDO para aumentar a competitividade das exportações portuguesas, e assim aumentar as exportações, foram os
ResponderEliminarperíodos em que TRABALHADORES e PENSIONISTAS PERDERAM MAIS PODER DE COMPRA.
Entre 1977 e 1979, 1º período de intervenção do FMI, os preços aumentaram 93%, o salário mínimo subiu 87% e a pensão média da Segurança Social aumentou a
penas 58%.
Entre 1982 e 1984, período de 2ª intervenção do FMI, os preços subiram 98%, o salario mínimo nacional aumentou 54%, e a pensão média da Segurança Social subiu 71%.
Nestes dois períodos, A PERDA DE PODER DE COMPRA acumulada do SMN foi de 27%!!! e da PENSÃO média de 29%!!!!!.
Foi também nestes dois períodos em que a parte dos SALÁRIOS no PIB MAIS DESCEU: 1º período: - 13,1% (queda de 6,7 pontos percentuais); 2º período: - 16,9% (redução de 7,4 pontos percentuais).
E tenha-se presente que não se teve de fazer desvalorizações da moeda de 30%.
Lembre-se o que anónimo escreveu:
ResponderEliminar"Que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que A PROVA DE TAL é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha".
Daí que se escreva muito devagarinho:
É ÒBVIO que para PROVAR que a inversão da correlação PIB/PNB da Alemanha resultou do euro o amigo anónimo teria de apresentar vários dados:
- a decomposição e a variação dos vários tipos de rendimentos líquidos do exterior que impulsionaram o PNB da Alemanha;
- a separação dos rendimentos líquidos do exterior obtidos pela Alemanha da Zona Euro, da UE e fora da UE;
- a variação das exportações alemãs para fora da UE, antes e depois da entrada no euro - e fazer a comparação com a variação das exportações para dentro da zona Euro;
- .... etc
O AMIGO ANÓNIMO NUNCA APRESENTOU NENHUM DESTES DADOS e sem apresentar esses dados è ÒBVIO que o anónimo não PROVA que a inversão da correlação PIB/PNB resultou do Euro.
É tão simples quanto isto.