segunda-feira, 4 de julho de 2016

Olhe-se para o gráfico...

Fonte: dados do IEFP sobre o mercado de trabalho

Mais do que o desemprego registado pelo IEFP, os pedidos de emprego (na escala da esquerda) podem dar uma ideia da dimensão do desemprego. O desemprego registado pelos centros de emprego é um valor administrativo, expurgado de todos os actos administrativos decorrentes da gestão do IEFP. Os pedidos de emprego representam aqueles que, mesmo não estando desempregados, desejam ter um emprego ou um emprego melhor do que aquele que têm.

Desde o início de 2016 que estão em queda os novos desempregados (escala da direita) - aqueles que se apresentam aos centros de emprego após uma situação de desemprego. Uma evolução que se compagina com a descida dos pedidos de emprego. Aliás, é possível verificar que a evolução dos novos desempregados antecipa, de certa forma, a evolução dos pedidos de emprego. Assim, é possível antecipar - talvez - que, por ora, se verifique uma continuação da descida dos pedidos de emprego. Mas até quando?

Memorize-se este gráfico. E veremos o que acontece depois, caso as instâncias comunitárias comecem a fazer perigar esta tendência, ao criar obstáculos, inventando sanções pelo facto de uns países do Sul não cumprirem umas décimas de um Tratado Orçamental. Um Tratado sem qualquer lógica económica que não a de fixar um quadro de poder, no quadro de uma moeda única desequilibrada que tende a dar vantagem "cambial" aos países do centro e uma desvantagem "cambial aos países do Sul.

Entre a lógica do poder e a eficácia económica (com um objectivo de criar mais emprego), a opção das instâncias comunitárias vai ser clara.

5 comentários:

  1. Duas notas:
    - Que é feito dos dados sobre a emigração, tão pressurosamente acompanhados ao longo de tantos meses?
    - E que é feito da estimada multidão que já nem se dá ao trabalho de procurar emprego?
    - E sim, um muito prudente preparar da imputação à Europa de todo o mal que por cá haja.

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  2. Para lá da imposição à força do "não-há-alternativa", não serão as sanções, pela sua irracionalidade, a preparação para excluir à força, ultrapassadas que começam a estar estas fontes de mão-de-obra barata e quase esgotadas as possibilidades de manter as rendas e o sugadouro?

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  3. como sempre o "josé" a distorcer a coisa.

    esses dados todos não mexem um milímetro este gráfico. a menos que ache que a emigração aumentou exponencialmente desde janeiro. coisa que não aconteceu.

    A última frase é ao nível do seu delírio habitual. se há quem sacuda a água do capote, viu-se bem nos últiomos 4 ou 5 dias quem foi pelos discursos surreais de maria luís, passos coelho e montenegro.

    dói-lhe muito, josé, dói mesmo, que apesar de eliminarem a sobretaxa e devolverem os cortes aos FP, os "geringonços" estejam a fazer muito melhor que os seus governantes de vichy.

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  4. "os "geringonços" estejam a fazer muito melhor"

    Eis o refrão do coral que tem por missão confortar tão numerosas almas por tanto tempo angustiadas pela impiedosa austeridade.
    Um alívio indispensável para quem por tantos anos se alimenta de ilusões.

    O problema é que outros reclamam que os aliviem de em permanência pagarem os alívios alheios.

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  5. O refrão do coral?

    Lembro-me que à acusação de que "apesar de tantos sacrifícios impostos aos portugueses e da venda a saldo de empresas públicas a dívida pública disparou nos anos da troika" este fulano das 16 e 05 respondia em jeito de cânone com a Maria Luís Albuquerque e com Relvas:
    "é o símbolo da idiotice reinante.
    Lógicamente não se vendeu nem 'austerizou' o bastante."



    O tempo na versão do das 16 e 05 do ir mais além do que a própria troika. Afirmado com a raiva nos dentes e a faca na liga. Agora substituída porque interessa aliviar os credores. E esconder a agenda de criminosos e de canalhas da governança neoliberal

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